quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Entenda a Letra: Imaginary - Evanescence

O entenda a letra de hoje volta com o Evanescence, e há um motivo para aparecer tanto essa banda por aqui, o fato inegável de que Evanescence me define. As letras de Amy Lee são verdadeiras traduções dos meus sentimentos e pensamentos, por essa razão eu tenha a afinidade tão grande com ela desde ouvir Lithium, que foi a música com que conheci a Banda.
Imaginary é a minha música favorita, pelo simples fato de ser uma descrição aberta do meu "eu interior", por isso esse entenda a letra será um pouco - se não muito - pessoal.



Imaginária 
Oh, flores de papel
Entre os muitos significados que essa frase pode ter, no que tange à mim, flores de papel refletem os livros que leio e que escrevo, são as flores formadas por palavras nas quais me escondo, o único refúgio seguro que tenho.
Eu permaneço no vão da porta
Do despertador gritando
Monstros chamando meu nome
Deixe-me ficar
Onde o vento irá sussurrar pra mim
Onde as gotas de chuva
Enquanto caem, contam uma estória
Imaginária é uma letra altamente interpretativa, funciona de um jeito para cada pessoa. É uma pessoa que cria um mundo e tenta desesperadamente fugir da realidade. Nos dois primeiros versos a gente vê ela no vão da porta sendo acordada pelo despertador, a porta representa a transição entre sonho e realidade e o despertador as coisas que a puxam de volta para a realidade, tentando aprisioná-la no vazio e frio mundo. Ela clama para ficar, e descreve as belezas do mundo de sua mente, ela quer permanecer no seu mundo seguro, onde tudo tem vida e cor, onde ela pode sorrir e chorar sem ser julgada por isso. O lugar criado para nunca envelhecer, para ser sempre criança;
No meu campo de flores de papel
E doces nuvens de canções de ninar
Eu repouso dentro de mim mesma por horas
E assisto meu céu roxo voar sobre mim.
Essa é uma descrição plausível do mundo citado na estrofe anterior. É um refúgio criado dentro de nossa mente, ou mesmo encontrado e alimentado nos livros. Um lugar onde temos o controle de tudo. Mas nessa estrofe vale ressaltar o 'céu roxo', fazendo umas pesquisas encontrei o significado da cor roxa e o motivo pelo qual essa fora a cor escolhida na letra: roxo deriva do Latim russeus, “vermelho-escuro” e transmite a sensação de prosperidade, nobreza e respeito. Roxo equivale a um pensamento reflexivo e místico. O profundo mistério que a cor evoca pode promover sensações de tristeza e melancolia. Assim como o preto, o roxo remete a nobreza e poder. Roxo simboliza respeito, dignidade, devoção, piedade, sinceridade, espiritualidade, purificação e transformação, representa o mistério, expressa sensação de individualidade e de personalidade, associada à intuição e ao contato com o todo espiritual. Bem, acho que isso já explica bastante coisa não é mesmo? 
Não diga que sou inalcansável
Neste galopante caos, a sua realidade
Eu sei bem o que existe
Além do meu refúgio adormecido
O pesadelo que eu construí
Meu próprio mundo para escapar
Essa estrofe reforça o pensamento dito nas anteriores, aqui é o típico diálogo que normalmente pessoas como eu (tidas problemáticas) tem com as pessoas que se consideram "normais" e com os especialistas que acham que nos entendem. Nós não somos inalcançáveis, nós temos consciência do mundo à nossa volta, o mundo além do que nós mesmos criamos, a diferença é a escolha de viver longe de um mundo frio, falso, cruel, difícil e sem cor. Nós criamos esses refúgios dentro de nós, porque somos incapazes de lidar com a realidade, e é ai que entra o penúltimo verso 'o pesadelo que eu construí', a realidade do mundo de soma das nossas consequências que resulta no mundo individual tido como um pesadelo que voluntariamente criamos e torna-se um pesadelo pelo fato de não conseguirmos mais nos desprender dele. É, como na letra, 'Meu próprio mundo para escapar.'

[Refrão]

Engolida pelo som do meu grito
Sem conseguir parar pelo medo de noites silenciosas
Oh, como eu anseio pelos sonhos do sono profundo
A deusa da luz imaginária
É algo que eu costumo escrever e citar sempre, não existe pesadelo pior do que você ser sufocada pelos seus próprios gritos silenciosos, aqueles que vivem apenas dentro de você. Nessa estrofe o eu lírico da música manifesta um desejo que pode ser interpretado de muitas maneiras por causa das palavras sono profundo noventa por cento das pessoas acha que ela deseja a morte. Pode ser, mas há um outro lado de ver, o sonho do sono profundo é o imergir no seu mundo imaginário, o próprio eu lírico é a deusa da luz imaginária a dona e comandante daquele universo fantástico no qual ela quer viver para sempre. O ' medo das noites silenciosas' é o momento em que vivemos no mundo real, no fundo é exatamente o que acontece, temos medo da realidade.

[Refrão]

Oh, flores de papel
Oh, flores de papel

E é isso gente, espero que vocês tenham curtido o Entenda a Letra dessa semana. Foi muito bom e muito especial para mim fazer também. Super beijo e até a próxima!

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Eu sou o Número Quatro: Pittacus Lore - Resenha

Sinopse:
"Nove de nós vieram para cá. Somos parecidos com vocês. Falamos como vocês. Vivemos entre vocês. Mas não somos vocês. Temos poderes que vocês apenas sonham ter. Somos mais fortes e mais rápidos que qualquer coisa que já viram. Somos os super-heróis que vocês idolatram nos filmes e nos quadrinhos — mas somos reais. Nosso plano era crescer, treinar, ser mais poderosos e nos tornar apenas um, e então combatê-los. Mas eles nos encontraram antes. E começaram a nos caçar. Agora, todos nós estamos fugindo. O Número Um foi capturado na Malásia. O Número Dois, na Inglaterra. E o Número Três, no Quênia. Eu sou o Número Quatro. Eu sou o próximo."

E assim começa a narrativa alucinante do primeiro livro dos Legados de Lorien. Eu havia visto o filme desse livro ainda em 2011 quando fora lançado, o livro mesmo eu vim conseguir no ano seguinte por intermédio de uma troca da minha irmã. Minha best já havia lido ele quando eu ainda estudava com ela no normal médio, mas eu nunca dei muita bola para o livro não ele ficou aguardando ser lido até que finalmente o pus na minha meta deste ano e, como previ, acabei de ler ainda esse mês, o que faz dele minha oitava leitura de Janeiro, ma como eu não imaginava lê-lo tão depressa, o que realmente demorou bem mais do que esperado, ele não entrou no vídeo de leituras do mês de Janeiro, mas colocarei nas leituras do mês que vem. Eis então minha resenha para EU SOU O NÚMERO QUATRO:
Acompanhamos o desenvolvimento do número quatro, que após um incidente ao sentir a morte do número três, se vê obrigado a mudar-se às pressas com seu protetor para outra cidade. Atribuindo-se o nome de John Smith, ele chega à Paradise em Ohio e a partir desse momento sua vida muda para sempre.
Jonh é apenas um garoto cansado das mudanças constantes e da luta por uma sobrevivência que ele não consegue compreender completamente, quando chega à Paradise ele imagina que irá encontrar em breve mais um motivo para sair às pressas na eterna fuga contra os mogadorianos, mas então Sarah Hart entra em sua vida assim como Sam e tudo finalmente muda. John tem agora um amigo e uma namorada e não está disposto a abrir mão disso por nada. Em meio aos típicos obstáculos do colegial, o ex- namorado de Sarah, Mark James e a luta para manter sua identidade em segredo, nós acompanhamos o desenvolvimento de John, os treinamentos para desenvolver seus legados, que são poderes que ele trouxe de seu planeta, Lorien, e vemos aos poucos o menino tornar-se homem.

