A Elite –
Série A Seleção Livro 2
No segundo livro da série A Seleção, acompanhamos America
junto das outras cinco garotas restantes na seleção. A disputa está acirrada e
a garota se sente cada vez mais próxima de Maxon e mais longe de Aspen.
De início, vemos como as coisas no palácio seguiram desde
o final do primeiro livro, que não se passou mais que algumas semanas, as
obrigações da Elite aumentaram e as provas das garotas se tornaram mais
complexas, como os debates televisivos e as aulas mais intensas. Maxon, a fim
de satisfazer America, organiza uma festa de Halloween no palácio e aproveita a
oportunidade para conhecer os pais de America depois de descobrir que ela nutre
por ele sentimentos mais fortes e convictos. A garota está decidida a entregar-se
a Maxon para sempre e esquecer Aspen. Mas Maxon parece distanciar-se dela
depois que America lhe revela seus sentimentos o que acaba por deixa-la magoada
e, na festa de Halloween, ela se encontra com Aspen e seus sentimentos se
confundem um pouco, mesmo assim ela ainda está enciumada e triste por Maxon não
lhe dar atenção enquanto fica com as outras garotas da Elite. Mas no fim da
noite, Maxon a tira para dançar e finalmente explica suas atitudes deixando
America ainda mais convicta de seus sentimentos por ele, a garota emocionada e
assustada pelo futuro como princesa, tenta concentrar-se apenas no amor que
começa a crescer cada vez mais pelo príncipe.
Mas no dia seguinte, as coisas ficam estranhas. E America
descobre que sua única e melhor amiga Marlee está no corredor da morte por ter
sido pega com um dos soldados na festa de Halloween, tensa, America descobre
que Maxon poupara a vida dos dois, mas eles serão açoitados no meio de todo
mundo, o soldado nas costas e Marlee nas mãos além de serem rebaixados à casta
oito, a mais baixa e ignorada de todas. Horrorizada, America se esquece de sua
posição na elite e de qualquer outra coisa, seu senso de justiça fala mais alto
e ela corre para implorar a Maxon que impeça a barbárie, chocada por ele não lhe
responder ela é carregada de volta ao castelo por soldados e se entrega à
agonia dos gritos de Marlee que ecoam em sua mente.
Maxon tenta resolver as coisas explicando a America que
ele não tinha outra escolha por causa da lei, se Marlee não fosse punida com
açoites teria de ser morta. America não consegue acreditar em Maxon e sente
toda a sua paixão por ele fraquejar, sente que não poderá ser princesa e
aguentar coisas como aquela calada. O príncipe lhe implora para reconsiderar e
dar-lhe tempo para provar que a vida ao lado dele pode ser melhor que aquilo,
mas a proximidade do consolo de Aspen coloca na mente de America que seu
sentimento por Maxon foi uma ilusão e que ele não sentia por ela metade do que
ela sentia por ele. Para piorar e defender Marlee, America briga com Celeste e
por pouco não é expulsa da seleção, descobrindo que sua popularidade caiu e que
a chance de um futuro ao lado de Maxon é impossível.
As garotas são incumbidas de preparar a recepção de
visitantes diplomatas ao castelo, os alemães que já são aliados de Iléia e os
Italianos que ainda não são. Kriss e America ficam responsáveis pelo grupo
Italiano, mas antes mesmo de conseguir respirar, um ataque rebelde eclode no
castelo. No abrigo, sob a tensão que já parece familiarizada, America nota a
proximidade entre Kriss e Maxon e não consegue não sentir-se incomodada. No dia
seguinte, ainda à luz do dia, outro ataque acontece e todos são pegos fora da
possibilidade de ir para o abrigo subterrâneo, America consegue fugir para a
floresta e fica perdida passando inclusive pela tensão de ser vista por uma das
rebeldes. Ela é salva por Aspen e outros guardas e levada de volta ao castelo
onde recebe horas mais tarde a visita de um Maxon preocupado.
Apesar dos contratempos, a recepção de America e Kriss é
um sucesso, as italianas ficam impressionadas e a princesa mostra a America seu
interesse em que ela seja a futura rainha de Iléia, oferecendo inclusive seu
apoio. As dúvidas de America são cada vez mais fortes enquanto ela percebe que
Maxon e Kriss estão mais íntimos e percebe que sua indecisão está afastando
Maxon e ela o está perdendo, enquanto Aspen aproveita-se disso para
aproximar-se ainda mais dela. As coisas na Ásia pioram e o príncipe tem que
partir de última hora junto com o pai, America sente a tensão da situação que
pode custar a vida de Maxon, seu coração enche-se de medo e dúvida, mas isso
não a impede de se encontrar com Aspen. Maxon acaba voltando bem para casa, mas
as coisas estão de longe piores entre ele e America que, indecisa e
influenciada por Aspen, continua afastando-o dela. Ao flagrá-lo com Celeste,
America decide que é o fim da seleção para ela, cega pela sua própria raiva e
decepção, ela não consegue ver que Maxon a ama e não permitirá que ela vá
embora então decide sabotar a si mesma na prova mais difícil que a Elite tem
que passar.
Apesar de mexer com um tema considerado meio clichê, Kiera Cass sabe muito bem o que
está fazendo. A série não é um livrinho água com açúcar sobre se apaixonar por
um príncipe, mas mexe com questões políticas e sociais, tem cenas
verdadeiramente inquietantes e deixa você sempre em constante tensão. É
absolutamente notável que America e Maxon terminarão juntos, você consegue
prever isso já no primeiro livro, não porque é esperado, mas porque se você ler
levando em conta todas as circunstâncias e sentimentos dela vai perceber que é
quase a coisa certa a se fazer. Mas
até lá, a autora planeja nos deixar sem fôlego e imaginando sempre o pior,
porque o clima de tensão provocado pelos encontros de America com Aspen (que eu
estou torcendo para acabarem logo), a aproximação cada vez maior de Maxon com
Kriss (que eu agradeço à burrice de America por acontecer) e os constantes
ataques rebeldes cada vez mais violentos fazem um bolo de tensão que te
permitem duvidar em alguns momentos, mas tenho esse final como certo. A série A Seleção se mostra não apenas uma
sequência fascinante que te desperta todo o tipo de sensações, mas faz você
refletir e repensar em muitas coisas. Sem dúvida, Maxon é o príncipe que todas
nós sonhamos ter em nossas vidas, ele é imperfeito, doce, sincero, inteligente
e luta por aquilo que ama colocando a felicidade dessa pessoa acima da sua, mas
sem se anular em função disso. Vale a pena ler, sempre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ao comentar seja sempre respeitoso à opinião do outro. Nem todo mundo pensa como você e a diversidade existe para isso. Exponha suas ideias sem ofender a crença ou a opinião de ninguém. Comentários com insultos ou discriminação de qualquer natureza serão excluídos.