Sinopse: Baseado no mangá de Yuki Kodama, o enredo é protagonizado por Staz, vampiro chefe de uma seção do mundo demoníaco. Apesar de ser um vampiro, Staz não se interessa por sangue humano, contudo é um aficionado pela cultura japonesa, assim, quando Fuyumi Yanagi, uma adolescente japonesa, chega à cidade demoníaca, ele corre em seu encontro a fim de conhecê-la e aprender mais sobre o Japão. Todavia, no caminho ele passa por problemas e outro mostro acaba matando a garota, que se converte em um fantasma errante. Devastado, Staz resolve descobrir uma forma de devolver a vida a Fuyumi.
Então, tem uns dois dias que eu finalizei esse anime, mas não tive tempo de postar a resenha porque ando meio corrida com os estudos e com as demais obrigações diárias, tá sendo dose manter a rotina, viu? Mas bem, Blood Lad vai contar a história de Staz, um vampiro de alta linhagem que fugiu de casa e é o dono de um território no submundo dos demônios. Ao contrário dos vampiros "normais", Staz não se interessa por sangue humano, ao contrário, ele se interessa de verdade por cultura pop japonesa, sendo um verdadeiro otaku de carteirinha.
Um dia, para seu deleite, uma humana comum aparece no submundo bem no seu território e é levada até ele, a garota em questão é Fuyumi, uma colegial que entrou no mundo dos demônios através de uma cortina negra que, bizarramente, se abriu no seu mundo. Staz fica extasiado por ela, não apenas por se interessar pelo sangue humano pela primeira vez (e pela luxúria também), mas por ela ser um portal para todos os costumes do mundo que ele nunca conheceu. Contudo, seu território está sendo atacado bem nesse momento e, ao deixá-la para resolver o problema, ela acaba sendo assassinada por um dos monstros do invasor e se torna um fantasma.
Decidido a encontrar uma maneira de trazê-la de volta á vida, Staz vai se aventurar por outros territórios do mundo demoníaco e, inclusive, voltar para sua casa em busca de uma forma de ressuscitar Fuyumi, mas a tarefa vai ser bem mais complicada do que ele poderia imaginar e, ainda mais, colocará em seu caminho oponentes poderosos que desafiarão seu poder.
Quando comecei a assistir pensei de cara que esse anime tinha a clara intenção de ser um daqueles ecchis pastelões que satiriza uma parte da mitologia e, de certa forma, não deixa de ser verdade. Não tenho a menor ideia da razão por eu ter colocado na minha grade pra assistir, como era para ter uma continuação (que eu não sei se vai acontecer) a história não se fecha completamente e muitos dos mistérios que permeiam os personagens fica nublado. Confesso que não gostei muito, nem pelo fato de ser um anime seinen porque eu já vi vários do gênero e curti pra caramba, acho que foi a história mesmo que não me envolveu. Ainda assim vale a indicação para quem curte esse tipo de anime e quer passar o tempo com algo curtinho.
Titulo Original: 絶対彼氏 Gênero: Shoujo, Romance, Comédia, Drama Autor: Yuu Watase Diretor: Masato Hijikata, Genta Sato, Manabu Kitagawa Roteiro: Rika Nezu, Rei Fumishima, Junpei Nihei Episódios: 11 País: Japão
Onde achar: Dorama JPN
Sinopse: Riiko Izawa é uma garota sem muita sorte no amor que nunca teve um namorado e foi rejeitada por todos os garotos dos quais ela tentou se aproximar. Quando ela devolve um celular perdido para um desconhecido e estranho empresário, recebe como agradecimento o endereço do website de sua empresa. Riiko acaba, sem intenção, por encomendar um androide, projetado pela empresa Kronos Heaven para ser o namorado perfeito, com a intenção devolvê-lo depois do período de teste de três dias.
Quando seu período de teste de três dias acaba, Riiko descobre que não pode devolver seu namorado perfeito (o qual Riiko chama de Night.) e está com uma dívida de 100,000,000,000 ienes (aproximadamente 2 milhões de reais). O misterioso empresário, Namikiri Gaku, conta para ela que a companhia irá esquecer a dívida se ela ajudá-los a coletar dados sobre os sentimentos das mulheres e sobre sua estrutura mental e psíquica, para aprimorar os futuros namorados perfeitos. (VIA: Banco de Séries)
Gente, eu levei um ano pra conseguir finalizar esse drama. Sério. Por vezes eu tentei assistir, mas nunca conseguia passar da metade do capítulo 4 porque eu não suportava a protagonista, êta mulher chata!
Izawa Riiko trabalha numa empresa que vende doces e seu sonho é se tornar confeiteira. Ela é apaixonada por Seichuu, seu chefe mulherengo que não dá a mínima para os doces que a sua empresa produz porque, para ele, só têm beleza, mas não sabor. Isso até ele provar os bolinhos de creme que Izawa fez e se encantar pelo sabor. Decidido a vendê-los nas lojas da empresa ele vai atrás de apoio, mas como os bolinhos, apesar de gostosos, têm uma aparência nada convidativa ninguém coloca fé neles (nem sequer prova!)
Infeliz com a sua vida amorosa de mulher encalhada, Izawa acaba participando de uma pesquisa para o namorado perfeito (sem nem saber do que se trata, diga-se de passagem) e acaba sendo "forçada" a adquirir um robô com todas as descrições que deu por uma fortuna que ela não tem. Acontece que o robô, a quem ela apelida de Night, é um verdadeiro chiclete o que não deixa de ser uma gracinha, mas causa altas confusões no trabalho dela onde ele incrivelmente consegue um emprego.
Aos poucos, conforme sua vida vai afundando e Night ganhando mais e mais admiração, Riiko começa a sentir o peso do seu segredo e sequer percebe que Night está, na verdade, agindo além da sua programação (não é que ele esteja se tornando humano, mas ele está desenvolvendo sentimentos de verdade) e a empresa Kronos Heaven, produtora do robô, ao descobrir isso fica querendo destruí-lo. Mais próxima de Seichuu por causa de uma competição de doces, Izawa vai se ver dividida entre o homem por quem sempre foi apaixonada e o robô que inevitavelmente começou a amar.
Eu já disse que essa guria é um pé no saco, embora às vezes a gente entenda a situação dela, convenhamos que ela engole as coisas com muita passividade e isso é irritante. Night é uma gracinha, ele realmente se dedica a ela de corpo e... não dá pra chamar alma porque ele é um robô, mas deu pra entender, né? Só que ela não dá a mínima porque, pra ela, ele é só um robô e mesmo quando começa a se apegar a ele nunca admite seus sentimentos. Na verdade ela só vai se dar conta do que sente tarde demais por sinal.
Confesso que o final do drama me deixou meio heartbroken, apesar de entender toda a coisa do robô e tals, eu não curti muito não o que aconteceu, tanto é que nem assisti o especial porque não queria estragar ainda mais esse sentimento de que o pobre Night só foi criado pra levar na cara. Apesar de o dorama não ser ruim, eu não gostei muito não. Enquanto assistia, comecei a refletir sobre como a tecnologia tem se tornado assustadora, porque apesar do drama ser de 2008 essa coisa dos acompanhantes robôs é bem real, acho que vale assistir para pensar sobre até onde é válido avançar nas "criações" tecnológicas.
Outra coisa bacana é o questionamento acerca do parceiro ideal. Será mesmo que se a gente tivesse uma pessoa "sem defeitos" ao nosso lado valeria a pena? Ficaríamos satisfeitos com isso? Entre uma série de outras questões que o drama nos traz, esses foram os que mais me fizeram parar um tempo pra refletir, e foi apenas por causa disso que ele me arrancou um oito nas notas. Então, ver ou não ver eu deixo a seu critério.
Título Original: Prom Nights from Hell Data da primeira publicação: 1 de abril de 2007 Ano em que li: 2010 Gêneros: Terror, Romance Paranormal
Sinopse: Nesta emocionante coleção de contos de terror, as autoras best seller Meg Cabot (O Diário da Princesa), Stephenie Meyer (Crepúsculo), Kim Harrison, Michele Jaffe e Lauren Myracle se reuniram para mostrar que a formatura pode ser um evento muito mais aterrorizante do que se pensa. Problemas no guarda-roupa e um par que dança mal não são nada comparados a descobrir que você está dançando com a Morte — e que ela não está ali para elogiar seu vestido.De problemas com vampiros até uma batalha entre anjos e demônios, estas cinco histórias vão divertir você mais do que qualquer DJ em um terno brega. Nada de limusine ou vestido de gala: só uma grande dose de diversão assustadora.Longe de vestidos de gala delicados e cor-de-rosa, estes cinco contos são estranhos, surreais, assustadores, e povoados de criaturas terríveis. Em Formaturas Infernais, você vai descobrir que a formatura pode ser tão divertida quanto ameaçadora...
Primeiro livro do Projeto Relendo e Resenhando! Sempre na última semana de cada mês eu vou tentar ler um desses livros e resenhar por aqui e decidi começar com Formaturas Infernais, uma coleção de contos que li há nove anos e que foi muito bacana revisitar esse tempo todo depois. Vou falar sobre cada um dos cinco contos então vamos nessa!
A Filha da Exterminadora - Meg Cabot
Eu já conheço o trabalho da Meg e sei que ela é ótima criando personagens adolescentes irritantes (ou mesmo adultas irritantes como é o caso de A Rosa do Inverno). Contudo, Mary foi uma grata surpresa pra mim. Na época em que li, contudo, eu não conhecia nada da autora, então foi meu primeiro contato com ela o que me levou a ler a série Mediadora.