Quando os mogadorianos finalmente encontram sua localização, Henri, Sarah, Sam e os demais moradores da cidade estão em perigo, inclusive o próprio Jonh a quem os monstros procuram. Agora, ele precisará colocar em prática tudo que treinou durante o desenvolvimento de seus legados ainda em formação, e mais do que superar a si mesmo, John precisará enfrentar a perda e a renúncia para salvar a todos que ama. A narração do livro é muito bem trabalhada, capaz de prender você do início ao fim deixando sempre as suspeitas e a tensão todo o tempo.

Adaptação Cinematográfica:

Em 2011 foi lançada a adaptação cinematográfica de Eu Sou o Número Quatro com Alex Pettyfer (Beastly), Dianna Agron (Glee) e Teresa Palmer (Meu Namorado é um Zumbi). O filme no geral segue a linha do livro, NO GERAL, mas depois de ler o livro e rever o filme eu até meio que entendi o motivo de a adaptação ter TANTA coisa diferente do livro. Eu julgo como sendo uma boa adaptação, o filme foi muito bem feito, os efeitos são muito legais e eu gostei muito desde o primeiro dia que vi. Algumas coisas que acontecem no livro seriam realmente inviáveis de adaptar no filme até mesmo por questões de segurança e tals, mas outras coisas como o fato de Jonh saber dos seus poderes, o fato de ele e Henri conseguir abrir a arca juntos, até mesmo as lembranças de Jonh sobre Lorien podiam mesmo ter sido colocadas no filme e, uma das cenas mais legais do livro, o sistema solar de Henri, eu queria muito que tivessem colocado no filme. A batalha no final do filme na minha opinião ficou melhor que no livro, embora bem mais resumida eu gostei do Jonh seguro dos seus poderes e todo poderoso lá, além do que ficou bem menos violenta do que no livro.
Minha nota para o filme é 9,0
Minha nota para o filme em relação ao livro como adaptação é 7,0

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Entenda a Letra: My Heart Is Broken - Evanescence

Meu Coração Está Partido

Vagarei até o fim dos tempos
Arrancada de você


Eu me afastei para enfrentar a dor
Fecho meus olhos e me afasto
Do medo que nunca encontrarei uma maneira de curar minha alma
E eu vagarei até o fim dos tempos
Arrancada de você


Meu coração está partido
Durma docemente meu anjo negro
Livra-nos do abraço da tristeza (sobre meu coração)


Não posso continuar vivendo dessa maneira
Mas não posso voltar pelo caminho que vim
Acorrentada a este medo que nunca encontrarei uma maneira de curar minha alma
E eu vagarei até o fim dos tempos
Meio viva sem você


Meu coração está partido
Durma docemente meu anjo negro
Livra-nos


Mude
Abra seus olhos para a luz
Eu neguei por tanto tempo, oh tanto tempo
Dizer adeus
Adeus


Meu coração está partido
Me liberte, eu não posso suportar
Livra-nos
Meu coração está partido
Durma docemente, meu anjo negro
Livra-nos
Meu coração está partido
Durma docemente, meu anjo negro
Livra-nos do abraço da tristeza

Assim como eu fiz com a outra, vamos dar uma pincelada geral na letra:
My Heart is Broken fala sobre medo e perda principalmente. Ela claramente perdeu a pessoa que amava, não se sabe ao certo como, mas a letra dá indícios de morte explícita na parte /Durma docemente meu anjo negro/ e após essa perda ela se sente perdida, sem rumo, não sabe o que fazer e sobretudo tem medo de seguir em frente, medo de se desprender daquilo que ela não quer esquecer. Assim, ela acaba afastando as pessoas à sua volta, tranca-se dentro de si numa tentativa frustrada de conter a dor dentro dela e conter o medo de ter que viver sozinha, implorando por uma libertação que ela não enxerga estar dentro de si. Não é uma sensação nada boa, sentir seu coração partido tentando sobreviver dentro de você, tentar lutar contra um medo invisível que controla cada parte do seu corpo, como se você só tivesse "meia vida", como disseram uma vez: A pior das mortes é quando algo morre dentro de você enquanto você ainda está vivo.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Branca dos Mortos e os 7 Zumbis - Fábio Yabu (Resenha)

Sinopse:
Branca dos Mortos e os sete zumbis, clássico underground do escritor e roteirista Fábio Yabu é reeditado pela Globo Livros e ganha um conto inédito “Você acredita em contos de fadas?” Pergunta Eduardo Spohr no prefácio. E continua, “Alguma coisa me diz que até o final deste livro você passará a acreditar”. Para que o feitiço Yabu dê certo, é necessário que esqueça tudo o que você sabe sobre contos de fadas. Branca de Neve não é apenas uma jovem ingênua, mas também uma implacável caçadora de zumbis. Cinderela guarda um terrível segredo, que selará seu destino para sempre. Rapunzel está longe de ser uma reles menina isolada numa torre. E a morte da Pequena Vendedora de Fósforos revela uma tradição macabra de morte e psicopatia que vai muito além de uma inocente história infantil. Em Branca dos Mortos e os sete zumbis, Fábio Yabu resgata a tradição clássica dos contos de fadas dos irmãos Grimm e de Hans Christian Andersen, onde as histórias, mais que um simples entretenimento, servem como lições para moldar o caráter das crianças, na maior parte das vezes por meio do medo. Aqui, não há meias-palavras nem eufemismos. O mundo encantado de Yabu é atormentado, sombrio e com altas doses de tensão sexual. Os contos seguem o mote de sucessos da televisão atual, como as séries Grimm e Once Upon a Time. Protagonizadas por personagens dos contos de fadas, revelam facetas nunca antes imaginadas de suas personalidades. Além disso, os doze contos que compõem Branca dos Mortos e os sete zumbis formam uma narrativa não-linear que culmina num desfecho aterrorizante. A obra ainda conta com as ilustrações de Michel Borges, que acompanha o autor desde seus primeiros projetos. As ilustrações de Michel homenageiam os desenhos clássicos dos contos de fadas, com toques sombrios, e complementam a atmosfera sinistra e misteriosa criada por Yabu. Branca dos Mortos e os sete zumbis foi lançado pela primeira vez sob o pseudônimo Abu Fobiya numa edição limitada com venda apenas pela Internet pelo selo NerdBooks, responsável pelo lançamento de autores como Eduardo Spohr e seu best-seller A batalha do apocalipse, e logo se tornou uma obra cult entre os fãs de literatura de terror. Agora, a Globo Livros revela os sortilégios contidos nesta coletânea para o grande público e o brinda com um conto inédito. Um livro para ler com as luzes acesas. Bons sonhos. 

Conheci o livro através do R., quando a gente ainda se falava, minha irmã ficou muito louca por ele, mas a gente não conseguiu comprar porque ele estava esgotado em todo lugar. Por fim, esse ano a gente encontrou um saraiva e comprou. Ele chegou na segunda semana de Janeiro. Então adicionei na minha meta e já li e eis aqui minhas poucas impressões dele, poucas porque ele é bem curto.

