País de Origem: EUA
Gênero: Drama
Roteiro: Marya Cohn
Lançamento: 13 de junho de 2015 (EUA)
26 de maio de 2016
Sinopse: O filme narra a história da filha de um poderoso agente literário de Nova York, que tem de confrontar eventos dolorosos de seu passado quando é chamada para trabalhar no lançamento de um livro de um cliente de seu pai. Obrigada a enfrentar lembranças difíceis e tomar decisões ousadas, ela acaba superando seus demônios, o que lhe permite encontrar o amor e redescobrir sua veia criativa.
Esse é um daqueles filmes que você cria a maior expectativa com o trailer, mas vai se decepcionar muito quando assistir. Não que o plot seja ruim, a premissa é muito boa, mas achei que foi mal trabalhada. Acompanhamos a vida de Alice em flashbacks do passado mesclando com a sua vida presente. Ela sonhava em ser escritora na adolescência e era de fato muito boa, mas depois que conheceu Milan acabou tornando-se uma mulher frustrada, incapaz de digitar uma única linha. Enquanto vamos acompanhando a sua vida e os motivos que a transformaram em uma mulher com problemas de autoestima e relacionamentos percebemos que Alice passou a vida inteira presa na sua "eu" adolescente, ela é incapaz de se desprender do passado e do que Milan fez com ela, sente-se presa ao complexo de "objeto", vira uma espécie de ninfomaníaca e estraga o possível único relacionamento sério que já teve na vida. Por ser um drama isso seria altamente explicado, mas a protagonista insípida e submissa estraga totalmente a história deixando a gente com raiva durante as longas horas de filme. Alice é totalmente manipulável, incapaz de dizer o que pensa, de lutar pelas coisas que acredita e se impor, é uma mulher de 29 anos, independente, mas tão presa na sua adolescente interior que não enxerga o que se tornou, passamos o filme inteiro vendo ela se martirizar pelo que foi feito com ela sem em nenhum momento desabafar, gritar o que aconteceu, dizer o que pensa. É preciso que apareça um carinha que não aceite ela com seu complexo de inferioridade para que ela acorde para vida e perceba que o comportamento não é normal. Isso irrita. Quer dizer, ela já ouviu falar de Neil Gailman? Tem um livro chamado faça boa arte que ela deveria ler, o problema não foi aquele escritor cretino ter usado ela, foi ela ter se permitido ficar presa a isso de forma passiva, não ter feito nada por si mesma, e daí que ninguém acreditou nela na época? Ela sabia que os pais dela eram dois lunáticos, quando ficou maior de idade deveria ter procurado ajuda profissional e, o mais importante: transformado sua revolta e frustração naquilo que ela sabe fazer melhor: escrever. É mais um daqueles filmes que o trailer vende mais que o próprio produto. Foi uma decepção.
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