terça-feira, 29 de dezembro de 2020

[BL] Pacemaker for Him

Título original: 미스터 하트

Diretor: Park Sun Jae

Gêneros: Romance, Escola, Juventude, Esportes

País: Coreia do Sul

Episódios: 8

Ano: 2020

Classificação do Conteúdo: 15+ - 15 anos ou mais

Elenco: Lee Se Jin, Cheon Seung Ho

Sinopse: Sangha ama correr, mas nunca gostou de longas distâncias. Jinwon é um maratonista em ascensão e para manter seu status, seu treinador sugere alguém que o ajude como  marca-passo. Com a aproximação dos dois corredores, eles descobrem que compartilham a mesma paixão. Mas eles podem ser algo além de amigos sem arriscar o que construíram?

Quando saiu Where Your Eyes Linger o mundo dos dramas entrou em polvorosa, especialmente pelo fato do gênero ainda ser complicado na Coréia. Tentei não criar muitas expectativas, mas fui com alguma avidez assistir, me apaixonei. Por isso, quando foi anunciado o segundo BL do país eu já estava contando os segundinhos para ver.

Bem, não era exatamente o que eu esperava.

Tudo bem que a Coréia ainda está engatinhando no gênero e muita coisa ainda é receosa em mostrar, ainda está melhor que a China só pelo fato de estar dando notoriedade para a temática. Mas confesso que fiquei um tanto quanto frustrada com Mr. Heart.

Ao contrário do casal de WYEL, Sangha e Jingwon não me cativaram tanto. Na verdade, pela sinopse e o trailer que saíram antes do lançamento eu estava esperando algo totalmente diferente. Nem tem como eu dizer muita coisa aqui porque o draminha é praticamente um filme então qualquer coisa pode soar spoiler.

Negócio é que Jinwon é filho de um homem rico, típico senhorzinho arrogante que todo mundo passa a mão na cabeça. Ele é um corredor em ascensão desde a escola, mas seu desempenho tem caído de forma considerável levando a mídia a cair em cima dele.

Seu treinador decide contratar para ele um aluno de educação física chamado Sangha para que este atue como "marca-passo" de modo a auxiliar Jinwon a atingir todo seu potencial na grande corrida que está por vir. Claro que o riquinho mimado rejeita a ideia no começo, mas as circunstâncias acabam forçando-o a concordar com o arranjo.

Ao contrário dele, Sangha não é um filhinho de papai e desde muito cedo precisou aprender a se virar sozinho. Ele sempre admirou Jinwon secretamente, ter a oportunidade de estar ao lado dele é mais do que ele sempre sonhara. Negócio é que Sangha está devendo dinheiro a agiotas e isso pode acabar complicando não apenas a si mesmo, mas o seu ídolo.

Enquanto se aproximam graças à sua paixão em comum: as corridas, Sangha vai precisar escolher entre o amor do seu ídolo ou a sua própria liberdade.

Mesmo as personagens sendo bem construídas e o drama tendo seus momentos fofinhos, não me vi querendo rever a história de forma quase indefinida como foi com WYEL. Não me cativei pelas personagens ou quis mais do que o enredo me ofereceu, ele foi legal e só isso, entendem? Pelo menos ao meu ver. 

Recomendo sim, é levinho, engraçado, tem uma dose de drama que não exagera muito e suas partes bonitinhas, mas não é nada fantástico ou ardorosamente apaixonante como WYEL foi. Tanto que o novo BL coreano começou e ainda não decidi se vou ou não conferir.  

[Livro] Os Três Mosqueteiros (adaptado)

Original:  Les Trois Mousquetaires

Autor: Alexandre Dumas

País: França

Gêneros: Romance histórico, Ficção histórica, Romance gráfico, Ficção de aventura, Romance biográfico

Sinopse: Este livro conta a história de um jovem de 20 anos, proveniente da Gasconha, D'Artagnan, que vai a Paris buscando se tornar membro do corpo de elite dos guardas do rei, os mosqueteiros do Rei. Chegando lá, após acontecimentos similares, ele conhece três mosqueteiros chamados "os inseparáveis": Athos, Porthos e Aramis. Juntos, os quatro enfrentaram grandes aventuras a serviço do rei da França, Luís XIII, e principalmente, da rainha, Ana de Áustria.

Encontraram seus inimigos, o Cardeal Richelieu e os seus guardas, além de Milady, uma bela mulher à serviço de Richelieu, que já foi casada com Athos. Essa lista também inclui os huguenotes e os ingleses, inimigos da Coroa francesa.

Fortemente influenciado pelo seu pai, D'Artagnan viaja para Paris com o intuito de se tornar um mosqueteiro real. Munido de uma espada velha, uma mula mais velha que o pai e uma carta de recomendação, ele é ridicularizado por onde passa e, de pavio curto, não demora a arranjar confusão, mas sua falta de treinamento e jeito o levam na verdade e a enveredar em problemas maiores do que consegue resolver.

Da pior forma possível, ele acaba entrando no caminho de Porthos, Aramis e Athos, sem saber que eles são mosqueteiros do rei, seu jeito meio inocente causa problemas aos homens que o desafiam para um duelo, mas finda por D'Artagnan salvar-lhes as vidas quando os três são atacados por homens a serviço do cardeal, assim, ele é apresentado ao senhor de Tréville e aceito como aprendiz, além de ganhar nos três mosqueteiros leais amigos.

Com os conflitos acirrados entre a França e a Inglaterra, os quatro ainda precisam enfrentar os jogos de poder entre o cardeal e o rei Luís XIII. Enviados em missões arriscadas, os quatro se tornam alvos de Milady, uma assassina sob o comando do cardeal que almeja os quatro encrenqueiros trabalhando para ele. Uma intrincada conspiração envolvendo a rainha Ana da Áustria e o Duque de Buckingham, colocam o jovem gascão no caminho de Constança Bonacieux por quem se apaixona perdidamente.

Usando todas as suas armas e especialmente a confiança que depositam um no outro, os quatro amigos vão precisar de todos os recursos e a sua inteligência para sair das garras do cardeal e se livrar do perigo que Milady representa em suas vidas, além de salvar o futuro da França. O destino pode lhes reservar um amargo caminho pela frente.

Peguei esse livro emprestado de uma amiga, confesso que estava bem curiosa para ler, mesmo sendo uma versão adaptada do original de setecentas páginas. Mas confesso que não foi nada do que eu esperava, na verdade por vezes pensei que ia apenas desistir da leitura e esquecer que um dia ficara curiosa com a história.

Resumindo de forma quase simples, os três mosqueteiros se resumem a um grupo de amigos que bebe mais do que o juízo aconselha, vivem atrás de mulheres ricas, se apaixonam mais rápido que o papa léguas corre e arrumam confusão por qualquer besteira.

O plano de fundo histórico é até um bom atrativo para a história, há alguns recursos interessantes, mas em geral, não consegui me prender ao enredo e aos personagens. Não sei se pelo fato do texto ser adaptado ou algo assim, a coisa é que realmente não me satisfiz com o livro, tanto que não estou nem um pouco inclinada a buscar as duas sequências.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

[Drama] Detective L

Título original: 绅探

Diretor: Deng Ke

Roteirista: Lu Xuan

Gêneros: Histórico, Mistério, Comédia, Detetive

País: China

Episódios: 24

Ano: 2019

Elenco: Bai Yu, Una You, Jeffery Ji

Sinopse: Xangai nos anos 30: um caso de crime intrigante surge em meio à movimentada cidade. Um belo novo graduado da academia de polícia, Qin Xiao Man, ingressa na unidade de investigação. O famoso detetive Luo Fei se torna seu colega e vizinho. 

Onde encontrar: Neko Fansub [Português europeu]

Qin Xiao Man é uma idealista. Entrou na força policial para descobrir sobre as pessoas que assassinaram seus pais e porque não quer que outras pessoas passem pelo que ela passou, acredita na justiça mais que em qualquer outra coisa e, mesmo sendo a única mulher na academia, não perde em nada para nenhum homem.

Após se formar, ela é transferida para a unidade policial de Xangai, lá ela tem um inusitado encontro com Luo Fei, um famoso e excêntrico detetive consultor que acaba arrastando-a para um caso misterioso envolvendo o desaparecimento de uma mulher. A partir de então, mesmo que os dois não se deem muito bem no começo, acabam formando um time completado por Ben Jie Ming, um estranho legista com passado conturbado.

Conforme os casos avançam e vão se tornando mais intricado, Luo Fei acaba associando-os a um esquema armado de forma inteligente por alguém chamado Capitão que teve uma passagem marcante na sua vida, e a quem ele prendeu muitos anos antes. Uma busca implacável se inicia e a vida de Xiao Man e Jie Ming se torna um fio tênue nas mãos do perigoso bandido que só Luo Fei é capaz de destruir.

E a China me trolou de novo!

Tinha começado a ver esse drama pelo dramask, mas elas acabaram deixando o projeto em hiatus e não tinha em nenhum outro lugar pra ver. Acabou que o Neko Fansub pegou o projeto e finalmente pude continuar porque eu estava muito animada com os primeiros episódios, é quase uma releitura de Sherlock Holmes, apesar de ter poucas disparidades, podemos encarar esse drama como uma homenagem ao detetive mais famoso de todos os tempos.

Bai Yu (razão pela qual eu vi isso) está maravilhoso na pele do detetive excêntrico, altamente inteligente e com um passado trágico, não conhecia a Una You, mas adorei sua interpretação de uma policial determinada e idealista. Inclusive, rola o maior clima entre esses dois, mas nunca vai para frente! Ben Jie Ming vem como um complemento de Luo Fei, sendo seu melhor amigo e também funcionando como um conforto "normal" para Xiao Man e às vezes uma alívio cômico para nós também.

Os casos trazem o melhor de Agatha Christie e Sherlock Holmes, com personagens bem construídos e ótimas atuações, histórias intrincadas, bons mistérios e a dedução se alia à investigação tradicional em um conjunto harmônico que nos traz o melhor do gênero. Contudo, sim, o final me decepcionou muito. Pela "idade" do drama, as possibilidades de uma segunda temporada são praticamente nenhuma, e enquanto pesquisava sobre ele na internet não vi promessas ou nada a respeito, então aquele final aberto foi uma baita duma sacanagem chinesa para variar.