Os contos de fadas vistos de um ótica sombria, é basicamente do que se trata o livro. Alguns contos, como Samarapunzel mistura o filme o chamado com a história de Rapunzel. O livro traz histórias que, hora se fundem, ou são referidas em contos posteriores. Não é o livrinho de contos para colocar crianças para dormir, há insinuações eróticas em alguns contos, violência, descrições de tortura e seres mutilados. Senti durante a leitura algumas questões sociais, fortes questões religiosas e filosóficas implícitas das histórias. No geral o livro é muito bom para os apreciadores do gênero dark, principalmente para garotos que costumam não curtir a versão açucarada dos contos de fada e, normalmente, recorrem aos contos originais onde a realidade não é tão mágica. Nesse livro elas são colocadas sob um ponto de vista sombrio e, como diz na capa, literalmente macabro.

Confesso que não foi bem o que eu pensei que seria, acho que criei expectativas demasiadas com relação ao livro, talvez até pelo fato de, na época que eu descobri, eu desse muito peso a opinião do R. Mas como isso já acabou realmente não foi o que eu esperava, embora eu diga, o livro é mesmo muito bom viu? Você mergulha na história. A narrativa é fluente e, tirando um pouco de alguns diálogos que eu considerei um pouco fora de contexto com o tempo verbal da narração como um todo, as histórias são divinamente escritas e algumas mais envolventes que outras. Vale a pena ler. Eu comecei hoje e terminei hoje mesmo.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A Culpa é das Estrelas - John Green (Resenha)

Sinopse:
Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.

Eu terminei de ler o livro hoje, tecnicamente levei três dias, comecei a ler dia 18, não li no dia 19 e terminei dia 21. Confesso que tive um ataque de choro gigante quando cheguei no capítulo 23 e aqui está a minha resenha para vocês:


Fora a sensação de não conseguir parar de chorar e quase ter sido incapaz de terminar de ler o livro, ainda estou tentando encontrar palavras que definam A culpa é das Estrelas, inutilmente. Elas não existem. Posso dizer que, literalmente, a culpa não é das estrelas, é do John Green. Esse não é um “livro sobre câncer” ou um “livro sobre alguém com câncer” embora a doença seja uma constante durante todo o percurso, esse é um livro sobre viver. Poucas vezes na nossa vida vamos nos deparar com uma história de amor tão real e tão sincera. São pessoas comuns, com sentimentos comuns que se tornam únicos, submersas em uma vertente de correntes filosóficas tentando encontrar o próprio sentido de existir e continuar existindo. A última vez que me lembro de ter chorado dessa forma com um livro, foi quando concluí O Pianista e me senti enojada da minha espécie. Quando você abrir A Culpa é das Estrelas esteja certo de encontrar e se envolver com o amor na sua forma mais real e intensa. De uma maneira que as pessoas de hoje em dia não compreendem mais, de uma maneira que as pessoas “reais” não conseguem mais sentir, de uma maneira que somos quase incapazes de demonstrar no mundo no qual eu sou obrigada a viver. Uma vez, uma amiga me disse que “ter pena de alguém é a pior coisa do mundo”, eu concordo com ela de uma maneira mais concreta a partir de agora, tenho um primo doente, com leucemia, e mesmo que seja um primo distante eu entendo melhor a sensação que ele deve passar quando pessoas se compadecem dele de maneira tão... “condescendente” como a Hazel diz, é algo desnecessário uma vez que tudo que ele quer é viver. O Augustus queria viver, a Hazel quer viver. No fim das contas todo mundo quer viver e estar doente não faz ninguém diferente de ninguém, são pessoas vítimas de um universo igual ao nosso, mas de uma maneira mais física. 
Confesso que eu não sou a fã numero um do “amor na realidade”, ou como costumo dizer, no amor fora dos livros... Mas gosto de acreditar que, se ele existir de verdade, que seja como o de Augustus e Hazel. No fim do livro o Augustus diz uma das frases mais reais que eu já ouvi: “Não dá para escolher se você vai ou não vai se ferir neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo.” essa é uma verdade irrefutável, a maneira como lidamos com a dor é o que nos torna diferentes das outras pessoas e, como alguém me disse uma vez, as pessoas não tem o poder de nos machucar, nós escolhemos sofrer. O que posso dizer do livro é que, o final de Augustus Waters foi a maior hamartia que a história da literatura já viu.

Sobre o livro, é narrado por Hazel uma garota com câncer no pulmão que sobrevive graças a uma cânula ligada a um cilindro de oxigênio e a uma descoberta da ciência, o filanxifor (criado pelo John Green) que estacionou seus tumores. Em uma de suas sessões de terapia de grupo ela conhece Augustus Waters, amigo de seu colega de terapia Isaac, e os dois engatam em uma amizade divertida, emocionante e que gradativamente, se transforma em um amor sincero e lindo. Com todas as limitações que as doenças de ambos impõem, eles tem uma vida normal e se amam da forma mais completa e linda já expressa em um livro. Hazel é uma garota ultra inteligente, apaixonada por leitura e que espera a morte como alguém que espera a sexta feira ou o feriado da semana que vem, sem exageros e com o medo comum de quem sente a morte rondando, mas ao lado de Gus a morte parece uma inimiga distante, desconhecida. Augustus é engraçado, otimista e cheio de sonhos e ideais, impossível completamente ao leitor não se apaixonar por ele. ACEDE, como chamam os fãs, é engraçado, otimista, filosófico e muito, MUITO comovente. O tipo de livro que é impossível tirar da cabeça e do coração.

Adaptação Cinematográfica:
Com estréia prevista para 06 de Junho nos Estados Unidos, conta com Shailene Woodley (Divergente) e Ansel Elgort (Carrie 2013). Quando eu tiver a oportunidade de ver farei como fiz com A menina que rooubava livros, volto para dizer o que achei. O.K.?

Beijos pessoal! Até a próxima.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Água Para Elefantes - Sara Gruen (Resenha)

Sinopse:
Desde que perdeu sua esposa, Jacob Jankowski vive numa casa de repouso, cercado por senhoras simpáticas, enfermeiras solícitas e fantasmas do passado. Por 70 anos Jacob guardou um segredo. Ele nunca falou a ninguém sobre os anos de sua juventude em que trabalhou no circo. Até agora.

Aos 23 anos, Jacob era um estudante de veterinária. Mas sua sorte muda quando seus pais morrem num acidente de carro. Órfão, sem dinheiro e sem ter para onde ir, ele deixa a faculdade antes de prestar os exames finais e acaba pulando em um trem em movimento - o Esquadrão Voador do circo Irmãos Benzini, o Maior Espetáculo da Terra.

Admitido para cuidar dos animais, Jacob sofrerá nas mãos do Tio Al, o empresário tirano do circo, e de August, o ora encantador, ora intratável chefe do setor dos animais.

É também sob as lonas dos Irmãos Benzini que Jacob vai se apaixonar duas vezes: primeiro por Marlena, a bela estrela do número dos cavalos e esposa de August, e depois por Rosie, a elefanta aparentemente estúpida que deveria ser a salvação do circo.

"Água para Elefantes" é tão envolvente que seus personagens continuam vivos muito depois de termos virado a última página. Sara Gruen nos transporta a um mundo misterioso e encantador, construído com tamanha riqueza de detalhes que é quase possível respirar sua atmosfera.

