Título Original: The Sleeper and the Spindle
Ano: 2015
Páginas: 72
Ano: 2015
Páginas: 72
Sinopse: Era o reino mais próximo ao da rainha, em linha reta, como voa o corvo, mas nem os corvos voavam até lá. Você pode achar que conhece esta história. Uma jovem rainha está prestes a se casar. Há anões bons, corajosos e valentes, um castelo envolto em espinhos e uma princesa enfeitiçada por uma bruxa, segundo dizem os boatos, em um sono eterno. Mas aqui não há ninguém esperando que apareça um nobre príncipe em seu fiel cavalo. Este conto de fadas é tecido com um fio de magia negra, que vira e revira, brilha e reflete. Uma rainha pode acabar se revelando uma heroína, se uma princesa precisar ser salva.
Essa não é minha leitura atual como vocês podem ver na marcação, mas a leitura do momento não estava fluindo então decidi me enveredar neste conto do Gailman que estava no tablet ha um tempão esperando ser lido. Eu sequer sabia que ele era tão curtinho! Como vocês bem sabem, o que me atraiu para ler isso foi por ser uma versão da Bela Adormecida, tanto é que eu peguei esse livro sabendo pouco ou quase nada além disso, porque queria aproveitar a leitura sem qualquer outra influência e ter todas as surpresas e, bem, eu tive surpresas demais por assim dizer, mas calma, a história é muito boa haha.
Não posso falar muita coisa porque é um conto muito curtinho e posso acabar dando spoilers e ninguém quer isso não é? Então, embora aqui e ali eu possa soltar algo que considere um spoiler, vou sinalizar com a letra clara, okay? Bem, então, a história vai contar sobre uma rainha prestes a se casar e fazendo ponderações a respeito do seu futuro, coisas do tipo: será que é isso que eu quero? Que futuro lastimável me aguarda. Que vida sem emoções, etc. Então, como seu casamento está próximo, três anões estão cruzando o reino, que é dividido por uma muralha enorme e intransponível do reino vizinho, para comprar o mais belo tecido do mundo para presenteá-la pelo acontecimento, mas, chegando ao reino vizinho (através de uma longa passagem subterrânea), eles acabam descobrindo que há uma espécie de maldição se disseminando pelo lugar e colocando todas as pessoas para dormir.
Intrigada com o fato, a rainha adia o casamento e ordena que lhe tragam sua espada, sua armadura e selem seu cavalo, partindo junto com seus amigos anões em uma jornada na busca da garota adormecida que, possivelmente causa tudo aquilo. Quando entram no reino vizinho coisas estranhas começam a acontecer na cidade, as pessoas que estavam em sono profundo se mostram como que conscientes das presenças deles. Com determinação e inteligência, a rainha consegue resistir ao sono amaldiçoado e ultrapassar a barreira de espinhos, mas as revelações que lhe aguardam atrás dos muros do misterioso castelo são inusitadas.
Bom, para começo de conversa, não há príncipes. Segundo o site huffpostbrasil: Em entrevista ao Telegraph, o escritor disse: "Não tenho paciência com histórias em que mulheres são resgatadas por homens. Você não precisa ser salvo por um príncipe". A matéria contêm spoilers. Ficamos sabendo que a rainha no começo do livro é, também, uma velha conhecida nossa, mas não vou dizer quem é, contudo, meus queridos, este spoiler abaixo eu vou ter que dar:
Não que eu considere um spoiler, eu disse antes que não tinha príncipes nessa história e a citação do Gailman aí em cima, assim como o conto em si, deixa claro o que vai acontecer. Maaas, não deixa de ser... como direi? Uma bela surpresa do mesmo modo. Apesar de parecer o apoio claro à classe homossexual, o conto não envereda por esse caminho, acho que, como em sua declaração na entrevista, ele só queria mesmo fazer uma coisa diferente do que tem por aí, sem exatamente envolver sentimentos entre as personagens. A rainha beija a adormecida apenas para despertá-la da maldição e nada mais. Ah, mas não é só o amor verdadeiro que funciona? É, meus caros, a coisa aqui é outra. Porém, a real surpresa é o que acontece depois que a adormecida acorda e, gente, que reviravolta: PASMEM! Sério. Eu realmente não esperava por aquilo, mesmo com minhas parcas desconfianças.
No geral o conto é muito bom, tem a escrita fantástica e detalhista característica do Gailman, as ilustrações são lindas, apesar do traço bem ocidental, não tive como não me lembrar dos meus amados mangás. O conto de Gailman carrega um pouco das raízes da história da Bela Adormecida e mescla-a com um espírito mais sombrio e carregado, uma adição interessante ao conto e, de certo modo, mantém fiel ao clima sinistro da versão contada pelos irmãos Grimm. Gostei muito da experiência, agora, com esse lido, acho que há apenas uma adaptação da Bela Adormecida que ainda não li, mas que resolverei em breve.
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