こんにちわみなさん!
Então, hoje eu estou aqui para falar sobre escrita. Recentemente, eu participei de um fim de semana de palestras chamado Círculo de Leituras que veio para o SESC da minha cidade, contando com renomes da literatura local como Sidney Rocha (Fernanflor, Matriuska), Bruno Liberal (O contrário de B), Raimundo de Morais e Cícero Belmar (Umbilina). Foi um dia maravilhoso de muita conversa, poesia, contos, dicas e debates sobre literatura. E eu queria compartilhar com vocês as principais dicas desses escritores premiados que já tem livros publicados e ganharam prêmios nacionais.
Muita gente me pergunta muito como pode escrever melhor, o que fazer para publicar um livro, como continuar aquela história que está "estacionada" há tempos, como lidar com o bloqueio criativo entre outras coisas. São dicas valiosas, algumas já muito conhecidas inclusive, mas que fazem toda a diferença para quem escreve e para quem está começando agora. Então, vamos lá:
1. Leia Muito!
Essa é unânime. Acho que todo escritor tem que ser um leitor ávido, então leia muito e de tudo. Quanto mais variedade de gênero mais enriquecimento vocabular, cultural e de ideias.
2. Bloqueio criativo NÃO EXISTE!
Pode parecer meio impactante no começo, porque se fala em bloqueio criativo muitas vezes, eu mesmo já ouvi um monte. Os escritores não acreditam nisso, acham que é uma desculpa que inventamos para desistir e/ou pausar a história. Veja as dicas:
"Bloqueio criativo não existe. Escreva. Não coloque empecilhos em suas histórias ou não se autocritique demais. Quando achar que não está a fim de escrever, pare, vá fazer outra coisa."
"Não se 'aperreie' nunca! Quando der aquele branco (característico de quando você se critica demais) desligue o computador, pegue um caderno ou um bloquinho e escreva como se estivesse socando alguém! Desabafe, escreva rumos malucos para sua história, quando se sentir melhor e reler o que escreveu vai ver que dali saiu alguma coisa."
"Nunca pare sua história na pior parte. Deixe para 'escrevê-la depois' quando ela estiver bombando!"
3. Desapegue-se de você mesmo.
Para alguns autores - incluindo-me no meio - é muito difícil desligar-se de si mesmo e dos seus sentimentos para entrar em um personagem, dar uma de autor, viver, realmente, uma vida que não é sua. Uma das dicas mais valiosas dos autores foi essa, saia de si!
"Incorpore seu personagem. Você deve ser o seu personagem sem transformá-lo em você. Essa é talvez uma das coisas mais difíceis. Para ser mediador da voz e da personalidade da sua personagem você precisa saber quem ele é e expressá-lo, sem medo, desse modo."
Ou seja, se você cria um personagem homossexual ou que fala muito palavrão, você não tem que ser comedido, dê voz a ele do jeito que ele é, choque, mostre ao seu leitor que você não tem medo das palavras.
"O melhor exercício para um autor é criar uma personagem ao seu oposto. Se você é homem crie uma mulher e se você é mulher crie um homem. Dê-lhe voz, fale como ele, SEJA. E assim você vai aprender a separar seu personagem de você."
"Não tenha medo de falar. O autor precisa ser ousado, tem que dizer o que é para ser dito, aquilo que está no mais íntimo do seu pensamento, sem medo de chocar o leitor. Fale o que tem que ser dito, o que precisa ser dito do modo que deve ser dito sem medo de ousar."
4. Planeje, sempre!
Uma pergunta interessante que fizeram foi se eles planejavam as histórias e um dos autores que também é roteirista apontou a importância do planejamento.
"Cada autor tem a sua forma de trabalhar, no meu caso, acho que para um conto não é muito viável ficar planejando, eu simplesmente começo a escrever e deixo rolar. Mas para um romance, que é um gênero mais extenso, é importante fazer uma outline, um roteiro do que vai acontecer, então eu tenho em mente o que quero fazer, onde quero chegar e faço esse plano. Não é algo que vá se seguir a risca, eu deixo a história fluir ao seu próprio ritmo, mas se em algum momento eu me sentir perdido eu posso ir lá no plano que fiz e ter um norte do que quero fazer."
5. Não se esconda!
Todo autor, principalmente os iniciantes, tem medo de mostrar seu trabalho, primeiro por não saber - e temer- lidar com as críticas e segundo por nunca achar o que faz bom. Isso é super normal, mas os autores alertam para a importância de se mostrar:
"Todo escritor tem que ser meio amostrado (risos). Acho que todo autor tem que ter essa cara de pau, não tenha medo de se mostrar, e se tiver medo, se mostre assim mesmo."
Enquanto seu livro estiver na gaveta, e você estiver na gaveta, nada acontece.
6. Quando perguntados sobre a "literatura de entretenimento" os autores foram unânimes em dizer que qualquer forma de leitura era válida. "Você não é melhor porque lê Shakeaspeare de outra pessoa que lê Harry Potter", veja:
"Escreva. Não importa o que, não importa como, mas escreva SEMPRE."
"Gênero literário é uma classificação que inventaram para catalogar as obras velhas. O autor não tem que se preocupar com isso quando está escrevendo "Ah, eu vou escrever um romance", sente e escreva, deixe a classificação para outras pessoas."
E então? Curtiram as dicas? Para mim foram como um bálsamo, foi um dos melhores fins de semana que tive até agora. Para quem quer ainda mais eu super recomendo esse curso 8 Passos para escrever seu livro do Zero! do autor e roteirista Fábio M. Barreto autor do premiado Filhos do Fim do Mundo (que eu estou aceitando de presente, tá?). O curso é gratuito, online e ele dá não apenas dicas valiosíssimas, mas ajuda online e atividades para os autores. Vou deixar o link do fim do post. Por enquanto é isso galerinha, logo volto com a resenha de As Vantagens de Ser Invisível e mais novidades sobre Sombras ao Sol.
Curso: http://www.escrevasuahistoria.com/
Beijocas!
Mata ne!
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