Sinopse: Há apenas três coisas importantes para Alice Alexis Queensmeadow, de 12 anos: sua mãe, que não sentiria sua falta; magia e cor, os quais parem escapar dela; e seu pai, que sempre a amou. No dia em que seu pai desapareceu de Ferenwood, ele levava consigo apenas uma régua. Já se passaram quase três anos e Alice está determinada a encontrá-lo. Ela o ama tanto quanto ama aventura, e está prestes a embarcar em um para encontrar o outro.
No entanto, trazer seu pai para casa não será tão fácil. Alice precisa viajar através da mística e perigosa Terra de Furthermore; onde para baixo pode ser para cima, papel está vivo e esquerda pode ser direita. Sua única companhia é um garoto chamado Oliver, cuja habilidade mágica é mentir e enganar – e com um mentiroso em uma terra onde nada é o que parece ser, requisitará de Alice toda sua concentração para encontrar seu pai e conseguir voltar para casa sã e salva. Em sua jornada, Alice precisa se encontrar- e se agarrar à magia do amor diante da perda.
"Estar viva, percebeu, era muito cansativo."
Minha irmã comprou esse livro e o sequente na Avon. Confesso que, no início, não estava dando muito nele não, pela capa a gente até acha que é livro para criança, de certa forma até serviria, se você cortasse uma ou outra cena, mas a verdade é que, se a gente for olhar direito, é muito mais profundo que isso. Quando comecei a ler não consegui entender nada por uns bons dois capítulos até começar a me inteirar da história e, mesmo quando comecei, não achei que me chamaria atenção como chamou.
Alice nasceu em Ferenwood, um lugar onde as cores são a fonte de magia das pessoas que sobrevivem dela e da sua relação com a terra, levou um tempo até que eu compreendesse de fato isso, principalmente porque a "relação mágica" desse povo é quase (se não for) uma analogia ao cultivo agrícola dos nossos antepassados, que tiravam sua subsistência da terra e da natureza sem agredí-la. A coisa é que, apesar da magia, esse povo vive de forma muito "normal", além de serem um vilarejo bem capitalista e Alice faz parte da classe social que precisa lutar para sobreviver.
Há três anos o pai da menina saiu de casa sem dizer nada a ninguém e nunca mais voltou. Mesmo que no fundo não quisesse acreditar, Alice sabia que ele estava morto. Sentia falta de Pai como um peixe da água ao se vitimizar no anzol de um pescador. Prestes a completar doze anos, a menina se prepara para a Entrega, primeiro porque quer receber um desafio que lhe guie a uma aventura longe de Ferenwood onde todo mundo lhe olha diferente e onde ela não tem amigos. O problema é que, mesmo tendo nascido em Ferenwood, onde tudo (e todos) é colorido, Alice não tinha cor.
Tudo na sua vida vira de ponta cabeça alguns dias antes da Entrega quando ela é abordada por Oliver Newbanks, o garoto que a fez ser expulsa da escola e o principal responsável pelo tremor na autoestima de Alice. Quando estudavam juntos, Oliver era o tipo de pessoa "popular", mas Alice não gostava dele, pois não o via como nada além de um mentiroso. E Alice não mentia. Por isso, Oliver a odiava, ele espalhara para todo o vilarejo que ela era a menina mais feia de toda Ferenwood e isso machucara Alice mais que tudo. Por isso, anos depois, vê-lo próximo a ela tentando se aproximar era inadmissível. Mas ela admitia que ele tinha coragem de pedir a ajuda dela para cumprir seu desafio.
Porém, mesmo magoada com tudo que ele lhe fez, ela logo muda de ideia quando falha na Entrega de maneira miserável, e então descobre que o desafio de Oliver é trazer seu pai de volta para casa e, sobretudo, quando ele lhe diz que sabe onde Pai está. Alice não pensa muito, não tem ninguém para sentir sua falta, Mãe certamente não irá e os irmãos dela mal a conhecem. Assim, Alice embarca com Oliver para Futhermore, contudo, sabe que não pode confiar nele, pois Oliver é um mentiroso e convence-se que não está ali para ajudá-lo, mas para benefício próprio que é encontrar Pai.
Mas sua aventura pela terra selvagem de Futhermore vai se mostrar muito mais perigosa do que parece quando Alice descobre que seres mágicos como ela podem ser o prato principal para as criaturas daquele lugar e que eles estão vigiando de perto cada um dos seus passos. Pior que isso, decide dar um voto de confiança a Oliver apenas para descobrir a verdadeira razão pela qual ele a levou naquela viagem. Alice assim vai aprender a amar profundamente a si mesma, a aceitar o outro como ele é e, sobretudo, vai aprender que sua verdadeira cor pode ser mais brilhante que qualquer outra que ela almeje ter.
Posso dizer que, das muitas impressões que tirei de Além da Magia, ele pareceu um livro sobre preconceito principalmente. Alice era discriminada por não ter cor e isso pode ser uma boa analogia ao racismo. Mas, além do preconceito geral, havia principalmente o modo como a própria menina se via, tanto influenciada pelas palavras cruéis de Oliver quanto pelo modo como as pessoas a olhavam. Outra coisa que me chamou a atenção foi Futhermore e Ferenwood, ambos os mundos eram mais ou menos como alusões a nossa sociedade em dimensões diferentes, o primeiro, pela sua selvageria e manipulações parecia mais, inclusive, em algumas passagens eu achei muito Brasil:
"Você está querendo dizer que os Futhermore não gosta que s visitantes tomem decisões conscientes?' "É claro que não gostam - Oliver confirmou, puxando a régua da mão da garota. - É muito mais fácil devorar pessoas burras."
Pra mim o livro passou várias mensagens bacanas e momentos reflexivos que me fez olhar ao meu redor sob uma nova ótica, para ser o primeiro livro da autora que eu pego, foi bom. Apesar de que o modo como ele foi narrado (um narrador meio personagens meio observador) fez com que eu demorasse mais a me acostumar. Como ele acabou bem fechadinho, fiquei curiosa para saber como vai ser o segundo. Enfim, recomendo muito pra quem procura uma fantasia densa de significados. Valeu a pena. Aí vai mais dois quotes que marquei:
Oliver não entendia que um coração partido que não recebesse cuidados por muito tempo deixava de bater.
Alice sabia que ser diferente sempre seria difícil; sabia que não existia magia capaz de abrir a mente fechada das pessoas ou acabar com as injustiças da vida. Mas também começava a entender que a vida nunca era vivida em termos absolutos. As pessoas a amariam e a desprezariam; elas mostrariam tanto gentileza quanto preconceito. A verdade era que Alice sempre seria diferente - mas se diferente era extraordinário. e ser extraordinário era uma grandíssima aventura. Como o mundo a via, isso não não tinha importância. O que importava era como Alice se via.
O verbo 是 (shì), já estudado por nós, pode ser usado para expressar o estado de um objeto ou substantivo, ou seja, além do verbo "ser" ele também pode assumir a função do verbo "estar". É similar ao verbo 有 correspondente a "haver" em português. Sua estrutura é a seguinte:
Original: The Sign of the Four Autor: Arthur Conan Doyle País: Reino Unido Série: Sherlock Holmes Lançamento: 1890
Sinopse: Nesta história, uma moça de nome Mary Morstan, procura pelo serviço do detetive, para desvendar o que aconteceu ao seu pai. Ele morreu dez anos antes de moça procurar o detetive. Quatro anos após a morte do pai, a moça começa a receber anualmente uma pérola de grande valor. Após seis anos recebendo essas pérolas, sem saber o motivo nem quem as mandava, a moça recebe um bilhete da mesma pessoa que lhe enviava as pérolas, marcando um encontro. Mary, Sherlock Holmes e Watson vão juntos ao encontro de Thaddeus Sholto, o remetente anônimo das pérolas, filho do falecido major Sholto, que havia sido colega do pai de Mary como guarda da prisão das Ilhas Andaman. A trama envolve um tesouro roubado de um rajá por um grupo de quatro que selam um pacto – daí o signo dos quatro. Os ladrões e assassinos são presos. Um deles, Jonathan Smith, tenta negociar o tesouro em troca da liberdade do grupo, mas Sholto lhe passa a perna e fica com o tesouro. Anos depois Jonathan busca vingança.
Como falei para vocês, estou me recuperando de uma cirurgia na boca, a primeira de duas que vou precisar fazer. Não deu para atualizar o blog esses dias porque, graças a alimentação basicamente de líquidos, eu fiquei bem mal. Passei três dias muito nauseada e tenho dormido menos de quatro horas por noite, então a coisa foi bem feia. Hoje fui tirar os pontos da primeira cirurgia e me senti um pouco melhor, por isso vim fazer a resenha de O Signo dos Quatro que tinha terminado ha alguns dias, mas não tive como escrever a resenha por indisposição mesmo.
O livro narra as aventuras de Holmes tentando desvendar o quebra-cabeças de um crime muito meticuloso envolvendo um tesouro. Quando certo dia uma jovem dama o procura para relatar o desaparecimento do seu pai, o detetive e seu fiel amigo Watson se vêem imersos em uma trama de vingança intricada e escorregadia. Seguindo as pistas da moça, os dois são levados a conhecer Thaddeus Sholto, o herdeiro de um oficial morto que está em desavença com seu irmão gêmeo, Bartholomew, por causa de parte de uma fortuna que, aparentemente, pertence por direito à senhorita Morstan. Quando vão à procura deste último encontram-no morto pelo que Holmes descobre ser veneno.
A cena do crime, apesar de aparentemente impossível, não escapa da minunciosa inspeção e detalhamento do detetive que descreve com perfeição cada passo dos envolvidos e como a arca com o tesouro havia sido roubada. O encarregado do caso é o inspetor Atherly Jones, um sujeito com ares de sabichão que pensa ter descoberto toda a trama ao enquadrar Taddeus como o assassino do irmão. Apesar de estar ciente de todos os passos dos assassinos, Holmes sabe que não será fácil capturá-los, por isso precisa ser cauteloso, ele conta com a ajuda de Tobby, um cão farejador, para buscar o rastro dos criminosos, mas acaba não os encontrando.
O mais interessante desse livro é ver Holmes seriamente frustrado, coisa que não vi nos livros dele que havia lido até então. Outra coisa bacana nas histórias de Doyle é que nós temos um background do criminoso, não como uma forma de absolver seu delito, mas de entendê-lo e acho isso muito interessante. A trama é bem fluida e tem alguma ação a mais se comparada aos dois anteriores, gostei muito.
Sinopse: Quando uma jovem freira que vive enclausurada em um convento na Romênia comete suicídio, um padre com um passado assombrado e uma noviça prestes a fazer seus votos finais são enviados pelo Vaticano para investigar o caso. Juntos, eles desvendam o segredo profano da ordem. Arriscando não só suas vidas, mas também sua fé e suas almas, eles confrontam a força malévola que assume a forma da mesma freira que aterrorizou o público em “Invocação do Mal 2”, à medida que o convento se torna um horripilante campo de batalha entre os vivos e os mortos.
Em um velho convento de freiras reclusas na Romênia, uma freira se suicida após perder a madre superiora para alguma coisa maligna e poderosa numa área restrita do castelo. Para não ser pega pelo mal, ela tira a própria vida sendo encontrada dias depois por um entregador de mantimentos. Um padre "consultor" é encarregado pelo vaticano a investigar a situação e para isso o orientam a levar uma noviça com ele por dizerem que ela conhece bem a região.
