Editora: Hedra
Ano: 2014
Sinopse: Os melhores contos de H.P. Lovecraft' reúne, pela primeira vez em português, todos os maiores clássicos do grande mestre da literatura de horror em um volume - incluindo 'O chamado de Cthulhu', 'Nas montanhas da loucura', 'A cor que caiu do espaço', 'A sombra de Innsmouth', 'Um sussurro nas trevas', 'A sombra vinda do tempo', 'O horror de Dunwich' e 'O caso de Charles Dexter Ward', entre outras obras-primas do gênero. Criador do mais que famoso Cthulhu e de toda uma mitologia, de uma verdadeira cosmologia, de um 'universo paralelo' cuja originalidade e poder imaginativo seduzem sucessivas gerações de leitores em todo o mundo, e se expandem irresistivelmente pela cultura contemporânea, a começar da cultura pop, Lovecraft é, também, o inventor de uma 'atmosfera lovecraftiana' em que o horror reside na impossibilidade de sua apreensão... Como diz Stephen King, 'Fui tragado pelo terror desolado e insidioso de 'A cor que caiu do espaço''
Gente, esse mês de janeiro foi uma bagunça completa para mim! Eu vou dormir de cinco da manhã e acordo duas da tarde, mentalmente e emocionalmente esgotada, tive uma crise bem feia, enfim, foi péssimo! Em fevereiro eu vou tentar me organizar pelo bem da minha saúde mental e emocional, para ver se consigo trabalhar e estudar de maneira mais eficaz também. Para isso eu vou testar o método tão falado e divulgado do bullet journal, vamos ver se dá certo.
Bem, esse foi um dos três livros que consegui ler esse mês. Quando eu troquei de celular, o novo veio com o app do kindle instalado, assim que eu pus minha conta da amazon ganhei esse livro. Pode ter sido sorte, ele estava na minha biblioteca e decidi me pôr a lê-lo porque eu havia ouvido falar muito desse autor e, com o desejo de expandir meu leque de livros de terror, acabei caindo na burrice de não pesquisar antes de empreender a leitura pelo celular. Lembram do que eu disse sobre Os Sete do Andre Vianco? Um livro grande demais assim é muito ruim de ler em ebook, principalmente quando cada conto desse livro tem, em média, 140 páginas e são mais de dez contos, some tudo isso e dá quase oitocentas páginas, convertendo em ebook 12999 páginas! É muita informação, amiguinhos.
Na faculdade, um conto de 100 páginas já ensinam que é uma noveleta, contudo, acredito que essa seja a visão ultrapassada de um professor de literatura conservador uma vez que as histórias nesse livro são consideradas contos, a menos que o gênero aí não tenha sido considerado e colocaram o nome conto porque as melhores "novelas" de H.P. Lovecraft não seria um título rentável, mas acredito que isso não seja relevante então, vamos ao que importa.
A minha ideia inicial era falar dos contos individualmente, só que eles são muito grandes e eu não leio com aqueles caderninhos de anotação do lado, sabe? Sem contar que um livro desse tamanho em ebook fica com aquela sensação que é infinito, você não tem controle ou noção da extensão das coisas como é com o livro físico e ler sem esse controle, pra mim, é péssimo. Eu gosto de saber a quantas anda minha leitura, ter um panorama do quanto avancei, essas coisas. A verdade é que, vocês sabe, eu não gosto de livro digital, não importa as vantagens e a praticidade, nunca vai se comparar ao físico, gente. E essa foi uma das razões de eu demorar tanto a concluir.
