Não me condene senhor...
Embora eu saiba que mereço. Eu estou longe de casa, eu desaprendi a ver o mundo com olhos mágicos, desaprendi como falar com você, desaprendi a ser criança... E muito fácil seria colocar a culpa na vida que crua e má me impôs máculas, tombos, sangue.
Me perdoe por não saber como voltar, e mesmo que não seja eu mais digna da sua compaixão pelas vezes que tenho dado passos errados, machucado, ofendido, fechado os olhos, volva a mim a sua luz, a compaixão do seu ser de luz, ensine-me a voltar ao que antes era tão natural... A ver a luz em tudo, a andar longe das sombras, a abrigar-me novamente no manto que sempre me protegeu...
Não adiantaria pedir desculpas ou perdão se não for em nada mudar o que eu sou, mas eu não posso sozinha... Nada posso sem você, nada faço sem sua permissão, nada sou sem você; E quanto mais o tempo passa menos eu me conheço, menos eu gosto do que estou me tornando. Eu sou apenas humana, mas só tenho uma chance para ser o que você quer, uma chance para ser a diferença... Não me deixe desperdiçar ainda mais...
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