Todo o ambiente que cerca o castelo onde o convento funciona é muito estranho, a começar pelo corpo da freira que sequer fora recolhido onde o entregador o deixara dentro do castelo, uma abadessa que nunca aparece e irmãs que só interagem com a noviça e nunca com o padre. Todo clima sombrio de suspense envolvendo o castelo e a coisa poderosa que ele abriga mostra-se um perigo cada vez mais forte não apenas para as freiras ali reclusas, mas para a sanidade da noviça e do padre que começam a ter sua fé e sua mentalidade testadas.
Um segredo terrível do passado vem a tona e tanto a noviça quanto o padre vão precisar enfrentar seus maiores medos para conseguir sair vivos daquela terra que não era mais santa ha muito.
Deu um trabalhão pra eu conseguir achar esse filme pra assistir, e mesmo que tenha gostado dele, não foi tão aterrorizante quanto eu esperava não. Na verdade, de todos os filmes dessa franquia, acho que não teve nenhum que me assustou realmente como o primeiro Invocação do Mal, aquele filme é super simples, mas consegue ser sombrio até o último instante. Contudo, apesar de não ser realmente o capítulo mais aterrorizante como promete, o filme é um bom entretedor e nos mantem focados para descobrir o desfecho das personagens com quem passamos a nos importar.
Título Original: ママレード・ボーイ Mamaredo Boi País: Japão Ano: 2018 Direção: Ryuichi Hiroki Roteiro: Taeko Asano Gênero: romance
Baseado em "Marmalade Boy" de Wataru Yoshizumi Elenco: Hinako Sakurai, Ryo Yoshizawa, Miho Nakayama, Rei Dan, Shosuke Tanihara, Michitaka Tsutsui e Taiki Sato
Sinopse: Miki é estudante do médio. Um dia, seus pais dizem a ela que eles irão se divorciar e trocar os pares com os Matsuuras, um casal que eles encontraram em uma viagem para o Hawaii. Os pais de Miki também contam que o casal Matsuura tem um filho chamado Yuu. Todos irão morar juntos, na mesma casa. Depois disso, as duas famílias começaram a viver juntas e Miki começa a sentir atração por Yuu. Ele não fala muito, mas é gentil.
Esse foi um daqueles filmes que não procurei nem a sinopse e quando o movie asian lançou fui logo baixar pra ver já que minha irmã queria ver um filme e ela sempre reclama das legendas rápidas dos filmes chineses. Baixei esse japonês pra variar. Confesso que no começo ele me chamou um pouco a atenção, não apenas pelo fato de parecer que a família dos protas era chegada em cheirar farinha, mas pela própria personalidade deles que era interessante.
Quando os pais de Miki e Yuu decidem trocar de pares (entre eles mesmo, tipo a mãe de Miki com o pai de Yuu e os outros dois juntos), a garota acha que seu pesadelo não pode ficar pior até eles anunciarem que vão morar todos juntos na mesma casa. Miki não apenas ganhou um "irmão" como uma família que aparentemente não bate bem da cabeça e a situação bizarra é muito mais do que a adolescente é capaz de digerir. Yuu, entretanto, parece muito tranquilo com tudo, apesar de um pouco distante, ele é gentil com ela e tenta tornar a situação um pouco mais branda para a garota.
Conforme a convivência faz com que os dois se aproximem, Miki acaba descobrindo que seus sentimentos por Yuu não são os de simples carinho fraterno, mas que está se apaixonando por aquele garoto introvertido que parece saber sobre tudo. A recíproca é verdadeira e uma história de amor genuína nasce entre eles quando buscam juntos pelo pai biológico do garoto que ela descobre não é o que mora com eles. Contudo, um segredo do passado dos pais de ambos pode colocar o amor que sentem em xeque e separá-los para sempre.
Se no começo fiquei animada e empolgadona com o filme, do meio pro final ele começou a me deixar irritada (e minha irmã tem a mesma opinião) simplesmente porque parece que de uma hora para outra a capacidade racional das personagens se perde completamente e eles começam a tomar decisões idiotas que poderiam ser facilmente evitadas se eles usassem a boca e conversassem. O rumo tomado pela história fica ali entre Boku ga imouto ni koi wo suru e Ani ni aisaresugite komattemasu, mas sem a comédia do segundo e a carga pesada de drama do primeiro. É mais uma mistura menos intensa de ambos que que te faz querer entrar pela tela e bater a cabeça dos protagonistas uma na outra pra ver se os neurônios de ambos voltam a funcionar.
Título Original: 목숨 건 연애 Moksoom Gun Yeonae País: Coréia do Sul Direção: Song Min-Gyu Roteiro: Kim Ba-Da, Song Min-Gyu Gênero: comédia romântica Ano: 2016
Sinopse: Qual é a melhor maneira de uma escritora frustrada passar o tempo enquanto espera por inspiração para ter sucesso no seu próximo livro?
Han Jae In (Ha Ji Won) é uma romancista misteriosa que não escreveu uma palavra nos últimos cinco anos. Quando seu vizinho do andar de cima é assassinado, Jae In decide basear o seu novo livro em um serial killer que está rondando sua vizinhança e investigar o assassino por conta própria para ter um final perfeito no que seria um best seller instantâneo.
Mas apesar de trabalhar com seu amigo de infância, o detetive Seol Rok Hwan (Chun Jung Myung), Jae In comete todos os erros de uma detetive amadora desastrada, como comentar com seu vizinho Heo Jong Goo (Oh Jung Se) que é considerado por ela como o principal suspeito.
Quando Jae In conhece o misterioso Jason (Chen Bolin), ela conseguirá ter a chave para pegar o serial killer e escrever seu best seller?
Esse foi o último filme que vi antes da cirurgia. Confesso pra vocês que não estava dando muito nele não, minha irmã queria ver um filme e acabei achando esse no dramask, decidi baixar porque era comédia e acabei me surpreendendo muito.
A história gira em torno de Han Jae In, uma autora de romance policial que não consegue escrever nada há cinco anos e está sendo pressionada pelo seu editor a produzir alguma coisa. Sem contar que, além desse problema, Jae In é uma velha conhecida da polícia por seus telefonemas que sempre findam por ser alarmes falsos o que já a fez ser presa outras vezes. É graças a Seol Rock Hwan, seu melhor amigo de infância que é apaixonado por ela desde sempre, que ela não se mente em enrascadas piores.
Como tentativa de ajudar a amiga a escrever alguma coisa, ele sugere que ela fique por dentro de um caso de serial killer que vem assassinando mulheres pelo país e colocando os corpos dentro de malas de viagem. A coisa é que, além do talento de se meter em confusão, Jae In também tem uma memória fotográfica fora de série, se ela vir um rosto num cartaz vai se lembrar do nome do indivíduo e o rosto onde quer que o encontre. Isso acaba colocando ela na mira de um assaltante perigoso que está foragido.
Mas é apenas quando surge Jason, um sino-americano do FBI que aparentemente está na Coréia como consultor da polícia para esse serial killer, mas para Jae In ele é o principal suspeito de ser o assassino. Contudo, ela se encontra cada vez mais presa na teia do sedutor homem de quem seu melhor amigo não gosta nem um pouco. Os rumos dessa investigação podem acabar levando ambos a verdades que não vão querer descobrir.
O filme é bem engraçado, mas sem deixar de fora a tensão necessária para o tipo de enredo que propõe e ainda com a dose certa de romance. Se você é um expectador atento vai matar a charada bem na cara, até porque ele é um pouco óbvio, mas gostei muito de como as coisas rolaram e de como ele finalizou também. Bateu até aquela vontadezinha de espirar um pouco mais a vida dos protagonistas e ver como o livro da Jae In se desenrolou, super recomendado pra quem procura algo diferente pra ver.
Por enquanto é isso, gente. Eu ainda estou no terceiro dia de recuperação da primeira cirurgia então não posso fazer muita coisa ainda. Mas até agora tá indo tudo bem, então logo eu volto tudo ao normal. Abração!
Título Original: 镇魂街 Zhen Hun Jie Gênero: ação, drama, fantasia, comédia Ano: 2017 Episódios: 24 Elenco:
Jiro Wang - Cao Yan Bing
An Yue Xi -Xia Ling
Hou Ming Hao - Bai Jing Xuan
Liu Zhao Hong - Li Xuan Yuan
Sinopse: Xia Ling (An Yue Xi) é uma universitária recém formada que ainda está tentando arrumar um emprego. Quando ela recebe uma mensagem de texto sobre uma entrevista de emprego em uma empresa localizada na Rakshasa Street, ela parte rapidamente antes de parar para pensar sobre o quanto é estranho ter uma entrevista de emprego tão tarde da noite. Mas antes que tenha percebido, ela passou para uma dimensão transicional, o reino entre o mundo dos humanos e o inferno.
Os generais guardiões da Rakshasa Street são os irmãos Cao Yan Bing (Jiro Wang) e Cao Xuan Liang, que vêm de uma família de generais guardiões. Quem trouxe Xia Ling a esse lugar estranho aonde nenhum humano já tenha ido, e como ela sobreviverá?
“Rakshasa Street” é uma série chinesa de 2017. É baseada em uma série de manhua escrita e ilustrada por Xu Chen.
Olá, gente!
Terminei esse dorama ontem. Confesso que caí nele ha umas semanas meio de paraquedas e só decidi assistir porque ele era muito pequeno (cada episódio tem em torno de 25 min), vi o primeiro episódio e não parei mais, contudo, confesso pra vocês que não entendi a história direito.
Bom, Xia Lin é uma estagiária não muito bem vista na empresa em que trabalha, além de ter um chefe bem chato que vive pegando no sue pé. seus colegas vivem tentando lhe passar a perna. Um dia, ao acordar atrasada para o trabalho (depois de desligar os sete despertadores!) ela acaba topando com Cao Yan Bing um entregador que acaba perdendo a mercadoria que ela derruba no chão. Ao ir receber o extorno do seu prejuízo, ele acaba levando uma surra e o primeiro encontro dos dois não acaba nada bem.
Xia Lin acaba sofrendo um acidente de ônibus no qual é a única sobrevivente, acabando por enfrentar um grupo de criaturas estranhas, ela acaba sendo salva por Cao Yan Bing, que apaga suas memórias e a leva de volta para o mundo humano. Após isso, ela recebe uma videochamada estranha dizendo que apesar de ter escapado da morte, ela vai começar a ser perseguida pelo mal, pois não devia ter sobrevivido ao acidente. Então, a pessoa misteriosa dá-lhe instruções de ir à rua Rakshasa procurar por Cao Yan Bing (que ela não sabe que é o entregador), pois ele é o único que pode salvá-la.
Curiosa, a garota vai até a rua e se depara com um universo completamente novo. Ela acaba descobrindo que sua vida está nas mãos do entregador que ela acabara de espancar e imerge em um mundo de guardiões espirituais, perigos e uma guerra prestes a explodir. Cao Yan Bing lhe conta que apenas humanos com guardiões espirituais conseguem entrar na rua Rakshasa, assim, ela deve ter um guardião. Ele é o general da Rua Rakshasa, portanto a lei ali, autorizado a matar se preciso e responsável por manter a árvore de acácia japonesa viva. Contudo, no momento em que apenas Xia Lin e o irmão dele, Cao Xuan, estão em casa, a árvore é ataca e seu broto roubado.
Xia Lin acaba sendo carregada para junto da guerra na tentativa de impedir que as outras onze árvores sejam destruídas, mas precisa lidar com a indiferença de Cao Yan Bing que claramente não a quer por perto e com a frustração de seu espírito guardião não poder sair por mais que poucos segundos e, desse modo, quase não ser de ajuda. Conforme as coisas vão se complicando no aprendizado de se tornar mais forte, Cao Yan Bing começa a perceber que o mundo e a história que conheceu podem ter um passado muito mais sombrio do que qualquer um possa imaginar.