Nesse conto a gente acompanha Mary que é filha de uma exterminadora de seres sobrenaturais cuja mãe foi transformada em vampira pelo Drácula (Sim, aquele Drácula mesmo!). Para salvar a mãe, o pai dela está há anos procurando uma cura e ela sabe que a única forma real de libertar a mãe é matando o vampiro que a transformou, por isso, ela decide matar o filho dele, Sebastian, que enfeitiçou sua melhor amiga, Lila.
Contudo, seu plano falha por causa de Adam e por bem pouco ela não é morta pelo vampiro o que a leva a ter que reorganizar o seu plano para a noite da formatura, porém, ela não contava com a companhia de Adam e nem com a esperteza de Sebastian. A noite do baile promete.
O mais legal quando você revisita esses livros depois de muito tempo e de já ter uma certa maturidade literária por ter lido mais coisas, é que você consegue olhar tudo sob outra ótica, na época esse foi meu conto favorito do livro, contudo, dessa vez achei a conclusão dele um pouco insatisfatória, ainda assim não nego que de todos é o que mais me chamou atenção principalmente pela alternância de pontos de vista que pra mim foi o máximo e me possibilitou trabalhar em Um Novo Começo seguindo esse modelo.
O Buquê - Lauren Myracle
Esse foi de longe um dos que mais me assustou e irritou ao longo de todo o livro. Gente, essa Fredie é a personagem mais irritante do planeta desde a criação de Ever Bloom. É aquele típico personagem feminino fútil e cabeça de vento que só consegue pensar em ter um namoradinho e causar no baile de formatura, aff.
De tão desesperada que ela está para que Will, seu melhor amigo, chame ela pro baile, ela carrega o guri pra uma vidente esquisita pra que ela dê umas alfinetadas nele e faça o cara criar coragem. No meio de muitas coisas esquisitas que há na sala de leitura da mulher, ela vê um buquê antigo que a vidente conta ter sido enfeitiçado por uma camponesa francesa e que concede três desejos ao seu dono.
É claro que a imbecil faz de tudo pra levar o buquê pra casa a despeito de todas as advertências da vidente de que aquilo não é coisa boa e seu sonho romântico de formatura se torna um grotesco pesadelo.
A única coisa desse conto que eu gostei foi o jeito que ele é narrado, achei muito bacana, ainda que a personagem principal (que narra a história) seja um pé no saco. Eu entendo bem porque o Will não queria se declarar pra ela, a guria é um porre. Estava torcendo mesmo era pra ela morrer ao longo do conto, sério.
Madison Avery e a morte - Kim Harrison
Outro conto com uma guria cabeça de vento que só quer aparecer. Ai ai. Percebo que no caso desse livro, a minha "maturidade literária" mais atrapalha que ajuda. Sério, tá difícil defender as gurias desse livro, gente!
Madison foi "obrigada" a ir morar com o pai por razões não totalmente esclarecidas, mas o que dá a entender é que o homem estava meio que afundando numa depressão e a mãe dela já não sabia mais como controlar ela. Contudo, a menina odeia a cidade do pai e a formatura na qual foi forçada a ir caiu bem no seu aniversário de dezessete anos. Para piorar ainda mais, o garoto que o pai convenceu a levá-la era um nerd super chato chamado Josh.
Cansado do mau humor da garota, ele a dispensa e sai para ficar com os amigos (bem feito!) e ela fica sozinha com a cara de tacho que merece pra deixar de ser chata. Quando está indo embora, é abordada por um belo rapaz que rouba sua atenção porque era exatamente o que ela queria, um chamariz para que todo mundo a notasse, e enquanto ela está ali se achando o máximo não faz ideia do perigo que corre.
Tarde demais, Madison descobre que estava flertando com a morte e agora precisa resolver o problema muito mais sério que é recuperar seu corpo e sua vida de volta. O conto evoca uma mistura de vários mitos e lendas, o enredo é bem interessante também, se a protagonista não fosse tão arrrgh! Até dava pra aproveitar mais.
Salada Mista - Michele Jaffe
Dando sequência vêm o Salada Mista da Michele Jaffe outra autora que eu não conheço e só tive contato com esse livro, ela vai contar a história da Miranda, uma guria do último ano do ensino médio que não consegue se comunicar com homens sem falar asneira (como o Matt de mensagem instantânea que começava a divagar sobre pão de queijo) e ela tem super poderes (sim, isso mesmo). Além de jogar em um time profissional que usa umas roupas super curtas, ela faz bico de motorista e é num desses que a história começa.
A Miranda foi deixada em um internato porque toda a família dela morreu e aparentemente ninguém queria ficar com ela. Apesar das suas "habilidades" Miranda tenta passar por uma garota normal, mas na sua sede de ajudar todo mundo ela sempre acaba impedindo atropelamentos ou furtos à loja. Dessa última vez em que derrubou um poste pra impedir que ladrões fugissem, ela acabou na mira de um xerife boa pinta com quem ela não conseguiu falar mais que duas palavras (super articulada a garota).
Contudo, o objetivo dela naquele aeroporto era buscar uma garota chamada Sibby de 14 anos e levá-la no endereço pedido. Porém a menina não é nada do que ela imaginava, para sua pouca idade ela parecia uma versão da Madona nos anos 80 e nem vento na cabeça não tinha (êta pirralha irritante!). Miranda faz o possível para exercer sua paciência ao lidar com a garota, mas a missão impossível parece ainda mais impossível conforme o gênio caprichoso da menina piora ao longo do percurso.
Mesmo assim, quando Miranda descobre que Sibby, na verdade, fora sequestrada (e que ela mesma a deixara na porta dos sequestradores) sua noite do baile promete ser cheia de lutas e estratégia para livrar a pestinha das mãos dos aproveitadores.
Dizer que apesar da Miranda não ser profundamente irritante, como as duas personagens anteriores, não achei o conto dela lá muito interessante não. Tem aquela dose de ação e aquele temperinho de romance, mas nem da primeira vez e nem agora me empolgou, embora eu não tenha muita certeza do motivo exato.
Inferno na Terra - Stephenie Meyer
A mãe de Crepúsculo fecha o livro com chave de ouro. Ao contrário dos contos anteriores, Stephenie optou por um estilo narrativo focado em dois pontos de vista diferentes (variando, as vezes, para um terceiro ou quarto) e é de um rapaz, chamado Gabe, cuja acompanhante do baile lhe deu uma esnobada para pegar geral na festa e o de Sheba, um demônio preso no corpo de uma mortal por meio século e cujo o objetivo no baile é transformar todos em infelizes e dar-lhes a pior noite possível.
A gente vai acompanhando o trabalho dela e as coisas estranhas que Gabe começa a sentir conforme ela vai "trabalhando" no baile, para desespero de Sheba, sua "influência" não funciona com Gabe e não importa o quanto ela tente o garoto parece manter sua bondade e tranquilidade intactas. Por que será que aquilo está acontecendo?
O conto traz uma mescla de mitologias envolvendo anjos, demônios e nefilins. De maneira muito sutil e interessante, foi um dos contos que mais gostei no livro junto com o da Meg Cabot, não apenas por ser montado de uma forma interessante, mas por abordar temáticas interessantes, além do que foi meu primeiro contato com a fantasia "angélica" antes do Fallen da Lauren Kate.
Foi muito bom revisitar esse livro com o meu novo olhar para histórias, sem contar na nostalgia relembrando a época que eu reli, nove anos atrás, com outra cabeça, em outro tempo. Acho que esse projeto vai ser até benéfico pra mim e espero muito conseguir tocá-lo para frente ao longo desse ano.
Sinopse: No mundo de Caitlin, tudo é preto e branco. Qualquer coisa entre um e outro dá uma baita sensação de recreio no estômago e a obriga a fazer bicho de pelúcia. É isso que seu irmão, Devon, sempre tentou explicar às pessoas. Mas agora, depois do dia em que a vida desmoronou, seu pai, devastado, chora muito sem saber ao certo como lidar com isso. Ela quer ajudar o pai – a si mesma e todos a sua volta –, mas, sendo uma menina de dez anos de idade, autista, portadora da Síndrome de Asperger, ela não sabe como captar o sentido. Caitlin, que não gosta de olhar para a pessoa nem que invadam seu espaço pessoal, se volta, então, para os livros e dicionários, que considera fáceis por estarem repletos de fatos, preto no branco. Após ler a definição da palavra desfecho, tem certeza de que é exatamente disso que ela e seu pai precisam. E Caitlin está determinada a consegui-lo. Seguindo o conselho do irmão, ela decide trabalhar nisso, o que a leva a descobrir que nem tudo é realmente preto e branco, afinal, o mundo é cheio de cores, confuso mas belo. Um livro sobre compreender uns aos outros, repleto de empatia, com um desfecho comovente e encantador que levará o leitor às lágrimas e dará aos jovens um precioso vislumbre do mundo todo especial dessa menina extraordinária.
"O bom dos livros é que as coisas do lado de dentro não mudam. (...) Livros não são como pessoas. Livros são seguros."
Gente, eu não tenho palavras para descrever esse livro pra vocês, sério. É de longe um dos livros mais lindos que eu já li na minha vida e o tempo todo eu só ficava me perguntando por que raios eu não o li antes. Meu Deus, se existir no mundo um livro que se aproxima mais da perfeição, é esse. Eu estava lendo Precisamos falar sobre Kevin, mas achei melhor dar um tempo e deixá-lo para o mês de fevereiro, visto que é um livro que exige atenção redobrada (principalmente pra mim que estou lendo em ebook) além de ser um livro bem grande, então eu passei Passarinha no meio e vou adiantar o livro do mês do projeto Relendo e Resenhando, depois dou continuação a ele.