Terminei a leitura hoje e eis aqui minhas impressões do livro:
O livro não me agradou. Embora o final compense eu não gostei da forma como os acontecimentos foram desenvolvidos e achei a narrativa um pouco cansativa. Mas de uma forma geral o livro é bom.
Acompanhamos Jacob Jankownski em sua jornada no circo dos irmãos Benzini.  Depois de perder os pais em um acidente de carro o quase recém formado aluno de veterinária descobre que os pais hipotecaram tudo para pagar a faculdade dele, atordoado e se sentindo revoltado, Jacob sai sem rumo por uma estrada de ferro quando o trem dos irmãos benzini se aproxima, sem ter o que perder ele salta no trem e confronta o ambicioso Tio Al e o intempestivo August, mas o que o prende de verdade é a bela Marlena, esposa de August e a esperta elefanta Rosie. Logo, Jacob vai perceber que a vida em um circo é muito mais complexa do que aparenta e que o brilho se designa apenas diante do público. Enquanto em uma casa de repouso suas amargas lembranças voltam para tortura-lo, Jacob tenta em vão proteger o segredo que guardou por mais de noventa anos.
Eu admito que o livro é maravilhosamente escrito, as descrições são bem feitas – até demais eu diria. – e os personagens realmente te prendem, alguns te intrigam. A passagem entre presente e passado lembra um pouco Diário de Uma Paixão. Mesmo assim, o livro não funcionou comigo, o final é relativamente surpreendente embora um pouco previsível, mas eu não gostei. Não foi nada do que eu esperava que fosse. Não sei o que me chamou tanto para esse livro, eu o desejava a muito tempo, devo admitir que possivelmente fora o fato de ter Robert Pattison e Reese Witherspoon, que são dois atores que eu amo, na capa já que eu descobri o livro a partir do trailer do filme, mas só consegui comprá-lo ano passado. E por falar em filme...
Em 2011 foi feita a adaptação do livro tendo como protagonistas Robert Pattison, Christoph Waltz e Reese Witherspoon. Como em toda adaptação de livros para o cinema eles mudaram demais o enredo, tiraram personagens, trocaram alguns nomes, alteraram detalhes, enfim... Mas o filme é muito bom, as atuações são fantásticas inclusive a da elefanta que é maravilhosa roubando a cena mesmo. O livro sempre é melhor do que o filme, mas nesse caso (como extraordinariamente em Orgulho e preconceito) eu preferi o filme. 
E é isso gente, decidi não me estender muito porque de fato a minha opinião não foi muito positiva e a minha mãe sempre diz: se não tem nada de bom para falar sobre alguém, não fale nada. Eu recomendo o filme, e o livro também principalmente para pessoas que gostam de animais e que desejam aprender umas palavrinhas em polonês :/ - acho que a guerra nazista ta me perseguindo! - ambos tem seu lado bom e muitas vezes as palavras tem efeitos diferentes sobre cada pessoa (exceto é claro o incômodo de ler pênis e trepar mais de duas vezes :p). Até a próxima!!!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A Menina que Roubava Livros - O Filme

Direção: Brian Percival
Ano: 2014
Roteiro: Michael Petroni

Tive a oportunidade de apreciar a adaptação cinematográfica do livro A Menina que Roubava livros, que completei a leitura no final do ano passado. A previsão de chegar nos cinemas brasileiros é dia 24 de Janeiro, mas como eu amo a internet, alguma alma bondosa colocou o filme online ainda essa semana ou foi semana passada. O filme foi bem o que eu esperava dele, quando a gente lê um livro e sabe que ele vai virar filme esperamos que tudo que está no livro esteja no filme, dessa maneira se dependesse de nós as adaptações cinematográficas teriam, no mínimo, nove horas de duração cada uma. Eles realmente cortaram muita coisa do livro, resumiram outras e mudaram algumas, mas de uma maneira geral o filme está fiel ao livro, mesmo que parcialmente. Eu gostei muito da adaptação, assisti o idioma original e a atuação de todos foi muito boa mesmo, o final que era a minha expectativa maior, foi relativamente diferente do livro, eu esperava todas aquelas declarações que Liesel fez no livro e não aconteceu, mas mesmo assim, principalmente no que se refere a Rudy, emocionou muito. Valeu a pena esperar e ver. Parei de criar grandes expectativas com as adaptações afinal nunca serão boas como o livro. Recomendo o filme.

Para quem quiser ver o filme legendado, ele está disponível no Mega Filmes HD AQUI

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O Pianista - Wlandslaw Szpilman (Resenha)

Sinopse:
Neste livro, jovem e talentoso pianista, recupera suas memórias e as de seus parentes no Gueto de Varsóvia, durante a Segunda Guerra. O autor narra a deportação e morte de toda a sua família, construindo um documento emocionante sobre o Holocausto.

Eu ganhei o livro de presente da minha irmã. Estávamos de passagem nas Americanas e o meu professor de linguística já tinha indicado o filme pra gente, mas eu não tinha coragem de assistir. Quando vi o livro, único volume disponível na loja, decidi que talvez fosse melhor ler e dependendo do indice de violencia ver o filme ou não. Não encaixei o livro na meta de leitura do ano passado, então esse ano finalmente consegui ler, foi o quarto livro do mês de Janeiro e eis aqui minha resenha para vocês:

Ainda estou me perguntando o que falar sobre O Pianista. Quando eu terminei de ler a última frase eu parei por um momento no vazio encarando a parede amarela sobre o sofá da minha sala e imaginando não apenas os horrores passados por Szpilman, mas também pelo oficial alemão Hosenfeld que passara seus últimos minutos sofrendo horrores que não merecia. Ai me pego na contradição de sentimentos que se dividem entre o profundo ódio por Hitler e seus seguidores, e o estranho carinho e simpatia que nutri pelo oficial Hosenfeld. Quando paro para pensar nos horrores presenciados e vividos por Szpilman, e durante toda a leitura do livro, fui remetida a profundas reflexões  sobre a humanidade, sobre o que é ser humano e sobre tudo que ainda hoje acontece no mundo, muitas e incontáveis passagens do livro chegaram a se marcantes e chocantes enquanto eu lia, mas eu não consegui reproduzi-las no skoob. Não conseguiria reproduzi-las em nenhum outro lugar, elas ficaram gravadas na minha alma em forma de emoções dos mais diversos tipos e intensidades. A melancolia e a serenidade que é narrada essa história não apenas me comoveu ao ponto de um choro profundo e de um repúdio intenso pela humanidade, mas me colocou em contradição com muitas das minhas convicções, respondendo inclusive vários questionamentos que eu levantei durante os dois dias a que me dediquei intensamente a essa leitura e reflexão.