Te falar que muito da mitologia criada nessa história não consegui entender direito e pela extensão muito curta dos episódios a história acaba ficando com aquele ar fragmentado e não tem um final fechado. Pelo que pesquisei há um anime também, com o mesmo número de episódios, vou ver se assisto pra saber se há alguma coisa extra ou um final mais redondinho. No fim, posso dizer que achei o dorama razoável (mereceu meu nove), mas aquele vilão duas caras com uma risada mais irritante que aquele cara do The Room não me convenceu, achei ele apelão pacas e morreu tão fácil que quase não deu emoção. Ficaram muitas perguntas sem resposta, muita gente que podia ter feito alguma coisa e não fez nada, o programa de treinamento mais curto da história (e não explicou como Cao Yan Bing conseguiu aprender a respiração de guerreiro) além do zero progresso de Xia Lin nesse treinamento. A comédia foi bem fraquinha, mas as cenas de ação até que eram boas, não posso dizer que foi um dos Cdramas que mais curti, mas pra quem procura algo pequeno pra passar o tempo, ta aí uma boa indicação.
Autor: Arthur Conan Doyle País: Reino Unido Gênero: Romance policial Ano: 1902 Páginas: 290 (ed, ao lado)
Sinopse: O milionário inglês Sir Charles Baskerville é encontrado morto no pântano e um ataque cardíaco é a causa provável, mas há quem acredite que um cão-fantasma assombra a região, matando há gerações homens da família Baskerville. Sherlock Holmes e seu ajudante Watson são convocados para resolver o mistério. Escrito em 1902 por Sir Arthur Conan Doyle, o mais conhecido romance com o lendário detetive já inspirou cerca de vinte adaptações para o cinema.
Gente, as atualizações no blog podem ficar meio paradas, além de estar bem ocupada com a organização do meu PC, eu fiz uma cirurgia hoje para retirada dos temíveis "queiros" foram dois de uma vez e a cirurgia do direito foi um pouco complicada, então a recuperação é meio rígida, por isso há algumas coisas que não vou poder fazer para agilizar as postagens, como as aulas de chinês, por exemplo, uma vez que não posso ficar com a cabeça baixa muito tempo. A primeira semana é sempre a pior, medo dos pontos, de entrar qualquer coisa, de escovar, o inchaço, a dor... tudo isso é bem complicado. Por isso, peço paciência, tá? E por isso também a resenha não ficou muito longa, acabei terminando o livro meio as pressas na ansiedade da cirurgia e não consegui anotar muitas coisas, por isso fiz algo bem sucinto.
O cão dos Baskerville conta a história de uma
estranha maldição que assola essa família por causa da inescrupulosidade de
Hugo Baskerville. A culminância veio com a misteriosa morte de Charles
Baskerville — provavelmente de terror — e Sherlock Holmes se vê com um dos
casos mais difíceis de sua carreira até então. Watson é encarregado de
acompanhar Henry Baskerville, herdeiro da fortuna, até o solar onde o tio
morreu e onde ele residirá.
Enquanto Holmes permanece em Londres, as peças de um
confuso e misterioso quebra-cabeças é montada por sua mente brilhante. Um assassino
astuto, um cão infernal, a lógica no meio de uma trama com ares sobrenaturais.
Henry Baskerville se vê diante de um grande perigo com um assassinato
meticulosamente armado envolvendo um herdeiro desconhecido, uma senhorita com
identidade falsa e outra senhora com um passado complicado.
Confesso que esse livro me prendeu bem mais que Um Estudo em Vermelho, não apenas pela
complexidade do caso envolvido, mas pela forma como os acontecimentos se deram,
mesmo sabendo que Holmes encontraria uma lógica científica para tudo que
acontecera, o fato de existir mesmo
um cão, além de toda a engenhosidade com que o enredo foi programado, me deram
um delicioso deleite e belos momentos de pura tensão. Ao contrário dos livros
de Agatha, Doyle não nos dá muito espaço para “investigar” uma vez que Watson é
um narrador observador e nunca está totalmente inteirado dos planos do amigo,
ao passo que Hastings sempre está por dentro da engenhosidade de Poirot e, boa
parte das vezes, os narradores dos livros de Christie nos tornam parte da
investigação oferecendo pistas de todos os possíveis caminhos para o desfecho
mesmo quando o narrador é o próprio plot twist. Ainda assim, o método utilizado
por Holmes, a engenhosidade das tramas formadas por Doyle e a narrativa sólida
de Watson nos envolve de uma forma que apenas os clássicos são capazes.
Recomendo!
大家好!Gostaria de me desculpar pela ausência, as coisas andam meio loucas e descobri hoje que o DramaFever fechou, então meio que fiquei em choque... ando numa louca para garantir que meus doramas favoritos estejam salvos no pc porque temo que se as coisas piorarem, não teremos mais fansubs também (choremos), espero que não. Bem, começando com a Unidade V agora as coisas vão complicando um pouco mais e posso não ser tão explicativa quanto gostaria porque eu própria ando tendo dificuldades...
A palavra 有carrega o sentido de "ter", mas também é usado para expressar o verbo "haver". Para isso, usamos a estrutura:
LUGAR + 有 + ALGO
他的家有三个卧室。
Tā de jiā yǒusān gè wòshì.
Há três quartos na casa dele.
Vocabulário
卧室 (Wòshì)- dormitório; quarto
厨房 (chúfáng) - cozinha
卫生间 (wèishēngjiān) - banheiro
客厅 (kètīng)- sala de estar
Ideogramas
fáng - casa, quarto
shì - quarto; escritório
jiān - dentro de um espaço ou tempo definido; quarto
Título Original: 西游记女儿国 Xī yóu jì nǚ'ér guó lit. Viagem ao oeste, terra das mulheres Direção: Cheang Pou-soi Roteiro: Wen Ning País: Hong Kong | China Ano: 2018 Gênero: Ação, fantasia, aventura
Baseado em Journey to the West de Wu Cheng'en Elenco:
Aaron Kwok
Feng Shaofeng
Zhao Liying
Xiaoshenyang
Him Law
Sinopse: Ao continuar sua jornada épica para o Ocidente, o Rei Macaco e seus companheiros são levados em cativeiro pela Rainha de uma terra só de mulheres, que acredita que eles fazem parte de uma antiga profecia que anuncia a queda de seu reino. Com muita feitiçaria e um pouco de charme, os viajantes planejam um plano para fugir. Mas quando seus truques enfurecem o poderoso Deus do Rio, eles percebem que eles podem apenas causar a destruição predita – a menos que eles possam encontrar uma maneira de dominar sua ira.
Finalmente, depois de muito penar, consegui assistir esse filme graças a um carinha apaixonado que traduziu a legenda e pôs no youtube para a namorada dele! (Agradecemos, namorada!). Enquanto continua sua jornada para o oeste (que nunca foi tão longe!) em busca das escrituras sagradas, o monge e seus discípulos são atacados por um furioso espírito de um estreito por onde estavam passando. Na fuga, acabam sendo salvos ao atravessar um misterioso portal que os leva a uma terra desconhecida onde encontram uma jovem amazona na floresta. Enquanto buscam a saída daquele lugar, acabam sendo capturados por mulheres guerreiras e se descobrem no reino das mulheres onde ser homem por si só já é um crime.
Como a rainha das mulheres apaixona-se pelo monge, ela impede que eles sejam executados de imediato, pois quer saber mais sobre ele. Contudo, a magistrada do reino insiste na execução imediata uma vez que os homens são "venenosos" e um perigo para as mulheres. Fascinada pelo monge, a rainha decide ajudá-los a fugir e, para isso, precisam encontrar a parte faltante de um pergaminho que conta a história do reino das mulheres, mas foi arrancada do original, que se encontra no palácio. Contudo, conforme ambos se aproximam, não apenas os segredos do reino vão sendo revelados como o passado da própria magistrada ameaça vir à tona.
Acreditando proteger sua rainha, ela ordena que o monge seja lançado ao mar do desespero, contudo, não contava que o amor de sua jovem rainha protegida fosse grande ao ponto de jogar-se no barco e partir com ele. O monge precisa escolher entre a sua missão ou seu coração. Agora, Wukong precisará de todas as suas forças para salvar o seu mestre e o reino das mulheres da ameaça do espírito furioso das águas que vem ao seu encontro.
Achei o filme muito bom, não foi bem como esperava, mas tanto a carga cômica quanto a dramática foram muito bem estruturadas. Novamente ótimas atuações e, como era de se esperar, uma brecha para a continuação. A trilha sonora que já estava viciada caiu como luva na trama, super recomendo!
Título Original: รุ่นพี่ (Rùn phī̀)
Ano: 2016
Direção: Wisit Sasanatieng
País: Tailândia Gênero: Terror, romance, fantasia
Elenco: Jannine Weigel
Phongsakon Tosuwan
Sa-ad Piampongsan
Sinopse: Uma estudante que pode sentir o cheiro de fantasmas trabalha junto com um colega de classe morto para investigar um assassinato de 50 anos atrás.
Uma jovem estudante a quem chamam de Mon mora em um internato de freiras, pois sua tia, com meningite, está internada no hospital. Contudo, seu jeito taciturno e os trejeitos estranhos de falar sozinha, fazem com que a garota sofra intimidação por parte das outras alunas, contudo, Mon não se importa com o que falam a seu respeito. Ela acaba se tornando amiga de Ant, uma garota rica que também é excluída pelas outras alunas por terem inveja de sua condição social, por isso, espalham boatos de que ela é uma vadia.
Mon consegue sentir o cheiro dos fantasmas, mas não pode vê-los. Há alguns dias está sendo perseguida por um fantasma jovem acerca do assassinato de uma princesa há cinquenta anos. Inicialmente, Mon se recusa a ajudar, mas logo se vê presa à história complicada que envolve uma trama de abuso infantil, fraude e assassinatos. Enquanto investiga em busca de pistas e testemunhas ela acaba se apaixonando pelo fantasma que passou a ajudar e, sobretudo, de quem também busca descobrir a morte.
Esse filme me surpreendeu. Primeiro, porque é um filme de terror e vocês sabem que sou frouxa demais para ver esse tipo de filme hahaha, segundo porque o romance gótico, que sinceramente não esperava, atrelado a uma trama cheia de mistério e com uma mitologia de fantasmas bem particular, conseguem envolver a gente na trama sem desgrudar um minuto da tela até o desfecho. Sem contar que os efeitos especiais são muito bons e ele não tem cenas muito grotescas de modo que dá para assistir até os mais frouxos. Recomendo!
Título Original: ชัตเตอร์ กด ติด วิญญาณ (Chạttexr̒ kd tid wiỵỵāṇ) obturador
Sinopse: Thun, um jovem fotógrafo, e sua namorada Jane, atropelam acidentalmente uma pedestre. Eles fogem da cena do crime e retornam às suas vidas normais em Bangkok. A partir de então, Jane, passa a ser atormentada por estranhos pesadelos, enquanto que Thun, nota que em suas fotos aparecem estranhas figuras, parecidas com fantasmas. O casal decide investigar o fenômeno e encontra outras fotografias com imagens sobrenaturais. Paralelamente os melhores amigos de Thun, começam a morrer, um a um, de forma misteriosa.