Na verdade, os três últimos episódios deram uma desandada no resto do drama que quase não acreditei. Foi como se eles tivessem que esticar a história e, na falta de saber o que fazer, criaram outra história nada a ver para colocar ali. Apesar disso, eu recomendo sim, o final é decepcionante, mas pelo menos o começo é divertido o bastante para valer a conferida.

domingo, 27 de dezembro de 2020

[Livro] Príncipe Cativo - O Escravo

 Título Original: Captive Prince

Série: Príncipe Cativo #1

Autor: C.S. Pacat 

Ano: 2017

Páginas: 320

Editora: V&R

[+18] Indicado para maiores de 18 anos

Sinopse: Damianos é um herói para o seu povo e o legítimo herdeiro do trono de Akielos. Mas, depois da morte do pai, seu meio-irmão toma o poder e o captura, vendendo-o como escravo. O guerreiro é obrigado então a servir a Laurent, o príncipe de Vere, a poderosa nação inimiga.

Para manter em segredo sua verdadeira identidade e as marcas que escondem seu passado, Damen – como também é conhecido – aceita a condição submissa.

Mas Laurent é o que há de pior na corte de Vere. E, como nos meios políticos nada é o que parece ser, Damen é obrigado a estar ao lado do tirano manipulador, ainda que ele o odeie mais do que a qualquer pessoa.

Laurent e Damen têm consciência de que não são sentimentos nobres que os aproximam, mas o desejo de supremacia que está na origem da discórdia entre as duas nações.

Com um ritmo de tirar o fôlego, Príncipe Cativo: O escravo é uma narrativa que coloca em questão temas políticos e culturais. Uma saga épica, ao estilo de "Game of Thrones", que entrelaça de maneira brilhante jogos de poder e sedução.


Continuando a série de resernhas atrasadas (e as últimas do ano também) vamos de livro que consegui ler depois da crise de ansiedade, eu tinha começado Os Três Mosqueteiros (que ainda vou tentar terminar esse ano), mas não estava fluindo muito bem, então decidi recorrer a algo diferente. Esse livro foi uma indicação de uma coleguinha fã de Mo Dao Zushi, ela me recomendou muito essa trilogia e acabei pegando no kindle pra ler, mas por ser uma trilogia americana, por eu estar acostumada com o conteúdo BL da Ásia, confesso que não tinha muitas expectativas com ele, o que foi bom porque pude aproveitar a leitura de forma neutra apreciando as surpresas e sem me decepcionar com isso ou aquilo que não era o que eu esperava.

A história segue Damianos (Damen) o príncipe herdeiro de Akielos que sofre um golpe de estado do seu meio irmão, Kastor, este o vende como um escravo para o reino inimigo, Vere, como um presente ao príncipe Laurent. Pego desprevinido e completamente subjugado, Damen não consegue lutar contra seu destino, ele é drogado e enviado para o território inimigo bem depois de ter matado o prínicipe herdeiro e irmão de Laurent, Auguste, em uma batalha.

Em Vere, Damen se depara não somente com os costumes depravados daquele povo, mas com a sua crueldade, Laurent, que despreza os akienlons, por bem pouco não manda matá-lo tão logo ele chega, é contudo impedido pelo tio, regente de Vere desde a morte do irmão e do pai de Laurent. A personalidade forte de Damen vai de encontro direto com a de Laurent que é frio, impassível e tem tendências cruéis. 

No meio dos costumes bárbaros da corte veretiana, Damen vai se ver numa espécie de jogo político e luta pelo trono que pode envolver uma luta direta com seu antigo lar bem no momento de fragilidade de um país que não aceita um bastardo como rei. Sua única maneira de salvar sua pátria e as pessoas com quem se importa é se aliando a Laurent e impedindo que este descubra sua verdadeira identidade como assassino do sue irmão. Contudo, Damen não consegue negar que sob a camada de ódio e desprezo mútuo, há uma faísca entre ele e o frígido príncipe veretiano cujas ações sempre encontram um meio de surpreendê-lo (na maioria das vezes para o mal).

A primeira impressão que eu tive do livro foi a estranheza do mundo, ao mesmo tempo foi um ponto muito interessante porque ele vai sendo desvendado para nós aos poucos de acordo com a familiar estranheza do próprio Damen que conhecia um pouco sobre o lugar, mas ainda estava descobrindo muito na prática. A temática homossexual, inclusive, é inserida de forma bem natural e lógica dentro da história, de início você mal percebe que está lendo um livro desse tema até ele ser colocado diante de você e de forma alguma é um choque.

O livro, inclusive, flerta com o erotismo, mas de uma forma muito sutil, há a presença de alguns palavrões, mas de forma alguma a história ou as cenas mais eróticas tem uma qualidade inferior por causa disso, inclusive, eles são inseridos de maneira muito bem planejada pela autora. A leitura é muito rápida, você vai avançando pelos capítulos e quando menos espera acabou. É fluida e gostosinha de ler mesmo tendo várias cenas de tortura pesadas de embrulhar o estômago, inclusive, vale assinalar aqui o gatilho de estupro.

As personagens nesse primeiro livro não me deram muitas impressões positivas. Temos o regente, tio de Laurent, que é falso, manipulador, cruel e com gostos revoltantes. O próprio Laurent é um jovem cego pelo ódio, frio, bom estrategista e nem deixa a impressão forte de ser ruim ou bom, permanece ali enigmático. Damen está longe de ser o protagonista bonzinho e cheio de ideiais justos e heroicos, se há algo que nos aproxima dele, é a sua condição claramente desvantajosa. 

Gostei sim da leitura, pretendo dar continuação à trilogia, apesar de, num primeiro momento, realmente não tocer pelos protagonistas como um casal, especialmente pelo caráter de Laurent que não deixou uma primeira impressão muito a seu favor (e já tenho uma teoria bem cruel de algo que pode ter acontecido com ele antes... espero estar errada), vejo sim um bom potencial para os dois na sequência com o entrosamento entre eles e uma carga dramática bem aplicada.

Para quem procura uma boa ficção histórica com um universo diferente com boas intrigas e um par em potencial, eu mais que recomendo esse livro.


quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

[Filme] The Lady Improper

 

Título Original: 非分熟女

Diretora: Jessey Tsang Tsui-Shan

Roteiro: Jessey Tsang Tsui-Shan, Link Sng

Ano: 2019

País: Hong Kong

Idioma: cantonês

Elenco: Charlene Choi, Chris Wu

Sinopse: Siu Man é uma enfermeira que perdeu quem ela é como pessoa. Seu casamento acabou em parte devido ao seu medo de intimidade e, tendo sido abandonada pelo marido, ela agora enfrenta a perda do pai após ele ser hospitalizado.

Siu Man decide reiniciar sua vida assumindo o restaurante de seu pai, mas sem a experiência de ser chef, ela tem que contratar alguém. Ao passo que Jia-hao, um chef  treinado em Paris, que é um espírito livre, mas também trata a cozinha como uma filosofia séria e é capaz de recriar o estilo culinário de seu pai. Parece que o belo chef prepara uma tempestade dentro e fora da cozinha enquanto ajuda Siu Man a aprender a entregar comida deliciosa e sua aparência deliciosa desperta o desejo dela. Por meio dele, Siu Man enfrenta seu medo da intimidade de frente e se liberta.

Onde encontrar: Movie Asian Fansub

Quis ver esse filme por causa do Chris Wu, acho ele um excelente ator, o plot parecia interessante também e como já tinha um tempo que não via nenhum filme, dei uma chance. Esse é um filme que flerta com o erotismo (erotismo, pornografia não), então eu estava meio receosa por causa disso. Ainda assim, a experiência foi bem singular.

Na trama, acompanhamos Siu Man, ela é uma enfermeira da área de ginecologia que vive infeliz no seu trabalho, começamos a perceber que ela também não tem amigos e não gosta muito de si mesma. Bem no começo do filme, ela sai do trabalho e vai até o restaurante do seu pai para comemorar o aniversário dele, mas a conversa começa a enveredar pelo seu casamento e, irritada, ela acaba saindo. É quando o pai dela descobre que ela comprou vários vibradores e pergunta se ela está tendo problemas com o marido.

Siu Man não contou a ele que se separou do marido, ela se sente culpada pelo fim do relacionamento, mas não fica claro se ela realmente amava o marido ou se era apenas pela convenção social que dizia que ela precisava ser casada. Em pequenos flashes, vemos que Siu Man não conseguia ter relações íntimas com o marido, desde a noite de núpcias, mas não é explicada a razão disso. Durante sua discussão com o pai, descobrimos também que ela fez faculdade e se casou para cumprir as exigências dele e não porque realmente queria.

Ela ainda tenta procurar o ex-marido para tentar uma reconciliação, mas ele a rejeita. Siu Man não se vê como uma mulher, ela vive cheia de frustrações, assombrada pelo abandono da mãe, sempre que está sexualmente frustrada ela come frango assado (sim, um frango assado inteiro!) e por alguma razão ela acha isso extremamente sensual (Deus sabe por quê, eu não).

Quando seu pai adoece e precisa ser internado, Siu Man assume o restaurante onde há tantas lembranças pouco confortáveis da sua infância e é onde ela conhece Jia Hao, um chefe formado na França que vive livremente e aceita trabalhar por um tempo no restaurante por ter lembranças sentimentais da sua mãe levando-o ali. Inicialmente, ele se interessa pelo jeito fechado de Siu Man, mas todas as suas tentativas de ser amigo dela são frustradas. Em contrapartida, Siu Man se sente atraída por ele, ainda que não revele isso.

Conforme a convivência acaba empurrando-os um para o outro, ela vai se descobrindo mulher, despertando sua sensualidade e percebendo a si mesma longe das amarradas impostas pelas convenções sociais, mas libertando-se para ser ela mesma. 