Então, fazendo uma abordagem geral, o livro reúne contos de "terror" mais voltado para o psicológico que envolvem lendas antigas de povos esquecidos ou se fundem em lendas históricas de vários países pelo mundo. O estilo do Lovecraft lembra muito do Poe, no prefácio se não me engano isso é mencionado que ele tinha o Poe por referência, algo do tipo, as nuances narrativas são similares, mas acho Poe bem mais sombrio e um pouco mais direto também. Lovecraft mexe mais com as nuances de um terror subtendido, usando de subterfúgios linguísticos tão sofisticados que muitas vezes esse horror fica mais nas entrelinhas que propriamente é visto como algo palpável e digno da realidade. Ou seja, o terror na obra desse autor é tida no medo ligado ao sobrenatural, aquilo que não se conhece e, muitas vezes, é passível da crença de acontecer apenas na mente do narrador.
Assim como Don Casmurro de Machado de Assis, nós só temos uma versão dos fatos aqui, a que o narrador expõe, o que torna os fatos narrados uma afirmação verídica ou o fruto de uma alucinação provocada pelo alto nível de medo que é difundido pela situação e ambiente no qual ele se encontrava. Desse modo, os relatos podem ser sim encarados como uma pressão do medo na mente que provoca a sensação de que aquilo é real, basicamente aquele velho ditado de que a mentira contada muitas vezes se torna verdade, a lenda se perpetuou de tal modo que atraiu atenção e o espaço que a abarca é um agravante para que ela se torne "real". Contudo isso é a minha opinião.
O livro engloba 19 "contos" do autor separados por datas que vão de 1917 a 1935, vou tentar (e vejam que eu disse tentar) resumi-los para vocês sem spoilers.
Dagon (1917) basicamente fala sobre um rapaz que vai a assombrada e deserta vila de pescadores de Innsmouth investigar e descobre que seus moradores tem estranhas relações com seres chamados deep ones (os profundos, numa tradução livre), anfíbios humanóides que emitem um repugnante odor de peixe e se comunicam com humanos através dos sonhos. Há anos atrás a cidade fora tomada por influências de forasteiros que trouxeram a adoração de Dagon e a maldição ao lugar. Os humanos cada vez mais assumiam formas de peixe até estarem prontos para entrar na cidade ciclópica submersa de Dagon de nome Y’há-nthlei. Na vila os estranhos são mortos cruelmente e as mulheres oferecidas ao deus maligno para satisfazer e carregar o fruto da cruel criatura.
O livro é cheio desses nomes estapafúrdios. Alguns que até agora eu nem sei como se pronuncia. Acontece que o terror nesses contos, como falei, é algo muito sutil, aliado à linguagem arcaica de Lovecraft acaba que a sensação de medo acaba ficando mascarada em algo que foge muito da realidade e dá pouco espaço para imaginação. É isso ou me tornei demasiado corajosa para não sentir medo com nada literariamente falando, porque não tive medo algum lendo Poe ou mesmo o temido Drácula. Enquanto Poe oferece cartas numa linguagem não diria mais acessível, mas diria mais límpida, Lovecraft usa de um lirismo as vezes meio exacerbado para pontuar sua narrativa, de modo que o horror as vezes fica mais nas entrelinhas que nas linhas propriamente.
Dagon virou um filme em 2001. Julgando pelo trailer, vou te dizer que vendo pode ser mais desagradável que lendo. Parece ser o tipo de filme que não economiza em vísceras e crueldade, coisa que no livro é mostrado de maneira mais velada ao ponto de não parecer realmente incômodo. Pelo menos foi o que eu achei.
O Navio Branco (1919) esse conto apresenta Basil Elton, um vigia de farol que, em certas noites de luar, enxerga um curioso navio branco. Em certo momento, o simpático capitão o convida para juntar-se à tripulação, indo para terras repletas de maravilhas inimagináveis. Por alguma razão esse conto me fez pensar em uma sutil crítica ao comportamento humano, a curiosidade incessante pelo inalcançável e o proibido que levam à ruína e à morte, Basil chegou a uma terra sem dor e preocupações (que eu encaro como uma metáfora do paraíso), mas decide deixar aquilo em busca de um lugar nunca explorado que é advertido ser uma viagem sem volta encontrando assim o horror da morte. Para mim, ficou aquela sensação de peso meio religioso e, ainda assim, não encarei como algo assustador, me veio mais como o cunho reflexivo mesmo.
