Ano: 2018
Páginas: 352
Autor: A.J. Finn
Gênero: Thriller, Suspense, Mistério
Sinopse: Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e... espionando os vizinhos. Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir. Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle? Neste thriller diabolicamente viciante, ninguém – e nada – é o que parece. "A Mulher Na Janela" é um suspense psicológico engenhoso e comovente que remete ao melhor de Hitchcock. (Via Skoob)
Esse foi escolhido no clube do livro para esse mês, eu tinha comprado esse livro nas Americanas meio às cegas porque não tinha sinopse atrás, então decidi dar uma chance até porque ele não estava muito caro na hora.
Acompanhamos a história de Anna, uma mulher formada em psicologia infantil e com especialização na vida alheia (sim, isso mesmo!), ela sofre de agorafobia e seu passatempo é ver filmes antigos e olhar a vida dos vizinhos com uma câmera profissional. Num primeiro momento, sabemos que ela está separada do marido e da filha, com quem conversa esporadicamente, ela recebe seu psiquiatra em casa com regularidade e também uma fisioterapeuta, os assuntos externos que não podem ser resolvidos pela internet ou telefone são feitos por David, seu inquilino do porão. Toda a vida de Anna seguia na monotonia de sempre, olhando a vida dos outros ao invés de cuidar da própria (e ela bem que está precisando disso), tomar os remédios quando dá vontade (ou seja, nunca, com exceção do de dormir) e encher a cara de vinho (muitas vezes com os remédios junto, muito responsável!).
Até aquele halloween.
Como sabia que não conseguiria sair e da mesma forma não seria viável deixar os doces do lado de fora, ela decide fingir que não está em casa e, como pagamento, acaba sendo vítima da "travessura"das crianças que atiram ovos na sua casa. Quando tenta sair para reclamar ela acaba tendo um ataque de pânico e é ajudada por uma mulher que reconhece como Jane Russell, sua vizinha do outro lado da rua. Enquanto espiona a vida deles ela é surpreendida por Jane de novo e recebe uma nova visita da mulher, as duas passam uma tarde de jogos, confidências e muito álcool até que Jane vai embora e, alguns dias depois, Anna presencia seu assassinato. Ela vê o momento que a vizinha aparece na janela com algo espetado no peito e cai deixando um rastro de mão ensanguentada na janela.
Aterrorizada, Anna liga para a polícia crente que sua vizinha foi assassinada, mas seu testemunho é desacreditado pelo seu estado psicológico, o tanto de álcool que ela bebeu e o fato de não ter corpo ou qualquer coisa errada na casa dos Russells, exceto por Ethan, o filho do casal, que parece saber mais do que fala e ter medo demais para falar. Tudo piora quando outra Jane Russell aparece. Anna começa a investigar como pode o que aconteceu, mesmo quando todos dizem que ela imaginou tudo aquilo, o desespero começa a engoli-la a um ponto que ela começa a duvidar de si mesma, até um stalker começar a persegui-la.
Disposta a ir fundo naquilo em que acredita e provar a culpa de Alastair (que ela acredita ter matado a esposa), ela começa a desconfiar também do seu inquilino e se recusa a aceitar a verdade sobre si mesma. Em uma busca frenética para provar que diz a verdade, Anna vai enveredar no mistério de uma família cheia de segredos enquanto luta para não perder a própria sanidade.
O começo desse livro foi bem arrastado, acho que se tivesse lendo em e-livro eu teria ficado tentada a desistir. É a Anna que narra a história e aqui acontece o mesmo problema de A Garota no Trem, a gente tem uma personagem instável em quem não podemos confiar e o agravante é que ela não nos ajuda a ter empatia com ela agindo de modo irresponsável consigo mesma. Gente, tinha hora que eu queria sacudir essa mulher, na boa. Okay, em parte eu entendo a birra com os remédios, quando eu fazia tratamento não gostava do que as drogas faziam comigo, da maneira como elas pareciam inibir minhas emoções e, em parte, essa relutância da Anna em se medicar é compreensível, mas quando ela começa a encher a cara de vinho, mentir para os terapeutas e misturar vinho com remédio aí não dá pra defender não, principalmente porque ela é uma psicologa formada e ela sabe muito bem as consequências de fazer isso.
