Original: 시그널; rr:
Sigeuneol
Ano: 2016
Direção: Kim Won-seok
Roteiro: Kim Eun-hee
País: Coréia do Sul
Gênero: Policial, Fantasia, Drama, Crime
Episódios: 16
Elenco: Lee Je-hoon
Kim Hye-soo
Cho Jin-woong
Sinopse: Detetives do presente e um detetive do passado se comunicam através de walkie-talkie para resolver um caso que nunca foi solucionado.
A série será baseada no filme de sucesso Memories of Murder, de Joon Ho Bong, que foi baseado em um caso real em Hwaseong de assassinatos em série que ocorreram na década de 1980. O serial killer estuprou e matou dez mulheres e nunca foi pego, e é um dos casos reais mais populares de criminalidade que já foi recontada muitas vezes no cinema e na televisão, provavelmente porque permanece sem solução até hoje.
Onde encontrar: Subarashii Fansub e Urameshidowns
Baixei Signal na época em que estava finalizando Tunnel, gostei tanto desse último que queria ver algo na mesma vibe e a premissa desse drama era muito boa. Acabei adiando e agora, com a quarentena, convidei minha irmã para ver comigo (junto de outros trezentos dramas que estão ocupando espaço no meu PC a eras e eu ainda não vi).
O plot é um pouco semelhante a Tunnel, contudo aqui não é um detetive que atravessa o tempo, a história de Signal gira em torno de Park Hae Young, um jovem policial patrulheiro que por ser um profiler competente acaba vendendo algumas informações de celebridades para jornalistas e acaba sendo pego pela detetive Cha Soo Hyun, mas consegue ser liberado. Ele odeia a polícia porque, quinze anos atrás, seu irmão Sun Woo foi acusado injustamente de ter violentado uma garota e acabou se suicidando.
Quando sai da delegacia, ele acaba sendo bloqueado por um caminhão que estacionou atravessado impedindo-o de tirar seu carro, está prestes a telefonar para o dono quando ouve um barulho de rádio chamando seu nome. É um walkie talkie muito antigo. Intrigado, Hae Young atende ao chamado e fala com o detetive Lee Jae Han que lhe conta sobre o corpo de um homem acusado de sequestrar uma menina que estudava na mesma escola que Hae Young. A transmissão acaba depois de um minuto e, mesmo se sentindo maluco, o policial vai até o local indicado pelo detetive, um hospital desativado, onde encontra os restos mortais do homem em questão.
Park Hae Young liga para a detetive Cha e informa sobre o corpo, mesmo contrariada a polícia reabre o caso para investigação quando pistas sobre o corpo apontam novas direções para o verdadeiro assassino da menina, Park Hae Young traça o perfil do criminoso e com a ajuda dele a detetive Cha consegue rastrear uma enfermeira que além de matar a menina também matou o homem que acusaram de sequestrar a criança. Com o êxito desse caso uma nova divisão é aberta para casos arquivados (um típico cold case coreano hahaha) e a detetive Cha é colocada como líder de equipe enquanto Park Hae Young se eleva a inspetor e é designado como o profiler da equipe.
Os casos que caem nas mãos da equipe são casos relacionados ao detetive Lee Jae Han e envolvem a detetive Cha uma vez que ela era subordinada dele. Park Hae Young, através das transmissões pelo walkie talkie percebe que pode mudar o passado e, assim, alterar o futuro salvando a vida das vítimas, ele então começa a dar pistas ao detetive Lee como uma forma de ajudá-lo a pegar o criminoso no passado e assim poupar a vida das vítimas no presente, contudo, cada vez que um caso é solucionado no passado uma morte inocente acontece no curso da história.
Investigando o detetive Lee, Park Hae Young acaba descobrindo que ele foi incriminado quando resolvia o caso que levou a morte de seu irmão Sun Woo, ele começa a desenterrar o passado junto com a detetive Cha para desmascarar um caso de corrupção envolvendo o superintendente da polícia coreana e um político corrupto, a luta contra o tempo para salvar não somente o detetive Lee, mas suas próprias vidas, pode resultar numa verdadeira bagunça temporal que cobrará um preço caro.
Confessar que quando comecei a assistir estava na maior empolgação, como disse o plot do drama ,além de ser semelhante ao de Tunnel, era muito interessante o detetive Park era inteligente, tinha um carisma que prendia nossa atenção e sua vulnerabilidade nos tornava empáticos com ele. Da detetive Cha eu realmente não gostei, em especial pelos flashbacks do passado, tinha hora que minha irmã e eu ficávamos nos perguntando como essa mulher conseguiu entrar pra polícia. O detetive Lee era ótimo, mas o cérebro dele parecia falhar algumas vezes o que era irritante, mas muito humano haha, a gente gostou muito dele, especialmente porque ele não era nada burro e a reviravolta que ele deu no final foi digna de aplausos.
