Tristeza, fraca e gélida que perfura o mais íntimo do meu ser, quebrando eternamente a corrente de veias dos meus sonhos, nevoando meus dias da forma mais cruel...
Fria, pálida, mortal que se forma dentro de mim como um cancer emanando dor para quem procura meus olhos, exalando o desespero da rosa negra...
Tristeza amarga que sufoca meus sorrisos, que machuca os que amo, que destrói meu caminho...
Abandono no qual lanço minha alma, e tenho na solidão meu amparo, longe do mundo, longe das pessoas, apenas só com a minha dor...
Enlouquecendo a cada dia, sofrendo silenciosamente a cada instante, sorrindo hipocritamente para quem me cerca...
Afinal que tem eles a ver com o que sinto?
Que ganho eu compartilhando minha angústia faminta?
Lágrimas são tudo que tenho... Hoje, o alicerce de meus dias, sobre a qual construo meu caminho rumo à decadência destes infindáveis dias...
O sofrimento é fácil, rápido assim como a morte, elança seu corpo e em minutos você se vê na mais completa escuridão...
Buscando no vácuo os gritos que respondem à seus delírios insanos...
E na agitação dos dias, parece que você está invisível e cético preso na própria realidade...
Afogando - se no seu próprio desespero, os dias parecem os mesmos, os caminhos parecem acabar no mesmo sepulcro...
A mesmice de tudo, a solidão que se faz companheira, as lágrimas que se tornam conforto, a falta que se faz alimento
é a realidade do que sinto, é a verdade no que vejo... A liberdade tornou-se um privilégio do meu mundo particular...
Uma vez destruído pelo amor, e novamente construído pela angústia...
E neste oceano de escuridão e desamor, minha alma encontra-se presa na cruel realidade da vida...
Pois nem para o meu refúgio eu tenho permissão de ir...
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