segunda-feira, 30 de setembro de 2019

[Relendo&Resenhando] A Sensitiva

Original: If He's sinful
Autora: Hannah Howell
Ano: 2008
Série: Wherlocke #2
Gêneros: Fantasia romântica, Ficção supernatural, Ficção paranormal

Sinopse: Por toda a Londres do século XVII, é possível ouvir sussurros e boatos sobre os dons inexplicáveis da família Wherlocke. Mas o Lorde Ashton, um homem com firmes convicções, é uma das vozes mais céticas de seu tempo, e tudo caminhava para continuar assim, até encontrar uma bela mulher desacordada, largada no quarto de um bordel. A mulher misteriosa é Penélope Wherlocke, e seu dom especial a levou para um mundo perigoso de alta sociedade, quando foi sequestrada e vendida a uma cafetina criminosa. Ao vê-la, Ashton ficou enfeitiçado. Algo lhe diz que deveria esquecê-la, mas é atraído cada vez mais para a vida dela, transformando-se em seu protetor. Porém, Penélope é uma mulher com ideias próprias, algo que sempre a afastou dos homens de sua época, mas enfim encontra alguém seguro e capaz de lidar com suas habilidades sobrenaturais.

Esse era para ser o livro de Agosto, mas aconteceu tanta coisa naquele mês, em especial com o falecimento do meu avô logo no começo da última semana que me vi sem qualquer energia. Então, o projeto Relendo e Resenhando pulou um mês e adiantei a releitura para setembro.

A história começa com Penélope Wherlocke sendo sequestrada por uma dupla de brutamontes que a leva para um bordel quando, para seu desespero, ela descobre que foi vendida. O prostíbulo em questão pertence a uma cafetina cruel chamada Crachitt cujo estabelecimento atende boa parte da nobreza inglesa entre elas Ashton Radmoor, o visconde de Radmoor atolado pelas dívidas deixadas por seu pai infiel e esbanjador. Ashton está quase noivo de Clarissa, meia irmã por casamento de Penélope, uma mulher frívola e fútil que está se casando por conveniência para se tornar uma condessa. Drogada, ela se vê à mercê de um destino cruel e, pior, de uma possível morte violenta como a do fantasma aos pés da sua cama.

Para sua sorte - ou destino - os amigos de Ashton organizaram uma noitada de "prazer" para ele e o que o visconde não fazia a menor ideia era que a pequena e adorável Penélope drogada seria sua prenda. De início, ele não queria ir, estava saturado de uma satisfação vazia e desistiu de encontrar o amor, conformado com o casamento arranjado que salvará sua família da ruína, mesmo que planeje ser fiel à Clarissa, isso, claro, até encontrar Penélope praticamente nua à sua disposição. Ashton se vê encantado por ela e, obviamente, achando que era uma prostituta, começa a agradecer internamente aos amigos pelo "presente" sem ter ideia que está prestes a violar a filha de um marquês.

Com a droga nublando a pouca razão que lhe restava, Penélope até tenta dizer ao visconde quem ela é, mas é óbvio que ele não acredita até ter sua diversão interrompida por Artemis, irmão de Penélope, junto de outras crianças que vem em seu socorro.  Assim, com a ajuda dos seus amigos e das crianças, Ashton ajuda a levar Penélope de volta à Toca Wherlocke onde ela cuida de 10 crianças ilegítimas de seus parentes infiéis. É quando ele, enfeitiçado por ela, procura descobrir mais sobre sua família e descobre que a garota é meio irmã e de sua noiva que, provavelmente, conspirou com o irmão Charles para sequestrá-la e atirá-la no bordel onde Charles se divertiria com ela antes de dar-lhe um fim definitivo.

Por mais que tente resistir a paixão enorme que sente pelo homem desde o primeiro dia que o viu às escondidas na casa que um dia pertencera a sua mãe, Penélope não consegue se desfazer do sentimento que lhe toma o peito, especialmente depois de provar um pouco do sabor do visconde e, como Charles tem a sua guarda - e assim a posse dos seus bens até ela completar 25 anos - Penélope sabe que não pode ser a noiva rica que Ashton procura, de modo que se contenta em desfrutar da atenção que ele lhe reserva enquanto seu noivado com Clarissa não se concretiza. Contudo, alguém está tentando tirar a sua vida e sozinha com as dez crianças, ela vai precisar se aproximar ainda mais de Ashton se quiser salvar a si mesma, a felicidade do visconde e o seu coração.

A Sensitiva é meu livro favorito da série até agora (porque a série é longa, mas os livros não foram todos traduzidos, infelizmente) uma vez que mistura mais ação e suspense que seu antecessor A Vidente e, pelo pouco que me lembro, que o posterior, A Intuitiva que também planejo reler. Penélope é uma personagem forte como todos de sua família, com o dom de ver os mortos ela nos carrega em uma trama cheia de segredos sombrios, mortes violentas e conspirações, além de termos um vislumbre muito interessante de como se comportava a nobreza da época. Ashton cumpre seu papel como um visconde cético que deseja com todas as forças ser diferente do pai alcoolatra, mulherengo e esbanjador.