Os gatos de Ulthar (1920) Uma cidade chamada Ulthar tem uma lei curiosa de proibição de matar gatos. Esse conto é embasado, creio, na mitologia envolvendo os gatos como encarnações de deuses e guardiães dos portais do outro mundo. Contudo, uma casa afastada da cidade onde um casal de velhos vivia ignorava essa lei sem preocupações e qualquer gato que chegasse perto da casa deles era morto, porém, ninguém na cidade reclamava com eles talvez por medo. Quando ciganos chegam na cidade e acampam na cidade, um garotinho acaba sendo vítima desses velhos, pois seu gatinho era a única família que lhe restara, furioso pela perda trágica do melhor e único amigo, ele jogou uma praga na cidade amaldiçoando o casal de velhos.
Esse foi meio sinistro apenas, tem aquela aura pesada e de vingança, mas não achei nada demais pelo menos na leitura.
Celephaïs (1920) Esse conto fala sobre um homem que escrevia sonhos fantásticos que tinha sobre uma cidade fantástica. Esses sonhos acabaram chamando a atenção de um pesquisador quando se provaram ter algum fundo de veracidade. Contudo, todas as pessoas relacionadas à verdade desses sonhos acabam morrendo. O sobrinho do investigador, ao herdar as coisas do tio, decide pesquisar a fundo o que aconteceu com Kuranes, o homem que tinha os estranhos sonhos e com o tio, mas o preço dessa verdade pode ser demasiado alto.
Os outros deuses (1921) Um homem estudioso quis se equiparar aos deuses que, outrora, em eras passadas, viviam nos montes que circundavam sua cidade. Contudo, com a chegada mais e mais recente de humanos, eles acabaram se refugiando na mais erma montanha longe dos humanos e destruindo qualquer um que se atrevesse a se aproximar. Contudo, esse homem desafia, juntamente com nosso narrador, a lei dos deuses e vai até essa montanha para se comunicar com eles no intuito de conseguir grandeza perante os demais homens. Mas, logicamente, essa empreitada tinha tudo para acabar muito mal.
A música de Erich Zann (1921) Um homem se muda para um condomínio e é hospedado no andar mais alto porque era mais barato. Ele passa a ouvir todas as noites a música intrigante e sobrenatural de um musicista que vive no último andar. Atraído pela melodia peculiar, ele decide se aproximar do músico com o intuito de conhecer mais sobre ele, descobre que o homem é mudo e que sua música vem de uma inspiração além da compreensão que pode se tornar mortal e enlouquecedora.
O que a lua traz consigo (1922) Esse conto beira o absurdo a meu ver. Sabe-se que o narrador odeia a luz lunar porque, segundo ele, ela revela coisas que não deviam existir e transformava outras, corriqueiras, em imagens assombrosas. Tal medo deu-se em certa noite quando hipnotizado por uma visão ele adentrou um mar cheio de segredos que a luz da lua revelou como um cemitério maldito de algo que ele nunca vai esquecer.
Ar Frio (1926) Está aí um que me pegou! O final desse conto realmente foi sinistro, e inesperado também! Um homem aluga um quarto numa pensão meio decadente, e é posto sob o apartamento de um médico/cientista que ele conhece quando um líquido estranho acaba vazando pelo teto do vizinho e sujando seu apartamento. Ele percebe então que o estranho homem vive sob uma temperatura baixíssima dentro do apartamento, nunca sai, não recebe muitas visitas e dedica-se a estudar e manter a máquina que mantem a refrigeração dentro do quarto. Quando essa máquina dá defeito em decorrência á falência de uma peça, um sinistro segredo vêm à tona.
Esse também virou filme no ano de 1999.
