Publicação: 2013
Gênero: Romance, teen, comédia
Páginas: 384
Sinopse: Jeane é blogueira. Seu blog, o Adorkable, é um blog de estilo de vida — na verdade, o estilo de vida dela — e já ganhou até prêmios na categoria “Melhor Blog sobre Estilo de Vida” pelo The Guardian e um Bloggie Award. Adora balas Haribo, moda (a que ela cria, comprando em brechós) e colorir (ou descolorir totalmente) os cabelos. Cheia de personalidade e meio volúvel, ainda assim Jeane é bacana — mesmo nos momentos em que se transforma numa insuportável. Mas, certamente, ela não olharia duas vezes para Michael. Porque Michael é o oposto de Jeane. Ele é o tipo de cara que namoraria a garota mais bonita da escola. E compra suas roupas na Hollister, na Jack Wills e na Abercrombie. Além disso, diferente de Jeane, que é autossuficiente, Michael é completamente dependente do pai, o Clínico Geral que condena açúcar, e ainda permite que sua mãe compre suas roupas! (Embora, para Jeane, o pior mesmo sobre Michael é que ele baixa música da internet e nunca paga por isso). Jeane e Michael têm pouco em comum, além de algumas aulas e uma maçante dupla de “ex” — Scarlett e Barney. Mas, apesar disso, eles não conseguem se desgrudar desde que ficaram pela primeira vez.
Esse é um daqueles livros que fazem com que a gente se surpreenda. Minha irmã comprou numa promoção das americanas no mesmo dia em que comprei A livraria 24 horas de Mr. Penumbra, eram os livros mais interessantes que tinham na promoção. Ele ficou lacrado na minha estante por um bom tempo até eu decidir que tinha curiosidade o bastante para lê-lo, sou daquelas que acredita que não é você que escolhe a hora de ler um livro, é o livro que descobre a hora de você lê-lo. E ele me chamou e bem na hora. Aqui nós temos um quase clichê garota nerd X garoto popular, mas elevado a um novo nível, as personagens de Sarra, em especial Jeane, são muito próximas de nós de modo que criamos uma empatia quase direta com elas. Os capítulos não tem identificação, mas são narrados alternadamente entre Jeane e Michael (Se eu me lembrei da minha personagem de Dear Diary por esse nome? Imagina!). Minha identificação com Jeane foi meio imediata, não pelo fato de ela curtir roupas bizarras, eu odeio chamar atenção para mim então é humanamente impossível que eu vista um casaco brilhante, acredite! Sou mais do tipo "não me olhe se quer viver". Mas compartilhamos o amor por nossos blogs e temos um gênio especialmente difícil. Queria ser inteligente como ela, não a ponto de ser quase rude com as pessoas por considerá-las robôs sem cérebro, mas por ser interativa e criativa, e aparentemente dominar qualquer assunto que seja, ela tem um senso de independência que eu queria muito possuir, sem contar que eu sou maluca pra pintar o cabelo, mas cabelo cacheado pintado meio que não fica legal. Principalmente quando você não tem dinheiro. Ela é livre e me fez descobrir que o que eu pensava que era estranho em mim tem um nome: dork. Eu sou uma verdadeira dork, e gosto muito disso. Michael, ao contrário de Jeane, é totalmente dependente dos pais, uma advogada que mete medo até mesmo em Jeane que não se intimida facilmente e um clínico geral Chinês (*-*) que condena qualquer ingestão de açúcar. Ele tem hora para voltar pra casa, é controlado por regras rígidas e se esforça o máximo que pode para manter sua posição de amigo de todos popular. O que ambos tem em comum? O ódio mútuo. E junto a isso um par de namorados que não tem nada a ver com eles.
Desconfiado de que sua namorada Scarllet está de olho no estranho namorado de Jeane, Barney, Michael decide procurá-la para conversar sobre isso, mas tudo que recebe de Jeane é seu humor sarcástico e indiferença. Quando a história finalmente vêm à tona e Jeane finalmente dá um chute na bunda de Barney e desabafa furiosamente sobre o fim do relacionamento - que internamente ela estava feliz em se livrar - no seu blog, Michael já estava mais do que certo de que teria que terminar seu relacionamento com Scarllet. Só que isso não implicaria que os dois teriam de conversar entre si a respeito, não até Michael Lee ter a certeza que Scarllet fora encorajada por Jeane Smith a dar um fora nele na frente de toda escola. O resultado disso não seria nada satisfatório é claro, ele acabou acidentalmente derrubando Jeane de sua bicicleta e deixando-a com o tornozelo do tamanho de uma bola de futebol americano. E pior que isso: rasgar sua meia laranja favorita. Eles nunca imaginaram que esse acidente os levaria a uma aproximação em que seu ódio mútuo acabaria em uma atração irresistível. Até aí parece aquele romancezinho meloso adolescente, mas não é. Eles não percebem o que têm entre eles, o desenvolvimento de seu relacionamento inicialmente ultrasecreto se desenvolve de forma gradativa e o ódio mútuo continua, eles são inimigos que gostam de se beijar. E se beijam muito e muitas vezes por dia. E mesmo que tentem de todas as formas pôs um fim àquilo, não conseguem. Mas será que é mesmo possível uma dork cheia de atitude e com pose de durona que não consegue aceitar a própria solidão poderia dar certo com um cara popular manipulado pelos pais e que vai contra quase tudo que ela acredita? Acredite, o desfecho dessa história vai fazer você se surpreender (bem, não muito dá meio pra prever) e ainda mais, descobrir toda a dorkidade que há dentro de você!
Os adoráveis são, realmente, adoráveis e Sarra Manning criou um universo cheio de reflexões cheias de sentido, personagens que são muito próximos do real e com quem a gente consegue se identificar mesmo a milhas de distância geográfica e culturalmente. No início achei meio chato, mas conforme as páginas foram avançando, descobri em Jeane uma personagem super carismática com quem eu me identificava em doze milhões de coisas (tirando é claro a parte de ela ser bisexual) e em Michael traços do meu amado personagem em Dear Diary. Sem mais, leia!
Ah, detalhe, a capa americana (ou britânica, sei lá) é bem mais bonita que a brasileira, pelo menos eu achei.
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