Vi o trailer desse filme há uns três anos, acho, mas tinha medo de ser aqueles terrores gore que asiático adora fazer, então descartei. Depois que vi Senior, percebi que já estava meio vacinada com esse terror menos explícito e decidi procurar Shutter para ver, coisa que me deu um trabalhão! Gente, que filme difícil de achar! Vou deixar registrado logo que assisti Neste Site mesmo com a net não muito boa, o filme passou super bem, com uma qualidade boa apesar da época e sem parar.
A história é bem simples, inclusive, me remeteu muito a fatal frame por causa da câmera. Thun é um fotógrafo que começa a sofrer problemas ao revelar as fotos de formatura de uma amiga e cliente. Semanas antes, ele e a namorada Jane haviam atropelado uma jovem e fugido do local, mas não se soube de nenhum acidente ou morte na estrada onde o crime aconteceu o que intriga Jane deixando-a inquieta. Conforme as coisas com Thun começam a piorar, Jane passa a investigar e descobre que a jovem morta na verdade era Natre, uma ex-namorada de Thun na época da faculdade.
Quando os amigos de Thun se suicidam ele sabe que será o próximo, pois um deles, antes de se matar, foi até a casa dele em busca de algumas fotos que o fotógrafo provavelmente estava escondendo. O espírito de Natre se torna mais e mais violento enquanto Thun tenta escapar com vida da caçada por vingança. Jane, preocupada com o namorado, se esforça para cavar ainda mais fundo o passado da morta e do namorado até que um segredo terrível vai por em xeque a relação de ambos e, sobretudo, o futuro do fotógrafo.
Como falei, o filme é bem levinho, focado mais no terror psicológico mesmo. Sem cenas grotescas, mas ainda assim não menos assustador ou impactante que, pra mim, é o verdadeiro terror. Gostei muito do desenrolar da história e de como o quebra-cabeça foi montado, achei injusto o fotógrafo não morrer no final, mas dá a entender que ele ainda ia ter o que merecia. Assim como Senior, Shutter é um terror muito bom, bem montado e sem precisar apelar para tripas e desmembramentos, mas sendo assustador com elegância e eloquência. Recomendo!
Sinopse: Dr. Watson conhecera Sherlock Holmes a fim de dividir com ele um apartamento, para que pudessem dividir as despesas. Quase que instantaneamente, o doutor Watson percebera o ser genial que o cercava. Holmes demonstrava, através das suas atitudes, um senso dedutivo elevadíssimo e uma inteligência impressionante. O poder de ligação dos fatos que Holmes demonstrava fazia com que o seu novo companheiro de quarto ficasse bastante admirado. Foi uma questão de tempo até que o Dr. Watson se tornasse um fã incontestável e braço direito de Holmes.
Os agentes Lestrade e Gregson, da Scotland Yard, tinham um caso muito curioso em suas mãos. Um homem foi encontrado morto numa casa abandonada. Apesar de haver respingos de sangue na casa, o corpo não apresentava nenhum ferimento. Quase que imediatamente, o amador, mas muito competente Jefferson, contara toda a história, desde a tribo Mórmom ao assassinato de Stangerson. Lucy Ferrier era o nome da senhorita que fora o foco principal de todas as desavenças narradas. Simplesmente apreensiva a primeira investigação registrada de Sherlock Holmes e tudo girando em torno da flor de Utah, Lucy Ferrier.
Esse foi o primeiro livro de Sherlock Holmes que li, ainda na adolescência. Pegara emprestado com uma amiga de escola que havia comprado este e O Cão de Baskerville. Não lembro o que achei na época porque não costumava manter registro das minhas leituras e, revisitando-o esta semana, percebi que sequer me lembrava da história. Antes dele, já estava bem familiarizada com Poirot, personagem icônico de Agatha Christie, de modo que não creio ter me surpreendido em demasia com a trama de Doyle.
Em sua primeira aventura, Sherlock Holmes, um detetive consultor com manias bastante peculiares, conhece o doutor Watson, narrador da história e médico "aposentado" do Afeganistão após uma lesão séria no braço. Com a convivência no mesmo local, o médico acaba desenvolvendo uma curiosidade latente a respeito de seu companheiro, mas todas as suas tentativas de decifrá-lo se mostram infrutíferas. Até acontecer um assassinato.
Enoch Drebber é encontrado morto em uma casa vazia, apesar de ter sangue em volta, não há nenhum ferimento no corpo e a palavra rache (vingança em alemão) escrita com sangue na parede poderia ter levado o caso a caminhos políticos não fosse a intervenção do brilhante Holmes que, em um exame minucioso, logo de cara consegue deduzir noventa por cento do mistério.
Acompanhado do doutor Watson, Holmes embarca em uma aventura na caça do assassino sedento por vingança e envereda-se pelo seu passado em Utah, durante o 'reinado' dos mórmons, envolvendo uma bela jovem e um romance que terminara em tragédia.
A escrita de Doyle é bem detalhada e cheia de nuances e sutilezas estilísticas que tornam a leitura um pouco exigente às vezes, contudo, o mistério que circunda o caso não nos deixa parar de ler até sua conclusão. A apresentação de Sherlock Holmes não podia ser melhor, o modo de criação da personagem foi tão meticuloso que, enquanto imergimos na Londres do século XIX passamos a acreditar que tudo que foi escrito é um relato real. Como já era de esperar, esse primeiro (re)contado com a trama de Holmes me dá brecha de comparação com os casos criados por Christie para Poirot, mesmo que ambos os detetives sejam muito singulares em seus métodos, e talvez por meu ainda pouco costume com a literatura de Doyle, sinto que falta nos livros um pouco da aventura e do peso que os casos de Poirot normalmente tem. Porém, é indubitável que a sagacidade do método de dedução de Holmes tem seu apelo ao leitor deixando-nos fascinados já nas primeiras páginas.
Original: 神様はじめました lit. me tornei um deus ou começa a divindade
Direção e roteiro: Akitaro Daichi
Ano: 2012/2015
Temporadas: 2
Episódios: 25
Gênero: comédia, fantasia
Sinopse: Nanami Momozono se torna uma sem teto após seu pai fugir por causa de dívidas e cobradores lhe tirarem a casa. Ela, então, conhece Mikage, um estranho que estava sendo atacado por um cachorro e o salva. Como agradecimento ele lhe oferece sua moradia e Nanami acaba aceitando. Logo ela descobre que era um templo aparentemente abandonado. O que ela não sabia era que Mikage havia passado à ela a sua função de Deus da Terra, transformando a humana na nova deusa do templo. Ela tem que se adaptar à nova vida agora, e a parte mais dificil é ser aceita por Tomoe, seu familiar e cuidador do templo.
Olá de novo, pessoinhas!
Faz um tempinho já que havia começado a ver Kamisama, acho que terminei a primeira temporada ano passado se não me engano, mas por alguma razão acabei deixando de lado. Assim, quando fiz a meta de animes no meu bullet journal desse ano coloquei o anime para rever a primeira temporada e assistir a segunda.
Kamisama Hajimemashita conta a história de Nanami, uma colegial que se vê na rua após ser despejada por causa das dívidas do pai, um viciado em jogos. A mãe morrera quando ela era criança e, desde então, ela tem sobrevivido sozinha uma vez que o pai dela é imprestável. Enquanto perambula sem rumo pelas ruas, ela acaba ouvindo um pedido de socorro. Ao se aproximar descobre um homem sobre uma árvore enquanto um cachorrinho late furioso embaixo. Nanami afugenta o cachorrinho e recebe a gratidão do estranho que é, na verdade, uma divindade da terra. Ele diz a ela que pode ficar com a sua casa e lhe escreve um garranchado mapa com o endereço.
Ao chegar ao local indicado, Nanami descobre que é um templo e, desanimada, acredita que foi passada para trás pelo estranho, até ser abordada por três criaturas estranhas, duas crianças e um youkai raposa que são os servidores de Mikage, o estranho que ela ajudara e que lhe passara seu selo de divindade. Assim, Nanami se vê como a nova divindade do templo mesmo sendo uma humana comum sem qualquer tipo de poder. Sem contar na total desaprovação de Tomoe, o servo principal do templo e mensageiro divino de Mikage que não a aceita como sua nova superior.
Em um momento de perigo, Nanami acaba selando um contrato com Tomoe através de um beijo o que o obriga a protegê-la. Mesmo que pareça improvável, com o passar do tempo os sentimentos da menina vão se modificando para um amor que lhe oprime o peito principalmente por saber que é impossível ser retribuída. Assim, como nova divindade do templo, Nanami começa sua jornada no aprendizado de ser uma deusa e nos desafios que esse cargo lhe exige enquanto estreita sua relação com a raposa mal humorada e faz novos amigos.
Confesso que o anime não foi bem o que eu esperava. Não sei, achei a comédia meio fraca e a história, na segunda temporada, acabou seguindo um rumo que não me empolgou muito. Claro que não estou dizendo que o anime é ruim, de forma alguma, apenas não funcionou comigo. Não é um daqueles animes que eu veria mais de uma vez como Gosick e Kimi ni Todoke. Ainda assim, acho válido pra quem curte o gênero, dá pra ser um bom passatempo.
Como a tag chinês tá muito atrasada porque estou passando por um momento ruim, decidi trazer uma espécie de post especial para cá, na tentativa de suprir um pouco a necessidade e proporcionar um aprendizado mais descontraído. Como vocês sabem, o último drama que vi foi Ten Miles of Peach Blossoms que resultou naquela resenha gigantesca, estou priorizando os dramas chineses porque além de serem uma ótima maneira de interagir com a língua, são excelentes para aprendermos coisas sobre ela e sobre a cultura do país. Ten Miles me ensinou algumas frases e palavras que podem ser bastante úteis no dia a dia, principalmente porque as meninas do DramasK que legendaram o drama deixaram a hardsub (legenda em mandarim) em tela, algumas frases não dá pra ler, infelizmente, mas a maioria não fica oculta pela legenda em português. Não posso dizer que mandarim foi usado, se o tradicional ou o simplificado, embora acredite que seja o simplificado, contudo, por ser um drama de fantasia e, por isso, também histórico, a linguagem utilizada é a culta o que muitas vezes na legenda é simplificado. Vamos aprender?
1. 你别过来!
Quando Ye Hua vai tirar os olhos de Su Su (se não me engano no capítulo 23 ou 24) ela diz essa frase, dois dos ideogramas nós já vimos, vamos ver agora o que ela significa.
你 (ni3) como nós já conhecemos, significa você.
别过 (biéguò) quer dizer não. E é formado por dois ideogramas 别 que significa deixar, separar, classificar, distinguir, outro, algum, não, não deve e também pode ser um sobrenome. E 过 que pode ser um marcador de ação exprienciada, mas também significa atravessar, cruzar, passar (tempo), passar por cima, celebrar (um feriado), viver, excessivamente.
来 (lái) como já vimos, significa vir.
你别过来 então, seria o equivalente em português a não se aproxime.
2. 对不对
Outra expressão bastante útil que aparece também no filme é 对不对, usa aquela técnica de repetição com 不 que já aprendemos para deixar a frase mais fluida e para enfatizar uma questão. É formada por dois ideogramas:
对 - (duì) que significa certo
不 - (Bù) que significa não e nós já aprendemos antes.
对不对, assim, seria o que em inglês chama-se question tag. O nosso "não é?" Podendo se adequar a frase em questão como certo? Não é mesmo? Não é verdade?
3. 放肆
Essa se repete muito ao longo do drama! Inclusive, foi uma das primeiras palavras que, lá pelo episódio 21, eu já havia memorizado. É formada de dois ideogramas:
放 (fáng) - que significa liberar / deixar ir / colocar / colocar / deixar sair / disparar (fogos de artifício)
肆 (sì) que significa, basicamente, desenfreado.