Esse filme é baseado em uma história real, então eu não podia esperar um final todo fechadinho e fofo, mas apesar disso, foi bem condizente com o que foi construído durante todo o longa, algumas coisas não ficaram muito claras para mim, mas acho que o importante mesmo é a forma como ele retrata a pressão sobre a mulher, o modo como muitas vezes elas anulam sua natureza e vivem uma vida infeliz só para se encaixar nos padrões de alguém. 

Além disso, fala um pouco sobre a intimidade feminina, gente aquele marido da Siu Man era um troglodita, ele não preparava ela já queria chegar "entrando" e obviamente, aliado ao fato de ela não gostar dele de verdade, vinha a dor e ela não queria. Sexo não é pra ser doloroso. Se ele tivesse tentando entender as necessidades dela, tentando conversar, ele teria conseguido fazê-la se desprender do medo, mas ele estava preocupado apenas consigo mesmo. 

O relacionamento dela com o Jia Hao não foi lá as mil maravilhas de desenvolvimento, mas foi crível pelo menos, especialmente pelo fato de ser gradual. Achei um filme interessante, leva a gente a pensar em algumas coisas e perceber o nosso papel na sociedade, a nossa imagem, que depende apenas da forma como nós mesmos nos vemos, independe do que a sociedade quer ou do que os outros desejam.



segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

[Drama] Roommate the series

 

Original: ห้องนี้พี่ให้นาย; Roommate the Series

Diretor: Mos Mos

Gêneros: Amizade, Romance, Drama

Episódios: 5

País: Tailândia

Ano: 2020

Sinopse: ames nunca havia dividido o dormitório com ninguém, mas após o pedido de sua mãe, ele e Sky passam a morar juntos. Com o tempo, uma paixão poderá surgir?

Onde encontrar: Lianhua Fansub

E vamos de BL com esse mini drama do garoto incapaz de pronunciar ขอบคุณ (obrigado) que achei por acaso enquanto passeava pelo mundo colorido do Lianhua em busca de alguma coisa que me chamasse atenção.

Essa é uma das webséries gravadas bem no meio da pandemia, então a qualidade não é lá nas alturas, mas a história até que não é ruim. Conta sobre James, um garoto universitário que nunca quis dividir o dormitório com ninguém, ele é fechado, prefere ter seu próprio espaço e não gosta de dar satisfações, mas, por causa de um acordo da sua mãe, é forçado a dividir seu quarto com Sky, o filho de uma amiga dela.

De início, ele odeia a ideia, mas não trata mal o companheiro de quarto e os dois entram em uma espécie de convívio amistoso aprendendo a lidar um com o outro. Contudo, Sky esconde o fato de ser gay com medo da reação de James, e a convivência acaba despertando nele sentimentos diferentes, especialmente pelo fato de James ser muito bonito (e é mesmo!).

Com um par de amigas sem qualquer noção, esses dois vão superar suas diferenças e aceitar os sentimentos fortes que começam a uni-los?

Como falei, por causa da limitação da pandemia, a série não pôde ser muito desenvolvida, os cenários eram limitados e quando vi a primeira vez achei as atuações um pouco forçadas. Não me convenceu muito. É um daqueles dramas que atira em quase todo lado, hora ele parece um romancezinho açucarado, hora é uma comédia pastelona. Ainda assim é inegável que a gente shippa o James e o Sky conforme a história avança.

O fato de James, de início, não saber que Sky é gay rende uns bons "gay panic" como chamam em vários momentos o que é bem divertido. E esse caso da comédia é algo a se chamar atenção, tem horas que ela cabe bem e em outras fica fora de tom. Ainda assim, é um draminha bom, especialmente pra quem quer algo rápido já que são poucos episódios e bem curtinhos (média de 20 a 25 minutos).

[Drama] Honey, don't run away

 

Original: 公子我娶定你了

Ano: 2020

Episódios: 12

Duração: 35min

Gênero: Histórico, Comédia, Romance

Sinopse:

Uma mulher que odeia casamentos após ser repetidamente rejeitada encontra um oficial frio por fora, mas profundamente afetuoso por dentro. Além disso, um príncipe dedicado continua a ficar ao seu lado. À medida que a história se desenrola, acontece com um caso misterioso.

Devido a certas circunstâncias, Ye Xiao Tang, filha de uma família rica, não tem escolha a não ser encontrar um marido antes dos 20 anos. Determinada a ter o estudioso Mu Jinyan como marido, ela nem sequer olha para o príncipe Ling Ziran (Bo Junchen), que a está buscando ativamente. Um caso de suspense une seus destinos.

Onde encontrar: Wei Fansub

Ye Xiao Tang é bonita, inteligente, extrovertida e muito rica. Tem um pai afetuoso e é órfã de mãe. Quem a olha, não consegue entender porque, no auge dos seus 19 anos, ela é incapaz de conquistar um marido. E não é por falta de propostas, seu dote é invejável. Contudo, ela acabou atraindo uma péssima fama na cidade onde vive porque todos os homens que se aproximam dela com intuito de se casar, ou ficam gravemente doentes ou morrem.

Por isso, ela está abrindo mão de qualquer exigência desde que consiga um marido. Não importa se ele é bonito, se há chance de se apaixonar por ela, se é rico ou mendigo na rua, tudo que ele precisa é ser homem e capaz de dar a ela um filho. Isso porque Ye Xiao Tang está com os dias contados.

A família de sua mãe é de um clã dotado de um poder especial que vem acompanhado de uma maldição, as mulheres de sua família só vivem até os 20 anos, por isso, precisam se casar e ter um herdeiro para seu dom, Ye Xiao Tang é a última de sua linhagem e isso só aumenta ainda mais seu desespero em conseguir se casar. Seu pai busca a vida inteira pelo cristal dos sonhos, artefato mágico capaz de salvar a vida da filha e lhe proporcionar uma vida longa.

Enquanto arma uma verdadeira confusão pública atrás de um marido em potencial, ela acaba sendo perseguida pela polícia e esbarra em Mu Jinyan que chegou à cidade para substituir o atual magistrado. Quando ela é presa, ele a ajuda, mas mesmo que Xiao Tang se mostre encantada por ele, Jinyan não está nem um pouco interessado nela e a dispensa. Bem ao contrário de Lin Ziran  — a quem ela também "atropela" — um dos filhos do imperador que demonstra muito interesse nela.

Quando um misterioso caso de assassinato envolvendo pessoas influentes na região e ligados a um culto clandestino coloca a cabeça de Mu Jinyan em xeque, com a ajuda do príncipe e da complicada jovem encalhada ele vai enveredar por uma trama cheia de segredos obscuros envolvendo um golpe de estado, o assassinato da concubina real mãe de Ziran e uma antiga rivalidade mística entre os clãs de Xiao Tang e o de Jinyan que podem comprometer o amor crescente entre os dois.

E lá vem a China trollar nossos sentimentos de novo!

Confesso que por vezes comecei a torcer o nariz quando vejo dramas chineses, porque eu sempre vou assistir esperando um desenvolvimento fantástico com um final ruim. E muito poucas vezes fui surpreendida com o contrário dessa expectativa.

Vi esse drama quando estava de bobeira no Wei Fansubs procurando alguma coisa que prendesse minha atenção visto que eu estava em uma ressaca literária e começando um monte de dramas sem conseguir avançar. Gostei da sinopse dele e comecei a ver com a minha irmã.

De início, é um drama muito engraçado, tem personagens interessantes e mistura romance com aquela dinâmica de mistérios à lá Sherlock Holmes, a gente realmente simpatiza e torce pela Xiao Tang e o Jinyan apesar de ele ser bem chato no começo. Particularmente, eu gostava mais do Ziran, mas estava bem na cara que ela não ia ficar com ele. Bem aquele típico arquétipo de dramas em que tem aquele cara que faz tudo pela protagonista, mas ela escolhe o que a trata com indiferença.

Quando começou a dar o background da rivalidade entre o clã da Xiao Tang e do Jinyan eu já comecei a prever que vinha problemas por aí. Então, nessa fase — que comporta ali os últimos capítulos — ele começou a enveredar por um caminho que quebrava completamente o clima construído nos primeiros 8 episódios.

Ao que parece, ano que vem terá uma segunda temporada e por isso o final é super aberto e cheio de perguntas sem resposta. Isso foi bem frustrante, especialmente pela forma como o futuro da Xiao Tang e do Jinyan foi tratado. Minhas expectativas com a segunda temporada ficaram bem baixas — quase inexistentes — e comecei a pensar duas vezes se planejo ou não assistir a sequência.

Para quem procura um drama curtinho e relativamente leve, pode ser uma boa pedida se você desconsiderar os três ou quatro últimos episódios. Ele tem uma trama interessante, boas atuações, um figurino lindo e uma fotografia de encher os olhos. Mas, em compensação, para os amantes de potenciais finais felizes, pode acabar sendo bem frustrante o caminho apontado para o desenrolar do casal principal e se você é daqueles que shippa errado, passe longe desse drama haha.

Aos poucos vou atualizando as resenhas atrasadas, okay, gente? Espero conseguir terminar antes do fim do ano hahaha. Até a próxima!

sábado, 5 de dezembro de 2020

Olhos Vazios no Wattys 2020!

Olá, pessoinhas, espero que estejam todos bem!

Vim aqui compartilhar um pouco da minha felicidade com vocês. Depois de tantos acontecimentos ruins em 2020, muitas vezes minhas esperanças começaram a fraquejar e mesmo que digam ser a esperança a mais resiliente entre todos os sentimentos, a minha vacilou em muitos momentos desse ano maluco. Fiquei um tempo considerável sem aparecer por aqui, não vou entrar em detalhes, mas o mês de novembro foi marcado por uma das crises de ansiedade mais violentas que eu tive nos últimos dois anos. Não vou dizer qual foi o gatilho e nem quero me aprofundar muito nisso, a questão, para resumir, é que agora estou um pouco mais calma e retornando aos poucos às minhas atividades (como ler, estudar, etc). 