Bem, esse foi um dos três livros que consegui ler esse mês. Quando eu troquei de celular, o novo veio com o app do kindle instalado, assim que eu pus minha conta da amazon ganhei esse livro. Pode ter sido sorte, ele estava na minha biblioteca e decidi me pôr a lê-lo porque eu havia ouvido falar muito desse autor e, com o desejo de expandir meu leque de livros de terror, acabei caindo na burrice de não pesquisar antes de empreender a leitura pelo celular. Lembram do que eu disse sobre Os Sete do Andre Vianco? Um livro grande demais assim é muito ruim de ler em ebook, principalmente quando cada conto desse livro tem, em média, 140 páginas e são mais de dez contos, some tudo isso e dá quase oitocentas páginas, convertendo em ebook 12999 páginas! É muita informação, amiguinhos.
Na faculdade, um conto de 100 páginas já ensinam que é uma noveleta, contudo, acredito que essa seja a visão ultrapassada de um professor de literatura conservador uma vez que as histórias nesse livro são consideradas contos, a menos que o gênero aí não tenha sido considerado e colocaram o nome conto porque as melhores "novelas" de H.P. Lovecraft não seria um título rentável, mas acredito que isso não seja relevante então, vamos ao que importa.
A minha ideia inicial era falar dos contos individualmente, só que eles são muito grandes e eu não leio com aqueles caderninhos de anotação do lado, sabe? Sem contar que um livro desse tamanho em ebook fica com aquela sensação que é infinito, você não tem controle ou noção da extensão das coisas como é com o livro físico e ler sem esse controle, pra mim, é péssimo. Eu gosto de saber a quantas anda minha leitura, ter um panorama do quanto avancei, essas coisas. A verdade é que, vocês sabe, eu não gosto de livro digital, não importa as vantagens e a praticidade, nunca vai se comparar ao físico, gente. E essa foi uma das razões de eu demorar tanto a concluir.
Então, fazendo uma abordagem geral, o livro reúne contos de "terror" mais voltado para o psicológico que envolvem lendas antigas de povos esquecidos ou se fundem em lendas históricas de vários países pelo mundo. O estilo do Lovecraft lembra muito do Poe, no prefácio se não me engano isso é mencionado que ele tinha o Poe por referência, algo do tipo, as nuances narrativas são similares, mas acho Poe bem mais sombrio e um pouco mais direto também. Lovecraft mexe mais com as nuances de um terror subtendido, usando de subterfúgios linguísticos tão sofisticados que muitas vezes esse horror fica mais nas entrelinhas que propriamente é visto como algo palpável e digno da realidade. Ou seja, o terror na obra desse autor é tida no medo ligado ao sobrenatural, aquilo que não se conhece e, muitas vezes, é passível da crença de acontecer apenas na mente do narrador.
Assim como Don Casmurro de Machado de Assis, nós só temos uma versão dos fatos aqui, a que o narrador expõe, o que torna os fatos narrados uma afirmação verídica ou o fruto de uma alucinação provocada pelo alto nível de medo que é difundido pela situação e ambiente no qual ele se encontrava. Desse modo, os relatos podem ser sim encarados como uma pressão do medo na mente que provoca a sensação de que aquilo é real, basicamente aquele velho ditado de que a mentira contada muitas vezes se torna verdade, a lenda se perpetuou de tal modo que atraiu atenção e o espaço que a abarca é um agravante para que ela se torne "real". Contudo isso é a minha opinião.
O livro engloba 19 "contos" do autor separados por datas que vão de 1917 a 1935, vou tentar (e vejam que eu disse tentar) resumi-los para vocês sem spoilers.
Dagon (1917) basicamente fala sobre um rapaz que vai a assombrada e deserta vila de pescadores de Innsmouth investigar e descobre que seus moradores tem estranhas relações com seres chamados deep ones (os profundos, numa tradução livre), anfíbios humanóides que emitem um repugnante odor de peixe e se comunicam com humanos através dos sonhos. Há anos atrás a cidade fora tomada por influências de forasteiros que trouxeram a adoração de Dagon e a maldição ao lugar. Os humanos cada vez mais assumiam formas de peixe até estarem prontos para entrar na cidade ciclópica submersa de Dagon de nome Y’há-nthlei. Na vila os estranhos são mortos cruelmente e as mulheres oferecidas ao deus maligno para satisfazer e carregar o fruto da cruel criatura.