Mas vamos falar de Passarinha, esse livro maravilhoso que me tocou de maneira impossíveis de traduzir com palavras. Acho que a última vez que eu fiquei tão imersa num livro desse jeito foi quando li Em algum Lugar nas Estrelas e o tema é semelhante, tanto Caitlin personagem de Passarinha, quando Early, personagem de Em algum Lugar nas Estrelas, têm distúrbios do espectro do autismo. Caitlin tem síndrome de Aspenger e é uma garota de dez anos no último ano do fundamental I que mora com o pai, sua mãe morreu vitimada por um câncer quando ela tinha dois anos e seu irmão, Devon, acaba de ser assassinado por um atirador que entrou na sua escola e feriu várias pessoas e matou 3.
Contudo, para Caitlin, embora a certeza de que seu amado irmão mais velho não existe mais seja uma verdade irrefutável, ela não sabe bem como lidar com as emoções que essa verdade acarreta e ela não entende bem, isso porque um dos aspectos de pessoas com síndromes do espectro do autismo é a falta de empatia, eles não são bons em se relacionar com pessoas porque a síndrome atinge as áreas do cérebro que regem as relações interpessoais (pelo menos foi isso que entendi), além de outras como, no caso do autismo que é mais severo, a fala. O pai de Caitlin, Henry, está abaladíssimo, e além de não saber lidar com a sua própria dor não entende como lidar com a sua filha especial.
Na escola, Caitlin tem o acompanhamento da senhora Brooks, uma psicóloga, com quem conversa todos os dias e de quem ela recebe as principais orientações sobre comportamento e empatia que é o foco do livro. Antes, Devon era o principal responsável por fazer Caitlin entender o mundo e as pessoas, agora que ele se foi ela está praticamente por conta própria. E a sua luta de entender o mundo e as pessoas é fascinante para nós uma vez que acompanhamos tudo pelo ponto de vista dela durante a leitura.
"Quer ajuda para encontrar um grupo?
Eu já tenho um grupo.
E quem está no seu grupo?
Eu.
E quem mais?
Ninguém. Eu sou o meu próprio grupo."
(Gente, isso era muito eu na escola kkkk)
Caitlin não entende por que tem que se relacionar com as pessoas se ela é muito melhor sozinha, além disso, pessoas são complicadas, elas têm emoções que se mesclam e tornam ainda mais complexo entender o que de fato elas sentem. Isso porque para ela é difícil se colocar no lugar do outro e ela não entende por que tem de fazer isso. Uma das coisas que mais gosto nela (isso porque eu gosto de tudo) é que ela é muito direta com o que pensa e o que sente. Ela diz muitas vezes sem medir o seu pensamento e, durante a leitura, me perguntei se eu não teria algum grau dessa síndrome porque eu me identifiquei horrores com ela em quase tudo.
Quando encontra no dicionário o significado da palavra desfecho, ela acredita que é disso que seu pai e ela precisam para conseguir superar a dor da perda de Devon. Mas como encontrar o tal desfecho é a questão que domina sua mente no meio das complicadas pessoas que a cercam e não a compreendem e dos sentimentos cada vez mais bagunçados que lhe perturbam. Nesse meio, enquanto ela segue a "ordem" da terapeuta para fazer amigos, acaba conhecendo Michael, filho da professora morta no mesmo tiroteio que matou Devon, os dois se tornam amigos e é muito lindo ver a forma como ela vai se abrindo aos poucos para ele e aprendendo mais e mais coisas sobre empatia e sobre relações humanas.
"Sinto um calorzinho gostoso no coração porque Michael Captou O Sentido. Meu pai não Captou O Sentido, digo a ele.
Nem o meu.
Ele ainda quer jogar futebol?
Michael Suspira. O tempo todo.
Ele deve adorar futebol.
Pior que é. Mas acho que ele não joga muito bem.
Por quê?
Porque ouvi minha avó dizer que ele está tentando tocar a bola para frente, mas no fundo mal está se aguentando nas pernas.
Viro e Olho Para A Pessoa. Seu pai é muito velhinho?"
(kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk o que eu ri disso não foi pouco, Caitlin é maravilhosa!)
Como é um livro muito curtinho eu não vou falar muito pra não acabar dando spoilers. Então, enquanto busca pelo Desfecho que vai devolver o sorriso do seu pai, Caitlin vai aprendendo o que é empatia, como fazer novos amigos e como o mundo pode ser fascinante com as cores que ela tanto rejeita. Além disso, vai aprendendo como lidar com a dor da perda de Devon e entender a dor que ela sente. É um livro simplesmente espetacular, a personagem é tão vívida e real que a gente ri com ela, chora por ela, é uma coisa inexplicável que poucos livros conseguem provocar e eu super indico Passarinha para todos os leitores sejam eles inciante ou avançados na leitura, porque é um livro que fala simplesmente sobre a essência do ser humano, a complexidade maravilhosa que cada um tem e, sobretudo, como é importante entender os sentimentos das pessoas e ouvi-las, se tivéssemos mais empatia e parássemos para nos colocar no lugar do outro, ouvir, entender, talvez essa violência horrível que engole os nossos dias não tivesse chegado no ponto que chegou. E isso começa desde cedo, na escola.
Deixo aqui minha recomendação/intimação para ler esse livro fantástico e se apaixonar pelo universo extraordinário da Caitlin. Sério, leiam mesmo.
Minhas partes favoritas do livro:
"Estou falando de pessoas e de aprender a se relacionar com elas.
Eu sei fazer isso. Eu as deixo em paz.
Não desse jeito.
Mas é isso que elas sempre me dizem — me deixa em paz. Caitlin vai embora — então eu estou dando atenção ao que elas dizem e também fazendo o que pediram portanto estou sendo gentil."
(Eu senti um nó amargo na garganta nessa hora.)
"Como faço para chegar à vivência da conclusão emocional de uma situação de vida difícil?
Sua boca se abre e fecha três vezes e solta um gemido fino."
(kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Caitlin, melhor pessoa!)
"Habilidades interpessoais não estão no meu conjunto de habilidades."
(Estamos juntas, Caitlin!)
"Você acha mesmo que elas estão prestes a fazer isso?
Não faço a menor ideia. Não sou elas.
Mas se você se puser no lugar delas pode sentir o que elas estão sentindo.
Começo a caminhar em direção às meninas para me pôr no lugar delas, mas a Sra. Brook me interrompe. É só uma expressão, explica."
(Aí me diz se essa criaturinha não é fascinante? kkkkkkkkkkkkkkkk)
"Desculpe. Ele se vira de novo para a pia. Eu estava meio perdido...
Você está na cozinha, digo a ele. Fica perto da sala. Depois vem o corredor que vai dar nos...
Eu sei, Caitlin."
(kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk)
"Basta se esforçar mais da próxima vez.
Eu estou me esforçando, diz papai.
Eu sei. Ganhou um adesivo.
Obrigado.
Não há de quê. E ganhou mais um por ser bem-educado.
Obrigado. Os lábios dele se apertam e quase parece um sorriso."
(gente, como alguém maltrata uma criaturinha fofa dessas, sério?!)
Então, eu ia fazer o projeto HANADAN todo num post só, mas a coisa é que o post das duas primeiras versões já está tão grande que acabei pensando não ser uma boa ideia. Então, pra quem não viu o post do projeto a ideia consiste em assistir (ou tentar) todas as versões feitas do dorama e comentar sobre elas. Eu vou alternar isso com os outros doramas para não ficar muito da mesma coisa e também para não atrasar os outros dramas, okay? Para não ficar repetindo a mesma coisa porque a história é praticamente a mesma, eu vou me limitar a dizer o que há de diferente de uma obra pra outra e o que gostei e não gostei, tá bom? Além do post não ficar enorme pra ler, se torna prático! Por isso, se ainda não conhece Hana Yori Dango ou não leu a resenha das duas primeiras adaptações o post está NESTE LINK ^^
Original: 花より男子
Ano: 1996
Episódios: 51
Gênero: Romance, escolar, comédia
Direção: Yamauchi, Shigeyasu, Yamayoshi, Yasuo e Iwai, Takao
Roteiro: Yoshida, Reiko
Baseado na obra de Kamio, Yoko
Vale lembrar que eu não li o mangá, então vou tratar o anime como "material original" okay? Dito isso, vamos começar dizendo que eu penei pra finalizar esse anime, meu Deus!
A gente pode dizer, inclusive, que a adaptação japonesa é praticamente uma obra autoral porque adaptou o anime de maneira bem básica, mudaram muito a história e cortaram boa parte das cenas, o que foi muito bom por sinal, porque além de oferecer uma visão nova ele melhorou em muitos aspectos a história, pelo menos foi o que achei depois de ver o anime. A versão coreana adaptou bem melhor o anime, ela pegou boa parte das cenas embora tenha seguido uma linha a partir do japonês e incrementado (muito!) à sua própria forma o que também não ficou ruim.
Posso dizer que detestei Tsukasa e Makino nessa versão, gente, sério. O primeiro porque sua atitude era ainda mais podre que no dorama, no momento que ele bateu na primeira garota eu já senti nojinho dele, okay que tem todas as questões psicológicas da fam´lia desestruturada dele (inclusive, o pai dele tá vivo ao contrário do drama), mas não dá mesmo pra engolir as atitudes escrotas dele. Pelo amor, ele assediou a Makino sexualmente numa cena, eu fiquei tipo: Oi? E ela não fica muito atrás não também, o que eu tive de raiva dela nesse anime não tá no gibi (e por causa disso desisti da ideia de ler o mangá), ela é irritante e nem de perto a Makino do dorama (a personalidade dela se assemelha mais com a irritante da Jan Di), embora não justifique de jeito nenhum o tapa que Tsukasa dá nela e eu fiquei bestificada que ela não revidou, muitas vezes eu mesma queria estapeá-la.