Qual não foi minha surpresa ontem ao abrir o wattpad pelo celular e me deparar com uma mensagem dizendo que eu havia ganhado meu lugar ao sol entre os vencedores do prêmio Wattys2020! Gente, eu chorei de tanta emoção, juro. Ainda hoje eu ficava entrado direto no aplicativo para me certificar que eu não tinha sonhado e tinha acontecido mesmo. Para muita gente isso pode ser sem muita importância, mas para mim é uma realização e tanto, porque são muitas histórias concorrendo e só 5 são selecionadas por categoria, estar no meio disso é realmente algo significativo. Eu venci na categoria Fantasia e ainda é muito surreal pra mim.

Escrevi esse livro em 2017, a ideia surgiu de uma conversa em plena madrugada com a minha irmã, pensamos e debatemos sobre como seria um livro com uma garota que via a morte. Isso ficou martelando na minha cabeça por alguns dias e comecei a rascunhar as ideias em documentos do word, fui organizando e, nessa época, estava muito viciada em Empty Eyes do Within Temptation, foi daí que comecei a idealizar a minha personagem, a primeira coisa que tinha em mente era que queria uma asiática no papel central, nunca tinha escrito histórias dentro desse universo e desejava me arriscar, fui pesquisar algumas lendas do Japão e da China e me deparei com a lenda da Borboleta Branca, muito bonita e muito triste. Com esse cenário de fundo, ainda um pouco às cegas, comecei a escrever.

Uma coisa que já prestei atenção é que eu sou muito bagunçada. Nem sempre paro de verdade para planejar, embora pesquise muito e vá organizando os acontecimentos conforme eles vão sendo escritos, a maioria das minhas histórias segue no fluxo (não façam isso, gente, é perigoso kkkkk), Olhos Vazios é um desses exemplos, ela foi se descortinando para mim conforme os capítulos iam tomando forma e os personagens me contavam suas vontades. Foi um aprendizado e tanto, além de extremamente divertido, conhecer um pouco mais desse outro lado do mundo e da minha criatividade. Esse prêmio dado justamente a esse livro, consolida ainda mais meu carinho por essa obra.

Convido quem ainda não conhece a dar uma conferida, tem um monte de personagem legal e uma relação pai e filha que vale a pena ser lida. Sei que um autor falando da própria obra soa suspeito, mas eu tenho lá naquele livro muitos comentários de gente que valida o que estou dizendo aqui. Obrigada, de coração, a todo mundo que me lê, seja no wattpad ou aqui no blog, essa realização não é minha, é de vocês, porque sem vocês nenhum dos meus livros seria real.

Devagarinho eu vou colocando as resenhas em dia, como disse, eu tenho voltado às minhas atividades meio devagar. Então aguardem novos posts.

Até mais, gente!

domingo, 1 de novembro de 2020

Alerta aos dorameiros!

 Não sei se vocês estão lembrados, mas ainda esse ano os fansubs suspenderam suas atividades por causa de reupload dos seus trabalhos, sobretudo gente que estava vendendo o trabalho deles. Gente, a discussão sobre quem está certo e quem está errado é velha e, como revisora de dois deles, eu posso dizer que é graças aos fansubs que temos acesso de verdade ao conteúdo da Ásia. 

A netflix como vocês podem dizer até traz ou produz alguns deles, há canais de streaming como o VIKI também, mas pensem comigo: além de serem em sua maioria produções coreanas, nem todo mundo tem dinheiro pra bancar a mensalidade e, sobretudo, as legendas do VIKI às vezes demoram muito pra sair. Muitos fansubs trazem conteúdo exclusivo de dramas que você, com sorte, só acharia com legenda em inglês e, meus amiguinhos, nem todo mundo tem um inglês afiado o suficiente pra assistir um drama chinês legendado nessa língua sem ficar dando pausas uma vez que a velocidade de fala deles é quase insana.

Por isso, veio por meio deste post pedir solidariedade ao Urameshii Fansub, o primeiro fansub que eu conheci e por onde vi meu primeiro dorama. Encontrei, recentemente, um canal no youtube que disponibilizou o lakorn (drama tailandês) kleun chewitt completo legendado com uma legenda que não era do proprietário do canal, mas sim a legenda do Urameshi que ela estava usando como se fosse dela. E ainda mais, pedindo ajuda de custo pro canal usando o trabalho dos outros.

Tudo okay se você quer legendar dramas, ninguém está impedindo, mas legende de verdade, não fique fazendo reupload do trabalho alheio como se fosse seu. É errado. E nem venham com a conversinha de que "ladrão que rouba ladrão... blá blá blá", as meninas deram seu tempo pra traduzir, revisar, encodar e upar esse drama (que é super grande) de graça, o trabalho delas merece respeito. Então, venho aqui pedir que denunciem a playlist. 

Eu vi que essa guria tem um site no wix onde disponibiliza dramas, ainda não tive tempo de checar se todos são reuploads, mas peço que vocês não compactuem com esse tipo de atitude. Sites de anime, canais de youtube ou quaisquer outros que não tenham parceria ou autorização para reupar os projetos dos fansubs denunciem e avisem aos fansubs. Isso não só compromete o trabalho delas, mas pode quebrar os links e impedir que outras pessoas vejam o drama. 

Dito isso, deixo embaixo o link da playlist e do site da fulana.

Playlist kleun chewitt

1. https://www.youtube.com/playlist?list=PLAOR10Tm3f_rPWBoJjalqKfsQZyZdQM72

Site: https://dayanaekinho.wixsite.com/dayanaoliveira

domingo, 25 de outubro de 2020

[Livro] Ashes of Love

 

Título Original: 香蜜沉沉燼如霜 [Doçura pesada, geada congelante - Cinzas de amor]

Autor: 电线 [Dian Xian]

Ano: 2018

Páginas: 472

Gênero: Fantasia, novel, romance, drama, xianxia

Sinopse: Nos tempos pre-históricos, no ano 200.000 de Tian Yuan, a deidade da flor Zi Fen more após dar à luz a sua filha. Antes de morrer, ela alimenta a menina com a pílula insensível, ordenando às suas subordinadas a manter o nascimento da menina em segredo e aprisioná-la em Shui Jing por dez mil anos. O nome da garota é Jin Mi.

Quatro mil anos mais tarde, o segundo filho do imperador celestial, a deidade fênix do fogo Xu Feng foi embocada por um desconhecido e entra em Shi Jiing. Ele é salvo pela ignorante Jin Mi. Depois de viverem juntos por cem anos, a deidade do fogo gradualmente desenvolve sentimentos por Jin Mi que Quem imaginaria que ele poderia ser atraído por Jin Mi?

Entre o mundo celestial e o mundo demoníaco, há um imensurável e profundo rio do esquecimento, onde a guerra entre a deidade do fogo e a deidade da noite finalmente irrompe.

Ao contrário de Ten Miles, decidi ler a novel antes de assistir o drama, assim eu posso ter uma visão com mais propriedade da história e do que foi mudado sem visualizar os personagens como no drama, tendo mais liberdade de imaginá-los com liberdade (o que foi um pouco difícil depois de ver o rostinho lindo do Deng Lung, mas okay).

Após sofrer com duas decepções amorosas, a deusa das flores dá à luz a sua filha Jin Mi, temendo o futuro da menina e sabendo que não viverá para guiá-la, ela ordena às suas 24 servas que mantenham o nascimento da neném em segredo e lhe alimentem com a pílula insensível que impedirá que, como ela, a filha caia na armadilha do amor e viva aprisionada por um sentimento que tem fim tão amargo. Durante dez mil anos, as servas devem não somente esconder a aparência de Jin Mi, mas mantê-la trancada no espelho d'água longe dos olhos do mundo e, assim, a deidade das flores falece sob a promessa que seria cumprida suas ordens.

Quatro mil anos depois, Jin Mi se tornou uma bela mulher escondida sob uma aparência masculina graças a um prendedor de cabelo encantado. Além de acreditar que é uma fada de fruta, nascida de um espírito de uva, a única coisa que ela almeja na vida é ascender a uma deusa. Tal como sua mãe queria, Jin Mi é incapaz de cultivar em si qualquer tipo de sentimento, seja amizade, amor, carinho, tristeza, raiva, etc. Ela é um espírito livre e curioso que nada sabe sobre a vida ou o mundo fora do espelho d'água e por não ser diligente em seus estudos não tem uma cultivação decente.

Um dia, um pássaro chamuscado cai em seu quintal e ela pensa que, sendo ele uma ave celestial, se comê-lo, poderá aumentar seu cultivo sem precisar estudar. Mas a ave se transforma em um homem bem quando está prestes a ir para panela e Jin Mi — que nunca tinha visto um homem sem roupa antes — finda por quase "capá-lo" acreditando que seu "apêndice" era na verdade um tumor (eu chorei de rir nessa parte). Quando a fênix finalmente desperta, ela começa a chamá-lo de corvo e, insultado, o belo homem fica sob seus cuidados por um tempo, irritado e ao mesmo tempo intrigado por ela.

Em retribuição por ter "salvado sua vida", Jin Mi pede a ele que a leve do espelho d'água para o reino celestial e ele assente. Lá em cima, ela entra no complicado universo dos deuses que escondem-se sob máscaras que ocultam suas jogadas de poder e, quanto mais convive com Xu Feng, mais a fênix se apaixona por ela. Contudo, o irmão mais velho dele, Ren Yu, a deidade da noite, também começa a nutrir um sentimento obsessivo por Jin Mi e fará de tudo para conquistar o insensível coração dela.

O passado da falecida deusa das flores, mãe de Jin Mi, acaba vindo à tona em uma profusão de confusões na qual ela se mete e acaba descobrindo-se não apenas uma deidade, mas filha do deus da água. A conspiração da imperatriz celestial, cega pelo imperador, coloca o destino de Jin Mi em pauta aliado ao sentimento de Sui He, a princesa pássaro que deseja se casar com a deidade do fogo. Incapaz de compreender o que é o amor, Jin Mi se vê numa teia de tramas que conspirarão para que ela e Xu Feng nunca encontrem o caminho um para o outro. Será o poder do amor capaz de vencer a pílula insensível e a insensibilidade dos deuses?