“Qual é a razão desta guerra? Porque Deus permite tudo isso? [...] Deus permite tudo isso, não inibe as ações das forças governantes e permite que muitas pessoas inocentes sejam assassinadas, provavelmente para que a humanidade se dê conta de que, sem Ele, somos um bando de animais que se aniquilam uns aos outros.”Wilm Hosenfeld

Quando terminei de ler, não pude deixar de fazer algumas pontes com A Menina que Roubava Livros. Enquanto Marcus Suzac nos remete ao lado alemão pobre da guerra, de uma maneira realista e ao mesmo tempo fantástica, O Pianista nos leva a uma atormentada e tensa viagem pelo lado judeu e real da guerra. Em ambos os livros nós somos levados a nos questionar sobre o nosso papel com relação ao nosso semelhante, ao valor da vida e das pequenas coisas rotineiras que são tão importantes quando passamos a ser privadas delas. Não entendo como um mundo que tem acesso a esse livro, que lê esse livro não passa a pensar em quanto o dinheiro é insignificante perto da vida, perto da felicidade de estar com quem se ama, em como o conforto é frágil. Quando passamos a ver as privações pelos quais Szpilman passou temos que parar e dar valor ao que temos e sobretudo as pessoas que estão a nossa volta, dar valor a cada amanhecer e por do sol. Mesmo em momentos de maior tensão, de maior desespero, a família dele se manteve unida, junta, independente de qualquer coisa, e eles foram brutalmente separados, há quem julgue e desacredite na existência de Deus, mas não há uma explicação mais lógica e perfeita do que um milagre operado por Ele para que Szpilman se salvasse e assim ensinasse essa lição de vida tão dura e ao mesmo tempo tão emocionante que dá um tapa na nossa cara acomodada diante da primeira dificuldade, quando nos entregamos ao pessimismo. Foi um dos livros mais lindos e ao mesmo tempo chocantes e reflexivos que já li, eu chorei muito e não tive condições de encarar a adaptação cinematográfica porque ver o que foi relatado seria demais pra mim.

Em 2002 foi feita a adaptação do livro O Pianista. Estrelado por Adrien Brody no papel de Wlandislaw Szpilman. Segue resenha:
"O Pianista é um relato da experiência de vida real de um pianista polonês durante a 2 ª Guerra Mundial, no contexto da deportação da comunidade judaica para o Gueto de Varsóvia. Vai ficar na história do cinema, como um dos retratos mais comoventes e realistas do holocausto já feito. É um dos filmes com mais detalhes, com cenas chocantes, do tratamento dos judeus pelos nazistas, com a atmosfera de Varsóvia bem capturada. O pianista é mais do que muitas vezes é um personagem a parte, é contada sua història através dos testemunhos de outras pessoas, sobre seus próprios horrores. Ele parece flutuar e flutua ao longo do filme como uma alma perdida, e as pessoas rapidamente aparecem e desaparecem de sua vida, alguns ajudando generosamente, outros aproveitando seu desespero, mas ele sempre mantendo um comportamento distante, como uma lembrança dos acontecimentos. Este é também um maravilhoso tributo a artistas poloneses, através da música de Chopin, maravilhosa!!!'

Eu não tive coragem de ver o filme, como disse acima. Mas vi algumas cenas perdidas no youtube e tenho a certeza de que é muito fiel ao livro, pelo menos as cenas chocantes que eu vi eram. Não entendi o papel da mulher loira com ele, mas não tive a coragem de assistir para constatar. É isso gente.

sábado, 11 de janeiro de 2014

O Lado bom da vida - Matthew Quick (Resenha)



Sinopse: Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes da internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. Uma história comovente e encantadora, de um homem que não desiste da felicidade, do amor e de ter esperança.


A gente só consegue apreciar a luz depois de viver muito tempo nas trevas. E lendo esse livro eu consegui distinguir com nitidez essa verdade irrefutável. Li o livro em dois dias (porque tive que sair ontem) e sinceramente mesmo que eu não entenda a necessidade que os escritores modernos tenham de colocar as palavras "trepar" e encher os livros de palavrões - não é uma crítica só uma observação - eu achei a leitura fantástica, realmente maravilhosa e encantadora, e estou trazendo agora para vocês a minha resenha:

Acompanhar Pat Peoples nessa otimista e comovente viagem foi um dos melhores acontecimentos do meu mês de Janeiro. Muitas vezes as pessoas são resistentes e até um pouco cruéis com os que sofrem de depressão, a maioria delas não entende o que é isso, não sabe o mal que essa doença causa a quem a tem. É a alma que está doente, e não há remédio para isso, por mais que tentemos manter a mente sã, a alma é mais difícil de fazer parar de doer. Enquanto eu passava pelas páginas desse livro (que levei apenas dois dias lendo) eu me senti Pat Peoples, não pelo fato de tentar “me consertar” para recuperar alguém, mas pelo fato de falar coisas que ninguém entende, de ter a mesma realidade de pessoas que tentam te ajudar sem saber como você se sente, e por um lado isso é muito bom. Senti até a motivação para voltar a fazer terapia, embora aqui seja bem mais difícil (como tudo no Brasil!). Mas sobretudo, me identifiquei com a batalha constante de Pat em se reinventar, de encontrar a si mesmo. O seu otimismo com relação à tudo e a sua revolta com o pessimismo são não apenas comoventes, mas admiráveis. E eu o admirei demais na sua determinação em se reinventar, em se reerguer, em tentar ser melhor e transformar tudo a sua volta, muitas vezes eu via Pat como uma criança de trinta e cinco anos.

O enredo do livro segue Pat Peoples, um ex - professor de história que acaba de sair de uma clínica psiquiátrica e volta para casa depois de quatro anos. Sua memória foi bloqueada por ele que acredita ter passado apenas alguns meses no que ele chama de lugar ruim e ao voltar para casa encara um pai indiferente que não fala com ele, e pouco a pouco as mudanças que ele perdeu vem a tona desencadeando uma onda de frustração e superproteção por parte das pessoas que o cercam. Pat está em constantes altos e baixos, gosta do seu novo terapeuta e tenta incansavelmente reestabelecer a relação com seu pai que define sua relação familiar com base nas vitórias e derrotas do seu time de futebol americano. O maior objetivo de Pat é tornar-se alguém melhor para que assim possa recuperar a sua esposa Nikki, e no meio de sua reintegração à vida social, Tiffany entra em sua vida e as coisas passam a ter um ritmo suave e de certa forma estranho até que Pat descubra que está vivendo parcialmente em seu próprio mundo imaginário.

O livro é fantástico, nos ensina como é importante ser otimista, acreditar em nós mesmos, fazer o bem a quem nos rodeia e, acima de tudo, lutar por aquilo em que acreditamos. Pat é um exemplo de que por mais que a vida te derrube você é sempre capaz de se erguer, que encarar a realidade não é fácil e nem simples, mas é preciso. Que a dor faz parte da vida e que só alcançaremos um futuro feliz se conseguirmos nos desfazer do passado triste e começar a construir um presente diferente. E que a chave para mudar é começar a mudar a si mesmo não importando o que as pessoas digam, pensem ou falem. O livro mostra um lado de pessoas deprimidas e com problemas psiquiátricos que muita gente não enxerga, não conhece. De fato, só se entende um depressivo quem já teve depressão. Eu amei de verdade o livro e recomendo a quem quiser experimentar algo completamente épico, espontâneo, otimista, engraçado, comovente e encantador. Pat nos mostra que mesmo nas horas mais sombrias e tristes a vida sempre tem um lado verdadeiramente bom.

