Série: Seleção #4
Gênero: Distopia, romance, YA
Ano: 2015
Páginas: 287 (econômica) 390 (normal)
Sinopse: Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais… Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.
Ah, o que dizer desse livro? Bem, minha irmã comprou os dois últimos livros da série na Avon porque só faltava esses dois, mas não tinha muitas expectativas com ele não, principalmente porque eu tinha ouvido muita coisa sobre como a filha de América era altamente insuportável, ainda assim, não sou dessas que deixa os livros mofando na estante sem ler (bom, só os que são realmente ruins ao ponto de não valerem meu tempo, como o James Patterson que eu não leio nunca mais).
Enfim, como só faltavam eles dois, pus na meta desse ano, aí comecei a ler para passar a raiva toda de uma vez, mas não simpatizei muito com a Eadlyn não e, vou dizer, a criatividade da Kiera Cass se concentra principalmente em criar nomes estrambólicos para as personagens, quer dizer, quem no mundo se chamaria Ahren, mas okay. Uma coisa interessante, em favor desse livro, é que a gente vê como seria se a Seleção fosse invertida, aqui são 35 caras pela mão de uma princesa e é interessante observar essa perspectiva, principalmente porque o comportamento deles é diferente. Em outra ótica também nós podemos observar o dia a dia da realeza, uma vez que nos livros de America a gente tinha a perspectiva de como funcionava o lado "plebeu" da seleção e não sabia como era para Maxon o que seria sim um ponto de vista muito bacana.
Muito bem, a história começa com Eadlyn reclamando que só estava "condenada" à coroa porque nasceu sete minutos antes de seu irmão gêmeo Ahren, que na história monárquica que conhecemos seria o herdeiro da coroa por ser homem, contudo, América e Maxon mudaram as leis para que ela, como primogênita, ficasse com o trono. Contudo, apesar de todas as regalias, Eadlyn sente e muito o peso da responsabilidade para a qual foi preparada desde criança para exercer, o problema mora, inclusive, nela mesmo. O que torna esse livro sofrível é a personagem, gente. Não há outra forma de expressar Eadlyn além de chata. Ela é incrivelmente chata! Acredito que a Cass quis criar uma personagem feminina empoderada, toda voltada para a seguradora de espadas e rainha da porra toda, mas ela só conseguiu fazer uma personagem mimada, fútil, intragável que não desperta qualquer sentimento em nós leitores que não seja raiva.
Então, os 35 caras são sorteados de maneira bem democrática ao contrário do que aconteceu com Maxon cujo pai manipulou essa etapa. E por falar em Maxon uma coisa bacana nesse livro é que a gente tende a imaginar nossos personagens sempre jovens, quando A Escolha acabou nós tínhamos um rei jovem, cheio de vida com toda uma vida pela frente, pra mim pelo menos a sensação de ler um livro em que a filha dele descreve cabelos brancos, pés de galinhas e ruga vincada na testa foi muito estranho e, ao mesmo tempo, muito legal. A gente tem um vislumbre, ainda que muito tênue, da vida que os dois levaram e dos quatro filhos que tiveram e essa parte é bem interessante, não somente isso, mas como foi levado adiante o plano de Maxon de excluir as castas e como isso não funcionou tão bem quanto esperado uma vez que o preconceito ainda permaneceu.
Acho que o que me fez desgostar um pouco mais dessa seleção de Eadlyn foi o fato de ela ser incrivelmente irritante. Maxon, como ela, não queria a Seleção, mas ele não era um cretino mimado e soube levar a busca pela garota certa a sério, mergulhou de cabeça, deu uma chance. Só que a filha dele não faz isso, ela é estúpida, grossa, frívola, manipuladora e com mania de grandeza "eu vou ser a rainha, ninguém é mais poderoso que eu" e blá blá blá. Gente, é massante. Até mesmo os próprios candidatos não me cativaram muito com exceção de Henri, que eu amei de paixão, gente ele é muito fofo. O intérprete dele, Erick, também é um amor e eu torci muito por ele mesmo que ele não faça parte da seleção, contudo, há grandes chances de que ela acabe com um outro candidato que eu não queria muito, mas esperemos para ver, já vou começar a ler logo o outro livro (normalmente eu alterno um físico e um ebook, mas vou abrir uma exceção dessa vez).
Ao contrário de Maxon, uma vez que Eadlyn não quer a seleção ela acaba metendo os pés pelas mãos diversas vezes por querer dar uma de espertinha e manipular a mídia e as pessoas. Por causa disso arruma ainda mais problemas para Maxon que já está se desdobrando para controlar as rebeliões que estão se voltando contra a monarquia. Okay, eu até entendo a parte de não acreditar no amor e não querer se casar, é até compreensível principalmente considerando a idade dela, mas se fechar daquele jeito e magoar outras pessoas é errado uma vez que ela concordou com a Seleção para dar tempo ao pai. Eu realmente não gostei dela.
É isso, povo. Vou ler o próximo livro e já trago resenha. Semana que vem, provavelmente, já tem resenha do drama da vez também! Até o próximo post ^-^'
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