A família dela continua irritante como sempre, um pai inútil que só enfia o pé na jaca, uma mãe que venderia a filha ao diabo em casamento só pra ganhar dinheiro e um irmão que promete repetir a leseira dos dois. Contudo, muitos outros personagens de certa relevância na trama tiveram um papel bem simplório nas duas adaptações que eu resenhei, que foram o Kazuya que nem aparece e a Sakurako que enche o saco o anime quase todo, mas no final tem um papel até relevante. A Shigeru também foi bem modificada nos dramas, no anime apesar de ela ser meio irritante, gostei bem mais do destaque que ela recebeu, sem contar que na versão coreana se assemelharam mais ao papel que ela tem no anime.
Outra coisa bem diferente é o papel da mãe do Tsukasa, nos dramas ela é a principal antagonista quando, no anime, ela só vem encher o saco mesmo lá pro meio um pouco perto do final e não é nem de perto o que ela faz com a Makino nos dramas. Ela é escrota? Muito, mas nos dramas incarnaram o capeta nela, achei essa mudança bem brusca. Algumas cenas ficaram melhor no drama, outras no anime por exemplo a cena do banheiro (que na versão japonesa não tem) no drama coreano ficou mais engraçada que no anime, mas a maioria dos beijos de Makin e Tsukasa ficaram melhor no anime por causa das condições, no drama japonês pouco acontece e se comparado ao anime bem menos pelo que me lembro. Uma coisa que achei mais legal no dorama que no anime também foi o modo como descobrem a armação de Sakurako, embora a versão coreana tenha sido um pouco mais fiel ao anime que a japonesa, nesta última eles meio que misturaram o papel da Sakurako com o do Junpei e eu fiquei sem entender.
Rui foi outro que sofreu mudanças bem drásticas do anime pros dramas. Pra começo de conversa, o envolvimento dele com Makino é praticamente inexistente no anime, ele não se apaixona por ela, permanece fiel a Shizuka o anime inteiro, enquanto Makino leva exatamente 49 episódios pra aceitar que se apaixonou por Tsukasa, sério foi irritante! Além disso, há muito mais cenas entre Rui e Makino que não aparecem no drama, nesse ponto o Coreano até tentou melhorar criando umas situações bem fofas entre os dois, mas o japonês criou um romance entre eles que nada tem a ver com o anime. E, gente, o bullying no anime é mil vezes pior! Medinho de pensar como é no mangá, credo! Pra vocês terem uma ideia, a Makino é arrastada por um carro em determinado capítulo e teria sido esfolada viva se Tsukasa não aparecesse e eu ficava tipo, que é isso, gente?
Bem, concluo que o drama coreano adaptou o anime melhor, mas o encanto da versão japonesa é inegável. Eu não gostei tanto no anime, tanto é que ele ficou com média 6.56 no meu BDS, mas valeu a experiência e bateu aquela nostalgia dos animes antigos com aquele traço de Cavaleiros do Zodíaco e Sailor Moon.
Ano: 1862 Autor: Camilo Castelo Branco Gênero: Ficção País: Portugal Páginas: 182 (ed. da foto)
Sinopse: O centro da intriga de Amor de perdição, uma das obras de maior destaque do Romantismo em Portugal, é o conflito entre os Albuquerque e os Botelho, a partir do momento em que Simão Botelho demonstra sua paixão avassaladora por Teresa Albuquerque. Baseado em um amor impossível e trágico, o romance de Camilo Castelo Branco retoma o antigo tema dos amantes separados pelo destino.
Ganhei esse livro no aniversário do ano passado, já havia ouvido falar dele, creio que na faculdade, mas pelo conteúdo trágico da geração ultrarromântica acabei deixando passar. É uma novela clássica de Camilo Castelo Branco, escritor português e o que me levou a lê-la de fato foi o fato de já no seu primeiro prefácio o autor confidenciar que o livro foi escrito sobre a história real de um tio seu.
É impossível não comparar a obra à peça dramática de Shakespeare escrita entre 1591 e 1595 (271 a 267 anos de diferença) e, ao imaginar que tal história realmente fugiu das páginas teatrais de um dos maiores dramaturgos para realizar-se em Portugal é quase irreal. Basicamente, a novela segue o foco da família Botelho desde seus primórdios quando o patriarca cortejava a indiferente dama da imperatriz até a construção de sua família. Um dos filhos, Simão, era um jovem rebelde que vivia praticamente sem propósito apenas para brigar e dar desgosto aos pais. Pelo menos até ver Teresa pela primeira vez.
Contudo, o pai de Teresa, um Albuquerque, era um inimigo declarado da sua família de modo que era impossível aos dois ficarem juntos. Ainda assim, com o plano de fugir com ela, Simão foi para Coimbra dedicar-se aos estudos com todo o afinco que pôde uma vez que havia perdido o prestígio com seu pai e nunca fora amado pela mãe. Porém, os planos do casal entra em xeque quando o pai da menina planeja casá-la com o primo Baltazar que descobre o afeto dela pelo inimigo e passa a tramar com o tio para separá-los.
Simão então volta para a cidade e se hospeda em casa de João da Cruz que tem uma filha chamada Mariana. A menina logo se apaixona pelo rapaz, mas não é de longe tratada como alguém além de uma irmã. Teresa é mandada para um convento e Simão fica na mira de Baltazar sendo quase morto, no dia que a menina estava para ser transferida para um outro convento, Simão vai buscá-la e ao enfrentar o primo desta acaba matando-o o que lhe rende a condenação à forca. Teresa cai doente ao ouvir a sentença e, já no convento, é ajudada por sua tia que é freira.
O pai de Simão, ainda que meio contrariado, recorre pelo filho e este tem a sentença abrandada para trabalho forçado nas Índias por dez anos. Mariana se compromete a ir com ele mesmo sob os protestos deste e, como na tragédia de Shakespeare (isso nem é spoiler né? Eu to dizendo desde o começo que era igualzinha) Teresa finda por morrer de uma doença no convento e Simão cai febril e morre no caminho da sua pena. Mariana, incapaz de viver sem o amado, atira-se com seu corpo na água e é o fim do livro. A diferença deste pra Romeu e Julieta é que as famílias continuam se odiando.
Não há muito o que dizer, enquanto lia ficava sempre me remetendo à obra de Shakespeare, acho que qualquer pessoa que pegue esse livro "às cegas" vai dizer que é uma fanfic de Romeu e Julieta ou quase um plágio. A linguagem, além de ser o português de Portugal, é muito rebuscada o que pode ser um entrave para pessoas que não gostam ou não tem costume de ler clássicos. Te contar que não me fascinou não, o tempo todo eu só pensava nas imprudências dos personagens, na irresponsabilidade familiar desde a sua formação e em como o 'amor' dos dois era moldado em um ideal uma vez que nunca se falaram além das cartas. Até Romeu e Julieta que é basicamente formado no "amor à primeira vista" conversaram mais que esses dois. Simão era imprudente e Teresa fraca de espírito. Não repetiria a leitura.
Adaptações
Vi que há três adaptações cinematográficas para esse livro e uma peça teatral. Uma em 1943 (filme mudo), outra em 1978 e uma última em 2008. Achei a de 1943, mas não assisti e a de 2008 eu passei longe só de ver o trailer, é mais ou menos o que fizeram com Romeu e Julieta do Leonardo DiCaprio sabe? Aquelas releituras "modernas" que eu realmente não gosto porque pra mim tiram a aura da obra. Sem contar que se eu achei a novela pouco atraente assistir esse filme só pioraria as coisas, mas fica aí pra quem se habilitar. Pela minha pesquisa, soube que a adaptação de 1978 é a mais fiel à obra, contudo não encontrei pra assistir.
Sinopse: No mundo há três tipos de golpistas: os shirosagi (garças brancas), que enganam pessoas para obter dinheiro; os akasagi (garças vermelhas), que usam o sentimento alheio para ganhar dinheiro; e o kurosagi (garça preta), que engana os shirosagi e os akasagi para devolver o dinheiro às vítimas. Kurosaki (Yamashita Tomohisa) é um rapaz cuja família foi destruída por um shirosagi, que fez seu pai assassinar sua família e cometer suicídio, sendo ele o único sobrevivente. Por isso, Kurosaki odeia todos os shirosagis e prometeu acabar com todos eles. Seu trabalho é enganá-los e devolver o dinheiro às suas vítimas. Ele compra informações do maior golpista de todos, Katsuragi Toshio (Yamazaki Tsutomu), que está envolvido na tragédia de sua família.
Eu estava fazendo uma limpa no meu banco de séries, tirando de lá séries americanas que não ia mais ver e doramas que não estavam mais disponíveis pra assistir ou baixar nos fansubs. Acabei dando de cara com Kurosagi e, quando fui procurar, vi que só tinha disponível do DoramaJPN, por ele estar em MKV não deu muito trabalho baixar os episódios pelo MEGA e, como eu estava há muito sem ver um dorama japonês, decidi colocá-lo na lista desse ano.
Kusosagi vai contar a história de Kurosaki, um jovem cuja família foi assassinada pelo próprio pai após sofrer um golpe e falir, o pai cometeu suicídio e Kurosaki foi o único a sobreviver. Devastado, ele vai atrás de Katsuragi, o maior golpista e o informante do golpista que enganou seu pai, um shirosagi (tá tudo explicado ali na sinopse), para matá-lo, mas é impedido e, decidido a vingar sua família, ele se une a Katsuragi para se tornar Kurosagi, o enganador de golpistas.
Ele é mais ou menos um Robin Hood, a diferença é que ao invés de tirar dinheiro dos ricos, ele tira dinheiro dos golpistas e devolve às vítimas. Em um dos seus casos ele acaba encontrando um homem prestes a se jogar na frente do trem, mas quem acaba caindo é sua sobrinha, Tsurara, que é salva por ele no último minuto. Assim, ele se apresenta à família como um golpista e promete trazer todo o dinheiro roubado de volta.Contudo, Tsurara é contra o método e acha que Kurosaki é um criminoso. Ela tenta dissuadir o tio da ideia, mas este se mantem firme.