Fora eles ainda contamos com os amigos de Ashton, em especial Brant que tem um papel importante na história de determinado fantasma, os impiedosos meio irmãos de Penélope Charles e Clarissa que não me entusiasmaram muito como antagonistas nem da primeira vez e nem desta, além das crianças "rejeitadas" que dão um toque a mais na história. Em montagem a série segue um padrão bem semelhante, mas que não dá para enjoar quando nos vemos diante de personagens tão carismáticos e intrigantes com histórias que nos arrancam da realidade. A Sensitiva, assim como a vidente, nos passa uma mensagem particular. Clhoe nos ensinou que o amor não vê diferenças, Ashton nos ensina nesse livro o que realmente é importante na vida de uma pessoa, que o maior tesouro que um homem pode conquistar é o amor verdadeiro. Penélope nos mostra que devemos ser corajosos e nos arriscar sem medo de tentar e nem de ser feliz, pois apenas assim conseguiremos transformar em realidade o que almejamos. Super recomendo!

domingo, 29 de setembro de 2019

[Livro] As Perfeccionistas

Original: The Perfectionists
Ano: 2017
Autor: Sara Shepard

Sinopse: Em Beacon Heights, Washington, cinco garotas do último ano do ensino médio sabem que você não precisa ser bom para ser perfeito. Mackenzie, um gênio da música, quer desesperadamente entrar na Julliard, mesmo se isso significar um dueto com o namorado da sua melhor amiga. A linda Ava não se orgulha de usar sua beleza para conseguir a nota máxima. A atlética Caitlyn está a um gol de uma bolsa de estudos de esporte – isso se ela conseguir dar um tempo no drama do seu relacionamento. A popular Julie tem tudo o que quer – literalmente, graças a sua mãe acumuladora – e vai fazer de tudo para manter o segredo da sua família. Parker, antiga it girl, está experimentando seu lado mais selvagem. As cinco meninas acham que não têm nada em comum, até que descobrem que odeiam a mesma pessoa: o rico e convencido Nolan, que fez coisas terríveis com cada uma delas. Elas montam o plano de um assassinato perfeito – um assassinato hipotético, é claro. É tudo apenas um desejo... até que elas acordam um dia e descobrem que se tornou realidade. Nolan foi morto – exatamente do jeito que elas planejaram. Mas elas não fizeram isso. Então quem fez? De repente, as meninas são as principais suspeitas do assassinato. E, a não ser que elas encontrem o verdadeiro assassino, suas vidas perfeitas vão começar a estilhaçar ao redor delas.

A escolha do livro de Setembro caiu para esse spin-off de Pretty Little Liars que, sendo bem sincera, não caiu no meu gosto. Não conheço a série original, vi dois episódios da série e não me chamou muito a atenção, de modo que ao ler esse livro qualquer pretensão que eu tivesse (e não tinha) de ler os livros de PLL desapareceram.

A história segue Parker, Caitlin, Mackenzie, Julie e Ava, cinco meninas que não eram amigas, mas se uniram com o mesmo objetivo: se vingar de Nolan Hotckiss. Nolan era um playboy metido e bully que em algum ponto estragou a vida delas, cada uma guarda sua mágoa do garoto e durante uma aula de filmografia arquitetam um plano para ridicularizá-lo. Claro, aparece na conversa também um plano para matá-lo embora nenhuma delas se atrevesse a tal.

Quando a polícia começa a investigar o caso e passa a interrogar os alunos que eram de alguma forma próximos de Nolan as cinco meninas vêem suas vidas perfeitas sendo ameaçadas pela sua atitude na noite da morte do garoto, mesmo tendo consciência do que fizeram - e elas não o mataram - para manter seu segredo acerca do seu passado e garantir seu futuro, elas decidem investigar o principal suspeito de descobrir seu plano naquele dia, o professor de filmografia Granger.

Paralelo a isso, Parker começa a fazer terapia incentivada por Julie para lidar com sua aparência e o que aconteceu no passado. Julie luta com unhas e dentes para manter o segredo da sua familia a sete chaves, Ava tenta sobreviver aos rumores que Nolan inventou sobre ela. Caitlin está se descobrindo como pessoa, atleta e se questionando se seu atual namorado é realmente o cara certo para ela. Mackenzie pratica com tudo de si para ser aprovada no teste da Julliard enquanto tenta resolver sua "iniamizade" com a garota que tirou dela o único garoto que ela gostava. Nós vamos descobrindo mais sobre a vida e o passado dessas pessoas além do professor Granger que não é tão ético quanto parece.

Confesso que não curti muito o livro, apesar de ele levantar questões muito legais como a futilidade, o bullying e a alienação parental, o modo como a autora desenrolou as coisas e até mesmo as personagens em si não criaram uma conexão comigo, não me vi envolvida na história ou mesmo ávida para a página seguinte, ao contrário, às vezes eu tinha a impressão que o livro não terminava nunca, era frustrante. Toda a resolução, é claro, ficou para o segundo livro e como eu não teria paciência para continuar procurei spoilers na internet, só achei em inglês e mesmo assim sei que teria meio que passado raiva quando descobrisse ainda que admita que foi um belo plot twist.

Ele lembra aqueles livrinhos estilo Meg Cabot e até mesmo Nora Roberts ainda que não tenha metade do carisma das tramas ou personagens de Nora. Ainda assim acabou levando meu três no skoob.

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

[Anime] My Sister, My Writer

Original: 俺が好きなのは妹だけど妹じゃない RR: Ore ga Suki nano wa Imōto dakedo Imōto ja nai lit. Eu amo minha irmãzinha, mas ela não é minha irmãzinha.
Autor: Seiji Ebisu
Roteirista: Yūichirō Momose
Diretor: Hiroyuki Furukawa
Gênero: Ecchi, Harém, Comédia Romântica
Episódios: 10

Sinopse: Yuu Nagami, um estudante colegial que anseia em se tornar autor de light novels, tem uma irmãzinha chamada Suzuka - uma excelente estudante, linda e com boas notas, que trata seu irmão com muita frieza.
Todo ano, Yuu falha na seletiva de um concurso de light novels, mas neste ano Suzuka revela uma verdade chocante: a comêdia romântica entre irmãos que ela escreveu ganhou o concurso! E pra piorar, Suzuka, que não entende nada de light novels e de moe, pede a Yuu que escreva em nome de seu pseudônimo, Towano Chikai! Embora a contragosto, Yuu decide estrear como autor para ajudar sua irmã, e tem que enfrentar os desafios da indústria por conta própria.
E assim, Suzuka começa aos poucos a tratar seu irmão com mais atenção?

