quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A explicação da sumidinha...

Ok, eu sei que dei uma sumida grande, não postei por basicamente a semana toda, mas vou organizar as tags do blog hoje ok? Bom, motivo para isso, fora a minha falta completa de organização do meu tempo, foi que eu não tinha, realmente, o que dizer. As coisas andam tão estranhas ultimamente que eu tenho me pego divagando mais entre a filosofia e a psicologia do que qualquer outra coisa. O gif que encabeça o post é da nova série Reign, que eu estou assistindo e se você é como eu que ama tudo relacionado à idade média não pode deixar de assistir! O segundo capítulo da série sai hoje e é, provavelmente, a única coisa positiva que posso trazer para vocês no momento.
Eu tenho me esforçado, muito mesmo, para não apenas entender o que anda acontecendo comigo, mas intervir nisso. Quando paro para avaliar a pessoa que eu sou hoje, que eu me torno a cada dia eu me pergunto se a criança que eu fui teria orgulho da garota que eu sou hoje e não acredito que seria uma resposta positiva... Infelizmente essa é a verdade. Eu poderia culpar tantas coisas e pessoas, mas quão certo isso seria se a culpa é, de fato, inteiramente minha? Eu me permiti chegar a este ponto e encontro no momento completa dificuldade em retroceder a meu estado anterior... Isso me preocupa porque eu realmente não quero ser essa pessoa que consegue odiar, que diz palavras tão duras e tão erradas, essa pessoa inquieta e tão cheia de dúvidas, cuja inocência do espírito perdeu-se completamente na perversão do tempo. É tão difícil encarar isso. Além do fato de parecer que eu me apaixonei pela tristeza, a certo ponto que não consigo afasta-la de mim, quase como uma constante necessidade de senti-la percorrendo meu sangue, obstruindo minhas veias, me matando lentamente... Aquela vontade quase constante de viver na escuridão quando, na verdade, eu desejo profundamente a luz, sentir-me morrendo quando grito loucamente pela vida. Não desejo para ninguém essa sensação tão amarga.
Estive me perguntando se, ao longo de todo esse tempo, eu fora útil para algum propósito, se consegui cativar alguém, se a vida teve algum sentido comigo. Eu não sei sinceramente a que Deus me designou quando me fez a pessoa que gosta de escrever e criar mundos, de cantar escondida no quarto e tem a necessidade de sempre ler e se sentir diferente das outras pessoas... Parece que eu não sirvo para fazer nada. Tenho receio de trabalhar e perder o tempo geral de escrever e ler, não tenho aptidão e nem moro em um lugar que me proporcione conseguir um emprego decente em algo que eu busco como o mercado editorial, fica difícil a situação. Quando eu imagino o meu futuro, o que não é nem uma coisa boa, eu não consigo ver nada. Parece que nenhum dos meus sonhos ou das minhas ambições tem algum valor ou alguma chance de concretizar. Estou a dois passos do ENEM, minha única chance de conseguir vaga em um bacharelado em Letras e, consequentemente, uma chance de emprego no mercado editorial, mas eu me pergunto se eu estou mesmo pronta para lidar com isso - além do fato de que até hoje eu nunca consegui entrar em nada pelo ENEM. - eu realmente vou apostar todas as minhas cartas sem sequer medir as consequências, pela primeira vez na minha vida eu quero realmente arriscar, por mais que eu saiba o quão difícil será, o quão doloroso é dar esse tipo de passo, em especial para alguém como eu, mas não há nada que eu queira com mais vontade do que esta chance.
Não para provar a ninguém que eu consigo, mas para dar a mim mesma a esperança de que eu posso ir além do que eu acho que sou capaz - o que de fato não é muita coisa - sabe blogueiros, as pessoas tem o péssimo costume de me superestimar ou de me empurrar para um pouco abaixo do inferno, em ambos os casos eu odeio. Não gosto quando me usam de exemplo da garota de letras que tem vocação, talento e inteligência por toda a sala, odeio quando apontam o holofote para o meu rosto como se eu fosse uma atração de circo! Isso não é verdade. Colocam tanta expectativa e me dão tantas qualidades que não me pertencem que eu acabo ficando frustrada por ter a certeza de que não vou conseguir atingir aquelas metas. Ou do contrário me colocam tão para baixo do inferno que não me sinto um ser humano. E em ambos os casos, empatam-se em número e intensidade, quando opto por não ligar para o que pensam algo dentro de mim me alfineta e vez ou outra me pego pensando naquilo... É contraditório e muito ruim! Eu não tenho expectativas com relação à mim mesma, até porque cada dia que passa eu me decepciono mais e mais comigo, não entendo como a pessoa que eu costumava ser e a pessoa que eu sou agora puderam se separar tão bruscamente. Queria minha retração, introspecção aguçada, isolamento e, admito, até lágrimas de volta! Podia me fazer mal ser do jeito que eu era, mas eu era em parte muito mais feliz daquela maneira tão estranha e apagada. Dificilmente chamava atenção, dificilmente me odiava com tanta intensidade quanto agora.

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