É através de Tsurara que ele conhece Yukari, de longe a personagem mais irritante de todos os doramas do planeta depois de Playfull Kiss (porque ninguém consegue ganhar de "irritância" da Oh Ha Ni). Foi difícil engolir essa crituarua, viu! Bom, conforme os casos vão passando a dificuldade vai aumentando e não demora muito para Kurosaki perceber que Katsugari está manipulando-o de alguma forma e levando-o para ficar frente a frente com os golpistas que ocasionaram a morte da sua família.
Não há muito o que falar porque o drama todo é ele indo de um caso pra outro e confrontando diferentes realidades que, no fim, se parecem com a sua própria, com um policial na sua cola fazendo de tudo para prendê-lo enquanto, um a um, Kurosaki vai mandando os golpistas para a cadeia. É também aquele drama que evoca uma reflexão bem bacana sobre o sistema judicial e o certo e errado. De um lado, Tsurara e Kashima representando uma "justiça" que não cumpre seu papel de proteger as pessoas e só acumula processos e denúncias que nunca faz nada por elas. Do outro, temos um 'criminoso' que engana os 'bandidos' e os manda para prestar conta de seus atos, quem dos dois lados está certo? Isso vai variar de acordo com o que cada um entende por justiça.
Apesar de ser um bom dorama, eu dei uma nota média porque ele não me surpreendeu muito, na verdade eu demorei horrores pra terminar e quase cheguei a dropar. O final é um filme, porque com o final do dorama as pessoas ficaram com doze mil perguntas na cabeça sem entender direito o que acontecia depois, então fizeram um filme pra responder às perguntas. Só que eu vou ficar devendo a resenha dele pra vocês, não vi e por enquanto não vou assistir pra não atrasar as outras coisas que já estão no cronograma. Então, vou ficando por aqui com a resenha de Kurosagi e, se assistir o filme, posteriormente volto para falar sobre eles.
Um grande abraço a todos vocês e até o próximo post!
Título Original: Nesnesitelná lehkost bytí Data da primeira publicação: 1984 Autor: Milan Kundera País de Publicação: França (mas em idioma tcheco) Gêneros: Romance filosófico Páginas: 393
Sinopse: A história acontece em Praga e em Zurique, em 1968, e atravessa algumas décadas. Narra os amores e os desamores de quatro pessoas: Tomás, Teresa, Sabina e Franz. É permeada pela invasão russa à Tchecoslováquia e pelo clima de tensão política que pairava em Praga naqueles dias.
Segunda resenha de 2019 e eu ainda não sei como começar a falar desse livro. Me interessei por A Insustentável Leveza do Ser após ver comentários muito positivos sobre ele de uma das minhas "amigas" do site (coloquei entre aspas porque não conheço a menina, somos amigas no site, mas não mantemos contato). Achei os comentários dela interessantes e fui procurar o livro para ler e ele sequer estava na minha lista de leituras programadas para o mês ou para o ano.
"(...) só se tem uma vida que não pode ser comprada com vidas anteriores nem retificada em vidas posteriores. (...) Tudo se vive imediatamente pela primeira vez sem preparação. Como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que vale a vida se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida?"
Antes de mais nada, quero dizer que li a tradução portuguesa desse livro e, como já estava uns bons seis capítulos até me dar conta de que ele não estava escrito em uma linguagem muito culta, mas no potuguês de Portugal, não procurei por outra tradução de modo que, tudo que vou falar aqui diz respeito a edição que li com essa tradução (que está com essa capa da foto, mas não posso ter certeza se é mesmo ela), então os nomes de alguns personagens, paginação (eu li em ebook) ou acontecimentos pode destoar de outras edições.
Bem, A Insustentável leveza do ser vai apresentar dois casais: Tomas e Tereza, Sabina e Franz. A primeira parte do livro foca em contextualizar esses quatro personagens na Praga ocupada pela Rússia e, também, contando sua trajetória até ali acredito que com o intuito de nos fazer justificar suas ações ao longo do romance. Uma das coisas mais interessantes nele é que o autor conversa com a gente enquanto conta a história. Sério, ele simplesmente para de contar a história para conversar, seja sobre alguma questão que vai justificar/reforçar uma atitude ou momento da vida dos personagens, seja para nos levar a pensar sobre alguma questão.
Eu realmente não me acho na capacidade de expressar o que é A Insustentável Leveza do Ser, porque ele não é aquele tipo de livro para ser explicado, é para ser sentido e pensado. Nós temos quatro personagens complexas e muito reais, vivendo em um período conturbado e tentando encontrar aquilo que lhes falta no cerne. Tomas é um homem que aprecia, mais que qualquer coisa, a liberdade, ele é um médico acostumado a ter muitas amantes, fora casado uma vez e tivera um filho que abandonara quando deixara a esposa coisa que revoltara seus pais que cortaram todos os laços com ele, ficando ao lado da nora. Contudo, Tomas não sentia nada mais que o frescor da liberdade ao se ver livre das amarras familiares. Ele passeia pela vida pulando de uma amante para outra, tem um envolvimento com Sabina, mas é aquele tipo de relação puramente sexual. Quando Tereza aparece na sua vida, Tomas é dominado pelo sentimento que, até um certo ponto, seria considerado amor, mas isso dependeria muito do que cada pessoa entende por amor e Kundera aproveita isso muito bem para levantar questionamentos sobre os relacionamentos.
Não há, portanto, razão nenhuma para censurar nos romances o seu fascínio pelos misteriosos cruzamentos do acaso, (...) mas há boas razões para censurar o homem por ser cego a esses acasos na sua vida cotidiana e assim privar a vida da sua dimensão de beleza.
Teresa é uma garota perdida na vida. Ela cresceu em uma família complicada e, desde já muito pequena descobre-se a causadora dos infortúnios de sua mãe desequilibrada que enxerga na maternidade o fim da sua vida. Isso reflete na personagem que luta pela aceitação da genitora e percebe que mesmo que se permita ser usada, nunca será para ela mais que um mero objeto de sua satisfação. Tanto que mesmo percebendo que o infiel marido tem olhos para a filha, permitiria a ele violentá-la se assim o desejasse, uma vez que, para ela, o corpo feminino era igual em todas e servia apenas como um instrumento. Essa instabilidade na qual cresceu tornara Tereza uma mulher também instável, cheia de complexos e inseguranças o que, ao encontrar Tomas - e apaixonar-se praticamente à primeira vista - coloca nele todas as suas esperanças, apoiando-se nele como um náufrago perdido à deriva que encontra algo em que se sustentar. E ela é dependente dele emocionalmente de uma maneira que irrita muito, mas quando entendemos o contexto dela apesar de irritados conseguimos entender.
Sabina é uma artista plástica que saiu de casa cedo. Bem resolvida, ela vive da sua arte e tem opiniões bem próprias sobre a vida e as pessoas. É uma personagem que vive sob a autoimposta solidão uma vez que não quer vínculos de nenhum aspecto - afetivos, territoriais, culturais, sociais, etc. - com ninguém e, com sua sensibilidade artística, tem horror à feiura que se alastra pela sociedade (e aqui refere-se não somente à feiura estética, mas, sobretudo, à intelectual.) É uma das amantes de Tomas e se envolve com ele justamente por ele representar uma personificação dos seus ideais de liberdade, um homem que não se prende a emoções (pelo menos até conhecer Tereza), tanto é que a partir do momento em que ela percebe que ele se apegou a Tereza de uma maneira profunda (e eu não diria profunda, mas me escapa uma palavra que encaixe melhor) perde um pouco do encanto por ele. Ela funciona no livro como a idealização da ideia de que perseguimos um objetivo para nossa existência ao mesmo tempo em que somos absolutamente cegos a este objetivo.
"(...) o universo não passa de um gigantesco campo de concentração de corpos idênticos com uma alma invisível."
Franz é o quarto personagem, um professor casado com uma mulher fúril e frívola. O interessante em Franz é que apesar de se envolver com Sabina, os dois são pólos opostos. Ele é um apreciador de música, um homem em busca do verdadeiro amor e da estabilidade que ele representa, além de ser alguém que deseja, no íntimo do seu cerne, alcançar a aventura da glória. Seu sentimento por Sabina, na verdade, é uma espécie de idolatria ilusória, ele ama o que idealiza nela e não o que ela realmente é, mas só vem a perceber isso quando ela vai embora. Quando ele alcança o peso da sua liberdade e, tarde demais, o que significa de fato amar uma pessoa (em termos individuais, claro). Do mesmo modo, sua mulher Marie Claude, é o retrato da mulher que vive de aparências e se molda aos olhares dos demais.
É nessa primeira parte do livro, focada em Tomas e Tereza, que Kundera conceitua peso e leveza à luz da filosofia de Parmênides que dizia serem as trevas são a ausência de luz, a não-luz, do mesmo modo que o frio é a ausência de calor e não o frio propriamente dito. Para Parmênides, entretanto, ao contrário do que o pensamento lógico-formal com o qual estamos habituados nos faria supor, a problemática da dualidade leveza/peso revela o peso como ausência, como não-leveza. Kundera, contudo, apresenta a teoria da leveza em um ângulo mais existencial, apoiado no sentido de liberdade humana que flerta com o existencialismo e, usando seus personagens como exemplos, sugere reflexões acerca do amor, do sentido da existência, da liberdade e da existência ou não daquilo que seria um acaso.