Confesso que não foi bem o que eu esperava. Eu tinha visto a sinopse do drama, Ashes of Love, e me interessado pela história, a OST do drama também é muito boa, mas eu estava um pouco traumatizada com as produções chinesas e seus finais ruins, pelo título da série, julguei que seria mais um final trágico. Quando encontrei a novel traduzida decidi ler primeiro porque aí a decepção seria menor, mas me surpreendi com um final que não é ruim, mas também não foi de um todo satisfatório.

Partindo de Jin Mi, muitas vezes parecia que ela não tinha engolido a pílula insensível, mas sim a pílula da estupidez! Okay que ela era incapaz de sentir qualquer emoção, mas algumas atitudes dela simplesmente não se justificavam por isso. Como o próprio Xu Feng disse uma vez "sua estupidez  é um insulto para sua aparência". Algumas vezes isso cabia bem como um recurso de comédia, mas tinha hora que se tornava só irritante mesmo e, por vezes, cansativo. A postura do Xu Feng também irritava em alguns momentos, ainda que ele fosse sempre sincero com seus sentimentos e aberto quanto a isso, por vezes sua atitude simplesmente contrariava o que ele dizia e o ciúme cego que ele tinha por ela era em alguns momentos enervante.

Ren Yu era suspeito desde que deu aquela fera da noite pra ela. Mano, não deu nem pra enganar, aquilo tava muito escrachado! Se alguém chegou a shippar eles dois leu a novel errado porque não é possível! O cara exalava falsidade com aquela pose de coitadinho solitário, convenceu não. A imperatriz celestial então era um nojo! E se alguém me surpreendeu realmente foi Sui He, eu nunca ia imaginar que ela tinha feito o que fez. Não ela pelo menos. Mesmo sendo bem detestável, ela não apareceu tanto ao ponto de eu me enojar e não conseguir nem ouvir o nome dela.

Falando dos demais personagens, Lao Hu era um cretino que poderia muito bem ter evitado a maior parte dos problemas, ele, ao contrário das damas das flores, não fez promessa a ninguém! Se ele via que ela tinha chance de desencadear o problema que foi, deveria ter dito a fucking alguém que ela tinha tomado aquela maldita pílula. Pu Chi era outro que me tirava do sério, cara ficava no pé da Jin Mi igual micose, aff. Mesmo o imortal da lua me irritava em alguns momentos, okay que ele queria amarrar a Jin Mi ao Xu Feng, mas sei lá, além de não ajudar os dois ele ainda ficava julgando ela por não fazer o que ele queria.

Contudo, se tinha uma coisa que me deixava muito enervada era a forma como a Jin Mi era um acessório. Ela vivia pedindo poder, mas não usava! Parecia o Ka Suo de Ice Fantasy. Senti falta de um pouco da postura da Bai Qian (Ten Miles) que partia pra cima, usava o poder, se defendia, não ficava paradinha esperando pelos outros. Caramba! A Jin Mi cuspiu a pílula insensível, mas a única coisa que ela fez no meio daquela puta guerra foi chorar e levar uma flechada. Mano! Filha do deus da água, da deusa da flor, mas parecia mais filha de uma uva mesmo. Servia pra nada além de causar a confusão e assistir o caos.

O final do livro é bom, mas me deixou a sensação que faltou alguma coisa. Sei lá, muito não foi explicado direito e ficou como que "aberto a interpretação", os acontecimentos pareceram meio atropelados e até os epílogos (sim, tem mais de um) não conseguiram suprir essa sensação de vazio. Ainda assim, a história em si é boa, a criação de mundo é interessante, embora no meu ponto de vista ainda perca um pouco pra Ten Miles, mas a mitologia em si eu achei bem bacana. Vale a pena ler, a tradução desse, inclusive, está bem melhor que a de Ten Miles, com menos erros grotescos. Vou ver o drama agora e sofrer o resto da desgraça haha. 

Download da Novel em PDF Aqui

sábado, 24 de outubro de 2020

[Drama] My Engineer

 

Título original: My Engineer มีช็อป มีเกียร์ มีเมียรึยังวะ

País: Tailândia

Episódios: 14

Ano: 2020

Diretor: Lit Samajarn

Gêneros: Comédia, Romance, Escola

Elenco: Na Songkhla Patpasit, Poy Kritsanapong, Talay Sanguandikul, Perth Stewart, Inntouch Naphat Chalermphonphakdee, Raf Peng Junjie, Shane Nutchapol Cheevapanyaroj, MD Nattapong Pibultanakiet

Sinopse: Quando Bon, um estudante popular de Engenharia, começa um plano de vingança contra Duen, um inocente estudante do primeiro ano na faculdade de Medicina, os sentimentos dos dois começa a crescer deliberadamente através de rosas que Duen tem que comprar pra Bon todos os dias durante um mês. 

A série traz os diferentes lados de cada casal e suas jornadas com seus amigos e relacionamentos. 

Onde Achar: Meow Fansub, Lianhua Fansub, P'Tieris Fansub

Bon é um popular estudante de engenharia — compete com alguns outros, mas ainda está na frente — que tem como principal "rival" Frong, um estudante de comunicação que é muito simpático e gentil (pelo menos na aparência). Os dois estavam fazendo uma sessão de fotos para o departamento de artes (ou jornalismo, não lembro) e durante a pausa ele acaba topando com Duen, um estudante de medicina que está domingo num banco bem próximo de um lagarto. Ao tentar acordá-lo — e o cara tava apagado como um defunto! — Bon acaba recebendo um belo soco no nariz porque Duen achou que ele ia beijá-lo e, assim, se torna incapaz de completar a sessão de fotos. Como punição, ele diz a Duen que, durante um mês, ele precisa levar uma rosa para ele no prédio da engenharia, contudo, a doçura de Duen, sua fofura e por vezes inocência quase estúpida, começam a conquistar o coração de Bon.

No grupo de Bon há mais quatro pessoas: King, o estudante bom em todas as matérias e altamente bonito (e também a razão pela qual eu vim ver esse drama, obrigada), Boss, um cara que simpático, mas tão lesado que quase tem trouxa tatuado naturalmente na testa, Mek, o caladão que é muito apegado a Boss e Tee o estrategista que vive pra resolver os problemas e dar as ideias. Mek é apaixonado por Boss desde que se conheceram na recpção dos calouros, mas com medo de destruir a amizade deles, nunca confessou seus sentimentos, guardando em silêncio uma dor horrível enquanto assiste no camarote o amigo dar em cima de garotas — sem sucesso — e ser feito de trouxa por boa parte delas. Entretanto, está sempre ao lado dele para apoiá-lo e defendê-lo mesmo que isso lhe destrua por dentro.

King desenvolve um interesse curioso por Ram, o melhor amigo de Duen, por causa do jeito muito calado e pouco sociável do garoto que é mestiço. De início, a postura de Ram intriga o rapaz que tenta se aproximar dele de todas as formas, mais como uma maneira de entendê-lo do que com algum interesse romântico propriamente. Contudo, a aproximação deles, especialmente quando Ram passa por problemas em casa, acaba despertando em King sentimentos com os quais ele não sabe lidar e tenta fortemente combater por acreditar que Ram não será capaz de retribuí-los — e em parte também por medo de admitir que gosta dele.

Ainda na faculdade, Frong se apaixona por Duen, mas este sequer nota seus sentimentos já que está encantado por Bon — ainda que negue isso até a morte —, ele acaba topando com Thara, o primo de Duen que é veterano em medicina. Poderá esse outro médico consertar a ferida que Duen abriu em seu coração?

Confessar que eu só vi esse BL por causa de Ram e King, mas acabei gostando dos outros casais, a história de Boss e Mek é muito triste e ao mesmo tempo muito fofinha, eu sentia realmente compaixão pelo Mek o tempo todo, a posição dele não era fácil e a cegueira do Boss era irritante! O Bon e o Duen conseguiam arrancar umas risadas, mas não cheguei a shippar loucamente, especialmente porque a pose tsundere do Bon me enervava! Por vezes, eu apoiava os foras que o Duen dava nele especialmente para frear o ciúme doentio do cara que dava piti por qualquer um que chegasse perto do Duen. Ainda assim, muitas vezes o Duen ficava um pouco infantil e acaba enfraquecendo um pouco minha torcida pelo casal.

No caso do Frong e do Thara, sendo bem franca eu não shippei muito, é um casal com potencial, tem um envolvimento bom, mas sei lá, achei que faltou sal. Aquela tática de ódio à primeira vista, especialmente super injustificado pelo modo grosso como o Frong tratou o Thara, não me convenceu.

Os reis desse BL são mesmo o Ram e o King! Além do casal distribuir química, a aproximação gradual e despretensiosa deles chegava a dar um calorzinho no nosso coração. King foi quebrando as barreiras do Ram com paciência e bom humor, sem forçá-lo. Soube estar ao lado dele e apoiá-lo recebendo em troca a admiração e a confiança do Ram. Concordo que achei a atitude dele meio estúpida quando ficou com medo dos próprios sentimentos, mas soou verossímil e justificável, especialmente a maneira como ele expressou a explicação das suas atitudes. O berro que eu dei no episódio 14 não pode ser expressado em palavras.

Infelizmente, apesar do drama ser muito bom, só dois casais acabaram fechados nessa primeira temporada e o meu não foi um deles (choremos), quem vai levar a segunda temporada nas costas, sem medo de errar, é o King e o Ram, não acho que o Frong e o Thara tenham química suficiente para engatar brilho numa série. A segunda temporada estreia o ano que vem e eu mal posso esperar, sendo franca! Preciso de mais Ram e King, mais fofura e o fechamento desse casal por quem eu torço horrores, especialmente dada a forma como as coisas acabaram entre eles no episódio final dessa temporada. Quero!

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

[Livro] Antes que as Luzes se apaguem

Título Original: What Light

Autor: Jay Asher

Gênero: Ficção, YA, Drama

Ano: 2018 

Páginas: 256

Sinopse: Por que colocar meu coração em algo que o destino simplesmente vai separar na manhã de Natal? Sierra e sua família vivem duas vidas: uma no Oregon e outra na Califórnia, durante as festas de fim de ano. Eles são donos de uma fazenda de árvores de Natal, mas este pode ser o último ano de Sierra na Califórnia com Heather, uma de suas melhores amigas.

