Ano: 2013
Episódios: 13
Direção: Shingo Suzuki
Gênero: Ficção científica, ação, drama, seinen
Sinopse: Em 2016, uma catástrofe ocorre numa usina nuclear, em Tóquio, forçando governo a evacuar a cidade. Tóquio torna-se uma cidade fantasma, devido aos elevados níveis de radiação. A história desenrola-se em 2036, 20 anos após um acidente nuclear que contaminou e isolou a cidade de Tokyo. Para socorrer um estranho pedido de socorro é formada uma unidade especial chamada “Coppelion” composta por três garotas que foram criadas geneticamente para resistir à radiação.
Nem sei por que eu coloquei esse anime na minha lista, não lembro onde peguei indicação dele, mas confesso que eu ando quase numa maré de azar noque diz respeito a animes e doramas ultimamente.
A história de Coppelion é, basicamente, sobre humanidade. Um grupo de adolescentes é geneticamente modificado para resistir a radiação, eles são divididos em grupos e enviados à Tóquio fantasma para resgatar sobreviventes e eliminar inimigos. Ibara, Aoi e Taeko são parte do grupo de resgate, elas chegam à cidade destruida e começam a procurar sobreviventes, durante sua jornada, não apenas vão precisando enfrentar inimigos da sua própria divisão, como são confrontadas com perdas e com o sentido de sua existência.
Esse é um daqueles animes criados com o claro propósito de fazer as pessoas refletirem. Os seres humanos tranformaram o planeta numa bomba radioativa, mas continuam cometendo erros que podem por em risco a ínfima parte do mundo que está a salvo. Há a divisão de próprios humanos que desejam destruir a humanidade, as coppelion não são consideradas humanas, são tidas como bonecas praticamente indestrutíveis, mas em muitos momentos demonstram mais sensatez e sentimento que os próprios humanos.
Toda a obra é cheia de metáforas intrínsecas e filosóficas nos forçando a reconsiderar nossa visão de humano, nossas atitudes para com o próximo e com o mundo que habitamos. Que prioridade estamos dando ao que realmente importa? Contudo, confesso que achei o anime um pouco maçante apesar de todas essas reflexões. Não apenas por ter achado injusto o destino das coppelion mesmo apesar de tudo que fizeram, como por ter achado meio nada a ver o final dos antagonistas. Acredito que no mangá as coisas devem ser melhor desenvolvidas, mas não curti muito não.
Se tem algo que realmente gostei foi a maneira que a narrativa foi montada. Os ganchos nos finais dos episódios, a maneira como as personagens se conectavam e o tom meio poético de alguns diálogos. Para mim esse foi o ponto mais legal do anime. Fiquei triste com a morte de alguns personagens, mas fazendo um balanço, posso dizer que o 7,0 que eu dei ao anime foi quase inteiramente pela reflexão e a montagem do que, propriamente o enredo e a execução em si. As cenas de ação não foram empolgantes e não fosse a verossimilhança das personagens, consideraria algumas delas um saco.
Não é um anime para distração, de fato. Ele é reflexivo e pede ao expectador que seja empático ao se envolver nas tramas, do contrário a experiência assistindo vai ser um pouco difícil.
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