Assim, 放肆 seria algo como atrevido, insolente, arrogante, presunçoso também funcionando como não me toque num determinado contexto.
4. 哪儿
Essa é uma variação coloquial, mas achei bacana colocar aqui. 哪儿 (Nǎr) é uma variante da palavra interrogativa 哪里 que nós já estudamos. No capítulo 26, quando Ye Hua vai procurar Su Su no seu quarto bem no momento que ela está perto de se jogar do terraço Zhuxian ele faz a seguinte pergunta: 你在哪儿? Onde você está? No uso diário da lingua, é uma expressão bem útil. Esse 儿 (ér) de filho aparentemente funciona como uso coloquial em algumas palavras, já vi com meiguanxi que é "tudo bem" e fica meixir.
5. 告诉
Esse é outro verbo que já tinha ouvido antes, mas só vim prestar atenção de verdade nesse dorama. Ainda no capítulo 26, Su Su, antes de pular, diz 速进告诉我。。。 Su Jin gao su wo... "Su Jin me disse..." 告诉 é exatamente isso, o verbo contar/dizer é formado a partir de dois ideogramas:
告 (gào) que significa contar, dizer, informar
诉 (sù) que significa reclamar, processar, dizer
6. 不错
Essa é outra expressãozinha que se repete muito ao longo do drama. E também é bastante útil. é formada, novamente, pelo advérbio de negação 不 (bù) e 错 (cuò) que, simplificando, significa errado, de acordo com o dicionário, ele pode ser erro, ruim, complexo, interligado, moer / polir / alternar / escalonar / perder / deixar escapar / evadir / incrustar com ouro ou prata tudo de acordo com o contexto, claro. Mas, de forma simplista, podemos dizer que significa errado. Desse modo, a expressão 不错 em português é isso mesmo, está certo, correto, exatamente.
7. 是吗?
Ye Hua é quem mais fala essa expressão interrogativa. Nós já estudamos ambos os caracteres, de modo que vocês sabem que o primeiro é o verbo SER e o segundo é a partícula interrogativa MA. Essa expressãozinha é adaptável ao contexto e, poder-se-ia dizer que também funciona como uma question tag. Em português seria o equivalente a é mesmo? Eu vou? Está? dependendo do que foi dito antes. Por exemplo:
[Empregado] Alteza, estão dizendo que a carruagem de Su Jin está se aproximando.
[Ye Hua] 是吗?(É mesmo?)
[Ye Hua] Estou indo para Qinqiu agora
[3º príncipe] Agora? Esqueceu que vai se casar com Su Jin hoje?
[Ye Hua] 是吗?我还真忘了。(Eu vou? Eu me esqueci.)
Essa segunda expressão 我还真忘了 (Wǒ hái zhēn wàngle) está no passado como já vimos com o uso de 了 para expressar ação concluída. Além disso, temos aí o verbo 真 (zhēn) que também já estudamos e significa verdadeiramente e 忘 (wàn) que é o verbo esquecer. Além de 还 (hái) que quer dizer ainda. Ao pé da letra seria dizer Eu realmente esqueci. Mas pode-se tirar o advérbio e encurtar a sentença na tradução.
8. 那就好
A última expressão de hoje é dita por Bai Qian como Su Su ainda no episódio 25 se bem me lembro. Ela diz a Ye Hua que teme ser caçoada na cerimônia de casamento porque, por estar cega, não vai conseguir ver a execução correta dos rituais. Ele diz que ninguém se atreveria a isso, pois ela tem a ele e, em resposta, ela responde 那就好 (Nà jiù hǎo) nessa expressãozinha, nós temos o ideograma 那 que já estudamos e significa que, qual; e temos também 好 um dos primeiros estudados que significa bom, boa, bem. De novidade, vem o ideograma 就(jiù) que, dentre seus muitos significados, pode ser de uma vez / imediatamente / apenas / apenas (ênfase) / tão cedo quanto / já / assim que / então / nesse caso.
Assim, como expressão inteira, 那就好 seria, em português, isso é bom; que bom.
Claro que há várias outras palavras e expressões no drama (são 58 episódios, né?), mas esses foram os que aprendi. Além de super indicar esse drama, indico muito que vejam mais programas chineses para imergir no idioma e aprender outras frases ou palavras. Gostaram? Espero que sim. Se já viu o drama e aprendeu alguma expressão ou palavra que não tá aqui, comenta aí! Grande abraço e obrigada por acompanhar meu blog!
publicação: 30 de janeiro de 2013 Autor: Graeme Simsion páginas: 304
Sinopse: Para se ter a vida de Don Tillman, não é preciso muito esforço. Às terças-feiras come-se lagosta com salada de wasabi (seguindo um roteiro com refeições padronizadas que evitam o desperdício de ingredientes e de tempo no preparo); todos os compromissos são executados de acordo com o cronograma – alguns minutos reservados para a prática do aikido e do caratê antes de dormir; uma hora para limpar o banheiro; três dias da semana reservados para suas idas à feira – e se, apesar dessa programação, algum desagradável contratempo surgir em sua rotina, não há nada que não possa ser solucionado com meia hora de pesquisa científica.
Exceto as mulheres.
Até o momento, a única coisa não esclarecida pelos estudos no campo de atuação de Don, a genética, é o motivo para sua incapacidade de arrumar uma esposa. Uma namorada ao menos? Ou até mesmo uma amiga para somar ao seleto grupo de amigos de Don, formado por Gene, também professor na universidade, e a mulher dele, Claudia, psicóloga e esposa muito compreensiva.
Para solucionar esse problema do modo mais eficaz, Don desenvolve o Projeto Esposa, um questionário meticuloso que irá ajudá-lo a filtrar candidatas inadequadas a seu estilo de vida: fumantes JAMAIS, e mulheres que se atrasam por mais de cinco minutos ou que usam muita maquiagem estão fora dos critérios pouco flexíveis que o levarão à mulher ideal.
O único problema é que um questionário desse tipo exige tempo e dedicação, duas coisas que começaram a diminuir exponencialmente no cotidiano de Don desde que ele conheceu Rosie: fumante, vegetariana e incapaz de chegar na hora marcada. Ou esse era o único problema até Rosie entrar na vida de Don e – despretensiosamente, uma vez que ela nunca se candidatou ao Projeto Esposa – mostrá-lo que a mulher ideal não existe, mas o amor, sim.
"Os seres humanos muitas vezes deixam de enxergar o que está perto deles e que parece óbvio para os demais."
Conheci esse livro quando ainda acompanhava o canal do Bruno Miranda e ele recomendou tanto que fiquei com vontade de ler. Algum tempo depois peguei o ebook e coloquei no celular, mas até então não tinha pego para ler. Finalmente esse ano minha irmã comprou um após certa insistência minha e, por ter concluído a meta de leitura em Agosto, decidi por mais livros e o incluí nesta.
A história gira em torno de Don Tillman, um geneticista meticuloso e insensível que criou um projeto para encontrar uma potencial parceira para se casar e, como diz ele, "reproduzir". Contudo, sua limitação em relações sociais lhe impede de ter uma interação eficiente não somente com mulheres (mas principalmente com elas). Embora não especifique com clareza, deixa a entender que Don tem alguma doença do espectro do autismo de modo leve a moderado. Ele é professor numa universidade conceituada da Austrália e só tem dois amigos, Gene e Cláudia, um casal de psicólogos que tem dois filhos e vive um relacionamento "aberto" mais por parte dele que por ela.
Gene e Cláudia estão tentando ajudá-lo com o projeto esposa e, por Gene, Don acaba conhecendo Rosie, uma garota excêntrica completamente inadequada para as rígidas exigências do geneticista do que seria uma parceira ideal, contudo, há algo em Rosie que mexe com Don, mesmo que ele não perceba isso logo de cara. Rosie está a procura do seu pai biológico e, como geneticista, ele se propõe a ajudá-la fazendo a testagem de todos os médicos com quem a mãe dela pode ter dormido na festa de formatura da universidade.
Começa então uma aventura pela "captura" de material para a testagem que vai bagunçar a vida certinha e cronometrada de Don em um verdadeiro caos de diversão e imprevisões. Com o passar do tempo e dessa aventura, ele acaba conhecendo Rosie melhor e, sobretudo, conhecendo a si mesmo numa mistura emocionante e divertida da descoberta do primeiro amor e do reconhecimento e autoaceitação das próprias limitações.
Achei o livro muito fofo, engraçado até, conseguiu me tirar umas risadas. Talvez por usar de um humor mais intelectual e até mesmo científico a gente poderia dizer, pode não agradar a todo mundo, mas achei a história no geral bem contada e a narrativa tão leve apesar da abordagem mais metódica e científica do geneticista, é um bom livro pra passar o tempo, descobrir algumas coisas interessantes e aliviar um pouco qualquer tensão ou pensamento ruim que se possa ter. Indico.
"Por que nos focamos em certas coisas em detrimento de outras? Estamos dispostos a arriscar nossas idas para salvar alguém de um afogamento e, no entanto, não fazemos a doação que poderia salvar dúzias de crianças da fome. Instalamos painéis solares quando seu impacto na redução das emissões de gás carbônico é mínimo - e que na verdade pode até exercer um impacto negativo no ambiente, lse levarmos em consideração a fabricação e instalação - em vez de contribuir para projetos de infraestrutura mais eficientes." (p. 113)
Título Original: 三生三世十里桃花 (Sān shēng sānshì shílǐ táohuā) Three Lives Three Worlds, Ten Miles of Peach Blossoms
Gênero: Fantasia, xianxia, romance
Baseado no romance de TangQi GongZi
Direção: Lin Yufen, Yu Cuihua, Ren Haitao
País: China
Episódios: 58
Elenco: Yang Mi, Mark Zhao, Dilraba Dilmurat, Vengo Gao, Huang Mengying, Zhu Xudan, Vin Zhang.
Nota: *****
Sinopse: Após uma devastadora guerra, a tribo imortal pagou um alto preço para selar o Lorde Fantasma. 70.000 mil anos depois, na tentativa de selar novamente o Lorde Fantasma que estava prestes a se libertar, Bai Qian (Yang Mi), que milhares anos de atrás foi discípula Mo Yuan da montanha Kulun, acaba sendo enviada para o reino Mortal e esquece o seu passado como deusa. No reino mortal, Bai Qian vive uma vida tranquila como Su Su e acaba conhecendo Ye Hua (Mark Zhao), príncipe herdeiro dos Nove Céus.
Gente, se prepara que essa resenha vai ser enorme! Eu ia separar em duas partes, mas desisti. Espero que vocês gostem mesmo de ler hahaha. Tentei não dar nenhum spoiler, citei acontecimentos corriqueiros da trama, mas omiti muitos detalhes, então, não acredito que tenha contado nada que estrague para quem vai assistir. O drama é dividido, basicamente, em três arcos.
Ten
Miles of Peach Blossoms — Resenha
三生三世十里桃花
1º Arco
Há muitos anos, o lorde celestial afundou no caos e
uma grande guerra aconteceu devastando todo o mundo. Dela, apenas alguns
descendentes de tribos celestiais conseguiram sobreviver e instauraram, assim,
os reinos da Fênix, das raposas de sete caudas e do reino celestial. Bai Qian é
a filha mais jovem e única menina do rei de Qinqiu, a tribo das raposas de nove
caudas, por seu comportamento intempestivo, ela é mandada por Zhe Yuan, o
descendente da Fênix, para a montanha Kulun, onde reside Mo Yuan, o deus da
guerra. Para que ela seja aceita lá, ele a disfarça de menino e lhe dá o nome
de Si Yin.