Contudo, o problema do drama é justamente esse: a falta de final. Eu nem poderia dizer que o final é aberto porque ele é só inconcluso mesmo, acabou meio que do nada como se eles tivessem cortado o episódio antes de mostrar o desfecho e isso foi bem frustrante. A solução do caso principal ficou em aberto, coisa que também não gostei nada, os culpados foram apontados, mas a punição ficou em suspenso, não posso nomear esse último capítulo como outra coisa além de frustrante. O drama em si é muito bom, tanto como suspense quanto como fantasia, os casos são sombrios e as operações de tirar o fôlego, mas esse final realmente me deixa na dúvida se vale a pena indicar essas dezesseis horas ou não haha. Vou deixar isso a critério de vocês.
Num balanço geral eu gostei. Ganhou meu 8,0 ainda que, ao contrário de Tunnel, não seja um drama que eu planeje ver de novo porque para mim esse final foi bem frustrante. Contudo, se você não se importar com isso fica aí a dica de uma excelente série policial. São ao todo quatro casos que eles investigam, um deles descobri que era baseado em fatos reais de um assassino em série na Coréia e foi o mesmo caso investigado em Tunnel (sinistro).
Original: シグナル 長期未解決事件捜査班 RR: Shigunaru: Choki Mikaiketsu Jiken Sosahan
Ano: 2018
Direção: Akira Uchikata, Kosuke Suzuki
Roteiro: Masaya Ozaki
País: Japão
Episódios: 10
Elenco: Kentaro Sakaguchi, Kazuki Kitamura, Michiko Kichise
Sinopse: Depois de achar um misterioso walkie-talkie, o detetive Saegusa Kento (Sakaguchi Kentaro) consegue se comunicar com outro detetive, Oyama Takeshi (Kitamura Kazuki), só que ele se encontra no passado. Os dois se unem para resolver diversos casos que não foram solucionados. No entanto, eles logo descobrirão que alterar eventos do passado pode trazer graves consequências para suas vidas.
Onde encontrar: Mahal Dramas Fansub
Em 2018 o Japão lançou um remake do drama coreano dirigido por Akira Uchikata (Re: Mind) e protagonizado por Kentaro Sakaguchi (Color me true, Narratage, Kodaike no Hitobito, Gomen, Aishiteru). A história segue praticamente a mesma com a diferença de ambientação (claro!) e umas poucas modificações no roteiro. Por exemplo, a secretária que era o primeiro amor do detetive Lee na versão original, aqui se tornou uma garota que faz as vezes de protegida dele e é Midori, uma garçonete. O tempo também é diferente, enquanto na versão original ela cobre entre 1989 e 2015 aqui ela vai de 1997 a 2018.
Outra coisa que mudou um pouco foi a personalidade das personagens, achei a versão japonesa menos carismática nesse ponto, eu gosto muito das produções do Japão, não entendam mal, mas a versão nipônica do Park Hae Young não era complexa e carismática quanto sua versão original. Enquanto Lee Je-hoon nos entregava uma personagem forte, mas que exalava sua vulnerabilidade sem parecer óbvio, nós lidávamos com uma personagem complexa que sabia mesclar a dramaticidade do seu passado com um bloqueio emocional que vai sendo trabalhado ao longo dos episódios, o mesmo não aconteceu com Kentaro Sakaguchi cujo trabalho eu já conhecia de produções anteriores.
Ao contrário do inspetor Park, o sargento Saegusa apesar de compartilhar da mesma história não nos impacta como sua versão coreana. Ele é um bom ator, mas na maior parte do tempo ele ficou mais enérgico do que complexo. Pelo menos foi o que me pareceu.
A história do drama também foi encurtada nessa versão ocultando o caso de morte de mulheres no qual, na versão coreana, Cha Soo Hyung foi uma vítima. Mesmo cada episódio tendo quase uma hora de duração, muita coisa foi modificada para um espaço de tempo menor e isso, mesmo não diminuindo a trama em si, serviu para dar uma esfriada na carga dramática que o drama tem (ou deveria ter).
Uma coisa que eu gostei muito, e aqui aplaudo as duas versões, foi a fidelidade histórica. Desde o figurino à tecnologia dos anos 80/90 foi retratado de forma muito válida, os computadores (que eu não tenho ideia de como ainda funcionava kkkk), os automóveis, isso ficou muito real e palpável o que tornava a nossa experiência bem verossímil. Aplausos.
O ponto da versão japonesa vai para o filme que continua a história. Não encontrei esse filme em canto nenhum e alguns sites dizem que ele está prometido para o ano que vem, acho meio improvável já que esse drama é de 2018, mas esperemos. Ao contrário da versão coreana que terminou naquele cenário meio "Mas que *%$#@".
Enfim, recomendo Signal para quem curte um bom drama policial, tanto a versão japonesa quanto a coreana valem a conferida. Inclusive, foi muito bom poder ver um drama japonês, parecia fazer eras que eu não assistia nada do lado de lá. Vejo vocês na próxima!