O livro é cheio desses nomes estapafúrdios. Alguns que até agora eu nem sei como se pronuncia. Acontece que o terror nesses contos, como falei, é algo muito sutil, aliado à linguagem arcaica de Lovecraft acaba que a sensação de medo acaba ficando mascarada em algo que foge muito da realidade e dá pouco espaço para imaginação. É isso ou me tornei demasiado corajosa para não sentir medo com nada literariamente falando, porque não tive medo algum lendo Poe ou mesmo o temido Drácula. Enquanto Poe oferece cartas numa linguagem não diria mais acessível, mas diria mais límpida, Lovecraft usa de um lirismo as vezes meio exacerbado para pontuar sua narrativa, de modo que o horror as vezes fica mais nas entrelinhas que nas linhas propriamente.
Dagon virou um filme em 2001. Julgando pelo trailer, vou te dizer que vendo pode ser mais desagradável que lendo. Parece ser o tipo de filme que não economiza em vísceras e crueldade, coisa que no livro é mostrado de maneira mais velada ao ponto de não parecer realmente incômodo. Pelo menos foi o que eu achei.
O Navio Branco (1919) esse conto apresenta Basil Elton, um vigia de farol que, em certas noites de luar, enxerga um curioso navio branco. Em certo momento, o simpático capitão o convida para juntar-se à tripulação, indo para terras repletas de maravilhas inimagináveis. Por alguma razão esse conto me fez pensar em uma sutil crítica ao comportamento humano, a curiosidade incessante pelo inalcançável e o proibido que levam à ruína e à morte, Basil chegou a uma terra sem dor e preocupações (que eu encaro como uma metáfora do paraíso), mas decide deixar aquilo em busca de um lugar nunca explorado que é advertido ser uma viagem sem volta encontrando assim o horror da morte. Para mim, ficou aquela sensação de peso meio religioso e, ainda assim, não encarei como algo assustador, me veio mais como o cunho reflexivo mesmo.
Os gatos de Ulthar (1920) Uma cidade chamada Ulthar tem uma lei curiosa de proibição de matar gatos. Esse conto é embasado, creio, na mitologia envolvendo os gatos como encarnações de deuses e guardiães dos portais do outro mundo. Contudo, uma casa afastada da cidade onde um casal de velhos vivia ignorava essa lei sem preocupações e qualquer gato que chegasse perto da casa deles era morto, porém, ninguém na cidade reclamava com eles talvez por medo. Quando ciganos chegam na cidade e acampam na cidade, um garotinho acaba sendo vítima desses velhos, pois seu gatinho era a única família que lhe restara, furioso pela perda trágica do melhor e único amigo, ele jogou uma praga na cidade amaldiçoando o casal de velhos.
Esse foi meio sinistro apenas, tem aquela aura pesada e de vingança, mas não achei nada demais pelo menos na leitura.
Celephaïs (1920) Esse conto fala sobre um homem que escrevia sonhos fantásticos que tinha sobre uma cidade fantástica. Esses sonhos acabaram chamando a atenção de um pesquisador quando se provaram ter algum fundo de veracidade. Contudo, todas as pessoas relacionadas à verdade desses sonhos acabam morrendo. O sobrinho do investigador, ao herdar as coisas do tio, decide pesquisar a fundo o que aconteceu com Kuranes, o homem que tinha os estranhos sonhos e com o tio, mas o preço dessa verdade pode ser demasiado alto.
Os outros deuses (1921) Um homem estudioso quis se equiparar aos deuses que, outrora, em eras passadas, viviam nos montes que circundavam sua cidade. Contudo, com a chegada mais e mais recente de humanos, eles acabaram se refugiando na mais erma montanha longe dos humanos e destruindo qualquer um que se atrevesse a se aproximar. Contudo, esse homem desafia, juntamente com nosso narrador, a lei dos deuses e vai até essa montanha para se comunicar com eles no intuito de conseguir grandeza perante os demais homens. Mas, logicamente, essa empreitada tinha tudo para acabar muito mal.