Imo Imo como foi apelidado no Japão é um anime de 2018 e se você está pensando que eu só comecei a ver por causa da temática incesto está completamente correto! Quem acompanha o blog sabe que eu amo as obras de incesto japonesas (as fofas pelo menos) e mesmo que esse anime seja mais voltado para o ecchi (nada como AkiSora, gente, tranquilo) e harém que eu não curto muito fui de certa forma surpreendida com o quanto ele ainda conseguiu me agradar.

Acompanhamos Yuu, um adolescente que sonha em ser autor de light novels, mas nunca consegue passar em nenhum concurso, suas histórias sempre voltam com duras críticas, mas ele nunca desiste. Até que, em um dos últimos que participa, ele descobre que a obra vencedora havia sido escrita por ninguém menos que Suzuka, sua irmã mais nova. Chocado não apenas pela qualidade da obra, mas por descobrir que sua irmãzinha havia escrito uma história de incesto quando claramente o odeia lhe deixa sem reação ainda mais quando ela lhe pede que finja ser o autor da obra.

Ao ouvir as razões dela, ele acaba aceitando e vai no evento de premiação é onde conhece a ilustradora da "sua" obra e também sua editora. Junto da autora de sua novel favorita que vem a ser fã da sua história e uma famosa dubladora de animes, ele vai passar por poucas e boas junto de sua irmã não apenas para levar a farsa adiante, mas para conquistar o carinho de Suzuka que ele não lembra porque perdeu.

O ecchi desse anime é levinho se comparado com outros do gênero, o traço eu não gostei tanto, mas é irrelevante. A história é divertida, especialmente pela ilustradora que é a louca dos eroges kkkk sempre morria de rir com ela apesar de suas preferências serem sempre tão bizarras. A gente conhece um pouco do processo todo que envolve a criação de uma novel e como funciona mais ou menos a indústria de mangás e animes. Torci muito pelos irmãos e como já esperava, o final ficou em aberto e a relação dos irmãos não engatou de forma romântica (algo que não seria socialmente aceitável, lógico), mas foi muito divertido acompanhar isso. Recomendo!

sábado, 21 de setembro de 2019

[Filme] Innocent Witness

Original: 증인; Jeungin
Ano: 2019
Direção: Lee Han
Escrito por: Lee Han; Moon Ji-won
Gênero: Crime, Drama, Autismo
País: Coréia do Sul
Elenco: Jung Woo-Sung, Kim Hyang-Gi, Lee Kyu-Hyung, Jang Young-Nam, Park Geun-Hyung, Yum Hye-Ran e Kim Seung-Yoon

Sinopse: Soon-Ho  é um advogado pobre. Ele defende uma suspeita em um caso de assassinato. Enquanto trabalha no caso, Soon-Ho conhece Ji-Woo. Ela é a única testemunha no caso de assassinato e ela tem autismo.

Onde achar: Movie Asian Fansub

Quando baixei esse filme estava com receio de ser daqueles que faz você chorar boa parte, mas me surpreendi em todos os sentidos. Filme maravilhoso que já quero mesmo é ver de novo.

A história começa com Soon Ho e um de seus clientes, ele é um advogado pobre que trabalha em uma companhia que visa lucro e nada mais, não importa a índole do cliente desde que os advogados ganhem o caso sobem na carreira e o maior problema de Soon Ho é que ele não é esse tipo de pessoa, ele realmente preza a justiça e tenta de todos os modos seguir esse caminho em sua carreira, por isso ainda não foi admitido como sócio na empresa. Por causa de um grande caso envolvendo um fabricante de absorventes que está sendo processado por usar componentes cancerígenos que adoeceu várias usuárias, o chefe de Soon Ho passa um caso de assassinato para ele no qual a empregada de um rico senhor está envolvida como suspeita e é ela que ele precisa defender.

O pai de Soon Ho sofre de Parkinson,  é um senhor engraçado e abelhudo que está sempre tentando casá-lo enquanto a melhor amiga dele está envolvida nos protestos do caso de absorventes no qual o chefe dele está trabalhando. Para conseguir provar a inocência da sua cliente, que afirma o suicídio do seu patrão, ele precisa se aproximar de Ji Woo uma adolescente autista, mas isso se prova um desafio muito maior do que ele imaginava, em especial porque o promotor do caso tem uma comunicação muito melhor com a garota que se recusa a falar com Soon Ho.

Enquanto a investigação progride, Soon Ho vai aprendendo mais sobre autismo até receber uma chance de conversar com Ji Woo através da única amiga da menina, contudo, logo ele descobre que Ji Woo sofre bullying na escola e ao ajudá-la consegue se aproximar mais dela, mas inicialmente, acreditando na sua cliente, ele usa o autismo dela para incapacitá-la como testemunha, contudo, o jogo vira e agora ele precisará reconquistar a confiança dela e fazer uma difícil escolha para que a justiça seja feita.

Não tenho palavras para dizer o quanto eu amei esse filme, a história é maravilhosa e com um plot twist muito bom e bem montado, as personagens são verossímeis e a  Kim Hyang-Gi (moment at eighteen) entrega uma adolescente autista tão bem atuada que nos convence e gera empatia pela personagem. Jung Woo-Sung está fantástico no papel de advogado em conflito pela justiça e a oportunidade de subir na carreira, Yum Hye-Ran (The K2, Goblin) nos entrega uma personagem misteriosa e quase consegue nos pegar. Super recomendo esse filme, final lindo e enredo muito bem montado.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

[Música] Monsta X Love U

O Monsta X lançou hoje seu novo single intitulado Love U, eu já tinha visto a prévia que eles lançaram no instagram dias atrás e não me arrependi quando ouvi. Ela traz o mesmo estilo de Who Do You Love sendo uma baladinha com elementos de thecno e o bom pop que conhecemos e amamos, surge na vibe de beautiful e até mesmo me lembrou as baladas do B.A.P, gostei muito! Estou realmente animada com o novo álbum coreano deles que deve sair ainda esse ano, espero. 

