Autor: J. K. Rowling
Páginas: 600
Gênero: Slice of life, suspense, drama
Sinopse: Quando Barry FairBrother morre inesperadamente aos quarenta e poucos anos, a pequena cidade de Pagford fica em estado de choque.
A aparência idílica do vilarejo, com uma praça de paralelepípedos e uma antiga abadia, esconde uma guerra.
Ricos em guerra com os pobres, adolescentes em guerra com seus pais, esposas em guerra com os maridos, professores em guerra com os alunos… Pagford não é o que parece ser à primeira vista.
A vaga deixada por Barry no conselho da paróquia logo se torna o catalisador para a maior guerra já vivida pelo vilarejo. Quem triunfará em uma eleição repleta de paixão, ambivalência e revelações inesperadas? Com muito humor negro, instigante e constantemente surpreendente, Morte Súbita é o primeiro livro para adultos de J.K. Rowling, autora de mais de 450 milhões de exemplares vendidos. [SKOOB]
Então, eu terminei de ler o famoso Morte Súbita e sinceramente, não estou nem querendo dar meu dinheirinho no Chamado do Cuco. Bom, como sempre, resenhas são resenhas e a minha opinião não vai consideravelmente bater com a sua, por isso não quero discussões. Você tem todo o direito de discordar de mim, mas já que isso não vai mudar em nada a minha opinião, limite-se a expor o seu ponto de vista com cautela. Bem, segundo as frases finais da sinopse vocês verão que eu sou meio contrária aos adjetivos instigante e surpreendente. Mas concordo plenamente com o Humor Negro. Enfim, ai vai minha resenha para Morte Súbita.
Não é por J.K. Rowling escreveu Harry Potter, que por sinal não é a minha saga favorita, que eu tenho que reverenciar tudo que ela faz. Esse foi o primeiro livro dela que eu li, eu tenho alguns livros de HP, mas nunca me interessei em abri-los; e falando nesse livro especificamente posso dizer que tive surpresas não muito boas, mas também relativamente positivas. O “Romance Adulto” como foi chamado Morte Súbita deve se tratar apenas pela escolha de palavras de baixo escalão – como palavrões e verbetes obscenos – e algumas cenas de sexo não muito detalhadas, mas acho o livro muito apropriado tanto para pais, quanto para filhos – na faixa dos treze anos – e não algo exclusivamente adulto, até porque ela retrata a realidade de maneira bem crua o que é de certa forma positivo para adolescentes (e aborrecentes) e também pais que muitas vezes não param para entender como os filhos se sentem.
A história gira em torno das reações à morte de Barry Fairbrother, conselheiro de um vilarejo inglês que era amado e odiado de diferentes maneiras. As tramas do livro são tratadas de forma particular e se interligam de maneira muito bem costurada tornando o enredo bem trabalhado – o que, para um livro de 600 páginas é bem complicado! – durante a leitura eu tive a impressão que o impacto que ela quis passar com os personagens foi focado nos defeitos que eles tinham que por sinal são muitos. A realidade de bullying, automutilação, preconceito social e étnico, drogas, disfunções familiares é tratado de maneira crua e sem eufemismos, as relações afetuosas entre os personagens, sem exceção, é conturbada e reflete nitidamente as disfunções familiares que eles enfrentavam ou enfrentaram, e ao mesmo tempo vemos como isso se reflete nos filhos assim como a relação dos mesmos no convívio escolar, somos levados a diferentes tipos de realidade que se costuram em um enredo de ambição, medo, violência e conflitos internos.
Eu não gostei muito da narração inicialmente, achei seca. Foi o primeiro impacto negativo que tive do livro, acho que por eu estar acostumada a outro tipo de literatura. De fato eu só vim me entrosar com a história na parte 05, apesar de a trama ser bem costurada e as histórias apresentarem um alto grau de realismo eu não consegui gostar do livro. Li em 06 dias (Comecei no dia 05 e terminei à meia noite do dia 10) e não posso fazer um comparativo com outras obras porque não li nenhum outro livro dela. O final do livro me surpreendeu parcialmente e apenas parcialmente, porque de certa forma eu imaginei que poderia acontecer, e posso dizer que é até um pouco comovente embora não totalmente. Eu não senti uma afinidade forte com nenhum dos personagens embora tenha me identificado com um deles de certa forma.
Prós: Se você gosta de histórias longas, com enredo realista (e quando eu digo realista eu não estou brincando!) e sem nenhum tipo de romance típico esse é definitivamente o seu livro.
Contras: Se você é daqueles que gosta de romances açucaradinhos e livros envoltos em fantasia passe longe desse.
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