O deus Mo Yuan descobre de cara que ela é uma
menina, mas por ter sido a única entre seus aprendizes a conseguir pegar o
leque da pureza de Kulun, demonstrando assim seu enorme poder, ele a aceita
como aprendiz guardando seu segredo dos demais. Apesar de inescrupulosa, Bai
Qian/Si Yin é muito leal ao seu mestre, mesmo lhe causando problemas demonstra
carinho e dedicação a ele que lhe retribui com igual dedicação, inclusive,
favoritando-a acima dos demais. A fama do discípulo mimado pelo grande deus da
guerra começa a se espalhar e o lorde celestial fica intrigado pelo estranho
favorito de seu filho.
Quando foge junto de um dos discípulos para ver sua
sobrinha recém-nascida, Feng Jiu, Bai Qian/Si Yin é capturada pela tribo
fantasma. O rei da tribo fantasma há muito deseja um motivo para se rebelar
contra o reino celestial, por ganância no desejo de dominar os nove reinos. Desse
modo, captura os discípulos de Mo Yuan para incitá-lo a lutar e, com isso, uma
guerra seria travada. Porém, tudo se complica quando Li Jing, o segundo filho
do lorde fantasma, se apaixona por Si Yin ao descobrir que ela é uma mulher,
ainda que não conheça sua identidade como princesa de Qinqiu. Ele declara seu
amor a ela e a segue até a montanha Kulun, ficando escondido lá com a ajuda
dela.
Porém o amor dos dois é atrapalhado por Xuan Nu, a
prima de Bai Qian que escondera-se na montanha a pedido de Bai Zhen, irmão de
Bai Qian, para fugir de um casamento indesejado. Ela vê em Li Jing a chance de
se tornar uma princesa e, sabendo dos sentimentos dele por Si Yin, instiga-o
contra ela afirmando que a mesma está apaixonada por Mo Yuan e que não há
possibilidade de uma relação entre um membro da tribo fantasma e um imortal da
tribo celestial. Devastada com a traição, Si Yin refugia-se na adega e é
consolada por seu mestre.
Às vésperas da guerra, Xuan Nu consegue o casamento
com Li Jing mesmo sabendo que ele não sente nada por ela e, ao ofertar-se para
roubar a estratégia de Mo Yuan para a guerra, ela recebe dele o mais profundo
desprezo. Conseguindo o que quer, Xuan Nu envia Mo Yuan e seus homens para um
destino sem volta. O maior perigo da guerra está no sino do imperador leste, um
artefato poderosíssimo com força para destruir o céu e a terra. No passado,
depois da grande guerra, o artefato foi oferecido à tribo fantasma como uma
oferta de paz que durou até o Qing Cang, o atual lorde, desejar dominar o
mundo. Apenas os líderes de cada tribo podem selar o sino e o próprio Mo Yuan
que foi quem o criou.
Vendo que não havia alternativa, Mo Yuan acaba
selando Qing Cang dentro do sino e se sacrifica para fechar o poder do artefato
e salvar o mundo, partindo assim sua alma em milhões de pedaços para a agonia
mortal de Bai Qian que fica devastada com a perda. A guerra tem um fim e a
tribo fantasma é subjugada. Com a “morte” do deus da guerra, a montanha Kulun
fica sem seu mestre e Li Jing é nomeado novo lorde fantasma para evitar uma
nova guerra que aconteceria se seu irmão mais velho assumisse o trono. Bai Qian
rouba o corpo de Mo Yuan e foge com ele para Qinqiu, mesmo ferida, ela cede a
ele o sangue do seu coração, apunhalando-se várias vezes, para preservar o
corpo.
Por sorte, ela é encontrada a tempo pelos pais e Bai
Zhen, que com a ajuda de Zhe Yuan conseguem salvá-la antes que morra. Assim,
com a sua volta na verdadeira identidade, ela se torna uma deusa maior e rainha
do reino norte de Qinqiu. Com a morte de Mo Yuan nasce o primeiro neto do lorde
celestial, Ye Hua, graças a um lótus dourado mantido em Kulun para florescer
pelo deus da guerra e cuidado por Bai Qian durante sua estadia lá.
70 mil anos se passam e Bai Qian se prepara para
selar Qing Cang no sino outra vez, impedindo que ele saia e coloque o sacrifício
do seu mestre por água a baixo, mas ela falha em fazê-lo e ele acaba lhe
mandando para o reino mortal, bloqueando todos os seus poderes e memória. Entra
então a segunda fase do dorama.
2º Arco
A guerra contra a tribo fantasma culminou na morte
de um clã inteiro e apenas uma menina conseguiu escapar, Su Jin, que foi
entregue ao lorde celestial para ser criada e, por sua perda, recebeu o título
de princesa, sendo educada pela esposa do príncipe mais velho. Ela cresceu ao
lado de Ye Hua, tenho já vinte mil anos quando o pequeno príncipe herdeiro
nasceu e, durante toda a vida, alimentou um sentimento por ele que nunca foi
correspondido.
Ye Hua, como príncipe herdeiro e futuro governante
dos nove céus, foi tirado da mãe pelo lorde celestial quando ainda tinha dias
de vida, ele precisava ser educado para se tornar um governante “sábio”, que
não levasse suas emoções em conta e pensasse apenas racionalmente. O resultado
disso foi um jovem dotado de extraordinária força e habilidade, mas apático. Ye
Hua esconde seus sentimentos e nunca diz o que pensa, cumpre as ordens que o
lorde celestial lhe dá sem pestanejar e, mesmo diante das investidas de Su Jin,
sempre a trata com indiferença, pois a vê como uma tia e não uma mulher.
Enquanto isso, em Qinqiu, o segundo príncipe do
reino celestial, prometido em casamento para Bai Qian, enfrenta o pai para se
casar com a criada dela, um espírito de cobra que fora salvo por Si Yin quando
partiu da montanha Kulun. Enfurecido, o lorde celestial ordena a morte dos
dois, mas é salvo por Zhe Yuan e o terceiro príncipe que arquitetam o casamento
de Bai Qian com Ye Hua. O príncipe herdeiro aceita o acordo para desespero de
Su Jin. O segundo príncipe é então poupado e rebaixado, sendo exilado para o
mar do norte.
Bai Qian, sem memória, acorda em uma floresta no
reino mortal, diante de uma casa rústica que acaba pensando ser sua e ao lado
do leque da pureza Kulun. Ela se estabelece naquele lugar. Ye Hua, que fora
ordenado pelo lorde celestial a ir matar o tigre dourado — um ex servidor de
Qing Cang — mas acaba ferido no meio da luta ao se transformar em dragão,
refugia-se numa montanha onde é encontrado por Bai Qian que o confunde com uma
cobra preta e o leva para a cabana a fim de cuidar dele. Ye Hua se intriga ao
descobrir que ela tem o leque da pureza de Kulun, artefato que pertencia a Si
Yin e, apesar de sua condição, sente-se afeiçoado pela mortal.
De volta ao reino celestial, ele precisa deixar
claro para Su Jin que não tem qualquer sentimento por ela e escolhe voltar ao
reino mortal para ficar com Bai Qian sem saber que ela é sua noiva prometida.
Ele sela a montanha para que ninguém no reino celestial descubra sua vida como
mortal. Mas o lorde celestial descobre quando Bai Qian, a quem Ye Hua batizou
de Su Su, fica grávida dele. Ela é forçada a ir para o reino celestial até ter
a criança e, depois, teria suas memórias apagadas e retornaria a terra.Contudo,
Su Jin, que armou várias maldades contra ela para ser nomeada consorte de Ye
Hua, acusa Su Su de tê-la empurrado do terraço Zhu Xian e, por causa dos
ferimentos, ficara cega. Obrigado a tirar os olhos da amada, Ye Hua nutre um
desprezo ainda mais profundo por Su Jin.
Quando finalmente dá a luz, cansada e magoada diante
de tudo que passara no reino celestial, Su Su se joga do terraço Zhu Xian e
morre, voltando assim a ser a deusa maior Bai Qian esquecendo-se de Ye Hua e de
todo o tempo que passara como humana, principalmente o seu filho que tivera que
deixado no palácio celestial. Desesperado para salvar sua amada, Ye Hua acaba
mergulhando com ela no terraço e tem sua alma partida — assim como o coração! —
ficando inconsciente. Aproveitando a oportunidade, Su Jin se vê com seu
casamento consolidado quando o rei celestial lhe pede a lâmpada recolhedora de
almas que pertencia ao seu clã. Ela a pega do túmulo da mãe e pede ao rei que
lhe conceda o casamento com Ye Hua como ele havia prometido antes, no momento
que ela lhe prometeu que mataria Su Su.
A lâmpada funciona e Ye Hua volta à vida, mas seu
desprezo por ela está ainda maior. Enquanto isso, Bai Qian é ajudada por Zhe
Yan que lhe encontra muito ferida no bosque de mil milhas de pessegueiros, ela
lhe pede o remédio que faz com que se esqueçam lembranças dolorosas determinada
a seguir com a sua vida como deusa maior sem a dor do que sofreu no reino
celestial com Ye Hua.
Nesse ponto, tem-se início o terceiro arco do
dorama.
3º Arco
Devastado pela perda de Su Su, Ye Hua, se vê sozinho
com o filho e as memórias de sua amada, ainda se vê obrigado a casar com Su
Jin, imposição dada por ela ao ceder a lâmpada recolhedora de almas.
Entretanto, agora que é príncipe herdeiro legítimo após o recebimento do selo,
sabe que nem mesmo o rei celestial pode contestar suas decisões ou ações, pois
Ye Hua é oficialmente o governante dos nove céus, por isso, ele humilha Su Jin
apunhalando-a com a espada no dia do casamento e deixando-a prostrada às portas
de Xiwu, sua residência (uma das minhas cenas favoritas, por sinal hahaha).
Em um banquete no reino do mar, Bai Qian encontra Ye
Hua. Ele lhe confunde com Su Su (por razões óbvias), mas ela por ter bebido a
poção da amnésia, não lembra quem ele é ou tudo que viveu com ele. Também entra
em cena A-Li, o filho dos dois que reconhece Bai Qian assim que a vê,
chamando-a de mãe e com seu jeitinho adorável, impedindo que ela tenha muito
espaço para se desvencilhar dele e do seu belíssimo pai. Ye Hua está mais que
desconfiado do fato de Bai Qian ser, na verdade, Su Su, ele queimou a lâmpada
recolhedora de almas por 300 anos esperando fazê-la renascer, quando encontra
Bai Qian, sua noiva, descobre nela não apenas trejeitos de sua esposa mortal,
mas a marca de fogo carmim que ela teve no incêndio do reino celestial.
Quando consegue um lenço dela por acaso, ele queima
na lâmpada e a chama brilha em verde, mesma cor que brilhou quando ele queimou
as roupas de Su Su, assim, ele tem a confirmação que, na verdade, a deusa maior
é sua esposa mortal e a mãe de A-Li, mas ainda não sabe como ela se tornara
mortal e nem mesmo porque o esquecera. Enquanto isso, Fenjiu, a sobrinha de Bai
Qian, é enviada para o reino mortal a fim de pagar sua dívida com Dong Hua
Dijun, que também fora para lá a fim de ter seu julgamento celestial. Ela entra
na pele de uma de suas esposas, a menos requisitada e, com a ajuda de seus
poderes, tentará vencer as demais para alcançar o coração de pedra do deus
misterioso. Ye Hua, ao descobrir que Bai Qian é sua esposa mortal, muda-se
provisoriamente para Qinqiu, a fim de descobrir a resposta para suas perguntas
e reconquistar o coração da sua amada.