Uma das coisas que mais gostei, inclusive, foi ver que essa mudança de tom na música que diverge um pouco dos álbuns anteriores, vem com a carinha deles, o estilo não mudou, mas ficou versátil e mesmo que traga alguns elementos novos continua com a mesma marca do Monsta X que conheço e amo. Foi um alívio. Vivo com medo que eles mudem demais para o estilo americanizado como o EXO e o BTS. O single ainda traz uma versão de Who Do You Love remixada pelo Will I Am.


[Livro] A Garota que Não queria Lembrar

Título Original: The Cost of All Things
Autor: Maggie Lehrman
Ano: 2017
Gênero: Ficção, Drama, Mistério
Páginas: 352
ISBN-13: 9788584190508

Sinopse: O que você sacrificaria para superar a perda de um grande amor? Ou para enterrar de vez as suas tristezas? Ou para ter a beleza com que sempre sonhou? Cuidado, porque o preço pode ser alto demais... Após a morte do namorado, Ari recorre a um feitiço para apagar Win da memória. Mas esquecer o rapaz não é tão simples, ainda mais depois que Ari percebe que entre seus amigos, seu namorado e até ela mesma há segredos demais. Se revelados, podem mudar a sua vida para sempre. antes do passado e do presente em uma narrativa acelerada. É um drama misterioso e romântico, com os dois pés na realidade e o coração na magia. A cada página, a busca para revelar a verdade por trás de uma terrível tragédia fica mais perigosa para os personagens e mais interessante para o leitor.

Não me lembro do motivo pelo qual minha irmã decidiu comprar esse livro, mas ele me saiu bem diferente do que pensei. Com o avanço da minha meta de leitura, acabei colocando alguns livros na frente, isso porque eu separo os livros por mês, de acordo com a intenção que eu tenho para ler aquele mês, o caso desse foi, sendo bem sincera, para "tapar buraco" como outros que eu coloquei para preencher o vazio que vai ficar até as leituras de Novembro que vão ser bem específicas de acordo com a temática do meu trabalho esse ano para o Nanowrimo.

A história começa com Ari (Ariadne) indo à casa de uma hekamista, que seria uma espécie de feiticeira, com cinco mil dólares que apareceram magicamente no seu armário e que vão lhe dar o que ela precisa naquele momento: a cura da dor da perda. O namorado de Ari, Win, morrera semanas antes e, incapaz de lidar com a perda, ela pede um feitiço para apagá-lo da memória, contudo, os feitiços sempre tem efeitos colaterais e o preço que Ari paga para se esquecer do seu amor é a perda da habilidade de bailarina. Agora ela apagou Win da sua memória, mas não consegue mais dançar.

Enquanto isso, Diana, a melhor amiga de Ari, se preocupa com o estado dela sem saber sobre o feitiço, tal qual Markos, o melhor amigo de Win, que está sofrendo horrivelmente com a perda como se uma parte dela estivesse faltando, enquanto Ari não sente nada além do desespero por não poder dançar balé. Todo mundo confere a melancolia dela ao fato da perda de Win e quando ela pensa nas consequencias de revelar a verdade acaba descobrindo que seria odiada por todos que lhe cercam caso descobrissem que ela esqueceu do Win que todos amam.

Paralelo ao tormento de Ari e Markos, acompanhamos a narrativa de Win em seus últimos dias até o acidente que o matou, descobrindo que ele tinha depressão e não sabia como lidar com aquilo, por sua família ser muito pobre sua mãe tinha outras prioridades além de tratar (ou prestar atenção) ao que o filho mais velho estava passando. Também vemos o drama de Kay cuja irmã tinha câncer e, logo após recobrar a saúde, saíra pelo mundo deixando-a para trás. Ela havia comprado um feitiço de beleza para não ficar mais sozinha e se aproximara de Diana quando Ari, que passava a maior parte do tempo com o namorado, deixara a amiga de lado. Sabendo dos planos de Diana em ir para outra cidade e de Ari em entrar para o balé de Manhattan, Kay compra um feitiço de amarração que as prende a elas e as impede de se afastar acreditando que assim nunca ficaria sozinha e, sobretudo, crendo que o afeto pode ser imposto se não pode ser conquistado.

Quando Echo, a filha da hekamista, surge diante de Ari pedindo os cinco mil dólares que Win lhe devia a menina se vê em um beco sem saída quando a garota ameaça contar para todos sofre o feitiço que ela fez para esquecer o ex-namorado. Ao mesmo tempo, Markos tenta conter a dor da perda do melhor amigo passando tempo com Diana que é apaixonada por ele desde sempre e Kay vê os efeitos da sua amarração tomarem um curso perigoso que pode acabar ferindo gravemente aqueles que ela queria proteger.

O livro tem um ritmo acelerado que, num primeiro momento, não gostei muito. Dá a sensação que a autora quer terminar logo a história. Os quatro pontos de vista escolhidos para contar a narrativa foi, ao mesmo tempo, o ponto forte e fraco do livro, porque enquanto mergulhamos na cabeça daqueles personagens e os conhecemos melhor não podemos ter certeza se a visão que ele nos apresenta é real ou subjetiva uma vez que os acontecimentos são apresentados de forma muito intensa de acordo com a visão de mundo de cada um. Win é a única exceção porque temos uma visão intimista da sua doença e das razões que o levaram até o dia da sua morte e, de longe, foi a única parte do livro que eu gostei por identificação mesmo.

"[...] está aí uma coisa engraçada sobre a depressão: é difícil pra cacete cumprir um plano."

