E agora estreando a segunda TAG nova do blog vamos falar sobre escrita. Quando pensei em começar a falar sobre isso eu tinha em mente fazer mais ou menos o que eu vou fazer com a tag de Japonês, falar um pouco de como o processo funciona para mim, conversar sobre escrita de maneira geral e dar algumas dicas que eu acho que funcionam para todo mundo. Ainda não tenho certeza em que dia da semana essa tag vai aparecer porque ainda não fiz a agenda de postagem, preciso organizar minha rotina de estudo e otimizar meu tempo para que a tag se torne regular conforme meu avanço. Esse primeiro post é mais para apresentar e dar uma introdução mesmo, então vamos lá.
Primeiro, como eu já disse em outros posts sobre o assunto, não estou aqui para dar aula pra ninguém, vou apenas compartilhar ideias e a minha experiência, o Book of Days é bem pessoal, reflete a minha opinião sobre o que posto aqui, então tenham isso em mente antes de começar a acompanhar alguma tag.
Eu comecei a escrever com sete anos, escrevi em um livro de imagens que a minha mãe comprou pra mim, sempre gostei de ler, mesmo antes de aprender, viajava nas histórias que as minhas madrinhas liam para mim, minha primeira literatura foram os gibis da turma da Mônica e dos livros de atividade que a minha madrinha assinava. Elas foram as maiores incentivadoras que eu tive para leitura, como passava a maior parte do tempo na casa delas ler e estudar se tornaram tarefas importantes e sérias para mim desde cedo, e esse amor pela leitura foi muito natural, por isso eu sempre preferi mais esse lado das humanas que o das exatas porque era algo que desde sempre eu me identificava.
Meu primeiro livro de verdade surgiu ao onze anos, se chamava Minhas Palavras, era mais um conjunto de pensamentos que eu tinha sobre as coisas que me cercavam principalmente com relação à escola que era onde eu passava a maior parte do tempo. Ele ficou com mais ou menos umas 120 páginas, mas eu perdi. Aos doze anos veio A História de Pedro e Ana que era mais uma ficção sobre o sentimento que eu nutria por um dos meus primos, foi minha primeira "história séria", levei uns três meses para terminar, ela ficou com trinta e oito capítulos e tão dramática quanto uma novela mexicana, acho até que era um reflexo das novelas que eu costumava assistir.
Desde sempre, escrever veio de forma muito natural pra mim, fosse no caderno de redação da escola, nos relatórios da aula de história, nos textinhos que precisava escrever sobre alguma figura nas provas do primário, e a ideia de criar histórias só começou a ser levada a sério no papel depois que eu fui provocada por um dos irmãos da minha madrinha, o que menos gosto, haviam me perguntado o que eu queria ser quando crescesse e eu disse que queria ser escritora, até então isso era algo muito distante pra mim, eu estava na quinta série, ainda esperava para aprender a música nova do Sandy e Junior! Então ele disse a frase que eu nunca esqueci: "Quem quer escrever não precisa esperar pra virar escritor, pega um caderno e escreve se é que você sabe fazer isso", na hora eu fiquei tão chateada com ele, mesmo sem saber porque, que comecei a escrever A História de Pedro e Ana mais como uma forma de provar pr'aquele imbecil - e pra mim mesma - que eu podia fazer aquilo. Mas aí vinha aquela vergonhazinha de mostrar o resultado para alguém... acho que todo autor quando tá no começo sente isso, esse receio de se mostrar. Eu ainda não sabia se era porque a história estava muito ruim ou se porque eu não queria que ninguém descobrisse que eu gostava do meu primo.
Até os meus 13 anos, todos as histórias que escrevi eram de narrativa muito curta, sem desenvolvimento preciso ainda que os personagens tivessem uma aura própria eram mais o meu próprio reflexo de alguém. Isso porque eu ainda não lia com a frequência devida. Aos 13 anos isso mudou porque eu comecei a me dedicar mais à biblioteca da escola que sempre foi maravilhosa, as coleções Bianca e Sabrina se não me engano da editora Abril, eram meu parque de diversão, e, sim, desde sempre eu sempre li mais autores americanos, foi com eles que eu comecei a escrever. Mesmo que meu primeiro contato com os livros tenha sido com o brasileiro Maurício de Souza. A partir daí, a minha narrativa continuou um pouco pobre, mas as histórias começaram a ser mais elaboradas, a ter algo por trás, a serem construídas de forma mais "inteligente". Veja um exemplo do meu começo:
"Amy entra em casa e a mãe, que ocupada corta legumes, olha a filha apressada pegando coisas como uma desesperada:
- Seu pai mandou mensagem...
Ela olha para a mãe:
- Como ele está? "Para você ver como até as torres mais altas começam de baixo. Não que eu seja uma torre alta, mas eu melhorei consideravelmente o trabalho de desenvolvimento. Falaremos mais detalhadamente sobre essas coisas pelos próximos posts. Mas já tenha algumas em mente se planeja escrever um livro (o que parece que é moda obrigatória no mundo de hoje):
- Isso não é tão simples quanto você acha.
- Você vai ter que suar a camisa pra caramba.
- Leia tanto ou mais do que você trabalha.
- Leia de TUDO.
- É um processo contínuo e não depende de inspiração.
Ao longo dos posts eu vou falar de alguns programas legais que eu uso, como planejo as histórias (quando planejo é claro), como faço os roteiros (quando faço), a sinopse, enfim... de tudo um pouco, vou tentar postar semanalmente, e cada vez com um tema específico dando exemplos que podem ajudar e indicando textos e coisas que me ajudam. Então fiquem ligados na tag e no blog! Espero que curtam e que ela possa ajudar vocês.
Beijos e até a próxima postagem!
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