Na segunda parte do livro, focada em Sabina e Franz, é discutida, sob a luz de Nietzsche a teoria do eterno retorno, eu nem posso falar muito dessas partes muito mais voltadas pra filosofia e o livro é praticamente todo embasado nela. E, se não me atrevo a discorrer sobre, é porque me falta repertório para construir uma resenha que exprima bem as ideias do autor de acordo com sua própria base. Dizendo de forma simples, essa parte do livro retrata uma realidade muito atual nossa e que deveria ser mais discutida: uma vida que desaparece não tem o menor sentido. Ele usa a teoria de Nietzsche para retratar a ideia de que, ao mesmo tempo em que vivemos um ciclo vicioso de repetições que nos aprisionam, somos suprimidos pela linearidade de uma vida "pré-projetada" e simplista que no fim não leva a lugar nenhum e desaparece em um fôlego. Sabina busca um sentido para sua existência, ela representa na história alguém que alcança a insustentável leveza do ser, enquanto Franz, lutando para ancorar-se em um amor moldado no idealismo, faz-se acreditar que aquela mulher é a resposta a todos os seus vazios.
O livro em si tem sete partes, mas pode-se dividi-lo em três e, nessa terceira, Kundera disserta sobre "merda" colocando no termo usado na edição que li, em seu sentido literal e metafórico, quando aborda as relações interpessoais das personagens contextualizando com períodos históricos específicos no qual o livro vai e volta. Além de discorrer sobre o conceito de "compaixão" chegando, inclusive, a analisá-lo em diversas raízes linguísticas. A metáfora utilizada para ilustrar a compaixão é a relação de Tomas com Teresa. É através da compaixão que ele sente ela consegue prender-se a ele em definitivo desde o primeiro momento.
"Amar alguém por compaixão é de fato não amar essa pessoa."
Posso dizer que A Insustentável Leveza do Ser é uma verdadeira expressão do âmago do ser humano em suas complexidades e sua realidade, além de um convite à reflexões pertinentes e atemporais sobre as escolhas, as relações intra e interpessoais e a própria existência do homem. Isso tudo mostrado e explicado de maneira crua e deveras irônicas em algumas passagens, mas moldadas por uma graciosidade e um peso realmente dignos de nota. É uma leitura um pouco exigente, de modo que posso sim ter deixado muito coisa passar nesse primeiro contato com o livro, não somente por ter um baixo conhecimento de filosofia, mas por não ter absorvido a profundidade das interpretações que Kundera evoca em sua narrativa forte, erótica, filosófica e, por que não, crítica. Apesar de ser considerado um livro para maiores de dezoito anos, a edição portuguesa que eu li não tinha cenas explícitas de erotismo, elas ficavam sempre subtendidas no texto, ainda assim, fica aqui a ressalva de ser um livro adulto. Recomendo fortemente a leitura, é uma viagem fantástica ao comportamento humano e sua forma de agir e reagir no mundo.
Adaptação Cinematográfica
Em 1988 foi lançada a adaptação do livro nos cinemas americanos. Dirigido por Philip Kaufman e com roteiro de Jean Claude Carrière traz no elenco Daniel Day Lewis, Juliette Binoche, Lena Olin e Derek de Lint nos papéis principais. Gente, eu vi tanta crítica ruim desse filme que nem tive vontade de ir ver, principalmente porque, em se tratando de adaptações americanas, eu tinha uma quase certeza que o foco do filme seria voltado para o erotismo deixando de lado todas as questões que embasam a história e a profundidade das personagens em um contexto histórico conturbado e dentro de suas próprias psiques conturbadas. No fim, acabei não vendo, mas tem ele completo no youtube até onde me consta. Vou deixar também o trailer pra vocês verem. Já e já volto com a resenha do drama que finalizei e também um post com os filmes que vi recentemente.
Sinopse: Tsukimi (Rena Nounen) é louca por água-viva. Tsukimi não tem muita confiança nela mesma e tem muita dificuldade para falar com os homens. Ela vive em um edifício comum chamado Amamizukan onde os homens não são permitidos. No Amamizukan, vivem apenas as mulheres otakus. Um dia Tsukimi fica em apuros na loja de peixinhos e uma mulher, uma " Fashionista" ajuda Tsukimi, mas de fato a mulher bonita é Kuranosuke (Masaki Suda) um estudante universitário masculino. Kuranosuke se veste como uma mulher porque ele foi criado em uma família de um pai político mas ele não quer se tornar um político. Esse encontro muda a vida de ambos.
Ele é baseado na série de mangá "Kuragehime" de Akiko Higashimura.
Tem se tornado bem problemático ver filmes porque eu não tenho me interessado muito pelos lançamentos asiáticos desde o meio de 2017. São poucas as sinopses ou trailers que me chamam atenção suficiente para dar uma chance aos longas. Para o fim do terrível 2018 e começo do já péssimo 2019, minha irmã e eu nos aventuramos por alguns filmes e vim contar pra vocês o que achei deles.
O primeiro deles foi Princess Jellyfish que, confesso, me vendeu uma coisa e no fim foi outra. Eu decidi ver esse filme pelos milhares de comentários que o pessoal fez na época de lançamento e continuou fazendo mesmo três anos depois. Foi com esse filme que minha irma e eu rompemos o ano. Ele conta a história de Tsukumi, uma garota que vive numa comunidade de mulheres nerds onde meninos são totalmente proibidos. O sono de Tsuki é se tornar uma desenhista, mas até então não obteve muito suceso.
Um dia, enquanto passa por uma loja que vende peixes, ela encontra duas espécies de água viva em um aquário. Graças ao seu conhecimento, sabe que se as duas permanecerem no mesmo espaço uma vai acabar matando a outra por isso, reunindo toda a sua coragem (porque todas as meninas da comunidade nerd tem medo de homens) ela entra na loja e pede para que o rapaz troque a pequena água viva de aquário. Contudo, pelo modo meio destrambelhado como ela fala por causa do nervosismo, ele não entende nada e conforme ela vai ficando mais agressiva no seu pedido ele acaba jogando-a (literalmente) na rua. É quando aparece uma belíssima jovem que ajuda Tsukumi.
Além de garotos, as meninas de Amamizukan também não suportam fashionistas, isso porque, para elas, seu hobby e autenticidade estão intrínsecos, as fashionistas seriam pessoas que davam demasiada importância ao exterior em sacrifício às suas verdadeiras personalidades. Mas Tsukumi acaba levando a bela menina escondida para sua casa e, na manhã seguinte, descobre que ela é, na verdade, um energético garoto chamado Kuranosuke. A partir dessa descoberta, muitas confusões estão previstas além do medo enorme da garota em ser descoberta por estar amiga de um menino e, ainda mais, prestes a quebrar a regra suprema de Amamizukan: nunca se apaixonar.
O brilho desse filme sem dúvida está em Masaki Suda. Ele rouba a cena para si entregando uma atuação digna de nota e cheia de paixão que nos cativa e nos deixa rendidos a seu personagem tomado por conflitos familiares e em busca da autoaceitação (além de ficar mais bonito de menina que todas as meninas desse filme kkkkk). Eu tive a oportunidade de ver seu trabalho antes em Tonari no Kaibustu Kun e atestei que ele é formidável, além de estar em filmes como Oboreru Knife no qual deu um verdadeiro banho.
Pra falar a verdade, tanto eu quanto minha irmã achamos o filme um pouco frustrante. Apesar de ser bem divertido, ele não entregou um final satisfatório, ficando em aberto (mesmo tendo cenas extras) e, sobretudo, sem mostrar o que a gente mais queria ver: o beijinho entre a Tsukumi e o Kuranosuke! Gente, o tanto que nós shippamos esse casal não tá no gibi. Juntos eram a coisinha mais fofa desses cinemas desde Honey e Teen Bride.
Ainda assim, recomendo muito para quem quer uma comédia divertida e com aquele fundinho reflexivo. Ganhou meu oito.
Título Original: 뷰티풀 뱀파이어 rr: Byutipul Baempaieo Lançamento: 13 de Julho de 2018 Diretor: Jude Jung Gênero: Romance, Fantasia País: Coréia do Sul Elenco: Jung Yeon-Joo
Song Kang
Park Jun-Myun
Lee Yong-Nyeo Onde achar: Movie Asian Fansub
Sinopse: A Vampira Ran possui uma pequena loja de maquiagem em um beco na área de Mangwon Neighborhood, em Seul. Ela administra a loja há 500 anos. Um dia, um novo dono do prédio aparece na frente dela e diz pra ela sair.
Um rapaz aparece na frente de Ran. O rapaz tem o mesmo cheiro da Jin-Yi. Jin-Yi era a única que gostava da Ran do jeito que ela era. O cheiro do rapaz desperta a sede de sangue de Ran, que ela controlou por 500 anos.
Eu nem tenho muito o que dizer desse filme porque eu mesma não entendi quase nada '-'
Gente, esse foi um daqueles filmes que o trailer te vende uma coisa e quando você vai assistir não tem nada a ver com o que pensou! Pelo pouco que eu entendi, Ran é uma vampira com quinhentos anos que se adaptou à vida moderna e tem um pequeno salão de maquiagem alugado por uma senhora feia e gananciosa que quer ser dona de metade de Seul. Muitos anos antes ela perdeu Jin Yi, sua melhor amiga e uma formidável atriz da era joseon, desde então nunca mais quis se relacionar com outras pessoas.
As coisas no salão não andam muito bem e a proprietária aumentou o aluguel de novo. Um dia, um belo rapaz aparece à porta do seu salão para fazer uma maquiagem leve uma vez que ele tem uma audição. O cheiro do sangue dele é igual ao de Jin Yi e, pela primeira vez em muitos séculos, Ran volta a ter desejo por sangue humano, até então ela sobrevivera com sangue conseguido em um açougue. Daí pra frente a trama fica toda bagunçada e você começa e termina o filme com pelo menos noventa interrogações na cabeça.
A coisa é que Beautiful Vampire tem aquela pretensão de ser uma comédia romântica, mas tem um enredo tão raso e bagunçado que não consegue cativar ou prender a gente e em determinado ponto do longa estamos nos perguntando porque ainda não desligamos a televisão.