Adaptação Cinematográfica:


Assisti ao filme assim que terminei a leitura (e escrevi a resenha rs) e sabem como é né? NUNCA tem a ver com o livro! Os acontecimentos, a cronologia enfim. Assim como aconteceu com diário de uma paixão parece que tem o livro e o filme, ambos são coisas distintas, mas realmente admito que tem um pouco a ver. Teve alguns pontos que eu gostei mais no filme do que no livro:

1. A relação com o pai dele não é definida pelos jogos dos EAGLES.

2. O final do filme é mais bonito que o do livro embora não seja surpreendente ou emocionante.

Enfim, recomendo ambos, embora eu tenha ficado como sempre P da vida com a adaptação tão sem haver com o livro! É de dar nos nervos pra quem leu o livro. Mas ambos são muito bons, cada um do seu jeito. A atuação é boa, a expressividade de emoções é legal também, a dublagem é boa embora eu não tenha visto o original e tenha estranhado a dublê da Jen, a voz dela parece que ela está bêbada a maior parte do filme ou coisa assim...O filme foi lançado em 2012 e tem como protagonistas Bradley Cooper e Jennifer Lawrence.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Entenda a Letra: Sleep Well My Angel - We Are The Fallen

oooi pessoas! Então, hoje eu postei a segunda resenha da minha meta de leitura e vou postar também o Entenda a Letra, o primeiro do ano! A música escolhida foi do We Are The Fallen que tem uma letra bem melancólica, mas mesmo assim muito bonita! Então, preparados?

Durma Bem, Meu Anjo

Observando você dormir por tanto tempo
Sabendo que não posso mais transformar a chuva em sol
Eu te dei tudo o que sou
Agora estou aqui tão assustada pra segurar sua mão
Com medo de que você possa acordar para ver
O monstro que tinha que ir

Porque você vê o abrigo quando a tempestade
Segura o vento para te manter aquecido
Você é tudo para mim
É por isso que eu tenho que ir
Então durma bem, meu anjo

Sob as cinzas da mentira
Algo bonito, uma vez aqui, agora morre
E as lágrimas queimam meus olhos
Enquanto você se senta alí sozinho
Eu só quero voltar para casa

Mas você vê o abrigo quando a tempestade
Segura o vento para te manter aquecido
Você é tudo para mim
É por isso que eu tenho que ir
Então durma bem, meu anjo
Durma bem, meu anjo

Sinto muito
Sinto muito
Sinto muito
Sinto muito

Você vê o abrigo quando a tempestade
Segura o vento para te manter aquecido
Você é tudo para mim
É por isso que...
Você vê o abrigo quando a tempestade
Segura o vento para te manter aquecido
Você é tudo para mim
É por isso que eu tenho que ir
Então durma bem, meu anjo
Durma bem, meu anjo
Como a música só tem duas estrofes e o resto é refrão eu vou fazer uma "análise" geral dela. De primeira, você imagina que o cara morreu, é a impressão que dá quando você lê a primeira estrofe, mas no decorrer da letra o que eu vi foi uma garota assustada consigo mesma achando que não era digna do objeto de sua devoção. Muitas vezes isso acontece, as pessoas se colocam para baixo ao ponto de não se acharem dignas da vida, das pessoas que amam, sentem-se como monstros, criaturas abomináveis e indignas de perdão (porque isso me soa tão familiar? '-') então, ela decide ir embora enquanto ele está dormindo como um anjinho, ai eu me pergunto se realmente ela não foi covarde em abandoná-lo, mas nas linhas do refrão ela mesmo me responde, ele enxerga nela sempre algo bom, o que me leva a crer que a ama de verdade, porque por pior que ela aja, por pior que as coisas vão, ele sempre procura ver nela algo positivo que supere os defeitos que todos nós temos. Mas algo deve ter acontecido e ela acredita piamente que não é mais digna dele, tem medo que ele a enxergue como ela se vê. E ai temos essa música linda de despedida!

[Livro] Morte Súbita

Autor: J. K. Rowling
Páginas: 600
Gênero: Slice of life, suspense, drama

Sinopse: Quando Barry FairBrother morre inesperadamente aos quarenta e poucos anos, a pequena cidade de Pagford fica em estado de choque.
A aparência idílica do vilarejo, com uma praça de paralelepípedos e uma antiga abadia, esconde uma guerra.
Ricos em guerra com os pobres, adolescentes em guerra com seus pais, esposas em guerra com os maridos, professores em guerra com os alunos… Pagford não é o que parece ser à primeira vista.
A vaga deixada por Barry no conselho da paróquia logo se torna o catalisador para a maior guerra já vivida pelo vilarejo. Quem triunfará em uma eleição repleta de paixão, ambivalência e revelações inesperadas? Com muito humor negro, instigante e constantemente surpreendente, Morte Súbita é o primeiro livro para adultos de J.K. Rowling, autora de mais de 450 milhões de exemplares vendidos. [SKOOB]


Então, eu terminei de ler o famoso Morte Súbita e sinceramente, não estou nem querendo dar meu dinheirinho no Chamado do Cuco. Bom, como sempre, resenhas são resenhas e a minha opinião não vai consideravelmente bater com a sua, por isso não quero discussões. Você tem todo o direito de discordar de mim, mas já que isso não vai mudar em nada a minha opinião, limite-se a expor o seu ponto de vista com cautela. Bem, segundo as frases finais da sinopse vocês verão que eu sou meio contrária aos adjetivos instigante e surpreendente. Mas concordo plenamente com o Humor Negro. Enfim, ai vai minha resenha para Morte Súbita.

Não é por J.K. Rowling escreveu Harry Potter, que por sinal não é a minha saga favorita, que eu tenho que reverenciar tudo que ela faz. Esse foi o primeiro livro dela que eu li, eu tenho alguns livros de HP, mas nunca me interessei em abri-los; e falando nesse livro especificamente posso dizer que tive surpresas não muito boas, mas também relativamente positivas. O “Romance Adulto” como foi chamado Morte Súbita deve se tratar apenas pela escolha de palavras de baixo escalão – como palavrões e verbetes obscenos – e algumas cenas de sexo não muito detalhadas, mas acho o livro muito apropriado tanto para pais, quanto para filhos – na faixa dos treze anos – e não algo exclusivamente adulto, até porque ela retrata a realidade de maneira bem crua o que é de certa forma positivo para adolescentes (e aborrecentes) e também pais que muitas vezes não param para entender como os filhos se sentem.

A história gira em torno das reações à morte de Barry Fairbrother, conselheiro de um vilarejo inglês que era amado e odiado de diferentes maneiras. As tramas do livro são tratadas de forma particular e se interligam de maneira muito bem costurada tornando o enredo bem trabalhado – o que, para um livro de 600 páginas é bem complicado! – durante a leitura eu tive a impressão que o impacto que ela quis passar com os personagens foi focado nos defeitos que eles tinham que por sinal são muitos. A realidade de bullying, automutilação, preconceito social e étnico, drogas, disfunções familiares é tratado de maneira crua e sem eufemismos, as relações afetuosas entre os personagens, sem exceção, é conturbada e reflete nitidamente as disfunções familiares que eles enfrentavam ou enfrentaram, e ao mesmo tempo vemos como isso se reflete nos filhos assim como a relação dos mesmos no convívio escolar, somos levados a diferentes tipos de realidade que se costuram em um enredo de ambição, medo, violência e conflitos internos.

Eu não gostei muito da narração inicialmente, achei seca. Foi o primeiro impacto negativo que tive do livro, acho que por eu estar acostumada a outro tipo de literatura. De fato eu só vim me entrosar com a história na parte 05, apesar de a trama ser bem costurada e as histórias apresentarem um alto grau de realismo eu não consegui gostar do livro. Li em 06 dias (Comecei no dia 05 e terminei à meia noite do dia 10) e não posso fazer um comparativo com outras obras porque não li nenhum outro livro dela. O final do livro me surpreendeu parcialmente e apenas parcialmente, porque de certa forma eu imaginei que poderia acontecer, e posso dizer que é até um pouco comovente embora não totalmente. Eu não senti uma afinidade forte com nenhum dos personagens embora tenha me identificado com um deles de certa forma.