As coisas parecem sair de controle quando Caleb, dono de um belo sorriso acompanhado de uma covinha, surge em busca de uma árvore. O que deveria ser apenas um “romance de Natal”, torna-se algo muito mais profundo. Apesar de sua aparência, os boatos que rondam Caleb sobre seu passado não são tão belos – e muito menos confiáveis –, fazendo com que Sierra precise tomar decisões sobre em quem ela deve confiar e até mesmo confrontar seus pais.

Mesmo com tudo conspirando para que as luzes do último Natal de Sierra na Califórnia se apaguem, Caleb e ela aprenderão como contornar todas as situações.

Todos os anos, antes do feriado de ação de graças, Sierra viaja com a família para a California deixando as amigas e a sua vida rotineira para trás. Isso porque seus pais são os donos de um comércio de árvores de natal. Mesmo que ela não goste de se separar das suas melhores amigas, Rachel e Elizabeth, não pode conter a saudade de Heather, sua melhor amiga de infância que vive na Califórnia e espera ansiosa todos os anos pelo mês de dezembro quando poderá desfrutar da companhia da amiga.

Contudo, esse ano promete ser diferente porque pode ser o último ano que a família viajará para a Califórnia já que os negócios da família não vão muito bem. Parte de Sierra está triste por isso, mas a outra parte nutre a esperança que as coisas naquela temporada melhorem e garantam a volta no ano seguinte. Heather está determinada a conseguir um relacionamento passageiro para a amiga uma vez que não quer mais ficar sozinha com o desatento namorado Devon, mas Sierra não está muito inclinada a aceitar a oferta.

Até Caleb aparecer.

O fascínio é imediato assim como a atração que parece unir os dois como pólos de um ímã. Só que há algo sombrio no passado de Caleb que pode dificultar a aproximação dos dois. Contudo, Sierra está disposta a cavar a verdade direto da fonte antes de decidir o que vale ou não a pena e seu amor de inverno, mesmo que ameace ser curto, pode ser intenso como uma vida inteira. 

Porém, um dos funcionários de seu pai, Andrew, que é apaixonado por ela há anos sem reciprocidade, decide atrapalhar o romance dos dois e Sierra vai precisar de muita garra para se impor e defender a verdade de Caleb contra o mundo que se virou contra ele. Ainda mais, vai precisar vencer os fantasmas do próprio Caleb se quiser viver o amor que nasceu pela primeira vez no seu coração.

Em meio a pinheiros natalinos e vidas familiares conturbadas, os dois vão descobrir a força da amizade, o valor do perdão e a preciosidade que é começar de novo.

Esse é um bom livro, não nego isso. Mas por alguma razão não consegui mergulhar nele como deveria. Talvez seja aquele tipo de livro que você pega numa véspera de natal com chocolate quente e uma árvore brilhando no canto da sala, não no calor infernal do nordeste com um ventilador que ao invés de resfriar deixa o ambiente ainda mais quente. 

Ou talvez seja apenas o meu momento errado de lê-lo. Ainda assim, mesmo não apreciando a leitura como ela merecia, reconheço que tem uma história muito boa ali, com personagens interessantes e bem construídos, uma narrativa fácil e rápida de ler além de debates interessantes. Achei a Sierra meio chata em alguns momentos, mas as qualidades da personagem superavam e muito os defeitos aparentes (e ninguém é perfeito, né?) mesma coisa com o Caleb, no meu ponto de vista o drama dele foi um pouco exagerado, quer dizer, quem nunca perdeu o controle uma vez na vida? 

Em parte eu concordo que ele teve uma reação irracional, talvez (e é um talvez bem grande) ele pudesse ter feito uma besteira, mas ainda assim não acho que seu instinto primitivo teria se sobreposto à razão nesse caso em específico. Então, sim, acho que o julgamento sobre ele foi exagerado, ainda que completamente verossímil até certo ponto. A Heather me lembrou muito Vee de Sussurro e tinha momentos que eu a achava bem irritante, ainda bem que a superficialidade dela era mínima o que contribuía para sentir simpatia pela personagem.

Recomendo pra quem procura um livro levinho de amor adolescente com umas pitadinhas de reflexão.  

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

[Drama] Gameboys

Título Original: Gameboys

Diretor: Ivan Andrew Payawal

Gêneros: Amizade, Comédia, Romance, Juventude, Drama

País: Filipinas

Episódios: 13

Elenco: Kokoy de Santos, Elijah Canlas, Adrianna So, Kyle Velino, Miggy Jimenez

Sinopse: Uma história sobre um streamer de jogos ao vivo, Cairo, e o jogador e fã Gavreel, que se conheceram depois de competir em um jogo online no qual o jogador desconhecido Angel2000 (Gav) vence o popular jogador Cai.

Eles começam como concorrentes de jogos online, mas será que o relacionamento deles acabará se tornando amizade? ... ou talvez algo mais?

Onde achar: Lianhua Fansubs e Meow Fansub

Meu primeiro drama filipino!

Cairo é um famoso gamer com vários seguidores na internet que, até então, nunca havia sido derrotado. Até que um dia, um usuário chamado Angel2000 o derrota em uma live. Sem acreditar naquilo, Cairo ainda recebe um convite de amizade do usuário que se diz apaixonado por ele, seu nome é Graveel e é fã dele, inclusive, diz que só começou a jogar para se aproximar de Cairo. Claro que o jovem não acredita de cara no garoto apesar de se sentir, de algum modo, mexido com aquilo.

Gav não se intimida com a resistência do crush e investe com todas as armas que tem em conquistá-lo. Uma amizade se estabelece entre eles e Cairo tem a chance de conhecer um pouco mais sobre a vida de Gav que perdeu os pais e a avó, tal como conta a ele sobre a situação do seu pai que está no hospital com o covid-19.

No meio da pandemia, a relação virtual de Gav e Cai começa a evoluir para sentimentos maiores do que eles são capazes de acreditar, tal como a vontade de se ver. Mas o primeiro obstáculo aparece na figura de Terrence, o ex de Gav que está disposto a pegar o namorado de volta. Com ciúmes e sem querer admitir isso, Cai acaba magoando Gav. Com a ajuda de Pearl, melhor amiga de Gav, eles conseguem resolver suas diferenças, mas é só o começo das dificuldades que precisarão enfrentar.

Em pleno isolamento social, Gameboys nos traz não somente um retrato do mundo que o vírus está construindo, mas um vislumbre das relações interpessoais e amorosas, os desafios que, mesmo sendo diminuídos com a tecnologia, não substituem o contato humano. A necessidade de estar perto e sentir aqueles que amamos. Com muita responsabilidade, o drama independente (gravado com um iphone!) conta com um elenco muito competente que não apenas representou muito bem as dificuldades emocionais do momento tenso que vivemos, mas mesclou isso com os obstáculos enfrentados pelo movimento LGBT e de quebra nos deu um romance muito gostosinho de acompanhar.

Para quem nunca viu um drama filipino, é um idioma um pouco estranho sim, mas o drama é tão bom que você se acostuma rápido! Vale muito a pena assistir!

[Relendo&Resenhando] Paixão

 

Original: Passion

Autor: Lauren Kate

Série: Fallen #3

Sinopse: Luce morreria por Daniel. E morreu. Vez ou outra. Ao longo do tempo, Luce e Daniel se conheciam, apenas para serem dolorosamente dilacerados: Luce morta, Daniel ferido e sozinho. Mas talvez ele não precisasse ser assim… Luce está certa que algo— ou alguém —em uma vida passada pode ajudá-la em seu presente. Então ela começa a viagem mais importante desta vida… Indo eternidades de volta para testemunhar em primeira mão seus romances com Daniel… e finalmente descobrir a chave para fazer o seu amor passado. Cam e as legiões de anjos e Párias estão desesperados para pegar Luce, mas nenhum é tão frenético como Daniel. Ele persegue Luce através de seu passado compartilhado, aterrorizado com o que poderia acontecer se ela reescrevesse a história. Porque o seu romance pelas eras podem se transformar em chamas… Para sempre.


Na sequência do Tormenta, Luce embarca em uma viagem sem freios pelos anunciadores em busca da origem de sua maldição — e dessa forma conseguir quebrá-la —, mas sua falta de experiência começa a atrapalhá-la até que conhece um ser chamado Bill, ele assume a forma de uma gárgula de pedra e promete ajudar Luce a viajar pelo passado e vencer a maldição libertando a si mesma e Daniel.

Após hesitar, ela acaba aceitando e começa a aprender mais sobre a viagem em anunciadores e sobre seu passado com Daniel. Revisitando suas vidas anteriores, Luce começa a compreender mais sobre si mesma e sua relação com Daniel, ainda mais, consegue ter uma ideia do que acontece com ela quando ele a beija e as consequências devastadoras que suas mortes causam no anjo que, mesmo passando por todo o sofrimento, não desiste de encontrá-la.

Porém, analisando a situação sobre todas as óticas, Luce começa a se perguntar se seus sentimentos por Daniel são de fato verdadeiros ou submetidos pela maldição que os une. Como ela, Daniel também viaja pelo passado tentando, a partir das outras Luces, descobrir o que é diferente nela agora enquanto luta para provar que seu amor por ela é real, acreditando que sempre a encontraria não importava o que.

Quanto mais mergulha no passado e descobre sobre suas vidas anteriores, Luce, estimulada por Bill, começa a "possuir" o corpo das suas "eu" anteriores para vivenciar de modo mais real seus sentimentos e seu desejo por Daniel (além de suas mortes), contudo, ainda há uma chave escondida que ela não consegue alcançar, a sensação constante de que esqueceu algo importante.

Daniel tenta consertar no passado erros que podem mudar seu destino com Luce, mas alguém pode atrapalhar de vez e para sempre o final feliz dos dois.