Su Jin, no entanto, não fica nada feliz ao saber que
Ye Hua está residindo em Qinqiu e decide armar uma cilada para mantê-lo no
reino celestial, acusando o filho do ex-noivo de Bai Qian, o segundo príncipe,
de tentar molestá-la. O que ela não esperava era que Ye Hua não fosse acreditar
na farsa dela e ainda a humilhasse de novo. Com a condenação do filho, a ex
serva de Bai Qian vai implorar a ela que o ajude e a deusa maior concorda dando
por finda a relação mestre e serva que as duas tinham e desvinculando a mulher
de Qinqiu. Assim, com a ajuda de Ye Hua, ela vai para o reino mortal impedir
que o garoto tenha um destino trágico. O que ela não contava era que iria
interferir justamente na vida mortal de Dong Hua Dijun e sua sobrinha Bai
Fenjiu, aproximando os dois e fazendo com que os planos de Si Ming, o deus do
destino, fossem cumpridos.
Enquanto está na terra, Xuan Nu usa a aparência de
Bai Qian para entrar em Qinqiu e sequestrar o corpo de Mo Yuan e o filho de Ye
Hua com a deusa. Quando volta para casa, furiosa ao descobrir, ela vai para
Ziming atrás do mestre e do filho, ficando muito ferida na batalha contra os
soldados do reino fantasma. Por sorte, Mi Gu havia ido atrás de Ye Hua que
chega bem a tempo de ajudar a esposa e condena Xuan Nu, já louca, a ser
esquartejada e esfolada para aplacar sua ira, do contrário, o reino celestial
declararia guerra contra o reino fantasma. Li Jing descobre a verdade sobre a esposa
e como ela usou a aparência de Bai Qian para seduzi-lo, assim, manda prendê-la
para marcar o dia de matá-la. O que ele não contava é que ela se aliaria ao seu
irmão para se vingar.
De volta a Qinqiu, com o corpo de Mo Yuan a salvo e
A-Ling também, Bai Qian é tratada por Ye Hua que começa a acreditar que ela
esqueceu dele por estar apaixonada pelo mestre. Ciente de toda a verdade sobre
ela ser Si Yin e ter alimentado o corpo de Mo Yuan durante todo esse tempo com
o sangue do seu coração para preservá-lo, ele confirma com Zhe Yan que ela é Su
Su e faz os planos para leva-la de volta para o reino celestial uma vez que ela
se feriu na luta contra os guardas do reino fantasma. Na verdade, ele tinha a
esperança que ela lembrasse de alguma coisa quando revisse os lugares onde
esteve como mortal, mas se decepciona quando não acontece.
Zhe Yan descobre que o espírito de Mo Yuan está se
recuperando no corpo de um dos príncipes do Mar do Oeste, ele conta a Ye Hua
que, depois de enfrentar Bai Qian mais de duas vezes por se sentir frustrado na
indiferença dela com seus sentimentos, decide ceder ao seu amor imenso por ela
e perguntar se existe algum modo de fazer Mo Yuan acordar mais depressa porque
é o que Bai Qian mais deseja. Novamente, seu coração se parte quando ela decide
ir embora de volta para seu mestre. Xuan Nu que conseguiu fugir da prisão e
matou o irmão mais velho de Li Jing para dar poder ao pai deles, vai para o
reino mortal atrás da irmã mais nova, mas é impedido de matá-la por um dos
discípulos de Mo Yuan que está com ela. Bai Fenjiu e Dijun enfrentam a
aproximação do final de seu julgamento mortal e a princesa de Qinqiu reluta em
quebrar o coração do amado sabendo que, ao voltar ao reino imortal, ele lhe
será indiferente.
Ye Hua dá a Bai Qian a lâmpada recolhedora de almas
para coletar o fragmento da alma de Mo Yuan que está no príncipe do norte, ele
passa a noite com ela e fragmentos da memória da vida de mortal vêm à mente da
deusa embora ela não se reconheça nela. Sabendo que a amada está disposta a enfrentar
as quatro bestas para conseguir a erva fungosa, Ye Hua parte sozinho após
conseguir aprovação do rei celestial para conseguir a erva e destruir a
remanescente. Ignorante quanto aos sentimentos de Bai Qian por ele, informa
que, caso algo lhe aconteça, ela não pode se aproximar do filho. Ele parte para
lutar contra as quatro bestas e, a chegar, encontra Xuan Nu e o lorde fantasma
lutando, por causa dela (essa vagabunda falsa, louca e hipócrita que já devia
estar morta há eras) ele acaba perdendo o braço na luta (tô furiosa até agora),
mas consegue seu propósito e, usando quase toda a sua energia, ele faz o elixir
para Bai Qian e pede a Zhe Yuan que entregue sem dizer nada a ela. Xuan Nu
morre (não com todo o sofrimento que merecia, mas felizmente morre) e a irmã de
Li Jing implora a Ye Hua uma lâmina da erva para salvar a criança.
Por sorte, Bai Qian (a deusa lacradora dos nove
céus) é esperta o bastante para descobrir que o amado se sacrificou por sua
felicidade e decide ir até ele. Os dois passam a noite juntos e ela conta a ele
(finalmente) que o ama. Ainda assim, Ye Hua esconde dela que, quando Mo Yuan
acordar, o selo do sino do imperador será rompido e Qing Cang ficará livre para
destruir o mundo. Ele manda alguém vigiar o sino e informa-lo secretamente
quando alguma atividade acontecer para evitar que Bai Qian se arrisque
novamente. Os preparativos para o casamento começam, mas o pai de Ye Hua (esse
velho estraga festa) diz que o filho, por ter matado as quatro bestas, precisa
passar por um julgamento no mundo mortal (porque perder o braço e quase morrer
não é punição suficiente! Desnecessário isso, apenas!).
Mo Yuan finalmente acorda e volta para a montanha
Kulun com Bai Qian, Bai Zhen o quarto irmão dela e Zhe Yan. Ele acaba
descobrindo que a discípula está prometida a Ye Hua e ao que parece a notícia
não lhe caiu bem (meu coração tá partido, na boa), Bai Qian percebe que ele a
está tratando de maneira mais distante. Ele conta a sua real relação com Ye Hua
e o motivo para os dois serem tão parecidos (mistério resolvido!) enquanto
isso, Qing Cang se prepara para sair do sino e instaurar o caos no mundo. Li
Jing, agora que seu filho está vivo, planeja impedir o pai, mas sabe que vai
morrer no processo e deixá-lo ainda mais poderoso, por isso, faz os preparativos
para que sua irmã assuma o trono no seu lugar. Nesse ponto, comecei a rezar
para que o final dessa história não fosse como o de Goblin, tudo estava andando
pra um desfecho insatisfatório. Bai Fenjiu vê seu futuro com Dong Hua Dijun se
desfazer completamente, mas ainda assim não consegue desistir dele e, por isso,
não quer aceitar o trono de Qinqiu.
Para forçar Bai Qian a se afastar de Ye Hua, Su Jin
cria uma réplica de Su Su e envia para o reino mortal no intuito de fazer a
deusa duvidar do amor do marido. Sem saber que, mesmo com a réplica, por ela
ter aparecido a Ye Hua quando ele era criança, ele nunca fora capaz de
esquecê-la não confundindo-a com a réplica. Bai Qian fica triste por achar que
Ye Hua ainda ama a mãe de A-Lin, inconsciente de ser ela própria, passa uma
semana bebendo sem parar para afogar sua tristeza pensando que sua relação
chegaria ao final por estar sendo apenas uma substituta para Su Su. Em um
ataque de raiva, ela acaba quebrando a lâmpada recolhedora de almas e picando o
dedo em um dos cacos, libertando as memórias de Su Su que ficaram aprisionadas
com as coisas dela que Ye Hua havia queimado a fim de conseguir uma
materialização da sua alma. Assim, Bai Qian recupera todas as suas memórias
apagadas pela poção da amnésia de Zhe Yan e vai acertar contas com Su Jin
(minha segunda cena favorita dessa trama!).
Ao ter seus olhos arrancados, Su Jin corre até o
lorde celestial para pedir justiça (dá pra acreditar?), Fenjiu vem pela tia e a
enfrenta sendo parada por Dijun que a contêm para que não entre em problemas.
Ye Hua volta do seu julgamento e acorda em Kulun onde conhece Mo Yuan que lhe
explica a ligação entre eles e o destino com Bai Qian. Esta, por sua vez, ao
lembrar de tudo que viveu na sua provação como mortal, sente-se arrasada e não
acredita que possa mais se casar com Ye Hua. Para proteger sua futura esposa,
Ye Hua junta as testemunhas das maldades de Su Jin para depor contra ela que
acaba condenada maravilhosamente (além de cega, obrigada!). Qing Cang consegue
se libertar do sino e a guerra final está prestes a começar. O destino de Bai
Qian e Ye Hua caminha na ponte de terra da morte.
O final do drama é satisfatório. Ao contrário de
Goblin com aquele final que parece bom, mas quando você analisa vê que não é, a
história de Ye Hua e Bai Qian só peca em não nos mostrar seu casamento e um
pouco da sua vida como Lorde e Imperatriz dos nove céus (e eu queria ver a mãe
dele engolindo cada palavra que disse pra ela também!), contudo, nos oferece um
final fechado, amarradinho, bem explicado e muito feliz. Não consegui levar
mais que os quatro dias que levei para terminar o drama porque não conseguia me
concentrar em mais nada tão absorta estava na história, no dia 30 revi os vinte
e dois episódios que já havia assistido e do dia 1 ao dia 3 continuei
assistindo até bem tarde os demais, sabia que, enquanto não terminasse, não
conseguiria seguir um ritmo de leitura ou escrever nada porque ficaria pensando
no que aconteceria depois. Achei por bem terminar de ver.
As atuações foram
fantásticas, dispensam qualquer comentário, desde Yang Mi e Mark Zhao até as
vilãs odiosas que souberam cumprir seu papel de me fazer odiá-las até quando
estiverem na pele de mocinhas. Fazia muito tempo que não chorava como chorei
assistindo Ten Miles, principalmente
nos três últimos episódios... meu Deus, pensei que ia desidratar. Esse é, sem
medo, o melhor drama chinês que já assisti na vida. E conseguiu o segundo lugar
nos melhores dramas que já vi perdendo apenas para The Moon That Embraces The Sun porque, por mais que Ten Miles tenha sido perfeito em todos
os aspectos, The Moon That Embraces The Sun o supera em alguns aspectos como,
por exemplo, o pouco espaço de tempo entre os personagens principais (eles não
demoram tanto a se reencontrar e se reconhecer) e no final mais explorado (vida
de casados, filhos, etc). Mas tem o segundo lugar no meu coração como a melhor
história que já vi, queria muito ler o livro! E deixo aqui, com essa resenha
gigantesca, minha recomendação.Claro que omiti muitos detalhes, mas tem um panorama
bem legal da história e não há spoilers (quer dizer, eu acho que não) para que
vocês aproveitem todas as cenas como eu.