Prós: Se você gosta de histórias longas, com enredo realista (e quando eu digo realista eu não estou brincando!) e sem nenhum tipo de romance típico esse é definitivamente o seu livro.

Contras: Se você é daqueles que gosta de romances açucaradinhos e livros envoltos em fantasia passe longe desse.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Frozen: Uma aventura Congelante - Matéria Especial

Posso dizer que a Disney se superou com sua nova animação que lançou recentemente no Brasil. A Empresa de entretenimento já havia mostrado ótimos trabalhos de enredo com os filmes Enrolados e Valente e agora apostou na recriação da lenda da rainha da neve e bateu recorde de bilheteria de acordo com o site Pizza de Ontem:

A animação Frozen – Uma Aventura Congelante, superou Enrolados e agora tem a maior bilheteria da Walt Disney Studios, com US$ 297 milhões de dólares nos Estados Unidos e US$ 640 mundialmente. Enrolados finalizou suas exibições nos cinemas com US$ 200 milhões nos EUA e US$ 592 milhões ao redor do mundo. Além de ter a maior bilheteria, Frozen custou cerca de 100 milhões de dólares a menos que Enrolados.

Eu tive a oportunidade de ver o filme antes de sair no Brasil, graças a uma boa alma que postou na internet e ainda no idioma original. Particularmente eu prefiro legendado, não gostei da dublagem brasileira não e achei as músicas trágicas em português. Agora vamos ao filme.

Frozen é uma releitura da lenda da rainha da neve conto de fadas dinamarquês do escritor Hans Christian Andersen, publicado pela primeira vez em 21 de Dezembro de 1844. [Wikipédia], com a seguinte história:

Um maldoso anão tinha fabricado um espelho mágico, que transformava em más pessoas, todos os que nele se mirassem. Mas o espelho quebrou-se e seus pedaços foram se espalhando pelo mundo. Dois deles foram para uma sacada onde brincavam duas crianças, Gerda e Pedro, e penetraram nos olhos e no coração do menino que, desde aquele momento, se transformou, de bom, no pior garoto da cidade.

Quando o inverno chegou, ia Pedro, um dia, pelas ruas cobertas de neve, montado em seu pequeno trenó, quando viu um grande trenó branco, que corria velozmente. Enganchou o seu naquele e, desse modo, fez-se arrastar na vertiginosa carreira. Mas viu, logo depois, com terror, que o misterioso veículo saía das muralhas da cidade e precipitava-se pelos campos. Por fim, o trenó se deteve e dele desceu a Rainha das Neves, completamente vestida de branco, que se inclinou para o menino, beijando-o. Ao sentir aquele beijo, Pedro adormeceu. A fada tomou-o nos braços e levou-o ao seu longínquo país.

Os dias passavam e Gerda em vão esperava Pedro, que não regressava. Afinal, resolveu ir procurá-lo pelo mundo. Dirigiu-se para o rio, subiu numa barquinha e deixou-se levar pela correnteza. A embarcação, depois de muito navegar, foi deter-se num jardim cheio de flores, onde havia uma velha, que acolheu carinhosamente a menina Gerda e conduziu-a a uma pequena casa feita de vidros coloridos. Ali penteou-a com um pente mágico e a menina de tudo se esqueceu e ficou, naquele jardim encantado, vivendo muito feliz. Um dia, entretanto, viu umas rosas, que lhe recordaram o roseiral por ela plantado, com o auxílio de Pedro, na sua pequena sacada, em casa, e voltou-lhe à mente a lembrança do irmão desaparecido. Resolvida a encontrá-lo, fugiu para o bosque e caminhou muito, sem sentir-se fatigada, até que encontrou uma menina, que morava numa casa meio em ruínas. A desconhecida, ao ouvir a história de Gerda, quis ajudá-la e levou-a para sua casa, onde perguntou aos pombos, pousados no telhado, se sabiam alguma coisa a respeito de Pedro. "Sim!" responderam eles. A Rainha das Neves o levou com ela.

A menina do bosque deu-lhe, então, um magnífico cervo que possuía havia tempo, dizendo ao animal: "Devolvo-te a liberdade, mas, em troca, leva esta minha amiga ao palácio da Rainha das Neves, que se acha em teu país." Em seguida, ajudou a pobre Gerda a montar no lombo do animal, que partiu em disparada. Atravessaram campos, bosques, pântanos e, por fim, chegaram à Finlândia, onde estava situado o castelo da fada e o cervo fez a menina descer no jardim.

Ao ficar sozinha, Gerda viu caírem a seu redor grandes flocos de neve, que se juntaram, procurando afogá-la. Mas a menina orou com fervor e, imediatamente, tudo se acalmou. Então, a menina entrou no castelo, onde encontrou Pedro, que estava só e não a reconheceu. Gerda abraçou-o, chorando e suas lágrimas, ao penetrarem no coração do menino, fizeram sair o fragmento do espelho, que nele se havia encravado. Pedro também chorou e, desse modo, o outro fragmento que havia penetrado em seus olhos, também saiu. O menino, só então, reconheceu sua pequena amiga e com ela fugiu daquela prisão gelada. O cervo esperava-os lá fora para levá-los de volta ao seu país.

[Hans Christian Andersen]

Em 1957, o diretor russo Lev Atamanov produziu, numa parceria com o Soyuzmultfilm de Moscou, a primeira versão cinematográfica de Snezhnaya koroleva (A Rainha da Neve). O filme começa com o personagem Ole Lukoje narrando as aventuras da pequena Gerda. Tudo começa numa noite de inverno quando ela e Kay reunem-se ao lado da avó que lhes conta a lenda da Rainha da Neve. Impetuoso, após a narrativa, Kay lança um desafio, ameaçando destruir a Rainha caso ela aparecesse. Como a história era mais que uma simples lenda, a Rainha da Neve que tudo via e ouvia, aceita o desafio e transforma Kay numa figura maléfica. Para salvá-lo, Gerda inicia uma fantástica jornada para o derradeiro confronto com a Rainha. Ao longo desta jornada Gerda envolve-se em várias aventuras com diferentes personagens, e cada um, à sua maneira, contribuem para que ela alcance seu objetivo. Apesar das diferentes versões, onde as características de alguns personagens sofrem alterações, a essência do filme é a narrativa da luta do bem contra o mal.

