sábado, 8 de junho de 2019

[Livro] A Ascensão dos Dragões

Autora: Morgan Rice
Ano: 2014
Gêneros: Ficção científica, Literatura fantástica, Alta fantasia

Sinopse: Kyra, 15 anos, sonha em se tornar uma guerreira famosa, como seu pai, embora ela seja a única garota em uma fortaleza de meninos. Enquanto luta para entender suas habilidades especiais, - sua misteriosa força interior, ela percebe que é diferente dos demais. Mas um segredo quanto ao seu nascimento e sobre uma profecia está sendo guardado, deixando Kyra se perguntando quem ela realmente é. 

Quando Kyra atinge a idade prevista e um senhor local se aproxima para levá-la embora, seu pai planeja realizar um casamento para salvá-la. Mas Kyra se recusa, e começa sua própria jornada, por uma floresta perigosa, onde ela encontra um dragão ferido - e inicia uma série de eventos que mudarão o reino para sempre. 

Enquanto isso, Alec, um garoto de 15 anos, se sacrifica pelo irmão, assumindo o seu lugar durante a convocação e sendo levado para as Chamas, uma parede de fogo com cem metros de altura, pra impedir o avanço do exército de trolls em direção ao Ocidente. Do outro lado do reino, Merk, um mercenário que luta para deixar seu passado para trás, atravessa a floresta em busca de se tornar um Vigilante das Torres e ajudar a proteger a Espada de Fogo, a fonte de todo o poder mágico do reuno. Mas os Trolls também querem a Espada - e se preparam para uma invasão em massa que poderia destruir o reino para sempre.

Era para ter postado essa resenha na sexta, quando finalizei o livro, mas acabou que não consegui escrever porque o tempo acabou se tornando curto, mas antes tarde do que nunca, não é?

Esse foi meu primeiro contato com a autora, achei esse livro pairando de graça na Amazon e acabei adicionando na minha biblioteca por causa do nome, minha irmã é uma aficionada por dragões e, caso eu gostasse da história, veria se conseguia incentivá-la a ler também. Bem, não gostei. Nesse primeiro livro nós somos apresentados a um país chamado Escalon cujo rei, um covarde, acabou cedendo o poder para o cruel reino de Pandésia sem qualquer resistência. Desse modo, toda Escalon está sob o domínio Pandesiano e seu povo sofre horrores nas mãos do lorde governador que é não apenas sádico e sem caráter, mas ostenta várias "qualidades" como ser mentiroso, covarde, corrupto, etc. (Qualquer semelhança com a política brasileira é mera coincidência).

Nesse cenário somos apresentados, a princípio, a Kyra uma adolescente prestes a completar 15 anos que vive no forte de Volis, o único que tem a permissão de Pandésia para ter armas. Isso porque Volis protege As Chamas que é uma barreira enorme de fogo dividindo Escalon de um reino vizinho governado por trolls tão ou piores que o lorde governador e tem o claro objetivo de invadir o reino e escravizar os humanos que sobreviverem à invasão. Por essa razão, Volis, que mantêm uma tradição de guerreiros que protegem as chamas, tem a permissão de ter armas.Kyra é a filha do lorde da fortaleza de Volis e, contrariando todas as expectativas sobre ela, a menina quer se tornar uma guerreira. Ela tem três irmãos, os mais velhos Brandon e Braxton, que são homenzarrões desprovidos de inteligência e coragem, e o mais novo Aidan que é doce e mesmo sem muita coragem tem um coração forte.

A menina está tentando provar para si mesma e para todos na fortaleza que é habilidosa o bastante para ser uma guerreira, por isso treina todos os dias com seu arco e flecha que domina com maestria além de ser muito boa com o cajado e muito rápida. Mesmo assim, poucos são os que a levam a sério e seu pai não quer sequer ouvir sobre a ideia de ela ser uma guerreira. Quando ela vê seus irmãos mais velhos carregando Aidan aparentemente contra sua vontade para uma caçada na temida floresta dos espinhos, ela tenta impedir, mas o mais novo, com medo de parecer fraco na frente dos maiores, acaba se deixando levar e ela os segue. Um javali perigoso acaba aparecendo e por pouco seus irmãos não são mortos, Kyra, no entanto consegue salvá-los com duas flechadas que matam o monstro. O feito não passa despercebido pelos homens de seu pai que lhe presenteiam com certo respeito, contudo seu pai continua irredutível.