A música de Erich Zann (1921) Um homem se muda para um condomínio e é hospedado no andar mais alto porque era mais barato. Ele passa a ouvir todas as noites a música intrigante e sobrenatural de um musicista que vive no último andar. Atraído pela melodia peculiar, ele decide se aproximar do músico com o intuito de conhecer mais sobre ele, descobre que o homem é mudo e que sua música vem de uma inspiração além da compreensão que pode se tornar mortal e enlouquecedora.
O que a lua traz consigo (1922) Esse conto beira o absurdo a meu ver. Sabe-se que o narrador odeia a luz lunar porque, segundo ele, ela revela coisas que não deviam existir e transformava outras, corriqueiras, em imagens assombrosas. Tal medo deu-se em certa noite quando hipnotizado por uma visão ele adentrou um mar cheio de segredos que a luz da lua revelou como um cemitério maldito de algo que ele nunca vai esquecer.
Ar Frio (1926) Está aí um que me pegou! O final desse conto realmente foi sinistro, e inesperado também! Um homem aluga um quarto numa pensão meio decadente, e é posto sob o apartamento de um médico/cientista que ele conhece quando um líquido estranho acaba vazando pelo teto do vizinho e sujando seu apartamento. Ele percebe então que o estranho homem vive sob uma temperatura baixíssima dentro do apartamento, nunca sai, não recebe muitas visitas e dedica-se a estudar e manter a máquina que mantem a refrigeração dentro do quarto. Quando essa máquina dá defeito em decorrência á falência de uma peça, um sinistro segredo vêm à tona.
Esse também virou filme no ano de 1999.
O Modelo de Pickman (1926) um pintor muito excêntrico acaba chamando a atenção de seus amigos com suas telas cheias de paisagens e criaturas sombrias. O narrador da história, que é próximo dele, vai com ele para uma casa sua isolada a fim de contemplar seus quadros rejeitados e ainda não vistos por ninguém. Quando ele chega lá, no porão da casa, está a pintura mais infernal e indescrita que o narrador já se deparou, pintada com tal realismo que parece saltar da tela.
A cor que caiu do espaço (1927) Um meteoro cai numa cidade e atrai a atenção de vários cientistas, até que estranhos acontecimentos envolvendo a fazenda onde caiu passam a assombrar os moradores da cidade e dos arredores. Um homem está fazendo pesquisas para a construção de uma represa que destruiria a fazenda, acaba imergindo na história do tenebroso local e acaba descobrindo uma verdade que preferia não ter conhecido.
A busca onirica por Kadath (1927) Carter é um sonhador que prefere os sonhos ao “mundo em vigília”, um modo diferente que Lovecraft utiliza para citar o mundo em que estamos acordados. Em meio a sonhos e pesadelos Carter vislumbra a cidade dourada e nunca mais a tira da cabeça. Carter fica tão fascinado com a imagem dessa cidade que decide viajar através da Terra dos Sonhos para reencontrá-la, esquecendo assim o mundo em vigília. Sua jornada passa por caminhos obscuros e por belas paisagens que ao mesmo tempo são aterrorizantes.
O caso de Charles Dexter Ward (1927) Conta a história de um jovem interessado por arqueologia, que se depara com um ancestral seu no mínimo, curioso. Joseph Curwen é o nome desse seu tetravô de hábitos estranhos e que veio fugido de Salem para Providence. O jovem descobre por acaso seu parentesco com o tal Curwen, e tem acesso às mais sinistras lendas que envolvem seu nome, que dizem respeito principalmente a boatos sobre o mesmo ser um bruxo ou coisa parecida. Charles Dexter Ward se afunda nos estudos sobre seu tetravô, ao ponto de isso se tornar uma obsessão.