Após o lançamento da primeira versão do clássico, a Universal Pictures fez sua própria adaptação da obra contando com Sandra Dee e Tommy Kirk como dubladores na versão norte-americana. Lançado em 1959, o filme contava com um prólogo sobre o Natal de cerca de seis minutos com o ator Art Linkletter e também uma nova trilha sonora. Em 1990, uma nova adaptação foi feita, dessa vez pela Films By Jove; a trilha sonora foi modificada e contou com a participação de Kathleen Turner, Mickey Rooney, Kirsten Dunst e Laura San Giacomo. O longa metragem foi ao ar no programa Stories from My Childhood de Mikhail Baryshnikov.
[Fonte: All Classics]

Indo um pouquinho mais adiante, vem a versão que eu assisti, ainda em 2013 foi lançada a adaptação Russa em 3D O Reino Gelado que conta uma versão da rainha da neve mais um pouco elaborada, mas ainda de acordo com o conto original. Segue a sinopse:
Desejando criar um novo mundo no qual o vento polar esfrie as almas humanas, a Rainha da Neve cobriu o planeta com gelo e ordenou a destruição de todas as artes e artistas. De acordo com as previsões de um espelho mágico, a última ameaça aos seus planos estaria no mestre-vidreiro Vegard, cujos espelhos refletem as almas das pessoas. Vegard e sua esposa Una são sequestrados, deixando seus filhos Kai e Gerda para trás. O tempo passa e os servos da Rainha capturam também Kai, acreditando que o garoto é o sucessor de seu pai. Mas sua irmã Gerda, uma jovem muito corajosa, embarca em uma jornada pelo reino, encarando todos os obstáculos para salvar o irmão e voltar a aquecer os corações das pessoas.

O Filme é muito bom e tem disponível dublado na internet, como eu não vi o original (e em Russo nem rolaria comigo) posso dizer que a dublagem em português é boa, tem expressão e a história é bem contada. Vou deixar em baixo todos os links pra vocês verem viu? E finalmente, saiu nos EUA, produzido pela Disney, Frozen que para mim é a melhor releitura da Rainha da Neve já feita! Da maneira bem Disney de se contar uma história, acompanhamos Anna e Elsa, duas princesas unidas por uma amizade fortalecida pelo laço de irmã que compartilham. Mas quando Elsa atinge Anna sem querer com seu poder passa a viver com medo de machucar as pessoas e é isolada do mundo e da irmã pelos pais. Assim, quando atinge a maioridade e se torna rainha de Arendell, seu poder é revelado diante de todos fazendo Elsa fugir e isolar-se sem perceber que condenara Arendell a um inverno eterno. Agora, Anna precisa correr atrás da irmã, na tentativa de convencê-la a acabar com o inverno, mas Elsa precisa vencer o próprio medo para assim achar a chave que trará de volta o verão para seu reino. O que posso dizer do filme? VALE A PENA gente! Se você já é fã das animações da Disney esse filme é obrigatório pra você! Se você não é fã, veja assim mesmo! A história é linda, mostra o poder da amizade, da união da família, fala sobre vencer os medos e sobre o que é realmente o amor. E garanto que você nunca verá nada tão absurdamente fofo quanto Olaf! Frozen estreou no Brasil dia 03 de Janeiro (Se não estou enganada).

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Notinha: Sem Paciencia

Juro que eu to completamente sem paciencia de ficar no computador! Eu entro só pra atualizar a leitura do Skoob e responder algum email... Não tenho tido muita cabeça para ficar online e nem pra escrever. Acho que estou mesmo enganada, duvido muito que 2014 vá ser o mínimo do bom.
Agora eu vou voltar pro livro que estou lendo, o segundo da meta de leitura, que é Morte Súbita da J.K Rowling e que está #chatopracacete mesmo assim eu dei mais de trinta reais nele, vou ler até a última página! Pois é blogueiros, por hoje é só, amanhã eu volto com mais coisas viu? Super beijo pra vocês.

[Livro] O Escolhido

Autor: Hannah Howell
Série: Wherlock #4
Gênero: Histórico, romance
Páginas: 192
Ano: 2012

Sinopse: ELE A SEGUROU PELOS OMBROS COM O INTUITO DE REPREENDÊ-LA POR ARRISCAR sua reputação de forma tão insensata. O fato de tocá-la provou imediatamente ter sido um erro. O calor da mulher sob suas mãos rapidamente permeou seu sangue. A maneira como seu doce rosto se levantou em direção ao dele, sua boca suave de tirar o fôlego, provava que ele tinha razão ao pensar que perdera o controle de seus desejos. O sermão que havia planejado lhe fugiu da cabeça tão rapidamente quanto um gamo dos caçadores. Ele inclinou os lábios em direção aos dela, louco para poder prová-los de novo. No momento em que seus lábios encostaram nos dela, Lorelei passou os braços em volta de seu pescoço, segurando-o com firmeza. Seus beijos eram extasiantes. Quando estava perto dele, ela não conseguia pensar em mais nada, senão em beijá-lo. A lembrança dos seus beijos a assombrava a maior parte do tempo, e o ardor do primeiro beijo que ele lhe dera não cessava de crescer dentro dela. 

Hanna Howell nunca desaponta! Mais um livro dessa série que me fascinou, me fez tremer nas bases e ao mesmo tempo suspirar apaixonada! Ela segue sempre o mesmo padrão nos livros da série, é perceptível para quem leu os quatro livros que você não precisa ser nenhum gênio para traçar a ordem de acontecimentos, a maneira de narrar continua a mesma, mas o roteiro sempre é surpreendente, não apenas pelos clímaces que ela cria a ponto de fazer você suar frio, mas também pela maneira sublime como ela relata o desenvolvimento dos conflitos internos dos personagens e da maneira sempre bem humorada que ela os faz encarar esses conflitos. Nesse livro, mais que nos outros, eu me lembro de ter rido (como a retardada que sou) mais vezes e, sobretudo, aprendido que não podemos ficar presos ao passado e revivendo tragédias que nos envolveram fazendo delas fardos que carregamos em nossos ombros, os erros existem para que nós aprendamos com eles, para que nos comprometamos com a ideia de ser melhores e de nunca renegar os nossos anseios e sentimentos por medo.

Acompanhamos nesse último livro da série, Argus Wherlocke. Confesso que fiquei altamente desapontada por não ter sido Modred, uma vez que esse personagem me fascinou muito! Mas voltemos à resenha, Argus está preso em uma casa abandonada por um homem que anseia, com estúpida certeza, roubar seus dons. Ele acaba envolvendo a doce Lorelei Sundun ao aparecer em espírito no seu jardim por engano e pedir ajuda, a partir daquele momento, a jovem donzela não pôde mais esquecer o belo estranho que vira e Argus tinha nela sua única esperança de salvação. Lorelei decide ela mesma ajudar o homem a sair de seu cativeiro e a partir desse momento fica decidida a ganhar o coração de Argus mesmo que ele insista cruelmente em rechaça-la vencido pelo medo do passado marital trágico de sua família. Mas quando a vida de Lorelei fica em risco nas mãos de seus inimigos, Argus percebe que não poderia mais viver sem a doce donzela que por mais que ele lutasse contra, havia ganho para sempre seu coração.

Eu não posso dizer que foi o meu favorito da série, ainda fico em dúvida entre A Vidente e a Sensitiva, embora esteja quase certa de que a Sensitiva é meu favorito, mas talvez para quem lê eles não tenham muita diferença. Para mim tem. Fiquei feliz em não ter dado ouvidos a todos que me disseram para não esperar muito da série e que os livros não eram tão bons, todos aqueles que apreciam um bom romance de época e se deleitam com uma leitura doce, tensa, sensual e fluente com certeza vão se apaixonar pela série. Super recomendo! E não posso deixar de comentar referindo-me aos três livros: Essa mulher tem alguma coisa com gêmeos!!

Prós: Se você é aficionado por romances (como eu *U*), gosta de narrações leves, diretas e históricas esse é o livro pra você. Na verdade a série porque basicamente não tem diferença de um livro pro outro!

Contras: Se você é daqueles que não gosta de romances, de cenas "quentes" e de conflitos amorosos internos, além de doses de violência. Não leia essa série.