Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.
Eu terminei de ler o livro hoje, tecnicamente levei três dias, comecei a ler dia 18, não li no dia 19 e terminei dia 21. Confesso que tive um ataque de choro gigante quando cheguei no capítulo 23 e aqui está a minha resenha para vocês:
Fora a sensação de não
conseguir parar de chorar e quase ter sido incapaz de terminar de ler o livro,
ainda estou tentando encontrar palavras que definam A culpa é das Estrelas, inutilmente. Elas não existem. Posso dizer
que, literalmente, a culpa não é das
estrelas, é do John Green. Esse não é um “livro sobre câncer” ou um “livro
sobre alguém com câncer” embora a doença seja uma constante durante todo o
percurso, esse é um livro sobre viver. Poucas vezes na nossa vida vamos nos
deparar com uma história de amor tão real
e tão sincera. São pessoas comuns, com sentimentos comuns que se tornam
únicos, submersas em uma vertente de correntes filosóficas tentando encontrar o
próprio sentido de existir e continuar existindo. A última vez que me lembro de
ter chorado dessa forma com um livro, foi quando concluí O Pianista e me senti enojada da minha espécie. Quando você abrir A
Culpa é das Estrelas esteja certo de encontrar e se envolver com o amor na sua
forma mais real e intensa. De uma
maneira que as pessoas de hoje em dia não compreendem mais, de uma maneira que
as pessoas “reais” não conseguem mais sentir, de uma maneira que somos quase
incapazes de demonstrar no mundo no qual eu sou obrigada a viver. Uma vez, uma
amiga me disse que “ter pena de alguém é a pior coisa do mundo”, eu concordo
com ela de uma maneira mais concreta a partir de agora, tenho um primo doente,
com leucemia, e mesmo que seja um primo distante eu entendo melhor a sensação
que ele deve passar quando pessoas se compadecem dele de maneira tão... “condescendente”
como a Hazel diz, é algo desnecessário uma vez que tudo que ele quer é viver. O
Augustus queria viver, a Hazel quer viver. No fim das contas todo mundo quer viver e estar doente não
faz ninguém diferente de ninguém, são pessoas vítimas de um universo igual ao
nosso, mas de uma maneira mais física.
Confesso
que eu não sou a fã numero um do “amor na realidade”, ou como costumo dizer, no
amor fora dos livros... Mas gosto de acreditar que, se ele existir de verdade,
que seja como o de Augustus e Hazel. No fim do livro o Augustus diz uma das
frases mais reais que eu já ouvi: “Não dá para escolher se você vai ou não vai se ferir
neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo.” essa é uma verdade irrefutável, a maneira como
lidamos com a dor é o que nos torna diferentes das outras pessoas e, como
alguém me disse uma vez, as pessoas não tem o poder de nos machucar, nós
escolhemos sofrer. O que posso dizer do livro é que, o final de Augustus Waters
foi a maior hamartia que a história
da literatura já viu.
Sobre o livro, é narrado
por Hazel uma garota com câncer no pulmão que sobrevive graças a uma cânula
ligada a um cilindro de oxigênio e a uma descoberta da ciência, o filanxifor
(criado pelo John Green) que estacionou seus tumores. Em uma de suas sessões de
terapia de grupo ela conhece Augustus Waters, amigo de seu colega de terapia
Isaac, e os dois engatam em uma amizade divertida, emocionante e que
gradativamente, se transforma em um amor sincero e lindo. Com todas as
limitações que as doenças de ambos impõem, eles tem uma vida normal e se amam
da forma mais completa e linda já expressa em um livro. Hazel é uma garota
ultra inteligente, apaixonada por leitura e que espera a morte como alguém que
espera a sexta feira ou o feriado da semana que vem, sem exageros e com o medo
comum de quem sente a morte rondando, mas ao lado de Gus a morte parece uma
inimiga distante, desconhecida. Augustus é engraçado, otimista e cheio de
sonhos e ideais, impossível completamente ao leitor não se apaixonar por ele.
ACEDE, como chamam os fãs, é engraçado, otimista, filosófico e muito, MUITO
comovente. O tipo de livro que é impossível tirar da cabeça e do coração.
Adaptação Cinematográfica:
Com estréia prevista para 06 de Junho nos Estados Unidos, conta com Shailene Woodley (Divergente) e Ansel Elgort (Carrie 2013). Quando eu tiver a oportunidade de ver farei como fiz com A menina que rooubava livros, volto para dizer o que achei. O.K.?
Beijos pessoal! Até a próxima.
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