Esse personagem levanta uma reflexão muito válida sobre as doenças emocionais e o descaso ou mesmo a pouca importância que se ainda se dá em relação a elas além de mostrar como uma pessoa deprimida se sente, mesmo que numa dimensão bem menor do que acontece na realidade. A mãe de Win, embora não seja explicitado no livro, parece não perceber ou ignorar o que acontece com o filho uma vez que o menino passa por longos períodos de melancolia e ela simplesmente não intervém. Markos e Ari inclusive, que é os que estão mais próximos dele, parecem nem saber que o garoto tem uma doença, agem como se os períodos de tristeza fossem apenas isso, períodos e não um estado como realmente é. Além disso, Win mostra a impotência e o medo que alguém com esse transtorno passa, o medo de tudo, de não ser o bastante, de ser um peso, os pensamentos suicidas que vem do nada e cada vez com força maior, o derrotismo e a raiva que se sente em relação a si mesmo. É um retrato cru de como é difícil conviver com essa doença e de como é viver com a máscara do "tudo bem" escondendo como realmente se sente, como é cansativo, para escutar gente dizendo que é mimimi ou que a pessoa só quer chamar atenção. De todos os pontos de vista o dele foi o que achei mais intenso e até sincero, porque eu conseguia palpar os sentimentos, senti-los fluir pela minha pele e me colocar no lugar dele.

"Uma das partes mais estranhas da depressão é a maneira como ela afeta a memória. Quando estava deprimido não conseguia me recordar de nada particularmente feliz que tivesse acontecido comigo. As coisas que antes via como felizes pareciam falsas e vazias. O passado bom se apagava a uma distância homérica, e o presente bom, enfim, esse parecia impossível."

Outra coisa muito válida relativa a ele é a analogia com o feitiço que ele pede para se sentir bem, fazer parar a tristeza, a dor. Quando ele finalmente tem o feitiço na mão fica com medo de tomar, em parte pelo medo de se tornar outra pessoa, em parte por achar não merecer aquilo, não ser digno da felicidade. Passei por isso quando comecei o tratamento e via o que os remédios faziam comigo, o torpor, a mente sempre ligada no "Ok" independente do que acontecia, a sensação de falsa alegria que perseguia o tempo todo. Era como se vivesse numa nuvem ilusória que me prendia numa fachada de bem estar quando, lá no fundo, algo continuava me lembrando que eu era uma dependente, que sem aquele remédio voltaria a ser a pessoa obscura e vazia que sempre fui. Sério, isso não é brincadeira, Win é um alerta para o cuidado preciso com as doenças psicológicas, para a atenção que elas merecem e que ainda é tão negligenciada.

Porém, essa mesma empatia não aconteceu com as outras personagens. Achei Ari uma chata, não apenas egoísta, mas meio rasa também, ainda que ela levante uma questão importante que é o preço das nossas escolhas. Quantas vezes a gente não desejou ser capaz de esquecer tudo apenas para fugir da dor ou do medo? Mas nessas mesmas vezes, quantas a gente parou para pensar nas consequencias que isso traria? Pela minha experiência eu digo que nenhuma. Quando perdeu os pais, a tia dela lhe comprou um feitiço para ajudá-la a fugir do trauma e, talvez por isso, ela tenha achado que fugir era a resposta para se livrar daquilo que machucava e com o que ela achava que não podia lidar. Porém, o fato de ela negligenciar a Diana por causa de Win ou mesmo de impedir ela de fazer as próprias escolhas e cometer os próprios erros me irritava pra caramba, querer proteger uma pessoa não dá o direito de tolher sua vontade, ela sabia que a Diana gostava do Markos e Diana sabia que tipo de cara o garoto era, Ari não tinha nada que se meter naquilo, se a amiga não queria ouvir os conselhos que aprendesse sozinha. O fato de ela não querer que Diana sofresse só a fez sofrer mais.

O Markos tinha sérios problemas psicológicos que elevaram-se a um nível ainda maior depois da morte de Win que era mais seu irmão que os filhos da sua mãe e, dizer, essa mãe dele é o pior tipo de pessoa que eu já vi. Cega. Beirando a loucura. Depois de tudo que o filho Cal fez ela ainda tem a audácia de culpar o Markos do que aconteceu quando na verdade ninguém além dela mesma e dos outros dois filhos eram os culpados. Achei a atitude dela escrota. Com isso, entender porque o Markos agia como agia e se sentia como sentia era super de acordo com a forma com que ela cresceu, sempre se sentindo excluído dentro da própria família. O mesmo eu não posso dizer de Kay, essa guria era paranoica num nível irritante, eu passava os capítulos dela querendo que ela sumisse, na boa. Ela tinha tão pouca noção de si mesma e do mundo que ao invés de tentar entender as coisas achava que feitiço era a resposta pra tudo. Mesmo quando ela viu a merda que fez ainda assim insistiu em continuar com aquilo porque a obsessão era maior que a razão. Em nenhum momento senti empatia ou mesmo compaixão por ela, nem mesmo pena! Achei o final dela ameno para o que ela realmente merecia. Se tinha problemas com a irmã ela devia ter tentado resolver as coisas com ela e não ir atrás de substitutas colocando a vida dos outros em risco em nome do seu próprio egoísmo e da incapacidade de se aceitar.