O horror de Dunwich (1928) se passa no vilarejo de Dunwich, onde, no passado, colonos vindo da cidade de Salem (aquela das bruxas) se instalaram e começaram a adorar o demônio. Dois séculos depois, a albina Lavinia Whateley, dá á luz um bebê de pai desconhecido. Os dois vivem com o pai de Lavinia, o Velho Whateley. Todos no vilarejo conhecem a história e acham que há algo errado com a família. O menino se desenvolve muito rápido. Começa a andar depressa e a falar precocemente. Aos 11 meses, falava como uma criança bem desenvolvida de quatro anos. Conforme o pequeno Wilbur vai crescendo, o pessoal do vilarejo vai percebendo estranhos fenômenos. O menino, então, passa a se interessar por estudos ocultos, sob os auspícios de seu avô. Já mais velho, o jovem começa sua busca por um exemplar da versão latina do livro maldito Necronomicon.
Um Sussurro das trevas (1930) Depois das enchentes de 1927 em Vermont, nos EUA, muitos habitantes da região relataram a presença de corpos de criaturas desconhecidas boiando nas águas. O folclorista Wilmarth, que vivia em outro estado, tenta acalmar os ânimos, explicando academicamente o fato de muitos terem visto esses seres tão semelhantes aos descritos nas antigas lendas da região.
A Sombra de Innsmouth(1931) Durante o inver de 1927 a 28, durante uma investigação secreta realizada pelo governo federal em um porto de Innsmouth, Massachussets, culminou em uma intervenção com prisões, dinamitações de propriedades decrépitas e a intervenção ao porto decadente. A justificativa oficial foi a resposta à guerra às bebidas, fato que àqueles que realmente sabiam como era a cidade de Innsmouth, sabiam que a verdade não fora revelada com esta manobra do governo.
Um curioso que queria investigar a origem de uma determinada jóia leva-o à cidade de Innsmouth. Antes mesmo de embarcar, as histórias e a mítica que assombram os que conheciam a cidade preparam-o para uma viagem climatizada em uma bruma de mistério, revelações surpreendentes e terror psicológico.
Nas montanhas da loucura (1931) Esse conto faz parte da mitologia de Cthulhu. Trata-se de uma novela que conta a história de uma expedição científica da fictícia Universidade Miskatonic ao continente antártico, em busca de amostras geológicas e biológicas. Os diferentes grupos de pesquisadores, que se separam pelo continente gelado, se locomovem por aviões e se comunicam através de mensagens telegráficas por rádio. Quando o professor Dyer, deixa de receber mensagens do grupo de Lake, ele resolve se deslocar até o acampamento do colega para ver o que aconteceu.
O assombro das trevas (1935) é sobre um historiador que se sente atraído por uma construção estranha que ele observa de sua janela. Um dia ele decide explorar o local e lá ele encontra algo terrível e assustador.
A sombra vinda do tempo (1935) Após sofrer de amnésia por cinco anos, o professor Nathaniel Wingate Peaslee recobra a memória e começa a pesquisar os estranhos sonhos que passam a visitá-lo após a recuperação e a personalidade secundária manifestada durante a amnésia. As investigações levam-no até a Austrália Ocidental, onde imagina ter contato com a Grande Raça de Yith e se depara com um simples pedaço de papel que encerra a derradeira verdade sobre as viagens através do tempo.
A busca onirica por Kadath (1927) Carter é um sonhador que prefere os sonhos ao “mundo em vigília”, um modo diferente que Lovecraft utiliza para citar o mundo em que estamos acordados. Em meio a sonhos e pesadelos Carter vislumbra a cidade dourada e nunca mais a tira da cabeça. Carter fica tão fascinado com a imagem dessa cidade que decide viajar através da Terra dos Sonhos para reencontrá-la, esquecendo assim o mundo em vigília. Sua jornada passa por caminhos obscuros e por belas paisagens que ao mesmo tempo são aterrorizantes.
