Continuando
com a parte dois dessa matéria sobre a minha trilha no Nyah ate agora, eu
queria comentar um pouco mais com vocês sobre as duas histórias que eu tinha citado
no post passado que não chegaram a ser concluídas. No que tange a Reflexo, a história tinha o intuito de
ser um angst, para quem não sabe essa é uma palavra alemã que na fic se aplica
como um estado mental introspecto, ou seja, a maior parte dos acontecimentos se
passa dentro da cabeça do personagem, um ótimo exemplo disso é o conto White
que eu coloquei aqui no blog e o meu livro Sleeping Beauty que vou falar mais
um pouco na frente. O livro que eu estava escrevendo com a Claray chegou a ter
uns nove capítulos, mas eu não tinha tempo para me dedicar a ela e a história
estava ficando muito óbvia então ela foi tirada do Nyah e posteriormente será
retrabalhada. Já o caso de Blood Screams (Gritos
Sangrentos) tinha o intuito de ser uma Dark
Fic +18 com elementos de ação e fantasia, eu tinha planejado essa história
com a Ana, e de início o enredo estava bem pesado já que essa autora em questão
é extremamente violenta e eu diria até mesmo com um “Q” de sádica, mas assim
como Reflexo o projeto foi arquivado e eu planejo refazer o enredo com algo
mais leve. Para vocês terem uma noção mais concreta eu vou colocar um trecho de
cada para que confiram:
[...]
-Sente-se. - Pediu o psiquiatra, eu o
fiz. Encarava-o nos olhos, a expressão séria. - Como deve supor sou
seu psiquiatra. Meu nome é George Richten. - Ele deu um sorriso amigável que eu
não retribui.
Como não obteve resposta, continuou.
-Gostaria de me falar algo?
-Não. – Falei com a voz tensa.
-Sei que não gosta de estar aqui, mas é
algo necessário. - Ele olhou alguma coisa no computador e voltou sua atenção à
mim - Você poderia me contar sobre Noelle?
Hesitante, contei-lhe um pouco sobre a
garota, evitando dar muitas informações.
-Noelle Grinson. Certo, certo. - Ele
escreveu algo em um papel - E Josh? É seu namorado?
-Sim. - Apertei o braço da cadeira
incomodada com as perguntas.
-Você fala muito com ele?
-Falo.
Ele anotou
mais alguma coisa no papel e assim continuou a fazer perguntas e anotações, até
que cansei de apenas assistir e decidi encará-lo de frente, estava cansada
daquela situação, cansada de ficar ali, eu não era louca.
-O que tanto anota aí? - Perguntei
tentando espiar.
-Sua situação. - Respondeu calmamente.
Estreitei os olhos.
-E qual a minha situação?
-Suponho que esteja perturbada devido à
tentativa de estupro e esteja--
-O quê? - Gritei. - Eu não estou
perturbada coisa nenhuma!
-Senhorita Elle, por favor, acalme-se...
-Não! Eu não vou me acalmar! -
Levantei-me empurrando os objetos sobre a mesa ao chão, exceto o
computador e o teclado que ficou preso ao cabo. O estrondo chamou a atenção dos
enfermeiros, que abriram a porta prontos para segurar-me.
-Contenham-na!
Antes que vários braços agarrassem meu
corpo e uma pontada de dor atingisse meu braço, arranhei com força o rosto do
médico, fazendo-o soltar um gemido de dor. Em seguida a escuridão... [...]
[...] Férias na Inglaterra... O que você pensa? Eu imaginava
Londres, compras e finalmente passear nos ônibus de dois andares. Conhecer pelo
menos um dos cenários de Harry Potter e ver nem que de longe o palácio real.
Expectativas frustradas. Eu estou sabe-se Deus em que lugar sendo perseguida
por algum maniaco vindo não sei de que repartição do inferno.
Era estranho,
quando cheguei na Inglaterra a fim de passar uma temporada na maldita casa de
campo da família por um tempo suficiente para repensar os últimos
acontecimentos eu não imaginava de longe que aquilo iria acontecer. Era fim de
tarde quando eu chegava em casa e fui abordada por um homem, não conseguia
definí-lo com clareza, as roupas que ele vestia lhe cobriam quase por completo.
Senti um arrepio me tomar.
- Noelle
Blackwood?
- Sim... -
Assenti surpresa.
- Chegou a sua
hora.
