segunda-feira, 30 de setembro de 2019

[Relendo&Resenhando] A Sensitiva

Original: If He's sinful
Autora: Hannah Howell
Ano: 2008
Série: Wherlocke #2
Gêneros: Fantasia romântica, Ficção supernatural, Ficção paranormal

Sinopse: Por toda a Londres do século XVII, é possível ouvir sussurros e boatos sobre os dons inexplicáveis da família Wherlocke. Mas o Lorde Ashton, um homem com firmes convicções, é uma das vozes mais céticas de seu tempo, e tudo caminhava para continuar assim, até encontrar uma bela mulher desacordada, largada no quarto de um bordel. A mulher misteriosa é Penélope Wherlocke, e seu dom especial a levou para um mundo perigoso de alta sociedade, quando foi sequestrada e vendida a uma cafetina criminosa. Ao vê-la, Ashton ficou enfeitiçado. Algo lhe diz que deveria esquecê-la, mas é atraído cada vez mais para a vida dela, transformando-se em seu protetor. Porém, Penélope é uma mulher com ideias próprias, algo que sempre a afastou dos homens de sua época, mas enfim encontra alguém seguro e capaz de lidar com suas habilidades sobrenaturais.

Esse era para ser o livro de Agosto, mas aconteceu tanta coisa naquele mês, em especial com o falecimento do meu avô logo no começo da última semana que me vi sem qualquer energia. Então, o projeto Relendo e Resenhando pulou um mês e adiantei a releitura para setembro.

A história começa com Penélope Wherlocke sendo sequestrada por uma dupla de brutamontes que a leva para um bordel quando, para seu desespero, ela descobre que foi vendida. O prostíbulo em questão pertence a uma cafetina cruel chamada Crachitt cujo estabelecimento atende boa parte da nobreza inglesa entre elas Ashton Radmoor, o visconde de Radmoor atolado pelas dívidas deixadas por seu pai infiel e esbanjador. Ashton está quase noivo de Clarissa, meia irmã por casamento de Penélope, uma mulher frívola e fútil que está se casando por conveniência para se tornar uma condessa. Drogada, ela se vê à mercê de um destino cruel e, pior, de uma possível morte violenta como a do fantasma aos pés da sua cama.

Para sua sorte - ou destino - os amigos de Ashton organizaram uma noitada de "prazer" para ele e o que o visconde não fazia a menor ideia era que a pequena e adorável Penélope drogada seria sua prenda. De início, ele não queria ir, estava saturado de uma satisfação vazia e desistiu de encontrar o amor, conformado com o casamento arranjado que salvará sua família da ruína, mesmo que planeje ser fiel à Clarissa, isso, claro, até encontrar Penélope praticamente nua à sua disposição. Ashton se vê encantado por ela e, obviamente, achando que era uma prostituta, começa a agradecer internamente aos amigos pelo "presente" sem ter ideia que está prestes a violar a filha de um marquês.

Com a droga nublando a pouca razão que lhe restava, Penélope até tenta dizer ao visconde quem ela é, mas é óbvio que ele não acredita até ter sua diversão interrompida por Artemis, irmão de Penélope, junto de outras crianças que vem em seu socorro.  Assim, com a ajuda dos seus amigos e das crianças, Ashton ajuda a levar Penélope de volta à Toca Wherlocke onde ela cuida de 10 crianças ilegítimas de seus parentes infiéis. É quando ele, enfeitiçado por ela, procura descobrir mais sobre sua família e descobre que a garota é meio irmã e de sua noiva que, provavelmente, conspirou com o irmão Charles para sequestrá-la e atirá-la no bordel onde Charles se divertiria com ela antes de dar-lhe um fim definitivo.

Por mais que tente resistir a paixão enorme que sente pelo homem desde o primeiro dia que o viu às escondidas na casa que um dia pertencera a sua mãe, Penélope não consegue se desfazer do sentimento que lhe toma o peito, especialmente depois de provar um pouco do sabor do visconde e, como Charles tem a sua guarda - e assim a posse dos seus bens até ela completar 25 anos - Penélope sabe que não pode ser a noiva rica que Ashton procura, de modo que se contenta em desfrutar da atenção que ele lhe reserva enquanto seu noivado com Clarissa não se concretiza. Contudo, alguém está tentando tirar a sua vida e sozinha com as dez crianças, ela vai precisar se aproximar ainda mais de Ashton se quiser salvar a si mesma, a felicidade do visconde e o seu coração.

A Sensitiva é meu livro favorito da série até agora (porque a série é longa, mas os livros não foram todos traduzidos, infelizmente) uma vez que mistura mais ação e suspense que seu antecessor A Vidente e, pelo pouco que me lembro, que o posterior, A Intuitiva que também planejo reler. Penélope é uma personagem forte como todos de sua família, com o dom de ver os mortos ela nos carrega em uma trama cheia de segredos sombrios, mortes violentas e conspirações, além de termos um vislumbre muito interessante de como se comportava a nobreza da época. Ashton cumpre seu papel como um visconde cético que deseja com todas as forças ser diferente do pai alcoolatra, mulherengo e esbanjador.

Fora eles ainda contamos com os amigos de Ashton, em especial Brant que tem um papel importante na história de determinado fantasma, os impiedosos meio irmãos de Penélope Charles e Clarissa que não me entusiasmaram muito como antagonistas nem da primeira vez e nem desta, além das crianças "rejeitadas" que dão um toque a mais na história. Em montagem a série segue um padrão bem semelhante, mas que não dá para enjoar quando nos vemos diante de personagens tão carismáticos e intrigantes com histórias que nos arrancam da realidade. A Sensitiva, assim como a vidente, nos passa uma mensagem particular. Clhoe nos ensinou que o amor não vê diferenças, Ashton nos ensina nesse livro o que realmente é importante na vida de uma pessoa, que o maior tesouro que um homem pode conquistar é o amor verdadeiro. Penélope nos mostra que devemos ser corajosos e nos arriscar sem medo de tentar e nem de ser feliz, pois apenas assim conseguiremos transformar em realidade o que almejamos. Super recomendo!

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