O livro me deixou dividida entre o gostar e a raiva. Não quer dizer, claro, que é ruim, apenas que ou eu li numa fase errada ou ele realmente não me agradou mesmo, seja pela forma narrativa ou por suas personagens que, mesmo bem construídas, não me despertaram emoção (excetuando Win, claro). Ainda assim, deixo aqui a recomendação para leitura reflexiva, ele levanta questões muito boas.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

[Drama] Abyss

Original: 어비스 (RR: eobiseu)
Escritor: Moon Soo-Yun
Episódios: 16
Ano: 2019

Sinopse: Cha Min ( An Se-Ha ) é o sucessor de uma empresa de cosméticos. Ele é inteligente, humilde e tem um bom coração. Ele também é pouco atraente. Cha Min entra em um acidente depois que descobre que sua noiva, Hee Jin, o traiu e morre. É assim que ele recebe o abismo misterioso de um par de alienígenas e volta à vida com uma aparência diferente. Cha Min ( Ahn Hyo-Seop ) agora tem uma aparência bonita.
Ko Se-Yeon ( Kim Sa-Rang ) é uma bela promotora e é boa em seu trabalho. Ela é atacada por um assassino em série e morre. Devido ao Abyss misterioso, concedido a Cha Min, Ko Se-Yeon é revivida, mas agora ela tem uma aparência comum. A misteriosa Abyss revive pessoas mortas, mas elas ganham uma aparência de acordo com suas almas. Juntos, Se Yeon e Cha Min vão usar todas as suas habilidades para descobrir a verdade sobre o assassino de Se Yeon e provar a inocência de Min.

Abyss conta a história de Cha Min, o rico herdeiro de uma grande empresa de cosméticos que está noivo de Hae Jin, uma garota que foi apresentada por sua melhor amiga, Go Se Yeon por quem ele é apaixonado desde criança. Apesar de ser um homem doce, de bom coração e generoso, Cha Min não é fisicamente "lindo", por isso seus sentimentos por Se Yeon, linda, disputada e alta, não são correspondidos. Ao contrário dele, a beleza fez de Se Yeon uma mulher arrogante e metida que não se importa muito com os sentimentos dos outros. Ela é uma promotora bem sucedida que está no rastro de um serial killer que se esconde sob a fachada de um cirurgião.

Quando Hae Jin desaparece dias antes do casamento deixando para Cha Min nada além de dúvidas, ele acaba descobrindo que ela não gostava dele de verdade, que fora embora porque seria incapaz de amá-lo com a aparência que ele tinha, além de ter mentido para ele durante todo aquele tempo. Arrasado, Min decide se matar, mas se arrepende no último minuto só que acaba sendo atingido por um par de aliens que sem querer bate nele e o arremessa longe, matando-o. Ele acaba sendo revivido por uma pedra mágica chamada Abyss (abismo) que é dada a ele de presente sob a advertência de ser usada apenas se numa extrema necessidade. Os aliens lhe dizem que a pedra tem o poder de ressuscitar uma pessoa contudo, sua aparência muda de acordo com a sua alma (isso varia, algumas pessoas tem uma alma semelhante a sua aparência física então não mudam) e, como Cha Min era uma pessoa bonita por dentro, ele revive como um belissimo homem.

Contudo, ele é dado por desaparecido e sua mãe está com os nervos à flor da pele na procura dele. Mas Min não pode reaparecer porque ele foi acusado de ter assassinado Se Yeon que foi vítima do assassino em série Oh Yeon Cheol. Por ser apaixonado pela promotora desde sempre, ele é incapaz de aceitar sua morte, e quando vai visitá-la acaba descobrindo o poder do abyss ao ressuscitar  Se Yeon com a aparência de sua alma, uma mulher comum, baixinha e bonitinha. Por sorte, ela acaba se parecendo com a ex-promotora e agora advogada Lee Mi Do, o que lhe dá acesso não só a um apartamento, mas ao detetive Park responsável pela investigação do serial killer que lhe matou.

Enquanto investigam, tramas paralelas se conectam e por acidente Cha Min acaba ressuscitando Oh Yeon Cheol o que lhe confere uma série de problemas, tanto para ele quanto para Se Yeon, além disso, o promotor Seo Ji Uk, amigo de Se Yeon, é cúmplice do assassino o que complica ainda mais as coisas e facilita suas fugas. Agora, Cha Min vai precisar de ainda mais esperteza e ajuda para provar que não é um assassino e para proteger Se Yeon e sua ex-noiva Hae Jin, que era refém do serial killer, de caírem nas mãos dele e do seu cúmplice.

Te dizer que assisti esse drama por causa da Park Bo Young, gosto muito do trabalho dela e, em geral, ela sempre tem uma química maravilhosa com todos os atores que contracena, aqui não foi diferente ela deu um banho de atuação. Contudo, a história não me impressionou muito, tinha horas que a situação intelectual dos personagens era de um jeito que eu tinha vontade de socar o PC, principalmente o Cha Min que era o rei das decisões idiotas. A Hae Jin também me tirava do sério e me irritava o modo como o roteiro parecia facilitar para que Oh Yeon Cheol conseguisse o que queria. Era frustrante. Muitas coisas não são explicadas sobre o abyss ou sobre os aliens que deram a pedra a Cha Min. O final do drama é feliz, mas além de deixar essas lacunas usaram aquele recurso desnecessário de separar o casal nos 42 do segundo tempo para fazer ele voltar depois com uma explicação que beira o ridículo e isso não é um spoiler porque não to contando o que e como acontece. Não digo que é uma perda de tempo, sabe? Me diverti em algumas partes e tals, mas não é um drama que eu veria de novo.

terça-feira, 17 de setembro de 2019

[Livro] Essencial Clássicos Infantis - GRIMM #1

Original: Fairy Tales of the Brothers Grimm
Ano: 2016
Editora HB
160 páginas

Minha irmã comprou esse box dos Grimm já tem um tempo e na época foi tão barato que não acreditei até ela me mostrar o boleto. Como consegui uma folga na minha meta de leitura do ano (apesar do clube do livro), acabei adicionando o primeiro volume da trilogia para ler.

Não foi meu primeiro contato com os Grimm, já havia lido outro contos deles quando criança, lembro-me que meu favorito era o dos dois irmãos apesar de sua composição por vezes sombria e pesada, não há como negar o fascínio que a obra dos irmãos alemães exerce sobre o leitor. Há treze contos nesse livro, muitos que não conhecia outros que conheci versões diferentes como o primeiro conto, O Pássaro de Ouro, ouvi essa história ainda criança, mas numa versão diferente, diria até um pouco mais elaborada naquela coleção Conte Outra Vez que eu adorava quando pequena e pode ter me influenciado muito na minha paixão por escrever.