Título Original: メアリと魔女の花 rr: meari to majo no hana Ano:2017 País: Japão Direção: Hiromasa Yonebayashi Roteiro: Riko Sakaguchi, Hiromasa Yonebayashi Gênero: Fantasia
Baseado emThe Little Broomstick de Mary Stewart
Elenco: Hana Sugisaki como Mary
Ryunosuke Kamiki como Peter
Yūki Amami como madama Mumble
Fumiyo Kohinata como doutor Dee
Hikari Mitsushima como bruxa dos cabelos ruivos
Jiro Sato como Flanagan
Kenichi Endō como Zebedee
Eriko Watanabe como Banks
Shinobu Otake como Charlotte
Sinopse: Mary, uma agitada jovem japonesa, está prestes a ter sua vida alterada de maneira radical. Isso porque, depois de seguir dois estranhos gatos, ela acaba achando uma curiosa e desconhecida flor, que lhe concede extraordinários poderes mágicos. Logo em seguida, com a ajuda de um dos animais, ela encontra uma vassoura e, ao tocá-la, ela começa a voar. É aí que descobrirá que pode ter se tornado uma bruxa.
O filme feito por grande parte dos antigos funcionários do Studio Ghibli. Confesso que quando vi o trailer de Mary e a Flor da Bruxa pela primeira vez duas coisas aconteceram: Primeiro não dei muito nele, segundo me animei um pouco pensando que era outro filme do grande Hayao Myazaki. Mas não era. O estúdio Ponoc nos traz essa adaptação de um livro infantil de Mary Stewart e um monte de saudosas homenagens ao Castelo Animado, A Viagem de Chihiro, O Serviço de Entregas da Kiki e Laputa, o castelo no céu.
Acompanhamos Mary, cujos pais estão viajando e ela foi deixada com a avó. Mas não se sente muito feliz, detesta seus cabelos ruivos rebeldes e mesmo querendo muito ajudar sempre acaba estragando tudo. Ela acredita que não conseguirá fazer amigos e, em um momento meio constrangedor, acaba conhecendo Peter, um menino do vilarejo com quem inicialmente antipatiza muito. Um dia, ao seguir um gatinho além da floresta, Mary acaba encontrando uma bela e estranha flor que leva para casa, mas essa flor, quando esmagada em sua mão lhe confere poderes mágicos.
É assim que ela acaba indo parar em uma escola para bruxas além das nuvens, voando numa vassoura que também foi achada na floresta. Lá, ela se sente aceita como é e onde seus cabelos ruivos são sinais de poder. De tal forma que não consegue desmentir que não é uma bruxa. O problema é que os poderes conferidos pela flor são limitados e logo acabam. Quando Peter é sequestrado pelos magos da escola que estão fazendo um experimento perigoso e cruel, Mary vai precisar de toda a sua coragem e determinação para salvar a ele e aos outros animais. Com isso, segredos do passado da sua família virão à tona e ela precisará fazer escolhas difíceis.
Achei o filme muito fofinho, mesmo lembrando muito as animações do Ghibli ele tem uma aura própria que nos prende e nos encanta. Terminamos de ver com aquele calorzinho bacana no coração e a sensação de que ainda não havíamos crescido. Vale muito a pena assistir, recomendo.
Título Original: レインツリーの国 rr: Rein Tsuri no Kuni
Direção: Yoshishige Miyake
Roteiro: Chiho Watanabe
Ano: 2015
Gênero: Romance, Drama
País: Japão
Elenco: Yuta TamamoriMariya NishiuchiKanna MoriyaJoji AbeShigenori Yamazaki
Onde encontrar: Dopeka
Sinopse: Quando Nobuyuki Sakisaka (Yuta Tamamori) era um estudante do ensino médio, ele leu um romance chamado “Jogo de Fadas”. Ele ainda tem esse romance porque ele ficou muito chocado com o final. Um dia, Nobuyuki Sakisaka navega pela internet e encontra o blog "Rein Tsuri não Kuni". Ele descobre que a escritora do blog, Rika Hitomi (Mariya Nishiuchi), também ficou chocada com o final de ”Jogo de Fadas”. Nobuyuki e Rika logo começam a trocar e-mails. Nobuyuki quer conhecer Rika, mas ela se recusa. Ela tem medo que ele descubra o seu segredo.
Fazia um tempão que minha irmã me pentelhava pra ver esse filme e eu enrolava, mas quando assisti gostei muito. A história gira em torno de Sakisaka, um jovem que está prestes a se mudar para Tóquio e, ao procurar o volume do seu romance favorito, Jogo de Fada, percebe que o último volume está faltando. Ele percebe que não lembra mais do final da história, então procura na internet o que acontece e acaba encontrando um blog chamado A terra das árvores da Chuva onde uma menina escrevia também sua opinião a respeito do final.
Tocado com as palavras dela, Sakisaka decide entrar em contato e os dois começam a conversar por e-mail e depois por mensagens de telefone. Quanto mais se conhecem mais ele fica encantando com a inteligência de Rika e descobre afinidades de gostos e pensamentos com ela. Cada vez mais ansioso, ele pede que os dois se encontrem, mas ela fica relutante porque além de ter uma baixa autoestima, esconde um segredo que teme que ele descubra, mas acaba aceitando o convite e os dois tem um encontro.
No início, as particularidades de Rika deixam Sakisaka um pouco apreensivos, mas logo ele descobre que ela tem um problema e agira o dia inteiro com aquele comportamento temendo que ele descobrisse. Sentindo-se culpado por tê-la repreendido de maneira cruel, ele tenta se desculpar e os dois voltam a se encontrar, mas uma série de mal entendidos acabam afastando os dois até ele perceber que o problema de Rika é apenas uma parcela daquilo que se interpõe entre os dois, enquanto ela não aceitar a si mesma será incapaz de aceitar o amor que ele quer lhe oferecer.
Achei esse filme lindo, gente, sério. Sakisaka é tão fofo e adorável que a gente fica sonhando com um cara incrível desses na nossa vida. Se você curte romance e superação eu super recomendo esse filme.
Título Original: Ralph Breaks the Internet
Direção: Rich Moore, Phil Johnston
Roteiro: Phil Johnston , Pamela Ribo
Ano: 2018
Gênero: Animação, aventura
País: EUA
Sinopse: Seis anos após Detona Ralph conseguir salvar o arcade do Sr. Litwak do ataque dos insetrônicos e da vingança de Turbo, um roteador Wi-Fi é instalado no fliperama, e a melhor amiga de Ralph, Vanellope von Schweetz, começa a ficar insatisfeita e achando que está presa em uma rotina. Para compensar, Ralph abre um novo caminho em uma das pistas do jogo Corrida Doce, e quando Vanellope decide passar por ele toma o controle da jogadora na máquina, que ao tentar retomar acaba desconectando o volante. Uma tentativa de Litwak, de consertar acaba por quebrar a peça, e quando a jogadora encontra um volante no eBay, o alto preço - o fabricante faliu faz tempo - faz Litwak apenas desligar o Corrida Doce e cogitar dá-lo pro sucateiro ao fim da semana. Se sentindo mal pelo dano que causou, Ralph decide ir até o imenso espaço de dados da Internet para conquistar o tal volante, e Vanellope o acompanha.
Quando vimos o trailer de Wifi Ralph a primeira vez estávamos decididas que ia ser tão divertido quanto foi o primeiro. Bem, estávamos parcialmente certas. Como a sinopse que eu pus aí conta basicamente o filme todo vou apenas comentar porque não ficamos tão animadas depois de assistir. Apesar de gostarmos do filme e darmos boas risadas durante o longa, o final deixou muito a desejar, quer dizer, todo o esforço do Ralph pra conseguir o volante no final foi meio que pela metade apenas, não valeu tanto a pena. Isso deixou a gente meio decepcionada. Contudo a mensagem do filme que a gente deve deixar as pessoas seguirem seu próprio caminho e respeitar suas escolhas (bem Disney na verdade) foi passada de uma maneira interessante. Fica aí por tua conta em risco.
E esse foi o combo de filmes vistos nesses últimos dois meses, pessoas. Como viram já anunciei o livro do projeto relendo e resenhando desse mês, e já comecei a ver Hana Yori Dango o anime, vai demorar um pouco pra sair a resenha com as adaptações porque são muitas, mas sai sim! Haha. Então, só esperar que logo vem resenhas novas!
E finalmente chegando com a parte final dessa resenha. Terminei o livro um pouco tarde porque parava sempre que terminava um conto para escrever a resenha e digerir o que li. Foi um dos livros mais difíceis de ler, gente, sério. Mas de algum modo valeu a pena.
Gigante do Volante
Esse conto, ainda mais que o anterior, me deixou realmente uma péssima sensação física e psicológica. Enquanto lia ficava sempre me remetendo ao filme I'll spit on your grave, mesmo sem nunca tê-lo assistido. O conto acompanha Tessa Jean, uma jovem escritora de livros policial ao estilo Miss Marple. Uma mulher com uma vida pacata que só se preocupa com seu gato e seu futuro na velhice solitária que lhe espera. Isso até ela receber um convite para palestra em Chicopee, uma cidade mais ou menos próxima de onde mora. Mesmo tendo uma palestra já marcada para breve, como o valor oferecido é muito bom, ela acaba aceitando e é quando seu pesadelo se inicia.
Tessa não podia imaginar que seu dia tão agradável teria um fim tão trágico. Após terminar sua sessão de autógrafos, a bibliotecária insistira que ela pegasse um atalho para casa, uma vez que a estrada principal era mais longa e com um tráfego maior. A ideia de chegar em casa mais cedo e poder desfrutar da companhia do seu bichano era tentadora, de modo que Tessa acaba aceitando sem imaginar que estava prestes a cair em uma armadilha. Em determinado ponto da estrada, seu pneu fura graças a um monte de entulho na estrada. Sem saída, ela acaba parada ao lado da estrada com um estepe que não sabe trocar e um celular sem área, o carro de uma banda passa, mas não lhe presta qualquer ajuda de modo que ela fica sozinha ali tirando os entulhos da estrada até uma picape, com um homem gigante, que lhe oferece assistente.