Em outro ponto do país, Merk está viajando sozinho na direção da torre de Ur. Ele era um mercenário que trabalhava para o antigo rei e qualquer pessoa que pagasse o suficiente por seu trabalho e, mesmo tendo matado pessoas inocentes (mas assassinando o mandante de tal crime assim que descobria) tentava manter sua consciência tranquila aceitando apenas trabalhos em que a vítima "merecesse morrer" ainda que seu julgamento sobre isso fosse muito subjetivo. Com a renúncia do covarde rei, Merk se vê sem saída e acaba desistindo da sua vida de mortes, na torre de Ur ele espera encontrar redenção numa vida de paz protegendo a espada de fogo que, segundo a lenda, é o que mantêm a parede de chamas viva sem nunca se apagar. Porém, quando encontra em seu caminho um bando de criminosos, sua promessa de paz pode ser quebrada em nome da própria sobrevivência.

De volta a Volis, Duncan, o pai de Kyra, recebe a notícia que uma nova lei foi decretada por Pandésia e todas as meninas a partir dos 15 anos devem ser mandadas até o lorde governador para serem tomadas em casamento por ele ou por alguém escolhido com ele. Aterrorizada diante da ideia, Kyra espera que seu pai se imponha por ela, mas fica chocada quando ele a manda escolher qualquer garoto para tomar por marido e, desse modo, impedir que os homens a levem. Furiosa, a menina foge de casa acompanhada de seu lobo de estimação, Leo, partindo no meio do inverno sem saber exatamente para onde ir. No seu trajeto, ela enfrenta vários perigos até encontrar um dragão ferido prestes a ser morto por homens de pandésia, ela acaba lutando e matando os cinco homens para salvar o dragão que, em troca, corta seu rosto com uma das garras e depois foge. Kyra sente uma ligação com a besta, mas não entende o que é. Ferida e com a certeza que levou uma guerra para casa, ela acaba tomando a decisão de voltar e alertar a todos sobre o que aconteceu.

Em outro ponto, Alec está furioso e preocupado com a partida de seu irmão mais velho. Os homens de Pandésia aparecerão para buscar todos os meninos de 18 anos para servir como escravos nas Chamas. Garotos dessas famílias eram tirados de todo o reino junto com criminosos e obrigados a guardar a grande parede de fogo uma vez que trolls desafiavam a razão atravessando a parede e atacando os humanos. Com o pé aleijado, ele sabe, seu irmão de bom coração e paciência invejável tem poucas chances de sobreviver aos perigos mortais de uma viagem longa ao lado de garotos revoltados e criminosos além das péssimas condições nas chamas. Assim, ele acaba se oferecendo no lugar dele, para desespero dos pais, logo se arrepende profundamente da decisão quando descobre que suas chances de sobreviver são bem poucas e, mesmo sentindo alívio por ter livrado o irmão daquele horrível destino, Alec sofre pela própria vida. No caminho tortuoso para o trabalho escravo, ele acaba conhecendo Marco, um menino que se voluntariou para fugir dos maus tratos da família, quando salva a vida do garoto, ele faz inimigos fortes e, ao mesmo tempo, ganha uma companhia no suplício que lhe espera. Mas mesmo sua situação desfavorável não o impede de ter a esperança e a certeza que conseguirá fugir.

Kyra está destinada a lutar ao lado do dragão, ainda que isso cobre um preço. Ela descobre que seu passado é muito mais misterioso do que imagina e que seu pai guardou segredos sobre quem ela realmente era a vida toda. Merk acaba descobrindo que não pode negar sua verdadeira essência. Alec e Marco se embrenham na floresta congelada para tentar a sorte de fugir da escravidão nas chamas. Imagino que, no segundo livro, eles vão se encontrar em algum ponto da jornada. Sendo bem sincera, o livro não me agradou muito, achei a escrita (ou mais precisamente a tradução) bem desleixada e isso foi o que mais me incomodou, há muitos ecos no texto e isso trava a leitura além de umas coisas que não fazem o menor sentido. As personagens não me cativaram muito, achei Kyra meio irritante, Merk um pouco hipócrita e Alec foi o único que não me desagradou totalmente. Não fiquei ávida em descobrir o que acontece depois, mesmo que não tenha sido uma experiência de leitura ruim, o sentimento que deixou no final foi o mesmo que Bruxos e Bruxas, nada marcou. Ainda que Bruxos e Bruxas seja tão mal escrito que me admira ser um best seller.

Temendo ser injusta com a autora, decidi baixar outro livro dela e dar uma chance num futuro próximo, talvez tenha sido a história de Ascensão dos Dragões que não me prendeu e não a inabilidade da Morgan Rice de contar história, uma vez que a trama tem seu encanto, só não funcionou comigo. E por enquanto é isso! Primeira leitura de Junho concluída!

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