Quase todo mundo diz que esse é o livro mais chato do quarteto, já ouvi comentários de que desgostaram mais desse que do Tormenta. Bem, eu discordo, não que a leitura do Paixão seja maravilhosa todo tempo, mas passear pelas vidas anteriores de Luce e conhecer mais um pouco de tempos e espaços diferentes, pelo menos para mim, foi bem legal. Em especial as passagens na China, na antiga tribo maia com seus costumes bárbaros e chocantes, ou ver seu eu detestável na Inglaterra. 

Mesmo que, por vezes, Luce seja insuportável nas suas atitudes imbecis e não tenha desconfiado em nenhum momento de Bill mesmo ele tomando atitudes bem suspeitas o tempo quase todo, ou de como Daniel parecia sempre atrasado, foi bem verossímil não apenas a escolha dela de tentar entender seu presente através do passado, ainda que por vezes isso seja feito da forma errada. Concordo que, no começo, o livro tem um ritmo bem arrastado só vindo a engatar de verdade ali pelo capítulo 10 ou 12, ainda assim, achei a leitura muito mais prazerosa que seu antecessor.

sábado, 26 de setembro de 2020

[Drama] Ugly Duckling - Don't

 

Título original: รักนะเป็ดโง่ Ugly Duckling ตอน DON'T

Diretor: Chatkaew Susiwa

Gêneros: Amizade, Comédia, Romance, Escola, Juventude, Drama

País: Tailândia

Episódios: 7

Ano: 2015

Sinopse: Maewnam (Lapassalan Jiravechsoontornkul) é uma menina que sofria de trauma quando criança, ela confessou a um menino que ela gostava, mas foi rejeitada e chamada feia. Isso iniciou uma cadeia, na qual as outras crianças também a chamavam de feia. Desde o acidente, ela sempre usava uma caixa sobre a cabeça e sempre ficava em casa sem interagir com ninguém. Ela cede a freqüentar a escola depois de muito implorar de seu pai. Na escola, ela faz amizade com Minton (Chatchawit Techarukpong), um menino doce, flirty, genuíno e um bad boy, Zero (Jirakit Thawornwong), que sempre cria problemas. Ela enfrenta novos problemas relacionados à vida social. Mas um belo dia ela é forçada a remover sua caixa e todo mundo vê que ela é bonita. Minton e Zero confessam seu amor a ela, mas quem ela escolherá?

Onde Achar: Banzai Dramas Fansub (todas as temporadas)

Esse foi meu primeiro drama tailandês, quer dizer, o primeiro que eu tentei assistir, mas na época eu não consegui lidar com a estranheza do idioma e o site pelo qual eu estava vendo não ajudava muito com players complicados de carregar. Acabei deixando de lado e, dia desses, acabei lembrando que nunca havia terminado, então peguei minha irmã e baixei ele todo para enfim finalizar.

A história tem uma premissa muito interessante (e foi isso que me chamou atenção na época), Maewnam, ao se declarar para um garoto na escola quando ainda era criança, foi cruelmente rejeitada e chamada de feia na frente de um grande grupo de garotos que começaram a chamá-la de feia também humilhando-a. O impacto daquela palavra na vida da menina foi tão forte que ela começou a esconder o rosto, primeiro em um saco de papel e depois em uma caixa de papelão. 

Por anos, Maewnam ficou presa dentro de casa, terminou o fundamental com professores particulares, recusava-se a mostrar o rosto mesmo para os próprios familiares. Até que, preocupado com o futuro dela, o pai recorre à terapeuta que atendia à menina e pede conselhos, ela o instrui a ser firme e reinserir a filha no convivío social escolar. Assim, ele a matricula no mesmo colégio que Plawan, seu irmão mais novo, e a força a estudar com outros alunos novamente. Claro que uma garota com uma caixa na cabeça é praticamente um chamado para provocação e com Maewnam não seria diferente.

Ela conhece, bem no primeiro dia, Minton, um belo jovem cheio de atitude, com um carisma tão contagiante quanto sua própria autoestima. Ele se aproxima de Maewnam sem invadir o espaço dela, mas ela também acaba esbarrando em Zero, o aluno mais problemático da escola, ele fica intrigado com a atitude dela e tenta forçá-la a tirar a caixa da cabeça, Meawnam acaba tendo um ataque e é ajudada por Minton que entra em uma briga com Zero. Ainda assim, no meio de uma confusão, ele acaba conseguindo tirar a caixa da cabeça dela e vê seu rosto pela primeira vez, se apaixonando por ela.

A coisa é que Zero é noivo de Viviene, a garota mais bonita da escola, um noivado arranjado pelas famílias deles que ele nunca aceitou (mas que ela nutria esperanças de fazê-lo mudar de ideia), e Minton, mesmo deixando-a sempre confortável e respeitando seus limites, esconde um segredo que pode afastá-los para sempre. Contudo, Meawnam é irrevogavelmente atraída por Zero mesmo ele sendo violento e quase sem qualquer trato social. Com os dois garotos lutando pelo seu coração, quem ela vai finalmente escolher?

Como disse, eu gosto muito do plot do drama em si, o mote de lidar com um trauma nesse nível, especialmente causado na infância onde nossa visão de mundo inicial é consolidada, foi muito legal. Também nos leva a perceber o poder das nossas palavras sobre as outras pessoas, contudo, pelo fato do drama ser muito curtinho, isso acaba se perdendo um pouco. as personagens poderiam ter sido melhor desenvolvidas, ainda assim, dentro da proposta e tempo, o trabalho ficou magnífico embora as atuações (ali de início de carreira mesmo) tenham deixado um pouco a desejar.

É aquele tipo de drama bem pipoca, sabe? Pra você que procura uma coisa rápida e bem teen pra assistir. Ele trata de assuntos como bullying e traumas, mas não se aprofunda em nenhum dos dois, o romance é bem açucar e não tem muito mistério, sendo bem franca, achei aquele episódio final bem desnecessário, ainda assim fica aqui a indicação pra quem quer passar o tempo com um drama curtinho.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

[Livro] A Abadia de Northanger (+Filme)

 

Título Original: Northanger Abbey

Autor: Jane Austen

Ano: 1817

Gêneros: Ficção gótica, Romance, Sátira, Romance de amor

Sinopse: “A Abadia de Northanger” é, sem dúvida, um dos romances mais elaborados da época – uma comédia satírica que aborda questões humanas de maneira sutil, tendo como pano de fundo a cidade de Bath. O enredo gira em torno de Catherine Morland, que deixa a tranquila e, por vezes, tediosa vida na zona rural da Inglaterra para passar uma temporada na agitada e sofisticada Bath do final do século XVIII. Catherine é uma jovem ingênua, cheia de energia e leitora voraz de romances góticos. O livro faz uma espécie de paródia a esses romances, especialmente os escritos por Ann Radcliffe. Jane Austen faz um eloquente contraste entre realidade e imaginação, entre uma vida pacata e as situações sinistras e excitantes que os personagens de um romance podem viver.

Esse era um dos livros de Jane que eu mais queria ler porque, por alguma razão, achava sua adaptação realmente fascinante. Nele conhecemos Catherine Morland, a heroína de Austen nesse romance que contrasta muito com suas demais criações de forma bastante proposital, mas ainda assim não deixa de nos causar alguma estranheza. Em primeiro lugar — e similar às suas companheiras de criação — ela é de renda modesta quando comparada ao seu interesse amoroso, mas diferente de Elizabeth Bennet ou Fanny Price, Catherine não tem qualquer inclinação intelectual, mostrando-se não apenas uma típica e tola adolescente de dezessete anos, mas com claro repúdio à instrução em si. Mesmo Emma, que se achava autossuficiente e perfeita — por vezes até mesmo depreciando a leitura — tinha alguma inteligência firmada e talentos típicos da sociedade da época.

Num primeiro momento, essa diferença já nos aproxima um pouco de Catherine e, com talvez a mesma intensidade, nos faz hesitar com relação a ela. Crescendo numa família de dez irmãos, Catherine não demonstrava interesse por atividades consideradas primordiais para as jovens da época como pintar, desenhar, cozinhar, costurar, não tinha qualquer talento notável e não gostava de estudar. Preferia jogar com os irmãos mais novos e, já no final da adolescência, não tinha nada que realmente a destacasse, fosse no quesito intelectual ou físico já que não era dotada de beleza estonteante, ainda que não se pudesse considera-la feia.

O casal Allen, vizinhos e amigos íntimos da família Morland, e de condições financeiras aceitáveis, vendo que a jovem menina estava em idade de ser apresentada socialmente, levam-na para a temporada em Bath sob sua tutela. Deslumbrada com a cidade comercial e cheia de atividades, Catherine acaba conhecendo Isabella Thorpe que vem a se tornar sua melhor amiga e a coloca no mundo sem volta dos romances góticos. Fascinada pelos Mistérios de Udolfo, Catherine se entrega aos prazeres da imaginação e se deslumbra com o ambiente sombrio dos livros enquanto desperta o interesse de John, o irmão de Isabella e se apaixona por Henry Tilney praticamente à primeira vista.

Em uma teia de mal entendidos e com sua inocência misturando realidade com ficção, Catherine Morland vai lutar pelo coração do homem que ama ao mesmo tempo em que aprenderá que a confiança é um tesouro que não deve ser distribuído sem precauções.

Desde que vi a adaptação cinematográfica da obra muitos anos atrás, tinha em mente que era uma espécie de sátira, embora no filme as críticas de Jane não sejam tão expressas de maneira tão escrachada como são no livro. E essa foi uma das coisas que mais gostei, o olhar afiado da autora que, mesmo enquanto critica os clichês e a previsibilidade do gênero que explodira na época, não desencoraja seu consumo ao afirmar, através de seu personagem Henry Tilney que “qualquer pessoa, seja homem ou mulher, que não souber apreciar um bom romance deve ser insuportavelmente estúpida” e ela reafirma essa certeza em seu personagem Jonh Thorpe, irmão de Isabella, que despreza o gênero e é desprovido não apenas de bom senso, mas de sagacidade e inteligência.