Por ser ela a narradora, de cara a gente já sabe que não pode e nem deve confiar em tudo que ela diz, na verdade eu só tinha certeza que havia algo errado acontecendo por causa do Ethan, muitas das coisas eu consegui prever e acertar, mas o acontecido sobre o qual a história gira, esse me pegou de jeito. Acho que era um plot twist que ninguém esperava e o autor soube usar a instabilidade psicológica da personagem para camuflar isso uma vez que é ela que conta a história e, caso estivesse mentalmente saudável, teria descoberto a verdade muito mais cedo. Então sim, vale a pena insistir no livro, ele demora um pouco a engatar, mas conforme o cerco vai se fechando os picos de adrenalina vão deixando a narrativa interessante. Recomendo (e recomendo muita paciência também hahaha).
A adaptação cinematográfica sai em outubro, assim que eu conseguir assistir (só não sei se esse ano ainda porque aqui não tem cinema) eu volto para contar o que achei!
Aterrorizada, Anna liga para a polícia crente que sua vizinha foi assassinada, mas seu testemunho é desacreditado pelo seu estado psicológico, o tanto de álcool que ela bebeu e o fato de não ter corpo ou qualquer coisa errada na casa dos Russells, exceto por Ethan, o filho do casal, que parece saber mais do que fala e ter medo demais para falar. Tudo piora quando outra Jane Russell aparece. Anna começa a investigar como pode o que aconteceu, mesmo quando todos dizem que ela imaginou tudo aquilo, o desespero começa a engoli-la a um ponto que ela começa a duvidar de si mesma, até um stalker começar a persegui-la.
Disposta a ir fundo naquilo em que acredita e provar a culpa de Alastair (que ela acredita ter matado a esposa), ela começa a desconfiar também do seu inquilino e se recusa a aceitar a verdade sobre si mesma. Em uma busca frenética para provar que diz a verdade, Anna vai enveredar no mistério de uma família cheia de segredos enquanto luta para não perder a própria sanidade.
O começo desse livro foi bem arrastado, acho que se tivesse lendo em e-livro eu teria ficado tentada a desistir. É a Anna que narra a história e aqui acontece o mesmo problema de A Garota no Trem, a gente tem uma personagem instável em quem não podemos confiar e o agravante é que ela não nos ajuda a ter empatia com ela agindo de modo irresponsável consigo mesma. Gente, tinha hora que eu queria sacudir essa mulher, na boa. Okay, em parte eu entendo a birra com os remédios, quando eu fazia tratamento não gostava do que as drogas faziam comigo, da maneira como elas pareciam inibir minhas emoções e, em parte, essa relutância da Anna em se medicar é compreensível, mas quando ela começa a encher a cara de vinho, mentir para os terapeutas e misturar vinho com remédio aí não dá pra defender não, principalmente porque ela é uma psicologa formada e ela sabe muito bem as consequências de fazer isso.
Por ser ela a narradora, de cara a gente já sabe que não pode e nem deve confiar em tudo que ela diz, na verdade eu só tinha certeza que havia algo errado acontecendo por causa do Ethan, muitas das coisas eu consegui prever e acertar, mas o acontecido sobre o qual a história gira, esse me pegou de jeito. Acho que era um plot twist que ninguém esperava e o autor soube usar a instabilidade psicológica da personagem para camuflar isso uma vez que é ela que conta a história e, caso estivesse mentalmente saudável, teria descoberto a verdade muito mais cedo. Então sim, vale a pena insistir no livro, ele demora um pouco a engatar, mas conforme o cerco vai se fechando os picos de adrenalina vão deixando a narrativa interessante. Recomendo (e recomendo muita paciência também hahaha).
A adaptação cinematográfica sai em outubro, assim que eu conseguir assistir (só não sei se esse ano ainda porque aqui não tem cinema) eu volto para contar o que achei!
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