Eu
ando bem irritada galera... Na verdade as emoções dentro de mim andam de tal
forma que eu não sei exatamente o que ando sentindo... É muita sensação
misturada. Aconteceu algo ontem que me deixou profundamente chateada e o quanto
antes a minha irmã sair desse emprego e recuperar o viço da sua alegria melhor
eu vou me sentir. Não sei se vocês tem notado que eu tenho aparecido menos aqui
no blog com relação à mim mesma... Como eu havia dito antes, a minha irmã me
comprou um diário então eu vou dosar bem o que dividir aqui no Book Of Days, e
coisas como essas que eu presenciei ontem é preferível que fique apenas onde só
eu posso ter acesso. Há muito admito que eu precisava de um diário e agradeço
profundamente a ela por ter me dado mais esse “cano de escape” para minhas
emoções diárias que são, em sua grande maioria, ruins.
Os
anos vão passando, mas é surpreendente como algumas coisas nunca mudam! Quando
eu tinha doze anos de idade, a maior diversão e até mesmo empenho de parte das
minhas amigas na escola era a pretensão de que eu “desencalhasse”, não sei se
pelo fato de elas acharem que um namorado colocaria fim ao meu estado
depressivo que eu descobriria mais tarde ser endógeno, ou se pelo fato de elas
se admirarem por eu ser virgem da boca naquela idade quando até os primos eram
válidos como primeiro beijo. De fato, eu não me preocupava com isso, admito até
que gostava da arte de tentar cativar alguém, mas a ideia de um relacionamento
era apavorante pra mim! (Ainda é). Eu tinha outras aspirações, queria ser escritora,
queria subir na vida e ser literalmente “dona do meu nariz”, queria ter um
futuro, um cachorro e morar em um apartamento ou uma casa com jardim pelas
bandas dos Estados Unidos ou em algum cantinho na Inglaterra. Com o passar dos
anos muitas dessas aspirações mudaram, com as dificuldades, morar fora se
tornou uma ambição quase morta, que ficara em coma no fundo da minha mente, mas
o desejo de escrever só aumentou... E mesmo que esse pareça um sonho cada dia
mais distante, não é algo que eu consiga desistir. Mas a persistente ideia das
pessoas que me cercam de que eu realmente preciso namorar é incômoda para mim!
Acho que o fato de eu estar solteira e virgem incomoda mais a elas do que a mim
mesma. Parece que o fato de eu ser e pensar diferente dessa sociedade retrógada
(porque eu simplesmente não considero o mundo em que vivemos avançado em nenhum
aspecto) é um pecado, um crime, algo que precisa de intervenção. Na cabeça de
algumas pessoas o fato de eu estar solteira e de buscar a satisfação pessoal em
um futuro sólido sem a pretensão de me engajar em um relacionamento amoroso
implica dizer que eu vou ser freira! Sinceramente? Não que isso me incomode,
mas acho que alguns dos meus “amigos” deveria ir procurar o que fazer com a
própria vida ao invés de cuidar da minha. Só porque o fato de eu não gostar de
festas que julgo patéticas (pelas bandas e pela maioria das pessoas que gosta
delas) e o fato de eu não me interessar por embalagens bonitas com conteúdo
zero, que fazem os relacionamentos de hoje em dia, não quer dizer que eu vá ser
freira ou que tenha algo errado comigo (tá, talvez até tenha, mas não me
incomodo em ser diferente.) é uma opção minha estar sozinha, até mesmo se eu
tivesse o intuito de me arriscar em um relacionamento (o que realmente eu não
quero mesmo agora) eu procuraria uma pessoa com conteúdo, que gostasse de
conversar – e que tivesse sobre o que conversar! – que tivesse as mesmas
perspectivas de futuro que eu, que sonhasse mais longe e até mesmo fora daqui,
que apreciasse um bom livro e uma boa música, que fosse meu parceiro além do
relacionamento... Alguém que conseguisse ignorar a minha aparência, que
enxergasse em mim algo bom... Algo mais. O problema é que essa bendita pessoa
nunca existiu! E eu não vou ser uma tola romântica de esperar por ela a vida
toda. Portanto a opção de estar sozinha para mim é não apenas válida como
confortável, por isso acredito que minhas decisões devem ser respeitadas! Eu e
a minha privacidade relacional devemos ser respeitados, ninguém tem nada a ver
com a minha vida amorosa inexistente, eu não estou preocupada com ela, porque
incomoda tanto outras pessoas?
Eu
não sou bonita, eu tenho plena consciência disso, e o fato de as relações de
hoje se basearem exclusivamente nos corpos esculturais e rostos de Hollywood
não me atraem nem um pouco e muito menos me dão espaço (um espaço inclusive que
eu não quero) nesse mundo tolo de relações vazias. Eu tenho a cabeça em outra
era... Em outro mundo. Eu gosto de criar minhas próprias realidades, eu gosto
de viajar em livros e adoro dias de chuva em que eu posso simplesmente escrever
ou ler um bom livro no meu quarto ouvindo as minhas músicas favoritas. Eu sou
apaixonada pelo que faço, escrever, ler, cantar, essas são as minhas paixões, é
a elas que eu direciono e dedico o meu amor, não há na minha vida espaço para
nenhum namorado. Namoro os meus estudos na esperança de namorar e casar-me
antes com um futuro sólido e bem resolvido, nessa sociedade de hoje isso pode
parecer ridículo e até mesmo não saudável, mas não me importo como já disse
antes, ser diferente de todo mundo, ser a
estranha nunca foi uma novidade pra mim, não é. Muito menos um fardo. Estou
feliz e satisfeita do jeito que estou e tudo que quero é respeito e que me
deixem em paz.
Hoje
foi o último dia do COEPE e, apesar de eu estar sem muita vontade de ir, gostei um pouco, tiveram
muitas apresentações bem legais, divertidas até e ver o meu professor favorito
cantando ao vivo – e perfeitamente por sinal – foi incrível!
Bem,
para finalizar o post, queria dizer que (não sei se já perceberam), mas
Congelada está sendo postada aqui no Book Of Days, é um livro que eu comecei a
trabalhar em Julho desse ano e queria muito dividir com todo mundo! Mas estou
pensando em ir além... Acho que vou criar um blog exclusivo para postar minhas
histórias... Pedirei ajuda a minha Elite Mágica e logo trarei possivelmente
essa novidade pra vocês, vai ser algo mais tranquilo que o Book of Days,
semanal até talvez. Espero que dê certo.
Por
enquanto é só. Um beijo blogueiro e até a próxima!
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