Outros foi uma grata surpresa, a maioria são fábulas e há alguns que parecem versões de outras histórias como Jorinda e Jorindo que se assemelha bastante a João e Maria em vários aspectos. Já alguns como João, O Felizardo, que conta a história de um homem tão otimista que chega a ser inacreditável (por vezes não sabia se ele era otimista ou burro mesmo kkkk), contudo, mostra que não precisamos de muito para ser feliz, tal como O Pescador e Sua Mulher, que mostra que a felicidade não está em ter tudo que queremos porque, uma vez que conseguimos algo, sempre vamos querer mais, movidos por uma ganância e inveja que não tem precedentes, mas tendo aquilo que nos basta e vivendo uma vida simples podemos conseguir mais felicidade que toda a riqueza do mundo não pode proporcionar. De longe foi meu conto favorito.

Os Sapatos Estragados é a história que vi em Barbie e as Princesas Bailarinas, claro que a Mattel modificou um pouco a história. Ler esse livro foi como voltar a ser criança, claro que com a idade que eu tenho vejo esses contos com outros olhos e outra perspectiva, mas mesmo que eu não tenha mais aquela visão mágica de mundo que tinha na infância, é inegável quão rico e fantástico é mergulhar no mundo dos Grimm com suas histórias mágicas e cheias de lições. Vale sempre muito a pena. 

domingo, 8 de setembro de 2019

[Anime] Akatsuki No Yona

Título Original: 暁のヨナ
Ano: 2014/2015
Episódios: 24 + 3 OVA
Autor: Mizuho Kusanagi
Gênero: Ação, Aventura, Fantasia, Romance

Sinopse: Yona é a única princesa do reino de Kouka e vive uma vida luxuosa e sem preocupações. Mas seu mundo perfeito vira de ponta cabeça quando Yona presencia o assassinato de seu querido pai. E o pior: O homem que assassinou seu pai foi Soo-won, por quem Yona era apaixonada desde a infância. Assim Soo-won começa sua ascensão ao trono e Yona foge com seu guarda costas, Son Hak para sobreviver.

Coloquei esse anime na minha lista por causa das inúmeras recomendações. Havia ouvido tanto quão bom ele era que precisava assistir para ver.

Como a própria sinopse já fala, a história segue Yona a princesa do reino de Riryuu, mimada pelo pai, perdeu a mãe muito cedo e tem como melhores amigos seu primo Soo Woon que praticamente cresceu com ela, e seu guarda-costas Hak o mais forte da tribo do vento e sucessor do seu avô. O pai de Yona era um rei tido por tolo que sonhava com um país pacifista e, por isso, bania as guerras e negligenciava muitas coisas em nome da paz no reino, coisa que trazia muitos problemas para os súditos, mas obviamente, Yona não sabia nada disso, ela passava os dias sonhando com o amor de Soo Won cujo casamento o pai dela se opunha sem revelar o motivo.

Quando completa dezesseis anos a vida de Yona muda para sempre. Determinada a fazer o pai mudar de ideia, ela corre a noite após a festa para seu quarto numa nova tentativa de que ele permita que ela se case com Soo Won, mas o que ela vê é seu amado empalando seu pai com sua espada. Em choque, Yona tenta entender o que está acontecendo e seu primo lhe conta uma sórdida história de traição envolvendo seu pai, claro que ela não acredita naquilo, o rei era um homem bom, que odiava armas e violência, ele nunca mataria ninguém. Como ela presenciou o assassinato, o conselheiro de Soo Won ordena que ele a mate, mas Yona consegue sair do aposento e é salva por Hak que também descobre a traição de Soo Won.

Ainda em choque por tudo que aconteceu naquela noite, ela segue Hak na direção da tribo do vento onde poderiam se abrigar e pensar no ocorrido. Yona se vê dividida entre seu ódio pelo que Soo Won fez tirando seu trono de modo brutal e o amor que ainda sente por ele enquanto é ignorante aos sentimentos de Hak que é apaixonado por ela. Eles conseguem chegar à vila de Hak e são bem recebidos, é quando descobrem que Soo Won reclamou o trono e, pela recusa do avô de Hak em aceitá-lo como rei, está usando a tribo do fogo para pressioná-lo. Ela pede que o avô do seu guarda-costas assinta na coroação do primo e, para não trazer mais confusão para a tribo, parte com Hak em busca de um sacerdote que pode lhes indicar uma direção.

No caminho, entretanto, são atacados pelo príncipe da tribo do fogo que sempre foi obcecado por Yona, mas rejeitado em todas as propostas de casamento que fez. Na luta para protegê-la, Hak é atacado diversas vezes e, em uma delas, por uma flecha envenenada, contudo, Yona consegue chegar a tempo para impedir que ele seja morto, mas os dois acabam caindo de um precipício e são resgatados por Yun, o garoto que toma conta do desajeitado sacerdote Ik Su. Quando se recuperam, ele diz a Yona que o destino dela é encontrar os quatro dragões que estão espalhados pelo reino. Contudo, ele só consegue indicar a localização de um deles, o dragão branco.

É assim que começa a jornada de Yona não apenas para encontrar os quatro dragões destinados a protegê-la, mas para descobrir a si mesma e sua força, aprender mais sobre o seu reino e seus sentimentos e, sobretudo, encontrar a força que precisa para vencer Soo Won e recuperar o que por direito lhe pertence. 

