Eu não consegui postar nada ontem e nem hoje porque faltou luz aqui em casa nos dois dias seguidos ai a coisa foi tensa... Descobrimos hoje que por causa de uma árvore na casa de uma certa pessoa aqui perto que não queria deixar cortar e que estava danificando os fios. Enfim, ela veio chegar perto de onze horas da noite hoje... O meu dia com os gringos foi bem... Diferente. Isso para ser otimista. O americano era muito engraçado embora eu tenha prestado atenção quando ele desatava a falar na fluencia eu entendia bem pouca coisa, o outro, que era Chileno, me chamou mais a atenção - por incrível que possa parecer - mas não estou interessada. O meu dia transcorreu quase bem, passei a tarde toda sem energia, fui pro inglês quase arrastada, porque a verdade é que eu não estava com pre-disposição para nada hoje, nada além de chorar e dormir.
Na faculdade, tive aula de inglês no primeiro tempo, quando me preparava para a aula de psicologia - e quando digo isso digo psicologicamente - fui parada no corredor por uma professora, acrescentei mais essa a minha lista enorme de pessoas que decepciono ou decepcionei, mas em parte por mais que me magoe - e magoa muito - eu não posso me anular em prol do desejo que as pessoas tem para mim. Desde o período passado ela estava as voltas comigo para participar do programa de iniciação à docência, ora, se a última coisa que eu quero é ser professora é mais que errado eu concordar com isso, é suicida. Pelo menos para mim. Fui franca com ela, disse a verdade. Já estou na estrada com uma bagagem de erros suficiente para saber que em qualquer que seja a situação a verdade é sempre a melhor saída. E por mais que a expressão de desapontamento dela tenha me ferido, eu me senti bem comigo mesma por ter sido como eu gosto de ser: sincera. Quando eu decidi tentar o vestibular - e até hoje eu me pergunto como consegui entrar! - eu nunca tive em mente ser professora, nunca tive em mente dar aula do que quer que fosse e pra quem quer que fosse e essa fora uma das razões para a faculdade se tornar o meu calcanhar de Aquiles. Alguns professores, como ela e a minha mãe, acreditam piamente que eu tenho essa habilidade e dom para dar aula, não sei se porque querem acreditar nisso ou se porque realmente querem que eu me torne professora. Porque a verdade é que das muitas coisas que eu não sei fazer dar aula é a primeira delas! Tenho em mente que o professor é a peça chave da vida de todo mundo, quando você tem essa profissão você tem não apenas que amar o que faz, mas estar ciente da sua responsabilidade enquanto profissional. Se você falhar, o mínimo que seja, com um aluno essa falha vai acompanhá-lo para o resto da vida. Acreditem eu não sou horrível em matemática a toa. Eu não estou apta para tal responsabilidade e, sobretudo, eu não quero ser professora.
Hoje eu topei com o R, DUAS VEZES. Queria mesmo dizer que isso não me incomoda, mas não posso. Hoje meu pai falou novamente que quer ir embora e eu deixei bem claro que sou completamente a favor. Não importa as dificuldades que eu vou ter que enfrentar em outro lugar, mas eu realmente quero deixar essas pessoas pra trás, quero ir para um lugar onde ninguém saiba quem eu sou, onde eu possa impedir que elas se aproximem mais que o necessário onde eu possa impedir que coisas como o R aconteçam de novo. Eu estou escrevendo... Tentando transformar essa coisa estranha que eu sinto sempre que o vejo em algo que me ajude a esquecê-lo, a conseguir respirar quando ele está perto, a conseguir olhar pra ele sem sentir que meu coração está se contraindo a ponto de doer como se eu estivesse infartando, meus pulmões se recusarem a trabalhar e meu ar desaparecer completamente. Quero parar de sentir o que eu sinto por ele não importa o preço disso. Eu estou me sentindo mal, blogueiros. Parece que o mundo inteiro está desabando na minha cabeça e eu não consigo mais evitar, me sinto tão pequena, tão insignificante e tão absurdamente assustada que... Não sei o que fazer, para onde correr, a quem pedir ajuda. Eu não sei o que vai ser de mim e da minha minha, mas a jugar pelo presente, meu futuro não vai ser nada bom.
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