Ano: 1887
Sinopse: Dr. Watson conhecera Sherlock Holmes a fim de dividir com ele um apartamento, para que pudessem dividir as despesas. Quase que instantaneamente, o doutor Watson percebera o ser genial que o cercava. Holmes demonstrava, através das suas atitudes, um senso dedutivo elevadíssimo e uma inteligência impressionante. O poder de ligação dos fatos que Holmes demonstrava fazia com que o seu novo companheiro de quarto ficasse bastante admirado. Foi uma questão de tempo até que o Dr. Watson se tornasse um fã incontestável e braço direito de Holmes.
Os agentes Lestrade e Gregson, da Scotland Yard, tinham um caso muito curioso em suas mãos. Um homem foi encontrado morto numa casa abandonada. Apesar de haver respingos de sangue na casa, o corpo não apresentava nenhum ferimento. Quase que imediatamente, o amador, mas muito competente Jefferson, contara toda a história, desde a tribo Mórmom ao assassinato de Stangerson. Lucy Ferrier era o nome da senhorita que fora o foco principal de todas as desavenças narradas. Simplesmente apreensiva a primeira investigação registrada de Sherlock Holmes e tudo girando em torno da flor de Utah, Lucy Ferrier.
Esse foi o primeiro livro de Sherlock Holmes que li, ainda na adolescência. Pegara emprestado com uma amiga de escola que havia comprado este e O Cão de Baskerville. Não lembro o que achei na época porque não costumava manter registro das minhas leituras e, revisitando-o esta semana, percebi que sequer me lembrava da história. Antes dele, já estava bem familiarizada com Poirot, personagem icônico de Agatha Christie, de modo que não creio ter me surpreendido em demasia com a trama de Doyle.
Em sua primeira aventura, Sherlock Holmes, um detetive consultor com manias bastante peculiares, conhece o doutor Watson, narrador da história e médico "aposentado" do Afeganistão após uma lesão séria no braço. Com a convivência no mesmo local, o médico acaba desenvolvendo uma curiosidade latente a respeito de seu companheiro, mas todas as suas tentativas de decifrá-lo se mostram infrutíferas. Até acontecer um assassinato.
Enoch Drebber é encontrado morto em uma casa vazia, apesar de ter sangue em volta, não há nenhum ferimento no corpo e a palavra rache (vingança em alemão) escrita com sangue na parede poderia ter levado o caso a caminhos políticos não fosse a intervenção do brilhante Holmes que, em um exame minucioso, logo de cara consegue deduzir noventa por cento do mistério.
Acompanhado do doutor Watson, Holmes embarca em uma aventura na caça do assassino sedento por vingança e envereda-se pelo seu passado em Utah, durante o 'reinado' dos mórmons, envolvendo uma bela jovem e um romance que terminara em tragédia.
A escrita de Doyle é bem detalhada e cheia de nuances e sutilezas estilísticas que tornam a leitura um pouco exigente às vezes, contudo, o mistério que circunda o caso não nos deixa parar de ler até sua conclusão. A apresentação de Sherlock Holmes não podia ser melhor, o modo de criação da personagem foi tão meticuloso que, enquanto imergimos na Londres do século XIX passamos a acreditar que tudo que foi escrito é um relato real. Como já era de esperar, esse primeiro (re)contado com a trama de Holmes me dá brecha de comparação com os casos criados por Christie para Poirot, mesmo que ambos os detetives sejam muito singulares em seus métodos, e talvez por meu ainda pouco costume com a literatura de Doyle, sinto que falta nos livros um pouco da aventura e do peso que os casos de Poirot normalmente tem. Porém, é indubitável que a sagacidade do método de dedução de Holmes tem seu apelo ao leitor deixando-nos fascinados já nas primeiras páginas.
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