O caso de Charles Dexter Ward (1927) Conta a história de um jovem interessado por arqueologia, que se depara com um ancestral seu no mínimo, curioso. Joseph Curwen é o nome desse seu tetravô de hábitos estranhos e que veio fugido de Salem para Providence. O jovem descobre por acaso seu parentesco com o tal Curwen, e tem acesso às mais sinistras lendas que envolvem seu nome, que dizem respeito principalmente a boatos sobre o mesmo ser um bruxo ou coisa parecida. Charles Dexter Ward se afunda nos estudos sobre seu tetravô, ao ponto de isso se tornar uma obsessão.
O horror de Dunwich (1928) se passa no vilarejo de Dunwich, onde, no passado, colonos vindo da cidade de Salem (aquela das bruxas) se instalaram e começaram a adorar o demônio. Dois séculos depois, a albina Lavinia Whateley, dá á luz um bebê de pai desconhecido. Os dois vivem com o pai de Lavinia, o Velho Whateley. Todos no vilarejo conhecem a história e acham que há algo errado com a família. O menino se desenvolve muito rápido. Começa a andar depressa e a falar precocemente. Aos 11 meses, falava como uma criança bem desenvolvida de quatro anos. Conforme o pequeno Wilbur vai crescendo, o pessoal do vilarejo vai percebendo estranhos fenômenos. O menino, então, passa a se interessar por estudos ocultos, sob os auspícios de seu avô. Já mais velho, o jovem começa sua busca por um exemplar da versão latina do livro maldito Necronomicon.
Um Sussurro das trevas (1930) Depois das enchentes de 1927 em Vermont, nos EUA, muitos habitantes da região relataram a presença de corpos de criaturas desconhecidas boiando nas águas. O folclorista Wilmarth, que vivia em outro estado, tenta acalmar os ânimos, explicando academicamente o fato de muitos terem visto esses seres tão semelhantes aos descritos nas antigas lendas da região.
A Sombra de Innsmouth(1931) Durante o inver de 1927 a 28, durante uma investigação secreta realizada pelo governo federal em um porto de Innsmouth, Massachussets, culminou em uma intervenção com prisões, dinamitações de propriedades decrépitas e a intervenção ao porto decadente. A justificativa oficial foi a resposta à guerra às bebidas, fato que àqueles que realmente sabiam como era a cidade de Innsmouth, sabiam que a verdade não fora revelada com esta manobra do governo.
Um curioso que queria investigar a origem de uma determinada jóia leva-o à cidade de Innsmouth. Antes mesmo de embarcar, as histórias e a mítica que assombram os que conheciam a cidade preparam-o para uma viagem climatizada em uma bruma de mistério, revelações surpreendentes e terror psicológico.
Nas montanhas da loucura (1931) Esse conto faz parte da mitologia de Cthulhu. Trata-se de uma novela que conta a história de uma expedição científica da fictícia Universidade Miskatonic ao continente antártico, em busca de amostras geológicas e biológicas. Os diferentes grupos de pesquisadores, que se separam pelo continente gelado, se locomovem por aviões e se comunicam através de mensagens telegráficas por rádio. Quando o professor Dyer, deixa de receber mensagens do grupo de Lake, ele resolve se deslocar até o acampamento do colega para ver o que aconteceu.
O assombro das trevas (1935) é sobre um historiador que se sente atraído por uma construção estranha que ele observa de sua janela. Um dia ele decide explorar o local e lá ele encontra algo terrível e assustador.
A sombra vinda do tempo (1935) Após sofrer de amnésia por cinco anos, o professor Nathaniel Wingate Peaslee recobra a memória e começa a pesquisar os estranhos sonhos que passam a visitá-lo após a recuperação e a personalidade secundária manifestada durante a amnésia. As investigações levam-no até a Austrália Ocidental, onde imagina ter contato com a Grande Raça de Yith e se depara com um simples pedaço de papel que encerra a derradeira verdade sobre as viagens através do tempo.
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