De início, como era lógico, Tessa fica um pouco apreensiva, mas o sujeito se mostra muito cordial. Até ela descobrir vários entulhos na parte de trás do carro idênticos aos espalhados na estrada que furaram seu pneu. Contudo, a ficha cai tarde demais e, quando ela menos imagina, está com o rosto todo roxo e ensanguentado enquanto o brutamontes a violenta. Pensando que estava prestes a ser assassinada, Tessa finge de morta e, para seu horror, acorda em um bueiro com outros dois cadáveres que aparentemente estavam ali ha mais tempo. Nua, desnorteada por uma concussão e sentindo dores horríveis em todo o corpo, ela perambula por longo tempo até conseguir raciocinar o bastante para sair dali.
Após andar vários quilômetros escondendo-se ao menos sinal de um carro na estrada, ela finalmente chega a um posto de gasolina e liga para uma companhia de táis de luxo que já tinha seu número de viagens anteriores, por estar sem sua bolsa e seus brincos de diamante, roubados pelo estuprador, por sorte eles tinham seu número de cartão de crédito e poderiam descontar a corrida direto do banco. Segura em casa - mas não se sentindo assim de nenhum modo - Tessa se divide em uma investigação amadora e o medo de ser encontrada pelo monstro a força a andar com uma arma em cada cômodo da casa. Além disso, há a possibilidade cada vez mais descartada de denunciar o ocorrido à polícia, em especial pelo fato de que as mulheres no esgoto merecem ser vingadas e a próxima vítima evitada, mas a vergonha e o medo de virar notícia nos jornais a levam ao caminho da segunda alternativa: vingança.
Depois de investigar no melhor estilo das velhinhas do seu livro e debater sobre as consequências possíveis do seu ato, a escritora bola um plano minucioso que só inclui duas coisas: não ser pega e garantir que o gigante do volante nunca mais vai ser o pesadelo de nenhuma mulher.
Talvez por eu ser mulher, esse conto foi realmente difícil de ler. Eu levei dias para continuar e confesso que nem mesmo a vingança de Tessa fez eu me sentir um pouco melhor ao final, restou apenas um enjoo muito forte e uns três filmes para tirar aquilo da cabeça. Como já disse antes, a escrita de King é muito crua, de modo que as sensações dessa situação foram claramente vívidas e horríveis para a personagem e para quem a acompanha. Ele levantou, é claro, a questão da violência contra a mulher se posicionando de modo muito sutil a respeito o que achei muito pertinente porque é um tema ainda muito atual. A questão da vergonha, do descaso das autoridades que sempre culpam a vítima e nunca o agressor porque as mulheres "pedem" pra ser violentadas (o que não encaixa na minha cabeça como uma pessoa pode pensar semelhante absurdo!), além de muitos outros elementos infelizmente reais não apenas nos EUA, mas em todo o mundo. Ainda assim, foi um conto muito difícil de ler pra mim, ainda pior que seu anterior, 1922.
Extensão Justa
Nesse conto, acompanhamos Streeter, um homem de cinquenta anos que está com câncer terminal e desenganado pelos médicos. Em uma de seus últimos passeios de carro, ele acaba encontrando um homem estranho na estrada atrás do aeroporto e, curioso pela localização estranha, se aproxima da barraca improvisada para ver o que o estranho homem gorducho tem a oferecer, além de avisá-lo do seu péssimo negócio em uma área não movimentada. Mas é surpreendido por uma conversa agradável em que, com aquele estranho, consegue se abrir com mais facilidade que a própria esposa. Em poucos minutos, Streeter conta seus infortúnios e recebe uma interessante proposta, extender sua vida por mais alguns anos e sem o câncer que lhe corroi por dentro.
Claro que ele acreditou, inicialmente, que o estranho homem era um lunático, mas de repente trocar sua vida de infortúnios pela vida perfeita de seu "melhor amigo de infância" que cresceu basicamente às suas custas enquanto ele vivia uma sobrevivência sem frutos, parecia ser um ótimo negócio. Assim, sem pensar muito, Streeter admite seu ódio velado por Goodhugh durante todos aqueles anos, desde que ele lhe tomara Norma, sua então namorada, até sua bem sucedida vida com seus três filhos perfeitos enquanto Streeter permanecia na mediocridade.
Com o negócio fechado, um verdadeiro "acordo com o diabo", Streeter fica curado da sua doença terminal por um "milagre" enquanto a vida de Goodhugh começa a descer mais fundo pelo ralo, começando com a morte da sua esposa Norma vitimada por um câncer violento, até a decadência de um por um dos seus filhos até então exemplares. Enquanto Streeter usufrui de uma vida de cada vez mais prosperidade e, quanto mais ele cresce, mais o outro afunda, quanto mais ganha, mais o outro perde. Em nenhum momento ele demonstra qualquer empatia real pela péssima situação do amigo, chegando, inclusive, a um nível de falsidade que chocaria se não fosse tão comum na atualidade. Na cabeça dele, todo o infortúnio sofrido pelo outro era justo, tal qual seu proporcional sucesso, ele nunca pensou que o progresso de Goodhugh adveio do seu próprio trabalho e coragem de arriscar, mas de uma sorte que lhe fora tirada desde a época da escola.
Eu encarei esse conto de várias formas, na verdade. Pessoas que sobem pisando em outras sem a menor consideração ou respeito. Gente invejosa que faz de tudo para destruir o outro ou mesmo, de uma perspectiva mais social, o medo que os ricos tem do socialismo porque a equidade financeira tiraria deles seu status superior. Sendo bem sincera, esse conto não me surpreendeu muito, foi apenas um retrato da falsidade, inveja e errôneo senso de justiça humano narrado em uma situação na qual todos se combinam para representar um lixo presente em todas as sociedades do mundo.
Um Bom Casamento
Darcy não sabe como encarar o marido. Não depois do que encontrou na garagem.
Até então, ela vivia uma vida pacífica com um homem amoroso e fiel que ela achou conhecer, mas não importa quanto tempo passamos com uma pessoa, nós nunca a conhecemos de fato por inteiro, não é mesmo? Sim. E ela descobriu que dormiu ao lado de um estranho por mais de vinte anos.
Mas como ignorar 27 anos de um casamento sólido com dois lindos filhos bem encaminhados na vida? Mais ainda, como ignorar o fato de que seu marido pode ser um serial killer de mulheres? E como você nunca sequer desconfiou? Eram essas as perguntas na mente de Darcy que vira toda a sua vida virar de cabeça para baixo ao procurar por simples pilhas AA para o controle remoto da TV.
Seu marido, Bob, era um homem adorável, ativo na comunidade, participativo na vida dos filhos, inteligente e bom. Como ela poderia supor que ele seria, sob tudo aquilo, um monstro? Mas era impossível negar a prova bem diante dos seus olhos e assim somos levados a um conflito emocional e psicológico de uma mulher de meia idade que não sabe como reagir diante do fato de que seu marido pode ter matado 11 mulheres e uma criança.
Contudo, se por um lado a história envereda na loucura de Bob que acredita ter dupla personalidade, nós também somos levados pelos sombrios bosques de Darcy que vê-se num mundo através do espelho, uma realidade sombria que reflete a sua própria de maneira parcialmente distorcida e esse conto é mais para uma reflexão do que simboliza, de fato, o mal. Sobretudo o que é justiça e qual a maneira certa de lidar com ela? Em alguns pontos remete um pouco ao conto anterior, mas em um ponto de vista diferente. Embora não seja nem menos brutal e nem menos perturbador.
Conclusão
Como o próprio King assume no posfácio desse livro, Escuridão Total e Sem Estrelas é um mergulho no buraco negro da humanidade, de mentes perversas e de um mal que se esconde dentro de "homens de bem", muito pertinente, aliás, com a nossa realidade muito escrota e atual. Um livro escrito a nove ou dez anos atrás, mas que continua, infelizmente, tão atual, pelo simples fato de que as pessoas (ou a maioria delas pelo menos) parou de pensar e refletir sobre a realidade, parou de questionar as coisas para simplesmente aceitá-las. King tinha a intenção, e conseguiu, escrever um livro para incomodar. Pelo pouco que li dele em Cujo acho que é um traço seu. Ele escreve sobre pessoas de verdade fazendo maldades reais dentro de uma ficção que espelha a realidade. Quantos cadáveres de mulheres são enterrados todos os dias por conta de maridos egoístas ou "doentes"? Homens inescrupulosos e cruéis? Quantas vidas não são destruídas todos os dias pela inveja de pessoas que não se preocupam em passar por cima de outras para conseguir o que querem? É o mundo em que vivemos. Onde a arte interpreta e retrata a vida.
Se o livro me causou tanto mal estar é sinal que é bom (e que eu ainda sou humana, graças a Deus!), porque é esse o propósito e sabemos que a obra é boa quando o propósito é atingido. Lerei outras obras de King porque, além de ser um autor da realidade, ele sempre tem algo a nos ensinar sobre narrativa nos seus livros, principalmente no que diz respeito a criar personagens que se conectam conosco e nos levam a refletir sobre suas ações, despertam empatia em nós, nos levando a questionar o que faríamos em seu lugar. E esse conflito é muito bom. Será que matar para vingar outras pessoas é justo? Será que crescer sobre o ódio que sinto por alguém que confia quase cegamente em mim é certo? Os fins, justificam os meios? São as perguntas que mais me fiz enquanto lia esse livro e não me atrevo a recomendá-lo para quem não gosta de leituras perturbadoras ou quem não tem um psicológico "firme" e um emocional estável.