O que era aquilo
uma piada sem graça? E quem ele pensava que era um comensal da morte? Não
pareceu piada no minuto seguinte em que ele puxou a lâmina do sobretudo
caminhando na minha direção. Ótimo. Saí correndo em destino ignorado, a noite
caía mais depressa do que eu queria, olhava constantemente para trás a fim de
ter certeza que ele estava me seguindo. Coloquei uma mecha ruiva atrás da
orelha, os dedos finos trabalharam agilmente. O corpo esguio ganhava
velocidade. Quando me aproximei do que parecia ser um
cemitério eu não conseguia mais vê-lo atrás de mim.
O lugar era
escuro e úmido, uma tumba aberta e mal-cheirosa repousava á poucos metros de
mim. Senti o fedor pútrido e a essência doce do que é a morte. Esfreguei as
mãos, estavam suadas. Uma árvore sem folhas e escura era a única fonte de vida
naquele lugar obscuro. o céu não tinha estrelas, nem lua. Dei mais alguns
passos, e o ar gélido bateu contra meus braços, fazendo-os arrepiar. Cada
pisada ecoava pelas tumbas e símbolos religiosos completavam o cenário caótico
e desolador.
Silencio em cada parte, ele
estava por ali apenas esperando algum movimento meu para detectar a minha
presença e pronto, eu estaria em sérios apuros. Senti uma movimentação aos
fundos e me abaixei deixando o corpo escorregar na parede do muro onde eu
estava me refugiando, virei a cabeça por um momento para ver se havia alguém
por ali, nada.
Estava quieto demais, não
era bom. Minha respiração acelerou a tal ponto que eu suava frio. Estavam
querendo me matar por algum motivo torpe que nem se dignaram a me dizer, uma
mão tapou a minha boca e por um segundo o gelo dominou o meu corpo, cada parte
de mim ficou tensa e eu pensei que seria o meu fim, fui pega e eu nem havia me
preparado para morrer. [...]
Ainda
no ano de 2012, no dia 12 de Dezembro, uma das leitoras de Another Twilight Tale e Sombras
ao Sol chamada Amanda Ragazzi, criou o projeto interativo ETPSD – Escola de Treinamento para Pessoas
Super Dotadas e me convidou para fazer parte do projeto como co-autora. Eu
nunca tinha feito um projeto interativo e não sabia como funcionava, mas
aceitei o desafio e criei um personagem rebatizando assim a história para Powerfull. O livro contava a história de
seis jovens com habilidades especiais que eram designados para um internato na
Inglaterra onde teriam como objetivo ampliar essas habilidades e serem
preparados para uma batalha que decidiria o futuro da humanidade. O enredo era
bem simples e funcionava como RPG, com Pontos de vista dos personagens
alternando em cada capítulo e dos seis personagens da trama eu criei um, a Sharon e a Amanda criou outro a Jessica. A história ficou muito foda
mesmo! E nos rendeu um reconhecimento absurdo no site, sem falar que nos
aproximou mais não apenas como autora-leitora, mas como autora-autora. Foi a
minha história que mais havia tido reviews,148, até o momento e também
recomendações, 04. A história ficou conhecida como o primeiro de três livros que a Amanda idealizou, os outros dois projetos serão avaliados e possivelmente farei parte deles. Powerfull foi meu cartão de visita no Nyah, me lançando
oficialmente como ficwriter.
Eu
to colocando tudo fora de ordem mesmo, mas é proposital beleza galera? Porque
tiveram várias histórias que foram colocadas e tiradas, várias que nem saiu do
prólogo e tals eu vou falar sobre elas de acordo com o tamanho e com a repercussão.
Então, continuando, no dia 10 de dezembro, eu publiquei uma oneshot em 05
capítulos chamada Apocalyptica: 03 dias
de Escuridão, foi uma referência as profecias falsas de fim de mundo e mais
um monte de besteira da mídia que já estava enchendo o saco e também foi uma
homenagem ao R que na época era muito especial pra mim – passado trágico. –
Contava a história de Kate que se via no meio de um “apocalipse” onde o sol
desaparecia por três dias mergulhando o mundo inteiro em uma escuridão total e com
inúmeras mortes por criaturas sobrenaturais e muito sinistras! Como o conto foi
bem pequeno, a visibilidade foi bem legal, já que ele estava sendo paralelo a
Powerfull ele teve cinco recomendações se tornando a minha fic mais recomendada
e teve 30 comentários.
E
com essa eu encero a parte 02 dessa minha vida nyah! Logo logo eu volto com
mais pra vocês :D
Links:
Powerfull
Apocalyptica
Links:
Powerfull
Apocalyptica
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