Filme
Ano: 2017
Direção:Zhao Xiaoding, Anthony LaMolinara
Elenco:Liu Yifei, Yang Yang
Em comparação, mesmo tendo sido lançado
há um tempão, decidi que só assistiria o filme quando finalizasse o drama
porque queria ter visões distintas e temia que, se visse o filme logo, pegaria
algum tipo de spoiler da história. Na verdade, meu temor foi bem infundado, o filme parece quase outra história. Apesar do drama ter muito CGI (não que eu entenda muito disso), achei que casou bem com as imagens, inclusive, achei até parcimonioso com os efeitos que a gente costuma ver em filmes chineses, mas o figurino e a fotografia foram realmente deslumbrantes. Algo que não achei que acontece no filme, principalmente no quesito figurino. Salvo uma ou outra roupa de Bai Qian, achei o figurino exagerado e quase uma mistura alegórica de Alice No País das Maravilhas (filme live action) com Peter Pan (Live Action). Logicamente os eventos foram bem comprimidos e muita coisa ignorada em função do tempo. Pelo que li a respeito do livro, no que se refere às memórias de Bai Qian o filme segue uma ordem um pouco mais fiel, mas mesmo assim, não achei que o efeito causasse nem aproximação nem empatia com as personagens, como acontece no drama em que o desenvolvimento da trama se desenrola de maneira mais calma, permitindo que a gente se apegue aos personagens e sofra junto com eles. As interações são poucas, a maioria dos personagens foi cortada e, se tenho algo a favor desse filme, é a coreografia das lutas que no geral foi muito boa. Vou dizer, conheço o trabalho do Yang Yang e da Liu Yifei, inclusive gosto muito, mas eles decepcionaram um pouco aqui, seja pelo roteiro que foi bem fraco (Bai Qian parecia uma criança mimada de 17 anos e Zhe Yan um pássaro gay) ou pela interação dos dois que não convenceu (mas um salve pra Liu Yifei que, ao contrário da Zhen Shuang, sabe beijar!) e ainda acho que isso se deu pelo roteiro meio louco. O fato é que esse filme é feito pra quem leu o livro ou assistiu o drama, porque muita coisa fica oculta e outras incompreendidas porque não são explicadas. E esse final foi bem sem vergonha, viu? Além de ambíguo, foi incompleto e todo apressado. Não gostei.
Personagens Principais
O drama tem muitas personagens que, cada uma a seu modo, são significativas para a trama. Entretanto, escolhi apenas as centrais ou relevantes ao casal principal dessa primeira temporada, Bai Qian e Ye Hua.
Bai Qian/Su Su/ Si Yin (Yang Mi) - A rainha de Qinqiu é do clã das raposas de nove caldas, uma mulher determinada, cheia de vida e muito antissocial quando se trata de reuniões com os demais clãs. Bai Qian era muito travessa e por isso passou muitos anos estudando na montanha Kulun como discípula de Mo Yuan, o deus da guerra, com quem aprendeu alguma disciplina e, sobretudo, aflorou sua fidelidade com os seus. Com um forte senso de justiça e um temperamento volúvel, é uma mulher que sabe o seu lugar e impõe o respeito que merece, não aceitando ser traída ou injustiçada. Como Si Yin era ingênua, ainda muito travessa e apegada a Mo Yuan, cuja perda a fez sofrer horrivelmente. Como Su Su conservava vários traços da sua personalidade de deusa, mas tinha um coração mais brando, uma sensibilidade mais aflorada e era mais retraída. Yang Mi soube dar vida de modo brilhante a todas as personalidades da personagem e, de quebra, ainda deu um show quando precisou fazer aparições como Xuan Nu (quando esta usava seu rosto).
Ye Hua/Mo Yuan/Zhao Ge (Mark Zhao) - Ye Hua é o príncipe herdeiro dos nove céus, nascido após a "morte" de Mo Yuan a partir da flor de lótus que o deus da guerra guardava. Por ter sido criado de maneira muito rígida, é um homem que não demonstra emoções e cumpre o que lhe é confiado sempre com estratégia e racionalidade para obter sucesso. Altamente inteligente e poderoso, até conhecer a mortal Su Su nunca havia experimentado emoções reais ou sido movido por algo além da sua razão. Ao seu modo, precisa fazer de tudo para protegê-la e, sobretudo, controlar seu coração cheio de amor. Como Zhao Ge, no seu julgamento no mundo mortal, Ye Hua manteve sua postura inteligente e sóbria, resguardando sua fidelidade pela noiva de Qinqiu quando esta lhe apareceu na infância do mundo mortal para lhe pedir fidelidade. Apaixonado, fiel e com forte senso de justiça, sua versão mortal não diferia em nada sua natureza de herdeiro dos nove céus. Mark Zhao foi brilhante ao interpretar o sério Mo Yuan, que demonstrava afeto de maneira tão sutil que passava despercebida, o apaixonado e devotado príncipe Ye Hua que escondia seus sentimentos e calculava bem cada passo e o mortal Zhao Ge que não era muito diferente do seu eu verdadeiro. Impossível não se apaixonar por ele, gente, sério.
Bai Fenjiu (Dilraba Dilmurat) - A princesa de Qinqiu nasceu quando sua tia, Bai Qian, ainda estava na montanha Kulun e coincidiu com sua captura pelo reino fantasma onde conheceu Li Jing. É uma raposinha intempestiva, obstinada e muito emotiva que leva suas convicções e sentimentos até as últimas consequencias. Tem a tia como sua maior referência e sonha se tornar uma deusa maior como ela. Por isso, apesar do pai superprotetor e rígido, Fenjiu procura sempre seguir seu coração e defender a tia de qualquer tipo de injustiça que possa ocorrer, além do seu clã. Apaixona-se por Dong Hua Dijun, ex governante dos nove céus e, por ele, enfrenta os maiores problemas no reino mortal e nos reino celestial, mesmo diante da impossibilidade de sua relação dar frutos, sente-se incapaz de desistir do seu amor.
Dong Hua Dijun (Vengo Gao) - O ex governante dos nove céus tem uma origem misteriosa. Dijun é um homem insensível, inexorável e celibatário embora muitas mulheres caiam aos seus pés. Com enorme prestígio nos nove céus, é o principal conselheiro do lorde celestial e sua opinião é levada em alta conta. Ninguém ousa questionar suas ordens ou autoridade, por seu poder imensurável, é temido onde quer que vá. Mesmo tendo apagado seu nome da rocha de três encarnações, ficando assim impossibilitado de ter qualquer relação com uma mulher, contrariando toda sua natureza, começa a nutrir sentimentos por Fenjiu, a princesa de Qinqiu, a quem protege de maneira absoluta, escolhendo, inclusive, passar por um julgamento celestial no reino mortal apenas para poder se relacionar com ela.
Su Jin (Huang Mengying) - Você também pode chamar de vaca. Su Jin teve a família praticamente inteira dizimada na guerra, ainda na infância, foi levada ao reino celestial e adotada como princesa dos nove céus pelo sacrifício de seus pais em favor do clã. Tinha já vinte mil anos quando Ye Hua nasceu e o viu crescer nutrindo por ele um amor obsessivo sem nunca ter tido qualquer espécie de retorno. Fica furiosa quando este apaixona-se por Su Su e faz uma série de planos não apenas para afastar a mortal dele, mas para se tornar sua consorte. Falsa, hipócrita e mentirosa, mesmo com todas as suas tramoias, nunca consegue nada de Ye Hua além do desprezo e das vilãs foi a que teve o final mais merecido.
Li Jing (Vin Zhang) - O segundo príncipe do reino fantasma era um beberrão mulherengo que não fazia nada e não ligava para nada desde que descobrira que seu irmão mais velho assassinara sua mãe com o conhecimento do pai. Apaixona-se por Si Yin ao descobrir que ela é uma mulher, embora não tenha chegado a descobrir a verdadeira identidade dela até muitos anos depois. Contudo, pelo fato de ela ser do clã celestial e ele da tribo fantasma, deixa-se enganar por Xuan Nu e a trai provocando uma dor profunda na rainha de Qinqiu. Com a morte de Mo Yuan, ele se torna o lorde fantasma aprisionando seu irmão mais velho e casando-se com Xuan Nu, mas nunca supera seu amor por Si Yin até o momento de sua morte o que lhe levou a ter uma vida infeliz e, minha opinião, uma existência meio imprestável porque ele não fez nada que se aproveitasse esse drama todo.
Xuan Nu (Zhu Xudan) - Ela é prima de Bai Qian e sempre teve inveja da rainha de Qinqiu não apenas por ela ter nascido herdeira do trono de seu clã, mas por sua beleza incomparável. Abriga-se na montanha Kulun para fugir de um casamento arranjado com um espírito de urso. É ajudada por Bai Qian e Mo Yuan, mas trai a confiança deles ao se apaixonar por Li Jing e usa a aparência da deusa para seduzi-lo. Expulsa da montanha, ela vai para o reino fantasma e se casa com Li Jing em troca de conseguir o plano de guerra de Mo Yuan, tornando-se a imperatriz fantasma quando Qing Cang é aprisionado no sino do imperador Leste, mas por seus crimes tem uma vida altamente infeliz. Rejeitada pelo marido, com um filho nascido morto, acaba ficando louca e tendo um final não tão satisfatório pra mim (queria que tivesse sofrido mais, foi pouco).
A-Li (Hummer Zhang) - O adorável e esperto menininho é filho de Ye Hua e Bai Qian quando esta ainda era Su Su. A-Li tem muito do pai, por quem foi criado com carinho e dedicação, não repetindo os erros de isolamento e rigidez com que o príncipe herdeiro crescera. Sempre manteve a mãe na memória graças a Ye Hua que se esforçou para que o filho nunca a esquecesse e, sobretudo, que Su Jin nunca se aproximasse dele. Graças a sua esperteza, seu jeitinho meigo e sua fofura, consegue capturar o coração de Bai Qian quando ela ainda nem sem lembra dele, e é o principal cupido para aproximá-la de Ye Hua. Não tem como não querer mordê-lo em cada cena que ele aparece, gente, é muita fofura numa criança só!
Bai Zhen (Yu Menglong) - É o quarto irmão de Bai Qian e o mais próximo dela. Conhecido por sua beleza, não liga para convenções sociais, mas é muito seguro dos seus ideais (principalmente a monogamia hahaha). Também é o parceiro de armadas de Fenjiu e o único que consegue pacificar os conflitos com o segundo irmão. Passa a maior parte do tempo no Bosque de Dez Milhas de Pessegueiros pertencente ao deus maior Zhe Yan que é irmão de Mo Yuan e filho do pai celestial (que não é o rei celestial). Apesar de se preocupar com Bai Qian, não interfere em nada deixando a cargo da irmã resolver seus conflitos, principalmente por conhecê-la muito bem.
Zhe Yan (Ken Chang) - Apesar de ser do clã das fênix, Zhe Yan reside praticamente em Qinqiu, sendo o mais próximo do clã das raposas. É o deus maior mais conhecido por sua habilidade com medicina. Ajuda Bai Qian quando esta passa pelo julgamento celestial e salva Ye Hua diversas vezes da morte. É inteligentíssimo, mas muito recluso, não se envolvendo em assuntos externos e não interferindo nas escolhas dos outros mesmo quando estão errados. Inclusive, é um dos personagens que mais gosto nesse drama depois de Ye Hua e Bai Qian! A postura paterna dele era muito bacana, brilhantemente interpretada por Ken Chang que conseguiu passar não apenas altivez, mas elegância e eloquência ao personagem. E é isso, gente! (depois de escrever isso tudo eu ainda digo é isso, meu Deus!) Espero que tenham gostado da resenha e conhecido melhor o drama. Sério, vale muito a pena assistir, mesmo que muita gente se assuste com o tamanho dos dramas chineses quando você começa a ver é impossível parar porque as histórias prendem você até o fim! Esse tá mais que recomendado. Fecho a resenha com a ending dele que é simplesmente maravilhosa!