O antagonismo da obra fica por parte de Isabella Thorpe e do general Tilney, pai de Henry. A primeira é a típica personagem falsa e hipócrita muito comum nos livros de Jane como a irritante Lucy Steel em Razão e Sensibilidade, por vezes me via irritada com a cegueira de Catherine em relação a essa personagem quando ficava bem na cara que ela era uma cobra, ainda mais quando Henry tentou alertá-la disso e ela simplesmente se recusou a acreditar. Sério, era muito irritante. No caso do General Tilney, tão hipócrita quanto Isabella, seu papel de antagonista é menor, ainda que não menos incômodo, ao contrário de outros “vilões” de Jane, bem mais no calibre de Willoughby, o general se encaixa na categoria de personagens duas caras que figuram no papel de bom patriarca, mas na verdade esconde um gênio opressor.

A língua afiada de Jane é bem mais aberta nessa obra, talvez por não ter sido editada por ela — já que é um livro póstumo —, que morreu antes de conseguir revisá-lo, nos damos conta de todas as liberdades que ela tomava nas suas opiniões de forma mais “crua” na falta de uma palavra melhor, mas em nada isso diminui a beleza ou a forma como esse livro é gostosinho de ler. Além de que ela dá uma cara menos editada da sociedade da época e ressalva sem rodeios e licenças poéticas a realidade de sua personagem imperfeita o que só aumenta nosso prazer enquanto acompanhamos o crescimento pessoal de Catherine.

Em relação ao mocinho da obra, Henry Tilney não é tão doce quanto Edmund, ardente como Darcy ou tímido quanto Edward, mas não deixa a desejar sendo um adorável personagem sensato no meio de uma teia de maluquices e insensatez. Gostava muito da forma como ele era protetor com a irmã sem ser machista, do modo como ele enfrenta o pai pelo que quer e, sobretudo, da maneira bem humorada com que ele procurava agir mesmo quando ia censurar a conduta de alguém. É impossível não se apaixonar por esse personagem, equipara-se, inclusive, a Edmund um dos meus favoritos de Jane (e Henry ganha ao se salvar de agir como um babaca cego por um rabo de saia).

Mesmo que Razão e Sensibilidade continue ganhando como minha obra favorita de Jane, A Abadia de Northanger figura no meu top 3 não apenas por seu humor ácido, mas por seus personagens adoráveis ou repulsivos. E poucos autores conseguem criar tão bem personagens como Jane. Mais que recomendado.

Adaptações


Direção: Jon Jones

Ano: 2007

Elenco: 

Felicity Jones

JJ Feild

Carey Mulligan

Como era de se esperar de uma adaptação literária, o filme tem sua glória como todas as excelentes adaptações da BBC, mas apela para os cortes muito significativos na trama do livro tirando alguns momentos importantes e pontuando outros de forma diferente do material original, claro que isso é compreensível em uma produção de pouco mais de uma hora e, mesmo o livro sendo curto se comparado aos demais, achei que o filme é sim fiel ao texto de Jane e abarca os principais pontos da obra.

O destaque, contudo, fica por conta das excelentes atuações de JJ Field que dá vida ao adorável e sensato Henry Tilney e Felicity Jones que foi maravilhosa como a ingênua (e por vezes desmiolada) Catherine, além de Carey Mullingan como a detestável e falsa Isabella. Eles conseguem não apenas representar de forma fiel suas personagens como as fazem soar naturais aumentando a verossimilhança com o leitor da obra.

Uma coisa que eu acho válido destacar são os "acréscimos" que o longa oferece e não são mostrados no livro como os devaneios de Catherine, que apesar de escritos pela autora são breves e não muito aprofundados e o plano de fundo de Isabella que fica apenas subtendido nas entrelinhas e no filme se torna bem mais claro o fato da sua ruína completa.

Gostei, inclusive, do fato do roteirista ter tirado as partes com o General Tilney que era quem acompanhava Catherine a maior parte da visita à abadia, eu achava ele um personagem muito incômodo. E a relação dele com a falecida esposa também foi modificada no filme, no livro Henry chega a afirmar que ele a amava, apesar de fazê-lo do jeito dele. Uma coisa de que senti falta e, dada as licenças que o longa tomou, poderia ter sido aproveitada era o plano de fundo de Eleonor, que fica um pouco mais aberto que o livro (no qual só é explicado de fato no final), mas que poderia ter ganhado alguns minutinhos de espaço aqui.

Ainda assim, nada tira a beleza e a delicadeza desse filme maravilhoso e tão gostosinho quanto seu livro. Fica a super recomendação para quem não viu.

Há um outro filme mais antigo desse livro, de 1986, contudo, não consegui encontrar para assistir então não posso tomar notas das minhas impressões.


quarta-feira, 23 de setembro de 2020

[Drama] Love me If You Dare

Título Original: 他来了,请闭眼 [Ta Lai Le Qing Bi Yan]

País: China

Direção: Zhang Kaizhou

Gênero: Crime, suspense, romance

Ano: 2015-2016

Episódios: 24

Elenco: Wallace Huo

Sandra Ma

Zhang Luyi

Wang Kai

Yin Zheng

Sinopse: Ficar dentro da cabeça de um criminoso violento não é fácil. Mas Simon Bo (Wallace Huo), um brilhante psicólogo criminal, tem a habilidade de entrar nas mentes dos criminosos mais misteriosos e violentos. Ele era um professor na Universidade de Maryland (USA) e agora na china, ele trabalha como analista e consultor do departamento de polícia, nos casos mais violentos e difíceis. Com a ajuda da sua jovem assistente, Jenny Jian (Ma Si Chun), Simon investiga os pensamentos e intenções de mentes criminosas. Sendo filha de um investigador de polícia e com um profundo senso de justiça, pode Jenny ajudar Simon a se abrir emocionalmente? Como eles irão trabalhar juntos para solucionar os crimes?

Baseado na novel When He Comes, Close Your Eyes por Ding Mo

Onde Achar: Banzai Dramas e Subarashii Dramas

A China me trolando mais uma vez, aff! ¬¬'

Quando volta para a China, Jian Yao consegue um emprego temporário como tradutora para Bo Jin Yan, um excêntrico psicólogo criminal que tem problemas com relações interpessoais e seu único amigo — e portão com o mundo exterior — é Fu Zi Yu um brilhante desenvolvedor de sistemas e hacker. Jian Yao não demora muito para compreender o jeito de seu novo chefe e suas esqisitices, além de ter uma espécie de ligação com ele — do tipo entender e saber lidar — conforme vai traduzindo e convivendo (se é que dá pra falar assim) com Jin Yan, ela acaba se tornando sua parceira na solução de um caso de serial killer envolendo garotos da sua cidade natal.

Percebendo o talento dela para desvendar a mente criminosa e, sobretudo, sua atenção com detalhes, Bo Jin Yan decide contratá-la permanentemente como sua assistente — além do claro fato de se sentir bem ao lado dela, algo realmente difícil para alguém como ele. Só que ele não contava com a negativa de Jian Yao, ela não deseja um trabalho tão perigoso, para ela a rotina de um escritório dentro da sua área de atuação é mais que suficiente, ou pelo menos era o que ela pensava.

Com a ajuda de Zi Yu, Jin Yan recorre a estratégias para amolecer o coração da jovem. Inclusive, aceita um caso na empresa da sua irmã — onde Jian Yao está trabalhando — envolvendo tráfico de drogas e que pode ter a ver com o noivo da irmã dele. Apesar de, no começo, Jian Yao se sentir chateada pela perseguição clara dele, logo se dá conta de que a vida pacata para a qual se preparara já não lhe satisfazia, assim, ela acaba aceitando ser assistente do psicólogo e em meio à resolução de casos cada vez mais brutais, uma mente assassina é revelada como a mentora que interconecta todas as mortes sangrentas que eles desvendaram até então.

Bo Jin Yan vai precisar de toda sua inteligência e força para proteger Jian Yao e provar ao FBI que ele não é quem o assassino diz. Sempre precisando estar um passo à frente o jogo final vai decidir quem é a mente mais brilhante no jogo de vida e morte tramado pelo psicopata.

Confesso que, quando comecei esse drama, não estava dando muito nele, apesar de ter gostado muito do primeiro episódio. Logo, comecei a ver com a minha irmã e nossa empolgação ficou clara, era uma mistura de Agatha Christie com Arthur Conan Doyle, sem contar em Wallace Huo no elenco só isso já é uma baita recomendação. E a trama se desenrola bem, Jin Yan, mesmo brilhante, tem um problema sério em se relacionar com as pessoas, ele geralmente é frio, sarcástico, por vezes cruel por nunca esconder sua bruta sinceridade — ou não saber socialmente como aplicá-la — e seu entrosamento com Jian Yao lhe permite aprender as nuances das relações interpessoais.

É muito bonitinho e até divertido acompanhar esse desenvolvimento dele. Jian Yao, por sua vez, apesar de ser o típico personagem feminino meio estereotipado tem suas qualidades por se mostrar corajosa e inteligente — quando ela quer, pelo menos e considerando o gosto que a China tem por criar personagens femininas meio... né? Ela até que se safa. Contudo, em boa parte do tempo, eu achava a personagem muito chata, sério mesmo. Fu Zi Yu é de longe meu favorito nessa série, ele é engraçado, bem humorado, leal, fofinho, gente, não tem como não se apaixonar por ele.

Só que, mesmo que a trama caminhe bem boa parte do tempo, ali pelo episódio 19 ela começa a desandar. Eu nunca vi um compilado de acontecimentos desnecessários acontecendo ao mesmo tempo num único dorama, sério mesmo. Eu e minha irmã ficávamos só debatendo qual merda viria a seguir e o que foi aquele último episódio que terminou com cara de aberto e ruim? Faltou tão pouco para eu fechar ele com 10, mas desandou tão feio que acabou com um 8,5 e isso ainda foi muito gentil da minha parte. Fiquei triste, era uma história boa, com atuações decentes, mas se perdeu muito.

Quando passar a raiva ainda vou procurar ler a novel pra ver se é igual ou se — como eu acredito — é melhor. Para quem tiver interesse, as meninas do blog Doramas 24 horas traduziram ela inteira.