Cheio de personagens incrivelmente construídas, com uma princesa que não abaixa a cabeça mesmo com medo e uma história maravilhosa, Akatsuki no Yona tem ação, aventura, comédia, drama e uma pitadinha de romance, tudo na dose certa para nos deixar presos em cada capítulo sem ao menos piscar. Infelizmente, não temos um desfecho redondinho, isso porque o mangá ainda não está concluído e já vai no volume 30! Mas não tem sequer previsão de desfecho, assim, como o anime foi finalizado em 2015 a história acaba apenas com a promessa de que o melhor ainda está por vir. Contudo, super recomendo. 

Além disso, a trilha sonora é maravilhosa e, dentre as minhas favoritas, claro que está a composição irretocável de Akiko Shikata que eu deixo aqui para vocês apreciarem:


sexta-feira, 6 de setembro de 2019

[Mangá] Nagato Yuki Chan no Shoushitsu

Original: 長門有希ちゃんの消失
Gênero: Comédia Romântica
Ano: 2009-2016
Volumes: 10
Autor e ilustrador:  Puyo

Sinopse: Yuki Nagato, a presidente tímida do clube de literatura, nunca foi muito segura de si em torno de outras pessoas. Mas em torno de Kyon, o único menino no pequeno grupo, de três pessoas do clube, Yuki encontra-se vacilante ainda mais do que o habitual. Para Kyon, e por seu precioso clube, Yuki deve encontrar sua confiança e deixar que sua verdadeira personalidade brilhe! 

Quando vi o anime desse mangá fiquei apaixonada pelo enredo, achei interessante e muito fofo, apesar de o final na época não ter feito muito sentido para mim. Acabei decidindo ir atrás do mangá, mas as traduções em português estavam estacionadas, como já havia lido outros mangás em inglês decidi por este na lista e lê-lo em inglês mesmo, usei o site magakalot que é onde eu mais gosto de ler porque o sistema deles é bem confortável.

A história é quase a mesma do anime, Nagato Yuki é uma adolescente que mora sozinha, não fala onde os pais dela estão, quem cuida dela é sua vizinha e melhor amiga Asakura Ryoko que não esconde seu instinto materno e superprotetor com ela. Nagato é viciada em jogos, adoravelmente tímida e presidente do clube de literatura da escola (ainda que ler seja a última coisa que ela faz lá haha). Contudo, seu clube está prestes a ser fechado por falta de membros, assim, para salvá-lo, ela precisa se prontificar a enfrentar as pessoas para conseguir membros e é quando Kyon entra em cena. Yuki o havia conhecido na biblioteca semanas antes, como ela não tinha carteira ele alugara os livros para ela usando a sua e, desde aquele momento, ela ficara encantada com ele.

Mesmo um pouco apreensivo, Kyon acaba se juntando ao clube no início a gente não tem muita certeza, mas ele parece ter se não um interesse, mas uma curiosidade com Nagato o que é muito fofo de toda forma. Ele consegue que dois dos seus amigos se tornem membros fantasma mantendo assim o clube de Nagato a salvo. Conforme os dois convivem ela vai se apaixonando por ele e, sem saber como lidar com isso, recebe a ajuda de Ryoko, porém, a chegada de Suzumiya no clube promete atrapalhar um pouco as coisas no começo. Ela conheceu Kyon em uma noite escura quando ele voltava da loja de conveniência e ela queria se comunicar com seres inexistentes que na cabeça dela eram muito reais.

É assim, após uma volta para casa sob a chuva, que Nagato Yuki é quase atropelada e, a partir desse momento, muda de personalidade. No anime isso me deixou um pouco desconcertada, não entendi direito o que aconteceu e o mangá não esclarece muita coisa. É como se fossem duas Nagatos, a doce, tímida e fofinha que é sua personalidade real e aquela mais fria, indiferente e assertiva, direta e, a partir do acidente, é essa que assume o controle enquanto a outra adormece dentro da sua consciência. Psicologicamente falando isso deve ter outra conotação, mas não sou psicóloga pra dizer. A coisa é que essa Nagato surge e, a partir daí, sua relação com Kyon (que já estava começando a gostar dela) assume outro patamar.

Os dois se aproximam mais, não apenas por eles terem certos gostos em comum, mas por essa Nagato nova ser ainda mais fascinante para ele. É quando chega o momento que ele não sabe de qual das duas gostas mais. A nova Nagato tem um tempo limitado e, antes de "devolver" sua personalidade para o subconsciente de Yuki, ela revela a Kyon que é apaixonada por ele, ambas. Quando Yuki acorda, não lembra nada do que aconteceu. Assim, resta a Kyon e Yuki não apenas tomarem coragem para assumir seus sentimentos como superar os obstáculos que se interporão em seus caminhos.

Eu gostei muito do mangá, é leve, fofo e engraçado na dose certa. As carinhas da Yuki, gente, eu morria de fofura, na boa! Essas são algumas fotos do anime que tem no mangá também igualzinho:





Gente, fala sério, a Yuki é muito fofinha! Eu tinha tantos surtos que vocês não tem ideia. O anime não adaptou a obra toda, por isso o final meio estranho, isso porque o anime foi lançado em 2015 e o mangá só foi finalizado em agosto de 2016 e te contar, se tivessem adaptado o último volume eu não apenas ia surtar (porque tem beijinho) mas ia chorar horrores. A evolução da Yuki também é algo maravilhoso de acompanhar, ela consegue crescer sem abandonar sua personalidade e tem horas que ela é tão ingênua que a gente quer por ela num potinho, sério, é muito amor. A relação dela com o Kyon se desenvolve num ritmo lento e muito gostoso de acompanhar, ficamos na torcida que eles assumam o que sentem e quando acontece, nossa! Além disso, personagens como a Ryouko ganham um pouco mais de destaque também o que é bom, a gente vê a gênesis da amizade dela com a Yuki e é muito amorzinho. É muito bom mesmo, super recomendo. O inglês dos mangás é sempre bem simplinho de modo que mesmo um básico como eu consegue ler tranquilo. Mais que recomendado!

LEIA AQUI a resenha que fiz na época que assisti o anime.